Apesar de ter um roteiro que guarda uma visão antiquada do papel da mulher na sociedade, é interessante ir seguindo calmamente o curso da história. O protagonista não merece nossa preocupação, nem merece a esposa que tem, mas a obra nos passa sua angústia, sua agonia de negar o óbvio por amor. A esposa do juiz por sua vez, humaniza a acusada de assassinato, em dialogos com o marido e em gestos sutis, como a queda do copo.
Esta complexa relação familiar é explorada com maestria pela diretora. Entre sonhos e arrependimentos, o filme mantem um ritmo gradativo, como um bom filme de esporte, culminando em cenas emocionantes durante os jogos.
Um trash bem divertido, com roteiro e efeitos desleixados, mas que une bem terror e sci-fi. É interessante que a personagem feminina, naquele contexto, não foi explorada de maneira depreciativa ou sexual. O filme guarda uma inocência de primeiro amor e descarrega criatividade nas mortes, que são poucas, mas memoráveis.
É possível assistir e gostar um pouco por conta da personagem feminina, que tem ótimas ideias. O protagonista é muito burro, a ponto de incomodar o espectador e tornar algumas cenas inverossímeis. A analogia da pandemia do Covid-19 com apocalipse zumbi trazem certa empatia nos momentos de distanciamento social.
Série bem montada, com uma ótima história centrada em um contexto de trauma de infância para dar significado e, ao mesmo tempo, utiliza a restauração para a história se desenvolver. O roteiro entrega personalidades marcantes para os personagens principais. É um terror bem humilde e eficiente, que aposta nos mistérios contidos nas fitas e que pouco a pouco vão se entrelaçando com o presente.
As atuações e a trama principal seguram bem a obra, mas há decisões técnicas muito esquisitas: um personagem de repente viaja e não aparece mais; a outra que gera expectativa como coadjuvante, mal aparece no filme; a trama paralela não se resolve nem ajuda a desenvolver a história; a cena esperada da revelação simplesmente não acontece. O filme vale a pena, mas poderia ter focado na força da história e na atuação da Sandra Bullock, já seria suficiente.
O ritmo é muito ruim. Como amante de sci-fi, gostei da atmosfera criada, do didatismo tentando explicar nomes, histórias e contextos. Porém, assistir a adaptação de uma obra pioneira é mais relevante quando a obra tem adaptações atualizadas e conversa com o público atual. Percebo um esforço muito grande de explicar e clamar por grandeza, mas a verdade é que é o roteiro é fraco e os personagens foram mal construídos.
Uma história difícil de ser contada, cheia de contexto, literalmente de milhares de anos. Os flashbacks são naturalizados e vamos nos acostumando ao longo da obra em tê-los, sempre trazendo respostas para transparecer mais verdade e justificativa. É muito fácil criticar tempo de tela de um personagem e cobrar seriedade total da Marvel. É um sci-fi contemplativo e apoteótico, com ritmo calmo e palatável, mas os elementos da Marvel estão lá, forçados ás vezes, mas estão lá. Uma boa surpresa para mim, que já estou saturado da fórmula de heróis.
O clima criado com a ambientação, as falas melancólicas, o ritmo, a cor cinzenta, toda essa atmosfera se harmoniza com o tema tratado no filme: solidão. A carência e apatia da personagem principal é contrastada gradativamente com a raiva e a violência iminente. Essa climax é construido com cautela, guardando mistérios, que podem ser descobertos durante a sessão ou até mesmo depois de assistir a obra, como foi no meu caso. A relação afetiva e o senso de pertencimento com a figura mítica do demônio tem uma abordagem original, pouco visitada no cinema de horror.
Após acompanharmos o martírio de Lucas, é doloroso, mas compreensível ele querer continuar morando no mesmo local, tentar recuperar os amigos, a família. O personagem precisa ter um equilíbrio psicológico absurdo para retomar a vida e estabelecer confiança novamente. A obra é sobre falsas verdades, delírio coletivo, linchamento, papéis pautados numa sociedade cheia de tradições (e alguns preconceitos). É sobre o espectador, que mesmo depois da ótica privilegiada e didática do diretor sobre o protagonista, ainda duvida da inocência do Lucas.
A cena do Lucas com a pequena Klara no final, é uma das cenas mais angustiantes que já assisti. Há uma torcida desesperada para que Lucas não se aproxime, pois não há um ponto de retorno para o momento antes da acusação.
É uma boa comédia romântica. Nesse gênero, é comum ter uma fórmula em que 1 do casal é alienado ou cheio de preconceitos. Neste caso, é a jornalista. É a mesma fórmula do patinho feio, que na verdade, esconde um grande talento ou beleza padrão escondida para os demais personagens, mas não para o espectadores. O Natal foi bem incorporado na história. Este filme também tem o grande mérito de fazer o espectador querer rever Duro de Matar.
Tem boas cenas com zumbis, principalmente o tigre zumbi, mas de resto, é cheio de melodrama fora de hora, que não ajuda a amadurecer os personagens. A história quando parece que vai engatar, volta a chatear apresentando mais um drama pessoal. O filme erra em encher de personagens e querer abordar algo pessoal de cada um. Tem alguns que você até esquece que ainda estavam na história. Assistir antes o ótimo Exército de ladrões e fui na expectativa da sequência, esperando o último cofre em meio aos zumbis, mas percebi que neste o arrombador de cofres é apenas o alivio cômico.
Uma divertida comédia de ação, com muitas situações inverossímeis, mas com personagens coesos e com propósitos instigantes. O elo central é muito forte e bem apresentado nos momentos de tensão do filme. A fotografia se destaca, bem como as paisagens mais abertas, o que acaba sendo agradável para ambientar áreas externas e a arquitetura dos bancos. Não pouparam esforços em desenhar cofres bonitos e em fazer ótimas animações sobre a estrutura interna. Apesar de Army of the Dead ter sido lançado antes, a ordem correta é assistir este primeiro. E adianto que este consegue ser muito melhor.
Uma trama bem construída, que vai se desenhando aos poucos. Lembra muito o terror característico do Sam Raimi. É encantador ver um terror trash com movimentos de câmera inventivos, ver cenas de confrontos em planos abertos, ver cenários que remetem a fantasia típica do giallo italiano. É interessante como o diretor brinca com o tipo de terror que está sendo apresentado, ora um suspense, que caminha para um terror de espíritos e conclui com um trash de grande apelo popular, pela estética do Gabriel. Também é interessante a discussão nas entrelinhas sobre violência doméstica, pois é onde a história começa e afinal, é sobre um "homem" que subjuga uma mulher no âmago da sua psique.
A premissa do filme é muito boa: Um prólogo ambientado com samurais. Se o foco da obra fosse Scorpion x Sub-zero, teria sido um filme bem melhor. Este aqui, de forma geral, consegue ser pior do que o primeiro lá de 1995. O primeiro pelo menos tem um torneio acontecendo e tem uma unidade estilística mais agradável.
Uma excelente minissérie. Ao retratar os anos 90 na Alemanha, o primeiro episódio em tom documental consegue nos fazer perceber a pulsante empolgação com a Internet. A trilha sonora eletrônica, a veia artística, o grupo de hackers, a fotografia cinzenta com toques coloridos... Todos esses elementos ajudam a criar empatia pelos protagonistas e pelo Terra Vision. O que se segue é uma empolgante batalha judicial, mas sem deixar de lado a aura saudosista e inocente daqueles tempos.
Bastante sensacionalista, principalmente por não entregar respostas claras, pois não existem. A primeira parte com foco na carreira da atriz e nos desdobramentos das pressões sofridas são bem cativantes. Porém, quando o foco passa a ser o marido destoa consideravelmente. O doc sugere além do aceitável, ao invés de apenas apresentar os fatos. O gancho dado com a mãe do marido indica grandes revelações, mas depois afunda em comentários evasivos e pouco elucidativos. Vale a pena para conhecer mais da carreira da atriz e pelos depoimentos do legistas e investigadores.
A obra traz uma dualidade sombria, pois podemos compreende-la como a representação elitista do pobre ou como uma representação de todas as mazelas sociais juntas e exageradas numa mesma família. Como representação preconceituosa, a visão deturpada de uma pessoa pobre incomoda e não tem nada de engraçado, pois é uma visão que omite a função social do trabalho que alguns ali exercem, omite o senso de comunidade, de bondade, omite cultura, representação da fé, amor próprio e o aproveitamento das raras oportunidade de melhorar de vida. Ao omitir a humanidade nos personagens, a visão elitista é legitimada aos olhares do espectador que é incapaz de dentro da sua bolha perceber que aquelas pessoas precisam de intervenção do Estado, de oportunidades, de justiça social, de dignidade, de proteção, de cuidado. Timidamente, a obra discute o abandono e desprezo da sociedade com aquelas pessoas. A presença da jovem adolescente é o único elemento de humanidade que nos mostra de forma melancólica, que aquela personagem tão representativa, apesar de não estar presa no cercadinho das crianças, está presa na realidade e não há maneira de fugir.
Talvez o contexto histórico fizesse mais sentido na época de lançamento do filme, mas vendo hoje, sinto que perdi alguma coisa sobre a 1° era Vargas. É difícil compreender a intenção, os motivos e o desenvolvimento individual de cada personagem. O personagem Graciliano é um observador, estranhamente blindado nas prisões. Por vezes, tive a sensação de que a memória nunca era dele, mas dos outros. Nenhum desses elementos diminuem as qualidades do filme: com cenas marcantes, diálogos inteligentes e situações que retratam bem as relações entre aqueles personagens, militares, ladrões e presos políticos. As 3h não incomodam se você for assistir numa tarde livre.
Uma bela encenação remetendo a várias referências, e aqui, em certo equilíbrio entre as norte americanas e japonesas. É daqueles filmes de ação que se preocupam em manter uma história curta e simples e que dá foco quase que integralmente a ambientação. A obra encontra o tom certo ao não se levar a sério, a ter um pouco de canastrice e a remeter a memória do espectador sem pudor: escolha sua referência e reviva esses momentos nessa roupagem pouco remodelada.
A premissa, a produção e a condução dos jogos envolvem muito bem. Há uma crítica social que é relevada pelo sentimento do espectador, que provavelmente muda de opinião sobre quem deve morrer. O final é um pouco desgastante. Fico com a reflexão da premissa: a ausência de educação financeira, o evento delimitador das mudanças, a queda, a negação da queda, os caminhos tortuosos para manter um status, a vida dos próximos sendo sugada e a vida miserável e sem propósito.
Agonia de Amor
3.5 41Apesar de ter um roteiro que guarda uma visão antiquada do papel da mulher na sociedade, é interessante ir seguindo calmamente o curso da história. O protagonista não merece nossa preocupação, nem merece a esposa que tem, mas a obra nos passa sua angústia, sua agonia de negar o óbvio por amor. A esposa do juiz por sua vez, humaniza a acusada de assassinato, em dialogos com o marido e em gestos sutis, como a queda do copo.
Laços de Sangue
3.8 4Esta complexa relação familiar é explorada com maestria pela diretora. Entre sonhos e arrependimentos, o filme mantem um ritmo gradativo, como um bom filme de esporte, culminando em cenas emocionantes durante os jogos.
A Maldição de Samantha
3.0 171Um trash bem divertido, com roteiro e efeitos desleixados, mas que une bem terror e sci-fi. É interessante que a personagem feminina, naquele contexto, não foi explorada de maneira depreciativa ou sexual. O filme guarda uma inocência de primeiro amor e descarrega criatividade nas mortes, que são poucas, mas memoráveis.
#Alive
3.2 494 Assista AgoraÉ possível assistir e gostar um pouco por conta da personagem feminina, que tem ótimas ideias. O protagonista é muito burro, a ponto de incomodar o espectador e tornar algumas cenas inverossímeis. A analogia da pandemia do Covid-19 com apocalipse zumbi trazem certa empatia nos momentos de distanciamento social.
Arquivo 81 (1ª Temporada)
3.6 218 Assista AgoraSérie bem montada, com uma ótima história centrada em um contexto de trauma de infância para dar significado e, ao mesmo tempo, utiliza a restauração para a história se desenvolver. O roteiro entrega personalidades marcantes para os personagens principais. É um terror bem humilde e eficiente, que aposta nos mistérios contidos nas fitas e que pouco a pouco vão se entrelaçando com o presente.
Blackout: A Batalha Final
2.8 37Filme de fim do mundo em que o herói não é norte americano, já vale a pena.
Imperdoável
3.6 521 Assista AgoraAs atuações e a trama principal seguram bem a obra, mas há decisões técnicas muito esquisitas: um personagem de repente viaja e não aparece mais; a outra que gera expectativa como coadjuvante, mal aparece no filme; a trama paralela não se resolve nem ajuda a desenvolver a história; a cena esperada da revelação simplesmente não acontece. O filme vale a pena, mas poderia ter focado na força da história e na atuação da Sandra Bullock, já seria suficiente.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraO ritmo é muito ruim. Como amante de sci-fi, gostei da atmosfera criada, do didatismo tentando explicar nomes, histórias e contextos. Porém, assistir a adaptação de uma obra pioneira é mais relevante quando a obra tem adaptações atualizadas e conversa com o público atual. Percebo um esforço muito grande de explicar e clamar por grandeza, mas a verdade é que é o roteiro é fraco e os personagens foram mal construídos.
Homem-Aranha: A Série Animada (1ª Temporada)
4.3 61 Assista AgoraPoder rever está pérola, cuja memória afetiva é grandiosa, é sensacional. Mais ainda quando percebo que o roteiro é fantástico.
Eternos
3.4 1,1K Assista AgoraUma história difícil de ser contada, cheia de contexto, literalmente de milhares de anos. Os flashbacks são naturalizados e vamos nos acostumando ao longo da obra em tê-los, sempre trazendo respostas para transparecer mais verdade e justificativa. É muito fácil criticar tempo de tela de um personagem e cobrar seriedade total da Marvel. É um sci-fi contemplativo e apoteótico, com ritmo calmo e palatável, mas os elementos da Marvel estão lá, forçados ás vezes, mas estão lá. Uma boa surpresa para mim, que já estou saturado da fórmula de heróis.
A Enviada do Mal
3.0 286 Assista AgoraO clima criado com a ambientação, as falas melancólicas, o ritmo, a cor cinzenta, toda essa atmosfera se harmoniza com o tema tratado no filme: solidão. A carência e apatia da personagem principal é contrastada gradativamente com a raiva e a violência iminente. Essa climax é construido com cautela, guardando mistérios, que podem ser descobertos durante a sessão ou até mesmo depois de assistir a obra, como foi no meu caso. A relação afetiva e o senso de pertencimento com a figura mítica do demônio tem uma abordagem original, pouco visitada no cinema de horror.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraApós acompanharmos o martírio de Lucas, é doloroso, mas compreensível ele querer continuar morando no mesmo local, tentar recuperar os amigos, a família. O personagem precisa ter um equilíbrio psicológico absurdo para retomar a vida e estabelecer confiança novamente. A obra é sobre falsas verdades, delírio coletivo, linchamento, papéis pautados numa sociedade cheia de tradições (e alguns preconceitos). É sobre o espectador, que mesmo depois da ótica privilegiada e didática do diretor sobre o protagonista, ainda duvida da inocência do Lucas.
A cena do Lucas com a pequena Klara no final, é uma das cenas mais angustiantes que já assisti. Há uma torcida desesperada para que Lucas não se aproxime, pois não há um ponto de retorno para o momento antes da acusação.
Um Match Surpresa
3.2 338 Assista AgoraÉ uma boa comédia romântica. Nesse gênero, é comum ter uma fórmula em que 1 do casal é alienado ou cheio de preconceitos. Neste caso, é a jornalista. É a mesma fórmula do patinho feio, que na verdade, esconde um grande talento ou beleza padrão escondida para os demais personagens, mas não para o espectadores. O Natal foi bem incorporado na história. Este filme também tem o grande mérito de fazer o espectador querer rever Duro de Matar.
Army of the Dead: Invasão em Las Vegas
2.8 956Tem boas cenas com zumbis, principalmente o tigre zumbi, mas de resto, é cheio de melodrama fora de hora, que não ajuda a amadurecer os personagens. A história quando parece que vai engatar, volta a chatear apresentando mais um drama pessoal. O filme erra em encher de personagens e querer abordar algo pessoal de cada um. Tem alguns que você até esquece que ainda estavam na história. Assistir antes o ótimo Exército de ladrões e fui na expectativa da sequência, esperando o último cofre em meio aos zumbis, mas percebi que neste o arrombador de cofres é apenas o alivio cômico.
Exército de Ladrões: Invasão da Europa
3.2 181Uma divertida comédia de ação, com muitas situações inverossímeis, mas com personagens coesos e com propósitos instigantes. O elo central é muito forte e bem apresentado nos momentos de tensão do filme. A fotografia se destaca, bem como as paisagens mais abertas, o que acaba sendo agradável para ambientar áreas externas e a arquitetura dos bancos. Não pouparam esforços em desenhar cofres bonitos e em fazer ótimas animações sobre a estrutura interna. Apesar de Army of the Dead ter sido lançado antes, a ordem correta é assistir este primeiro. E adianto que este consegue ser muito melhor.
Maligno
3.3 1,2KUma trama bem construída, que vai se desenhando aos poucos. Lembra muito o terror característico do Sam Raimi. É encantador ver um terror trash com movimentos de câmera inventivos, ver cenas de confrontos em planos abertos, ver cenários que remetem a fantasia típica do giallo italiano. É interessante como o diretor brinca com o tipo de terror que está sendo apresentado, ora um suspense, que caminha para um terror de espíritos e conclui com um trash de grande apelo popular, pela estética do Gabriel. Também é interessante a discussão nas entrelinhas sobre violência doméstica, pois é onde a história começa e afinal, é sobre um "homem" que subjuga uma mulher no âmago da sua psique.
Mortal Kombat
2.7 1,0K Assista AgoraA premissa do filme é muito boa: Um prólogo ambientado com samurais. Se o foco da obra fosse Scorpion x Sub-zero, teria sido um filme bem melhor. Este aqui, de forma geral, consegue ser pior do que o primeiro lá de 1995. O primeiro pelo menos tem um torneio acontecendo e tem uma unidade estilística mais agradável.
Batalha Bilionária: O Caso Google Earth
4.3 28 Assista AgoraUma excelente minissérie. Ao retratar os anos 90 na Alemanha, o primeiro episódio em tom documental consegue nos fazer perceber a pulsante empolgação com a Internet. A trilha sonora eletrônica, a veia artística, o grupo de hackers, a fotografia cinzenta com toques coloridos... Todos esses elementos ajudam a criar empatia pelos protagonistas e pelo Terra Vision. O que se segue é uma empolgante batalha judicial, mas sem deixar de lado a aura saudosista e inocente daqueles tempos.
What Happened, Brittany Murphy?
3.4 50Bastante sensacionalista, principalmente por não entregar respostas claras, pois não existem. A primeira parte com foco na carreira da atriz e nos desdobramentos das pressões sofridas são bem cativantes. Porém, quando o foco passa a ser o marido destoa consideravelmente. O doc sugere além do aceitável, ao invés de apenas apresentar os fatos. O gancho dado com a mãe do marido indica grandes revelações, mas depois afunda em comentários evasivos e pouco elucidativos. Vale a pena para conhecer mais da carreira da atriz e pelos depoimentos do legistas e investigadores.
O Culpado
3.0 453 Assista AgoraVim dar nota baixa para este filme horrível e ainda descubro que é mais um exemplar de remakes de filmes estrangeiros recentes.
Feios, Sujos e Malvados
4.2 107 Assista AgoraA obra traz uma dualidade sombria, pois podemos compreende-la como a representação elitista do pobre ou como uma representação de todas as mazelas sociais juntas e exageradas numa mesma família. Como representação preconceituosa, a visão deturpada de uma pessoa pobre incomoda e não tem nada de engraçado, pois é uma visão que omite a função social do trabalho que alguns ali exercem, omite o senso de comunidade, de bondade, omite cultura, representação da fé, amor próprio e o aproveitamento das raras oportunidade de melhorar de vida. Ao omitir a humanidade nos personagens, a visão elitista é legitimada aos olhares do espectador que é incapaz de dentro da sua bolha perceber que aquelas pessoas precisam de intervenção do Estado, de oportunidades, de justiça social, de dignidade, de proteção, de cuidado. Timidamente, a obra discute o abandono e desprezo da sociedade com aquelas pessoas. A presença da jovem adolescente é o único elemento de humanidade que nos mostra de forma melancólica, que aquela personagem tão representativa, apesar de não estar presa no cercadinho das crianças, está presa na realidade e não há maneira de fugir.
Memórias do Cárcere
3.8 49 Assista AgoraTalvez o contexto histórico fizesse mais sentido na época de lançamento do filme, mas vendo hoje, sinto que perdi alguma coisa sobre a 1° era Vargas. É difícil compreender a intenção, os motivos e o desenvolvimento individual de cada personagem. O personagem Graciliano é um observador, estranhamente blindado nas prisões. Por vezes, tive a sensação de que a memória nunca era dele, mas dos outros. Nenhum desses elementos diminuem as qualidades do filme: com cenas marcantes, diálogos inteligentes e situações que retratam bem as relações entre aqueles personagens, militares, ladrões e presos políticos. As 3h não incomodam se você for assistir numa tarde livre.
Kate
3.3 301 Assista AgoraUma bela encenação remetendo a várias referências, e aqui, em certo equilíbrio entre as norte americanas e japonesas. É daqueles filmes de ação que se preocupam em manter uma história curta e simples e que dá foco quase que integralmente a ambientação. A obra encontra o tom certo ao não se levar a sério, a ter um pouco de canastrice e a remeter a memória do espectador sem pudor: escolha sua referência e reviva esses momentos nessa roupagem pouco remodelada.
Round 6 (1ª Temporada)
4.0 1,2K Assista AgoraA premissa, a produção e a condução dos jogos envolvem muito bem. Há uma crítica social que é relevada pelo sentimento do espectador, que provavelmente muda de opinião sobre quem deve morrer. O final é um pouco desgastante. Fico com a reflexão da premissa: a ausência de educação financeira, o evento delimitador das mudanças, a queda, a negação da queda, os caminhos tortuosos para manter um status, a vida dos próximos sendo sugada e a vida miserável e sem propósito.