Thaís

é um filme que tenta ser bem trabalhado com um ritmo vagaroso, mas não foge do convencional de um tema já batido. Apesar de criar uma tensão efetiva no primeiro ato do filme, ele não surpreende durante seu desenvolvimento e o telespectador já desconfia de como o tudo vai acabar. Francamente falando, uma chatice do inicio ao fim mesmo, pela sinopse achei que o filme entregaria muito mais do que entregou. Talvez deslize meu por criar muita expectativa.

chocada em ny com o plot

O filme utiliza de elementos fantásticos e suspensão de realidade para mostrar a brutalidade da misoginia, é gore, é pesado, é sangrento e é triste. Coralie não coloca Jen como uma personagem fútil e sedutora por acaso, coloca porque sabe que este vai ser um pretexto para que certos telespectadores gritem: UÉ, MAS A MULHER É MÓ OFERECIDA, QUERIA O QUÊ? (inclusive aqui nesses comentários já enxerguei vários nesse naipe) exemplificando bem a culpabilização da mulher quando ela sofre algum tipo de violência. "Ela fez por onde" "Se não tivesse usando tal roupa isso não teria acontecido" e afins.

Esse filme se parece muito com "Doce Vingança", mas eu particularmente o acho superior. Ao contrário do segundo, ele não se apoia em meia hora (se brincar deve ser mais) de cenas gratuitas de violência sexual e em + meia hora de tortura. Apesar de ser caricato as vezes, ele passa a mensagem.