Gostei bastante da série. A primeira metade da temporada tem um ritmo frenético, que não te deixa respirar. A segunda metade perde um pouco do ritmo inicial, mas aprofunda alguns conflitos que, imagino, serão retomados na temporada 2. O episódio 3 foi, na minha opinião, o mais impactante e acrescentou um elemento sensível a mais na trama. Ninguém está a salvo.
Um dos meus filmes de terror preferidos de 2022. Li tanta comentário chamando a protagonista de burra que pensei "mais um clichê onde a pouca inteligência da mocinha faz o filme andar" e, em Barbarian, não vi uma protagonista burra, mas sim alguém agindo de boa fé
Eu fiquei com mto ódio quando ela vai entrando cada vez mais na casa, mas entendo que ela, diferente do idiota que tenta matar ela no final, realmente se importava em ajudar, a ponto de colocar em risco a sua vida.
Eu faria isso? Provavelmente não. Outra questão que me provocou e me deixou refletindo foi
a ligação da Tess, a protagonista, com a criatura, uma relação de cuidado, inclusive quando a Tess atira na criatura parece um "agora vc vai ser livre". Acabou sendo bonito ver essa conexão entre as duas mulheres, de alguma forma uma acabou protegendo a outra dos homens, os verdadeiros monstros desse filme, dois estupradores nojentos
Que filme, palmas mais uma vez para o cinema argentino. trilha sonora impecável, tom impecável, o filme não precisa ir para o melodrama para emocionar. Impossível não chorar, com aquele monólogo então... Para que não se repita, nunca mais.
Comecei a assistir sem nenhuma pretensão e no primeiro episódio já estava completamente presa. Os três últimos episódios são muito bons, no último ep tive de uma crise de riso quando
o personagem do Steve Martin levanta e enfrenta a Jane mesmo envenenado, parecia real dentro da narrativa, especialmente pq tem um ar de série noir que o detetive resolve tudo e sempre dá a volta por cima, e aí quando a série revela que tudo aquilo aconteceu na cabeça dele e na realidade ele tá emitindo grunhidos, foi sensacional
Faltou coragem pra matar a Max. Eu amo a personagem, ficaria triste em perder ela, mas o roteiro constrói o embate entre ela, o Vecna e a Eleven como realmente o início do fim, a medida do tamanho do poder do Vecna, aquela virada de chave do tipo "vcs perderam", e aí volta atrás. A cena da morte do Eddie foi linda, chorei um monte, mas quando ele morreu eu já sabia que a série não ia ter coragem de matar alguém importante, de novo. O Mike tava chato, nitidamente a personagem deixou de ser interessante comparada com o crescimento das demais, e aí pareceu muito forçada aquela cena dele falando com a El e dando força pra ela dar volta por cima. Tirando isso, chorei em várias cenas, o reencontro do Hooper com a El foi lindo, outra cena que eu tava esperando acontecer. o solo de guitarra foi um dos pontos altos do ep, a Kate Bush de fundo na volta por cima dos amigos foi de arrepiar tb.
Enfim, mais pontos positivos que negativos, mas a netflix e os produtores elevaram demais nossas expectativas, talvez por isso uma certa frustração ao final da temporada.
Wanda, a Vingadora mais poderosa, finalmente recebeu a atenção que merece no universo cinematográfico. Gosto mto da personagem e achei que ela foi mto bem construída. A Wanda é cinza, cheia de nuances e dubiedades que conseguimos ver mto bem na atuação Elizabeth Olsen. Que atriz! Finalmente deram um roteiro pra ela brilhar. Das séries da Marvel para o Disney Plus, é de longe a melhor.
Uma série que tem o seu próprio tempo e nos pede que nos conectemos com esse tempo sem urgência, contemplativo. E o diretor sabe como ninguém marcar esse compasso, aqueles takes geniais de por uma fotografia na tela, primeiro parece que travou o vídeo, mas depois você percebe que na vdd é um recurso usado para parar o tempo, congelar momentos especiais. De outra parte, que exercício de paciência aguentar o Fraser nos primeiros episódios, inclusive tive dificuldade de seguir, o ep 4 travou, mas decidi dar uma nova chance e felizmente o ep 5 é mto bom, fora da curva da série e engrena de vez.
A degradação mental e moral da personagem representa os efeitos de um trauma que não foi tratado. Enquanto Shauna e Taissa encontraram meios de viver, formaram uma família, tocaram a vida, Nat precisou lidar com o passado, não só o acidente, mas a violência vivida dentro de casa. A adolescente destruída sentimentalmente que usa a rebeldia como casca se transforma na mulher igualmente destruída que encarna o estereótipo da criança que nunca cresceu.
Acrescente ao trauma discussões sobre amizade tóxica, sexualidade reprimida, efeito manada, uma mitologia da floresta e cultos macabros. Preciso falar também sobre a Jackie, e o quanto essa personagem extremamente narcisista era importante para a manutenção de alguma "civilidade".
Embora a amizade dela com a Shauna fosse muito complicada, a Jackie representava aquela trava que, é horrível na vida real mas que naquele contexto selvagem, funcionava como a linha a não ser ultrapassada. No grupo, a mesma coisa, ela era a voz dissonante, quem constantemente dizia não e, convenhamos, em um grupo, essa pessoa é fundamental, pois ela vai acrescentar sempre a perspectiva contrária e fazer todo mundo repensar. Com a morte dessa personagem, o caminho está aberto.
Veremos o que a segunda temporada nos reserva. Ansiosa.
Série maravilhosa, o texto é sensacional, discute gênero, assédio, raça, sexualidade, sempre com um viés interessantíssimo, nada moralista, e fora o sarcasmo das piadas. Grata surpresa. Maratonei em dois dias.
Muito bom. Assistido em 20/04/22. Robert Pattinson é sim um excelente ator. O farol e agora Batman provam isso. Zoe Kravitz está maravilhosa, entregou a minha Selina favorita até agora. Matt Reeves veio pra deixar sua marca, assim como Nolan fez.
Robert Eggers me fez gostar de terror com A bruxa, que eu amo demais, e agora com O farol, reforça essa sensação. O diretor pede que a gente se entregue ao filme, e com certeza nem todo mundo vai se deixar levar pelo filme. Mas vale a pena a tentativa.
Filme muito interessante. Muitas simbologias que, confesso, não peguei sem ler algumas análises internet a fora. Vale a viagem. Assistido dia 20/03/2022.
as falas do Lou decorando podcast de empreendedorismo, inovação e usando isso na desumanização do indivíduo bem como da sociedade foi mto bem pensado. O neoliberalismo que se importa com cifras apenas e cria discursos e mais discursos pra submeter o indivíduo
A sequência final do filme é muito bem feita, a tensão foi tanta que refletiu no meu próprio corpo, meus ombros chegaram a ficar doloridos. por isso eu sugiro, evite ao máximo os spoilers. Sobre as personagens, Jodie Comer oferece mais uma atuação impressionante e se firma como uma das melhores atrizes da atualidade, os olhos dela tomam o primeiro plano e dizem ao espectador tudo o que a personagem não pode expressar em palavras. Matt Damon flutua bem entre o sujeito humilhado pelos seus pares e rude com a família, e o Adam Driver oferece muito bem o cinismo da sua personagem. O filme deixa muito clara qual das três versões é a verdadeira, não há margem para dúvidas.
Na minha perspectiva, o filme é, antes de tudo, sobre uma mulher violentada que não vê o silêncio como opção e, ao mesmo tempo, entende que o seu destino está traçado. Ela, sozinha, terá de lidar com as consequências do trauma e da vida naquele contexto violento e inóspito. A glória da vitória do marido, para ela, é apenas uma celebração vazia. Off: Quanta raiva eu senti da personagem do Ben Affleck, que conde nojento.
Ridley Scott nos presenteia com mais uma obra prima. The last duel é um filme pesado, difícil de processar, inquietante e oferece, ainda, uma perspectiva muito própria do espaço e papel da mulher na sociedade francesa da Idade Média. Vai para a minha lista de favoritos.
Nossa Bandeira é a Morte (1ª Temporada)
4.2 51 Assista AgoraOs diálogos dessa série são sensacionais. E o sarcasmo, nem se fala...
Alice in Borderland (1ª Temporada)
3.8 287 Assista AgoraGostei bastante da série. A primeira metade da temporada tem um ritmo frenético, que não te deixa respirar. A segunda metade perde um pouco do ritmo inicial, mas aprofunda alguns conflitos que, imagino, serão retomados na temporada 2.
O episódio 3 foi, na minha opinião, o mais impactante e acrescentou um elemento sensível a mais na trama. Ninguém está a salvo.
Aftersun
4.1 714Chorei chorei e chorei... escutar Under preassure nunca mais vai ser a mesma coisa
Noites Brutais
3.4 1,1K Assista AgoraUm dos meus filmes de terror preferidos de 2022. Li tanta comentário chamando a protagonista de burra que pensei "mais um clichê onde a pouca inteligência da mocinha faz o filme andar" e, em Barbarian, não vi uma protagonista burra, mas sim alguém agindo de boa fé
Eu fiquei com mto ódio quando ela vai entrando cada vez mais na casa, mas entendo que ela, diferente do idiota que tenta matar ela no final, realmente se importava em ajudar, a ponto de colocar em risco a sua vida.
a ligação da Tess, a protagonista, com a criatura, uma relação de cuidado, inclusive quando a Tess atira na criatura parece um "agora vc vai ser livre". Acabou sendo bonito ver essa conexão entre as duas mulheres, de alguma forma uma acabou protegendo a outra dos homens, os verdadeiros monstros desse filme, dois estupradores nojentos
Gostei demais do filme
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraQue show de metalinguagem. Assistido dia 04/01/2023.
Argentina, 1985
4.3 337Que filme, palmas mais uma vez para o cinema argentino. trilha sonora impecável, tom impecável, o filme não precisa ir para o melodrama para emocionar. Impossível não chorar, com aquele monólogo então... Para que não se repita, nunca mais.
Only Murders in the Building (1ª Temporada)
4.1 216Comecei a assistir sem nenhuma pretensão e no primeiro episódio já estava completamente presa. Os três últimos episódios são muito bons, no último ep tive de uma crise de riso quando
o personagem do Steve Martin levanta e enfrenta a Jane mesmo envenenado, parecia real dentro da narrativa, especialmente pq tem um ar de série noir que o detetive resolve tudo e sempre dá a volta por cima, e aí quando a série revela que tudo aquilo aconteceu na cabeça dele e na realidade ele tá emitindo grunhidos, foi sensacional
Águas Rasas
3.4 1,3K Assista AgoraNada extraordinário, mas é curto e tem um ótimo nível de tensão. Vale dar uma chance.
Assistido em 17/07/2022.
127 Horas
3.8 3,1K Assista AgoraOs 20 minutos finais são angustiantes demais.
O som do osso quebrando é uma tortura, especialmente se vc já sentiu a dor de um osso quebrado
Stranger Things (4ª Temporada)
4.2 1,0K Assista AgoraFaltou coragem pra matar a Max. Eu amo a personagem, ficaria triste em perder ela, mas o roteiro constrói o embate entre ela, o Vecna e a Eleven como realmente o início do fim, a medida do tamanho do poder do Vecna, aquela virada de chave do tipo "vcs perderam", e aí volta atrás. A cena da morte do Eddie foi linda, chorei um monte, mas quando ele morreu eu já sabia que a série não ia ter coragem de matar alguém importante, de novo. O Mike tava chato, nitidamente a personagem deixou de ser interessante comparada com o crescimento das demais, e aí pareceu muito forçada aquela cena dele falando com a El e dando força pra ela dar volta por cima. Tirando isso, chorei em várias cenas, o reencontro do Hooper com a El foi lindo, outra cena que eu tava esperando acontecer. o solo de guitarra foi um dos pontos altos do ep, a Kate Bush de fundo na volta por cima dos amigos foi de arrepiar tb.
Enfim, mais pontos positivos que negativos, mas a netflix e os produtores elevaram demais nossas expectativas, talvez por isso uma certa frustração ao final da temporada.
Jogador Nº 1
3.9 1,4K Assista AgoraCumpre os requisitos da jornada do herói, mas é uma ótima distração. 2h que passam voando.
WandaVision
4.2 840 Assista AgoraWanda, a Vingadora mais poderosa, finalmente recebeu a atenção que merece no universo cinematográfico. Gosto mto da personagem e achei que ela foi mto bem construída. A Wanda é cinza, cheia de nuances e dubiedades que conseguimos ver mto bem na atuação Elizabeth Olsen. Que atriz! Finalmente deram um roteiro pra ela brilhar. Das séries da Marvel para o Disney Plus, é de longe a melhor.
We Are Who We Are (1ª Temporada)
3.8 132Uma série que tem o seu próprio tempo e nos pede que nos conectemos com esse tempo sem urgência, contemplativo. E o diretor sabe como ninguém marcar esse compasso, aqueles takes geniais de por uma fotografia na tela, primeiro parece que travou o vídeo, mas depois você percebe que na vdd é um recurso usado para parar o tempo, congelar momentos especiais. De outra parte, que exercício de paciência aguentar o Fraser nos primeiros episódios, inclusive tive dificuldade de seguir, o ep 4 travou, mas decidi dar uma nova chance e felizmente o ep 5 é mto bom, fora da curva da série e engrena de vez.
O País sem Índios
4.2 1Excelente documentário.
The Wilds: Vidas Selvagens (2ª Temporada)
3.2 31Difícil chegar até o fim da temporada.
Yellowjackets (1ª Temporada)
3.8 220 Assista AgoraSobreviver não basta. na minha opinião Yellowjackets é principalmente uma série sobre trauma, e por isso gosto tanto da personagem Nat.
A degradação mental e moral da personagem representa os efeitos de um trauma que não foi tratado. Enquanto Shauna e Taissa encontraram meios de viver, formaram uma família, tocaram a vida, Nat precisou lidar com o passado, não só o acidente, mas a violência vivida dentro de casa. A adolescente destruída sentimentalmente que usa a rebeldia como casca se transforma na mulher igualmente destruída que encarna o estereótipo da criança que nunca cresceu.
Acrescente ao trauma discussões sobre amizade tóxica, sexualidade reprimida, efeito manada, uma mitologia da floresta e cultos macabros. Preciso falar também sobre a Jackie, e o quanto essa personagem extremamente narcisista era importante para a manutenção de alguma "civilidade".
Embora a amizade dela com a Shauna fosse muito complicada, a Jackie representava aquela trava que, é horrível na vida real mas que naquele contexto selvagem, funcionava como a linha a não ser ultrapassada. No grupo, a mesma coisa, ela era a voz dissonante, quem constantemente dizia não e, convenhamos, em um grupo, essa pessoa é fundamental, pois ela vai acrescentar sempre a perspectiva contrária e fazer todo mundo repensar. Com a morte dessa personagem, o caminho está aberto.
Veremos o que a segunda temporada nos reserva. Ansiosa.
A Vida Sexual das Universitárias (1ª Temporada)
4.2 110 Assista AgoraSérie maravilhosa, o texto é sensacional, discute gênero, assédio, raça, sexualidade, sempre com um viés interessantíssimo, nada moralista, e fora o sarcasmo das piadas. Grata surpresa. Maratonei em dois dias.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraMuito bom. Assistido em 20/04/22. Robert Pattinson é sim um excelente ator. O farol e agora Batman provam isso. Zoe Kravitz está maravilhosa, entregou a minha Selina favorita até agora. Matt Reeves veio pra deixar sua marca, assim como Nolan fez.
Não Matarás
3.3 113 Assista AgoraFora a sequência final que foge um pouco do pacto de realidade, gostei bastante do filme. Assistido 09/04/2022.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraRobert Eggers me fez gostar de terror com A bruxa, que eu amo demais, e agora com O farol, reforça essa sensação. O diretor pede que a gente se entregue ao filme, e com certeza nem todo mundo vai se deixar levar pelo filme. Mas vale a pena a tentativa.
A Lenda do Cavaleiro Verde
3.6 475 Assista AgoraFilme muito interessante. Muitas simbologias que, confesso, não peguei sem ler algumas análises internet a fora. Vale a viagem. Assistido dia 20/03/2022.
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraBom filme.
13/03/2022
as falas do Lou decorando podcast de empreendedorismo, inovação e usando isso na desumanização do indivíduo bem como da sociedade foi mto bem pensado. O neoliberalismo que se importa com cifras apenas e cria discursos e mais discursos pra submeter o indivíduo
A Criada
4.4 1,3K Assista AgoraMuito bom.
03/03/2022
O Último Duelo
3.9 327A sequência final do filme é muito bem feita, a tensão foi tanta que refletiu no meu próprio corpo, meus ombros chegaram a ficar doloridos. por isso eu sugiro, evite ao máximo os spoilers. Sobre as personagens, Jodie Comer oferece mais uma atuação impressionante e se firma como uma das melhores atrizes da atualidade, os olhos dela tomam o primeiro plano e dizem ao espectador tudo o que a personagem não pode expressar em palavras. Matt Damon flutua bem entre o sujeito humilhado pelos seus pares e rude com a família, e o Adam Driver oferece muito bem o cinismo da sua personagem. O filme deixa muito clara qual das três versões é a verdadeira, não há margem para dúvidas.
Na minha perspectiva, o filme é, antes de tudo, sobre uma mulher violentada que não vê o silêncio como opção e, ao mesmo tempo, entende que o seu destino está traçado. Ela, sozinha, terá de lidar com as consequências do trauma e da vida naquele contexto violento e inóspito. A glória da vitória do marido, para ela, é apenas uma celebração vazia.
Off: Quanta raiva eu senti da personagem do Ben Affleck, que conde nojento.
Ridley Scott nos presenteia com mais uma obra prima. The last duel é um filme pesado, difícil de processar, inquietante e oferece, ainda, uma perspectiva muito própria do espaço e papel da mulher na sociedade francesa da Idade Média. Vai para a minha lista de favoritos.