A vida e suas contradições, a ideia de (in)comunicação em família, paixões passadas, a euforia juvenil e outros sentimentos tão comuns a vida humana.
Talvez esse seja o ''problema'' com esse Cinema mais ''rotineiro'', muitos cinéfilos não estão habituados com um enredo não linear, com uma linguagem sutil e reflexiva.
Película extremamente doce que não foi feita para que você assista em um dia banal.
Sentimento de liberdade e transcendência. Tony Gatlif é assim, um diretor diferenciado. Filme completamente louco, assim como seus personagens que transmitem em nós, diversos sentimentos em conflito. Viajar sem dinheiro, como andarilhos, conviver com ciganos, a música que excita, a poesia. É sensorial por demais e não incomoda, ao contrário, fascina.
É a primeira vez que assisto um filme de Gaspar Noé. De fato, pelo que eu havia lido sobre ele, já esperava por uma obra 'caótica' com uma estética singular.
Uma obra impactante que começa a 'causar' aflição e angústia desde o início. Sejam fotografias e cenas de forma exacerbada em relação ao túnel e a cena que a antecede revela uma crueza admirável.
A sentença que molda o filme é a questão do tempo ou a 'demonização' dele e como 'ele' tem a capacidade de destruir-nos.
Atrevo-me a pensar nesta obra com uma essência que beira ao realismo, a calamidade do ser humano e suas formas de prazer que, de alguma forma causam ao espectador desconforto e vontade de que o filme termine imediatamente.
A sensibilidade que esse filme apresenta parece ser estritamente congênita nas obras de Honoré. Apresenta-nos a história de três pessoas no âmbito familiar, o pai e seus dois filhos em meio aos dilemas familiares reais.
As características de cada personagem presente no filme é munida de afeição e poesia que parece-me ser impossível não identificar-se com nenhum das personagens. Há 'pequenas' barreiras entre os relacionamentos entre pais e filhos, namorados e namoradas que não estão longe de nosso cotidiano.
A história inicia-se com um toque melancólico tão apaixonante juntamente com a atmosfera outonal que molda por inteiro o filme. Os diálogos, a exposição ao sentir e ser sentido, a fragilidade de nós mesmos.
No fim das contas, ''Em Paris'', é um filme para reunir amigos distantes e não distantes, familiares e, talvez pessoas importantes para saborear as aventuras e desventuras da vida.
Aprecio a Arte, e devo dizer que o 'causador' deste meu fascínio por pinturas, cores e materiais artísticos é justamente Van Gogh. Meu primeiro contato com Arte foi através deste ser, que com adversidade e taciturnidade encantou-me com suas obras.
Esta obra quase que documental, revela um lado de Vincent que poucos ousariam conhecer. A troca de cartas entre seu irmão, Theo é apenas um 'pano' transparente em meio a tanta poesia e melancolia em que embalam-se palavras proferidas por ambos.
Ademais, mostra-se sua trajetória como pintor (artista) e como ser humano também.
De mãos entrelaçadas com sua evolução pictórica misturada com tamanha solidão e misantropia.
Devo dizer que este filme parece-me um tanto quanto despretensioso, porém, nada espetacular. Desde de um enredo fútil e sem nexo, cuja 'razão' só é dita no fim do filme, ocasionando uma total perda de 'tempo' em quem assiste.
A única coisa interessante que posso 'salvar' deste filme, foi a atuação da 'mocinha', que também 'transformou-se' em outra pessoa ao ser colocada numa situação de perigo.
Sinceramente, como um filme do gênero 'gore', este não me é formidável.
De início, quem lê a sinopse deste filme em qualquer lugar da internet, irá pensar que trata-se de algo polêmico, e de fato, creio eu, ficará 'louco' para vê-lo. Mas, veja bem, isto está distante de nossa realidade? Não existem pessoas que estão 'regradas' ao âmbito da imoralidade e perversão que não podemos enxergar?
''Ma Mère'' é isto, a confusão de sentidos entre mãe e filho, a ideia de incesto cometido e pessoas também adeptas à uma vida de luxúria e devassidão, é um prato cheio de filosofia hedonista.
Honoré, em minha visão, não quis 'ser polêmico' para atrair espectadores ou coisa parecida, mas para mostrar-nos de alguma forma, a arte da libertinagem, no erotismo na vida de seres que abrem as portas para 'elas' entrarem.
Antes de mais nada, é evidente que a 'doçura' de um breve complexo de Édipo está presente no enredo deste filme, causando preocupações e levando em becos sem saída quem não está acostumado com este 'cinema'.
Em primeira mão, parece-me ser uma obra inquietante, melancólica e densa com traços documentais. O papel interpretado por Adrien Brody (Henry) leva-nos a sentirmos uma certa afeição para com o mesmo, apesar de apresentar uma frieza estampada em seus olhos. A desesperança para com o devir; e até mesmo, com o sistema educacional.
Com traços sutis de poesia, recordaram-me obras de Poe, Bukowski e, quiçá, uma pitada filosófica.
Sinceramente, não consigo dar risadas ou achar algo de ''bonitinho'' neste filme. Ao contrário, ''Bem-vindo à Casa de Bonecas'' desmascara uma realidade com uma cobertura de crueza que nem todos os filmes voltados à adolescência possuem. Confesso que a saída da infância para a adolescência é no mínimo frustrante, e Dawn sabe disso. Exposta em um âmbito familiar negligente, o fato de sentir-se sozinha neste mundo hostil, o descaso de sua professora e outros elementos que caminham para esse ciclo. Torno-me a pensar que, talvez, o que Dawn queria era amor. Amor não correspondido por seus pais e nem por seus irmãos. A pequena criatura que apenas queria sentir uma pequena dose do ''ser amada''. Em alguns aspectos, vejo que Dawn chega a ser rude com o único amigo que possuía. Porém, com sua ''cabecinha'' transtornada parece-me ser compreensível tais atitudes. Ademais, era apenas uma criança, a querer encaixar-se no mundo e nos padrões impostos ao seu redor.
A pitada de humor negro foi de bom grado nessa obra.
Dentro do universo desse filme, encontramo-nos com Ramón, um homem comum em condições incomuns. Observamos o afeto que sua família possui para com ele e o fato de não aceitarem que ele ''acabe'' com sua própria vida. De algum modo, não respeitando sua liberdade. A tão idealizada e sonhada morte que desejava. Esse desejo de morrer que Ramón possuía, parece-me ser estritamente reflexivo e poético. Ademais, não consigo pensar neste título e em algumas cenas em que o mar é o protagonista, e não mencionar que há uma vontade de poetar sobre esse mar. Mar que deu a vida à Ramón e depois a retirou. É inevitável não sentir um carinho por este homem; extremamente racional e inteligente. Pensar e até mesmo falar do termo ''Eutanásia'' gera controvérsias.
Feche os olhos por alguns instantes, imagine uma bela praia, o vento a bater em teu rosto... Esta é a sensação que tive ao assistir ''Mar Adentro''.
''Depois de Horas'', leva-nos em um trajeto cômico e alucinante. Pensar em sair de nossa zona de conforto, de modo geral, encontra-se fora de cogitação. No sentido dos problemas e desventuras que tal ''fuga'' pode nos proporcionar.
Esse filme retrata isso, o ato de sairmos do conforto e nos ''aventurarmos'' nas ruas e avenidas da vida. O que para Paul, poderia ser uma noite comum com uma garota, acaba transformando-se numa ''corrida'' transviada e sem fim.
Temos outras refilmagens que abordam o mesmo assunto como ''Das Experiment'', de 2001 e ''The Experiment'', de 2010.
Aliás, é baseado no livro do próprio Zimbardo, ''The Effect Lucifer.''
''The Stanford Prison Experiment'' mostra-nos como o poder dado aqueles que obtiveram tal ''proeza'' pode nos revelar nossas mais variadas facetas. Vê-se que os próprios ''guardas'' haviam perdido o ''controle'' de suas mentes aparentemente normais.
A meu ver, Dr. Zimbardo propôs essa experiência sem pensar que levaria a uma preocupação maior. A interferência do ambiente, de certo modo, também influenciou para que alguns dos ''prisioneiros'' fossem à beira da loucura, sujeitos a péssimas condições de vida.
Como o abuso verbal, físico e psicológico pode nos afetar de forma gradativa. Tornando-nos verdadeiros seres irracionais.
O diálogo final entre Erza Miller e Michael Angarano tenha sido, talvez, o ápice do filme.
''Brahman Naman'' parece-me ser um filme do gênero besteirol. Uma espécie de gênero americano que estamos costumados a assistir. Não há nada de extraordinário, distinto e/ou inovador. A atmosfera indiana por ter dado um novo ar ao contexto, mas nada que tenha me convencido. Contudo, se você está a procurar por este gênero de filme, ''Brahman Naman'' é uma boa escolha.
Uma experiência melancólica e sensível. Característica que pode ser observada na cinematografia asiática.
Kenji é a essência do ser taciturno e a sensibilidade exprimidas na tela. A descrença na vida, o vazio imenso ocasionado pela própria existência e a falta de sentido acerca de tudo. A junção desses elementos dá-se nesta obra que pode ser considerada sublime e até mesmo, poética. As referências da famosa máfia japonesa são impagáveis.
Sobre o final? Sinceramente, não sei dizer. Creio ser um final subjetivo. Algo que deve crescer e se desenvolver no pensamento de cada um.
A vida de pessoas comuns e suas experiências de vida singulares. Edifício Master é uma obra cinematográfica em que você prende os olhos ao observar vidas tão longínquas e diferentes da sua, da minha vida. Refiro-me ao termo "diferente" e até mesmo "longínquo" no sentido de não estarmos aptos a enxergar momentos, vidas de pessoas não próximas a nós. Há sentimento de inexistência por parte dos próprios moradores que ali residiam. Eduardo Coutinho retrata aqui, a simplicidade de ser quem se é. Algo que me deixa pensar num lado poético da situação é ver que grande parte dos entrevistados moram em Copacabana e suas condições sociais são completamente díspares ao olhos de quem pensa apenas existência na camada burguesa neste bairro. Essas vidas excluídas são as cenas, os retratos que quero levar comigo. Quero ver e experimentar. Há risadas, tristezas, filosofias por trás dessa atmosfera diversificada. É diversidade.
Apesar de tudo, creio ser fundamental, transmitir esse documentário em salas de aula. Essencialmente, nas aulas de Sociologia e Língua Portuguesa.
Neste filme, Victor Salva deixa a desejar com um enredo sem sentido e atuações piores ainda. Uma grande perda de tempo. Talvez, o(s) garoto(s) sejam só seres insanos a procurar por alguma ''diversão''.
Há carinho por esse filme. Eu até poderia dizer que tal filme é um clássico. Analisando o mesmo, temos um filme de aspecto sublime que podemos ver de forma nítida. A relação de professor para com os alunos é de se admirar. Gostaria de ter tido essa experiência gratificante que deve ser ter um professor como Keating (Se é que há algum professor com postura semelhante). Uma obra que mistura poesia, arte e até filosofia para nos mostrar que a escrita/grafia pode levar além.
Outro ponto que não posso deixar de mencionar é o poder que a palavra, se usada de forma correta pode ter. A linguagem notável pode modificar até um ambiente autoritário como é retratado no filme.
Observando ''13 Fantasmas'', eu até esperava algo mais assustador... Porém, ao ver alguns minutos, vi que essa não era a finalidade do filme. É um filme que de certa forma até diverte. Não há nada assustador ou traumático. Mas, para quem não gosta de um ''terror leve'' perderá tempo, pois poderá achar tal filme maçante. Quanto aos personagens, os fantasmas me perecem fazer parte de algum episódio de animação para crianças ou até algum episódio de ''Supernatural''. Não há nada de distinto nesse filme que faça achá-lo divino ou algo do tipo. Talvez, até se encaixe numa sessão da tarde qualquer.
Ao observar esse filme biográfico, a sensação que tive foi a de estar presente ali juntamente com o Tobias Wolff e as coisas que o cercavam. Essa obra cinematográfica ainda traz uma realidade de muitas crianças/jovens que não têm o ''padrão perfeito'' de uma família e acabam sendo influenciados por coisas que estão do lado de ''fora''. Esse é um fator inevitável. Todavia, com o desenrolar dos fatos, nós crescemos, choramos, sentimos raiva etc. E até somos capazes de nos colocar no lugar de T. Wolff.
É um filme sem muitas firulas. É tão simples e ao mesmo tempo tão real. É, e sem contar que esse título traduzido para português (br) estragou completamente o contexto.
Falemos de questões políticas e religiosas neste filme tão singelo e belo. A delicadeza em que o enredo ''corre'' é um deleite. A fotografia que sempre gosto de ressaltar em determinados filmes iguais a este. Todavia, filmes com um ''cenário'' independente são sempre bem-vindos.
Nunca tinha visto um filme com esses aspectos (aspectos que ainda estou tentando compreender) que prenderam firmemente neste filme. Não consigo ver um ponto ruim neste filme. Ah! E os personagens? Todos me cativaram de uma forma tão bonita. Aliás, tenho que destacar a personagem ''Agrado'' que deu um pouco humor em filme tão belo como este. Parabéns a Almodóvar e que ele continue a fazer filmes com ''sentimento''.
Talvez, seja um filme bem relativo para quem assiste. Não supriu minhas expectativas (expectativas utópicas) ao ter visto resenhas e comentários superestimados que de certa forma me cegaram e me fizeram esperar um filme que não consegui enxergar ao realmente ter visto o mesmo.
Roteiro parado como se a história não saísse do lugar e personagens com a mesma finalidade. Nada me cativou.
Em meu ponto de vista, ''Super Size Me - A Dieta do Palhaço'', Spurlock resolveu mostrar toda essa ''camada podre'' que existe por baixo das famosas indústrias de fast food (junkie food) espalhadas pelo mundo e tudo de ruim que a má alimentação desses alimentos podem interferir em sua vida e em seus relacionamentos sociais.
Estou sem palavras para expressar tal sentimento que tive depois de ver esse maravilhoso documentário... Estamos tão acostumados com nossas rotinas tão maçantes que esquecemos de enxergar o que está mais além. Esse documentário é apaixonante.
Comprar Ingressos
Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.
Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.
Os Meyerowitz: Família Não se Escolhe (Histórias Novas e Selecionadas)
3.4 257 Assista AgoraA vida e suas contradições, a ideia de (in)comunicação em família, paixões passadas, a euforia juvenil e outros sentimentos tão comuns a vida humana.
Talvez esse seja o ''problema'' com esse Cinema mais ''rotineiro'', muitos cinéfilos não estão habituados com um enredo não linear, com uma linguagem sutil e reflexiva.
Película extremamente doce que não foi feita para que você assista em um dia banal.
Exílios
3.8 40Sentimento de liberdade e transcendência. Tony Gatlif é assim, um diretor diferenciado. Filme completamente louco, assim como seus personagens que transmitem em nós, diversos sentimentos em conflito. Viajar sem dinheiro, como andarilhos, conviver com ciganos, a música que excita, a poesia. É sensorial por demais e não incomoda, ao contrário, fascina.
Irreversível
4.0 1,8K Assista AgoraÉ a primeira vez que assisto um filme de Gaspar Noé. De fato, pelo que eu havia lido sobre ele, já esperava por uma obra 'caótica' com uma estética singular.
Uma obra impactante que começa a 'causar' aflição e angústia desde o início. Sejam fotografias e cenas de forma exacerbada em relação ao túnel e a cena que a antecede revela uma crueza admirável.
A sentença que molda o filme é a questão do tempo ou a 'demonização' dele e como 'ele' tem a capacidade de destruir-nos.
Atrevo-me a pensar nesta obra com uma essência que beira ao realismo, a calamidade do ser humano e suas formas de prazer que, de alguma forma causam ao espectador desconforto e vontade de que o filme termine imediatamente.
Em Paris
3.7 252A sensibilidade que esse filme apresenta parece ser estritamente congênita nas obras de Honoré. Apresenta-nos a história de três pessoas no âmbito familiar, o pai e seus dois filhos em meio aos dilemas familiares reais.
As características de cada personagem presente no filme é munida de afeição e poesia que parece-me ser impossível não identificar-se com nenhum das personagens. Há 'pequenas' barreiras entre os relacionamentos entre pais e filhos, namorados e namoradas que não estão longe de nosso cotidiano.
A história inicia-se com um toque melancólico tão apaixonante juntamente com a atmosfera outonal que molda por inteiro o filme. Os diálogos, a exposição ao sentir e ser sentido, a fragilidade de nós mesmos.
No fim das contas, ''Em Paris'', é um filme para reunir amigos distantes e não distantes, familiares e, talvez pessoas importantes para saborear as aventuras e desventuras da vida.
Van Gogh: Pintando com Palavras
4.5 51Aprecio a Arte, e devo dizer que o 'causador' deste meu fascínio por pinturas, cores e materiais artísticos é justamente Van Gogh. Meu primeiro contato com Arte foi através deste ser, que com adversidade e taciturnidade encantou-me com suas obras.
Esta obra quase que documental, revela um lado de Vincent que poucos ousariam conhecer. A troca de cartas entre seu irmão, Theo é apenas um 'pano' transparente em meio a tanta poesia e melancolia em que embalam-se palavras proferidas por ambos.
Ademais, mostra-se sua trajetória como pintor (artista) e como ser humano também.
De mãos entrelaçadas com sua evolução pictórica misturada com tamanha solidão e misantropia.
Você é o Próximo
3.2 1,5K Assista AgoraDevo dizer que este filme parece-me um tanto quanto despretensioso, porém, nada espetacular. Desde de um enredo fútil e sem nexo, cuja 'razão' só é dita no fim do filme, ocasionando uma total perda de 'tempo' em quem assiste.
A única coisa interessante que posso 'salvar' deste filme, foi a atuação da 'mocinha', que também 'transformou-se' em outra pessoa ao ser colocada numa situação de perigo.
Sinceramente, como um filme do gênero 'gore', este não me é formidável.
Minha Mãe
2.8 243De início, quem lê a sinopse deste filme em qualquer lugar da internet, irá pensar que trata-se de algo polêmico, e de fato, creio eu, ficará 'louco' para vê-lo. Mas, veja bem, isto está distante de nossa realidade? Não existem pessoas que estão 'regradas' ao âmbito da imoralidade e perversão que não podemos enxergar?
''Ma Mère'' é isto, a confusão de sentidos entre mãe e filho, a ideia de incesto cometido e pessoas também adeptas à uma vida de luxúria e devassidão, é um prato cheio de filosofia hedonista.
Honoré, em minha visão, não quis 'ser polêmico' para atrair espectadores ou coisa parecida, mas para mostrar-nos de alguma forma, a arte da libertinagem, no erotismo na vida de seres que abrem as portas para 'elas' entrarem.
Antes de mais nada, é evidente que a 'doçura' de um breve complexo de Édipo está presente no enredo deste filme, causando preocupações e levando em becos sem saída quem não está acostumado com este 'cinema'.
O Substituto
4.4 1,7K Assista AgoraEm primeira mão, parece-me ser uma obra inquietante, melancólica e densa com traços documentais. O papel interpretado por Adrien Brody (Henry) leva-nos a sentirmos uma certa afeição para com o mesmo, apesar de apresentar uma frieza estampada em seus olhos. A desesperança para com o devir; e até mesmo, com o sistema educacional.
Com traços sutis de poesia, recordaram-me obras de Poe, Bukowski e, quiçá, uma pitada filosófica.
Bem-Vindo à Casa de Bonecas
3.9 228Sinceramente, não consigo dar risadas ou achar algo de ''bonitinho'' neste filme. Ao contrário, ''Bem-vindo à Casa de Bonecas'' desmascara uma realidade com uma cobertura de crueza que nem todos os filmes voltados à adolescência possuem. Confesso que a saída da infância para a adolescência é no mínimo frustrante, e Dawn sabe disso. Exposta em um âmbito familiar negligente, o fato de sentir-se sozinha neste mundo hostil, o descaso de sua professora e outros elementos que caminham para esse ciclo. Torno-me a pensar que, talvez, o que Dawn queria era amor. Amor não correspondido por seus pais e nem por seus irmãos. A pequena criatura que apenas queria sentir uma pequena dose do ''ser amada''. Em alguns aspectos, vejo que Dawn chega a ser rude com o único amigo que possuía. Porém, com sua ''cabecinha'' transtornada parece-me ser compreensível tais atitudes. Ademais, era apenas uma criança, a querer encaixar-se no mundo e nos padrões impostos ao seu redor.
A pitada de humor negro foi de bom grado nessa obra.
Mar Adentro
4.2 607Dentro do universo desse filme, encontramo-nos com Ramón, um homem comum em condições incomuns. Observamos o afeto que sua família possui para com ele e o fato de não aceitarem que ele ''acabe'' com sua própria vida. De algum modo, não respeitando sua liberdade. A tão idealizada e sonhada morte que desejava. Esse desejo de morrer que Ramón possuía, parece-me ser estritamente reflexivo e poético. Ademais, não consigo pensar neste título e em algumas cenas em que o mar é o protagonista, e não mencionar que há uma vontade de poetar sobre esse mar. Mar que deu a vida à Ramón e depois a retirou. É inevitável não sentir um carinho por este homem; extremamente racional e inteligente. Pensar e até mesmo falar do termo ''Eutanásia'' gera controvérsias.
Feche os olhos por alguns instantes, imagine uma bela praia, o vento a bater em teu rosto... Esta é a sensação que tive ao assistir ''Mar Adentro''.
Depois de Horas
4.0 453 Assista Agora''Depois de Horas'', leva-nos em um trajeto cômico e alucinante. Pensar em sair de nossa zona de conforto, de modo geral, encontra-se fora de cogitação. No sentido dos problemas e desventuras que tal ''fuga'' pode nos proporcionar.
Esse filme retrata isso, o ato de sairmos do conforto e nos ''aventurarmos'' nas ruas e avenidas da vida. O que para Paul, poderia ser uma noite comum com uma garota, acaba transformando-se numa ''corrida'' transviada e sem fim.
Uma obra intrigante.
O Experimento de Aprisionamento de Stanford
3.8 332 Assista AgoraTemos outras refilmagens que abordam o mesmo assunto como ''Das Experiment'', de 2001 e ''The Experiment'', de 2010.
Aliás, é baseado no livro do próprio Zimbardo, ''The Effect Lucifer.''
''The Stanford Prison Experiment'' mostra-nos como o poder dado aqueles que obtiveram tal ''proeza'' pode nos revelar nossas mais variadas facetas. Vê-se que os próprios ''guardas'' haviam perdido o ''controle'' de suas mentes aparentemente normais.
A meu ver, Dr. Zimbardo propôs essa experiência sem pensar que levaria a uma preocupação maior. A interferência do ambiente, de certo modo, também influenciou para que alguns dos ''prisioneiros'' fossem à beira da loucura, sujeitos a péssimas condições de vida.
Como o abuso verbal, físico e psicológico pode nos afetar de forma gradativa. Tornando-nos verdadeiros seres irracionais.
O diálogo final entre Erza Miller e Michael Angarano tenha sido, talvez, o ápice do filme.
Brahman Naman
2.3 11 Assista Agora''Brahman Naman'' parece-me ser um filme do gênero besteirol. Uma espécie de gênero americano que estamos costumados a assistir. Não há nada de extraordinário, distinto e/ou inovador. A atmosfera indiana por ter dado um novo ar ao contexto, mas nada que tenha me convencido. Contudo, se você está a procurar por este gênero de filme, ''Brahman Naman'' é uma boa escolha.
A Última Vida no Universo
3.9 39Uma experiência melancólica e sensível. Característica que pode ser observada na cinematografia asiática.
Kenji é a essência do ser taciturno e a sensibilidade exprimidas na tela. A descrença na vida, o vazio imenso ocasionado pela própria existência e a falta de sentido acerca de tudo. A junção desses elementos dá-se nesta obra que pode ser considerada sublime e até mesmo, poética. As referências da famosa máfia japonesa são impagáveis.
Sobre o final? Sinceramente, não sei dizer. Creio ser um final subjetivo. Algo que deve crescer e se desenvolver no pensamento de cada um.
Edifício Master
4.3 372 Assista AgoraA vida de pessoas comuns e suas experiências de vida singulares. Edifício Master é uma obra cinematográfica em que você prende os olhos ao observar vidas tão longínquas e diferentes da sua, da minha vida. Refiro-me ao termo "diferente" e até mesmo "longínquo" no sentido de não estarmos aptos a enxergar momentos, vidas de pessoas não próximas a nós. Há sentimento de inexistência por parte dos próprios moradores que ali residiam. Eduardo Coutinho retrata aqui, a simplicidade de ser quem se é. Algo que me deixa pensar num lado poético da situação é ver que grande parte dos entrevistados moram em Copacabana e suas condições sociais são completamente díspares ao olhos de quem pensa apenas existência na camada burguesa neste bairro. Essas vidas excluídas são as cenas, os retratos que quero levar comigo. Quero ver e experimentar. Há risadas, tristezas, filosofias por trás dessa atmosfera diversificada. É diversidade.
Apesar de tudo, creio ser fundamental, transmitir esse documentário em salas de aula. Essencialmente, nas aulas de Sociologia e Língua Portuguesa.
A Vila do Medo
1.9 234 Assista AgoraNeste filme, Victor Salva deixa a desejar com um enredo sem sentido e atuações piores ainda. Uma grande perda de tempo. Talvez, o(s) garoto(s) sejam só seres insanos a procurar por alguma ''diversão''.
''A Vila do Medo'', tem certeza?
Sociedade dos Poetas Mortos
4.3 2,3K Assista AgoraHá carinho por esse filme. Eu até poderia dizer que tal filme é um clássico. Analisando o mesmo, temos um filme de aspecto sublime que podemos ver de forma nítida. A relação de professor para com os alunos é de se admirar. Gostaria de ter tido essa experiência gratificante que deve ser ter um professor como Keating (Se é que há algum professor com postura semelhante). Uma obra que mistura poesia, arte e até filosofia para nos mostrar que a escrita/grafia pode levar além.
Outro ponto que não posso deixar de mencionar é o poder que a palavra, se usada de forma correta pode ter. A linguagem notável pode modificar até um ambiente autoritário como é retratado no filme.
13 Fantasmas
2.9 657 Assista AgoraObservando ''13 Fantasmas'', eu até esperava algo mais assustador... Porém, ao ver alguns minutos, vi que essa não era a finalidade do filme. É um filme que de certa forma até diverte. Não há nada assustador ou traumático. Mas, para quem não gosta de um ''terror leve'' perderá tempo, pois poderá achar tal filme maçante. Quanto aos personagens, os fantasmas me perecem fazer parte de algum episódio de animação para crianças ou até algum episódio de ''Supernatural''. Não há nada de distinto nesse filme que faça achá-lo divino ou algo do tipo. Talvez, até se encaixe numa sessão da tarde qualquer.
O Despertar de um Homem
3.7 260 Assista AgoraAo observar esse filme biográfico, a sensação que tive foi a de estar presente ali juntamente com o Tobias Wolff e as coisas que o cercavam. Essa obra cinematográfica ainda traz uma realidade de muitas crianças/jovens que não têm o ''padrão perfeito'' de uma família e acabam sendo influenciados por coisas que estão do lado de ''fora''. Esse é um fator inevitável. Todavia, com o desenrolar dos fatos, nós crescemos, choramos, sentimos raiva etc. E até somos capazes de nos colocar no lugar de T. Wolff.
É um filme sem muitas firulas. É tão simples e ao mesmo tempo tão real. É, e sem contar que esse título traduzido para português (br) estragou completamente o contexto.
Uma Garrafa no Mar de Gaza
4.1 136Falemos de questões políticas e religiosas neste filme tão singelo e belo. A delicadeza em que o enredo ''corre'' é um deleite. A fotografia que sempre gosto de ressaltar em determinados filmes iguais a este. Todavia, filmes com um ''cenário'' independente são sempre bem-vindos.
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraNunca tinha visto um filme com esses aspectos (aspectos que ainda estou tentando compreender) que prenderam firmemente neste filme. Não consigo ver um ponto ruim neste filme. Ah! E os personagens? Todos me cativaram de uma forma tão bonita. Aliás, tenho que destacar a personagem ''Agrado'' que deu um pouco humor em filme tão belo como este. Parabéns a Almodóvar e que ele continue a fazer filmes com ''sentimento''.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraTalvez, seja um filme bem relativo para quem assiste. Não supriu minhas expectativas (expectativas utópicas) ao ter visto resenhas e comentários superestimados que de certa forma me cegaram e me fizeram esperar um filme que não consegui enxergar ao realmente ter visto o mesmo.
Roteiro parado como se a história não saísse do lugar e personagens com a mesma finalidade. Nada me cativou.
Super Size Me - A Dieta do Palhaço
3.7 495 Assista AgoraEm meu ponto de vista, ''Super Size Me - A Dieta do Palhaço'', Spurlock resolveu mostrar toda essa ''camada podre'' que existe por baixo das famosas indústrias de fast food (junkie food) espalhadas pelo mundo e tudo de ruim que a má alimentação desses alimentos podem interferir em sua vida e em seus relacionamentos sociais.
Humano - Uma Viagem pela Vida
4.7 326 Assista AgoraEstou sem palavras para expressar tal sentimento que tive depois de ver esse maravilhoso documentário... Estamos tão acostumados com nossas rotinas tão maçantes que esquecemos de enxergar o que está mais além.
Esse documentário é apaixonante.