Muita gente hoje não sabe, mas os Novos Titãs (hoje chamados simplesmente de "Titãs") já foram os personagens mais populares da DC.
No começo dos anos 80, quando a DC resolveu repaginar a antiga Turma Titã (formada pelas versões "júnior" dos heróis da Liga da Justiça, Moça-Maravilha, Robin, Aqualad e Kid Flash, entre outros), transformando-a nos Novos Titãs para concorrer com os X-Men da Marvel (então na crista da onda), incorporando novos personagens, todos cheios de dramas pessoais, como Estelar, Ravena, Ciborgue, Mutano e, mais tarde, Terra e Jericó, o sucesso do grupo foi tão grande que por muito tempo ele foi muito mais popular e importante para a editora que a própria Liga da Justiça.
Isso porque Marv Wolfman e George Pérez formavam uma dupla imbatível, à altura de Chris Claremont e John Byrne (X-Men), criando histórias cheias de ação que faziam com que os personagens se destacassem e amadurecessem pouco a pouco (assim, Robin virou Asa Noturna e a Moça-Maravilha virou Tróia), tudo isso às voltas com uma galeria de vilões que realmente movimentavam as coisas (Trigon, Irmão Sangue, Gnu, Exterminador, etc).
Com o tempo, claro, a dupla perdeu seu vigor, Pérez acabou saindo e as histórias foram pouco a pouco caindo de qualidade a tal ponto que, no começo dos anos 90, a DC praticamente desistiu dos Titãs e o grupo entrou na "geladeira" até o fim daquela década.
Para que dizer tudo isso? Porque essa série de televisão tem a proposta exatamente de se basear na fase mais popular desse grupo para tentar repetir na telinha o sucesso dos quadrinhos dos anos 80.
Conseguiu?
De forma alguma.
A primeira temporada até mostrou ser uma série com potencial. Poucos personagens principais e apenas um vilão central. Tudo muito longe dos conceitos das histórias originais, mas ainda assim aceitável considerando as limitações de uma série de televisão de baixo custo (simplesmente não havia orçamento para mostrar os poderes dos personagens em toda a sua plenitude, o personagem que mais sofreu com isso foi Mutano/Rapaz-Fera).
Mas se já a primeira temporada era promissora, terminou de forma estúpida, tendo sua conclusão apenas no primeiro episódio da segunda temporada.
Já nessa segunda temporada, a coisa desandou a um tal ponto que praticamente não tem como se ter uma ideia do que os produtores estavam querendo/esperando.
Para começo de conversa, COMO EM TODAS AS SÉRIES DA DC, há muito dramalhão desnecessário. Todos sabemos que a função desse "recurso" é só encher linguiça, pois tudo acaba se resolvendo de uma forma ou de outra. Mas o foco acaba se diluindo por uma sem número de questões pessoais (o Exterminador e seus filhos, Dick Grayson e Bruce Wayne, Superboy e o Projeto Cadmus, os dilemas dos antigos Titãs, Rapina e Columba indo e voltando, o segundo Robin em ataques de "ninguém me compreende", etc, etc) de modo que o que deveria ser o principal motor da história- o desenvolvimento dos Titãs como uma equipe e uma família- acaba sempre em segundo plano, de tal modo que você se surpreende no fim de um episódio quando vê um pouco de ação, se perguntando, porra, eles se lembraram que isso é uma série de super-heróis?
Há várias questões que vão ficando sem resposta com o passar dos episódios, HÁ PERSONAGENS DEMAIS, muita gente é introduzida aqui sem a menor necessidade- para que Rapina e Columba nesta série, quando esses dois personagens nunca tiveram qualquer importância para os Titãs clássicos? Para que a presença constante de Bruce Wayne nessa série? Para que introduzir desde logo o Superboy e Jericó? Não seria muito mais interessante uma trama envolvendo o Exterminador aos moldes do "Contrato de Judas"? Para que enfiar o Dr Luz e o Projeto Cadmus aqui? O resultado dessa salada toda é que as histórias que eles começaram a desenvolver na primeira temporada são tão retalhadas aqui que você acaba não se importando mais com nenhum personagem, nem com Ravena, que foi a protagonista da primeira parte e aqui aparece completamente apagada (e com todos os seus dilemas resolvidos). Ok, Robin tem sua história mais bem trabalhada, isso, claro, por ser o personagem mais fácil de trabalhar (não tem poderes), mas todo o dramalhão envolvendo ele e Bruce Wayne já cansa lá pelo terceiro, quarto episódio.
Por falar em Bruce Wayne, EU ATÉ AGORA NÃO ENTENDI PORQUE COLOCARAM O BATMAN NESTA SÉRIE. O personagem não tinha qualquer relevância para os Novos Titãs de Wolfman e Perez, mas aqui aparece como a "consciência oculta" da equipe. Isso sem falar que a diferença de idade entre Wayne e Grayson é totalmente discrepante em relação às HQs. Provavelmente, os produtores pensaram: tudo que tem Batman tem audiência. Bobagem pura, já que ele sequer aparece de uniforme, estando aparentemente aposentado.
Outro ponto de total destaque (negativo) nessa série é a insistência em relacionamentos que não tem nada a ver com os personagens envolvidos: Robin e Columba, Moça Maravilha e Aqualad, Ravena e Mutano. Eu não saberia dizer se em encarnações recentes dos Titãs esses relacionamentos fazem parte do cânone, mas na série em si eles têm a profundidade de um pires.
Enfim, dá para se alongar enormemente falando dos pontos RUINS dessa série, porque pontos bons quase não existem. Digamos que, em termos de qualidade, essa série só fica à frente da série "Inumanos", da Marvel. Como em toda série da DC, muito drama e pouca ação (tudo se resolvendo de forma tão simplista que você se pergunta- para quê o drama??), personagens poderosos que mal usam seus poderes por falta de orçamento, etc.
Se continuasse focada em poucos personagens, com a introdução paulatina e convincente de outros, teria tudo para ser melhor que a primeira temporada. Tal como ficou, porém, é muito inferior, e desanima completamente a ideia de assistir a uma terceira temporada dessa SALADA nonsense.
Esta série usa um tema batidíssimo- a velha casa assombrada- mas de uma forma razoavelmente original, tornando-se, no decorrer dos capítulos, mais um grande drama do que uma história de terror propriamente dito.
Isso porque se foca nos efeitos (psicológicos) que viver numa "casa mal assombrada" pode ter na vida de adultos. Ocorrendo em dois tempos, vemos concomitantemente a família vivendo na casa do título, todos reunidos, cinco filhos, mãe e pai, e também como eles se tornaram adultos.
Como sucederia na vida real, uns são traumatizados, outros deram um jeito de sublimar a experiência do passado, e um até deu um jeito de ganhar a vida baseado na fama de assombrada de sua antiga residência, na qual não acredita.
Alguns episódios são bem arrastados (por isso a nota não é máxima) e chegam mesmo a ser chatos. Mas ao final percebe-se que as peças se encaixam. O foco aqui não são sustos nem gore, mortes espalhafatosas, barulhos à noite, etc, etc, mas temos sim um raro aprofundamento num gênero saturado de clichês.
Vale a pena assistir pausadamente, como uma novela mesmo, não em maratona, porque se torna cansativa (os episódios às vezes têm mais de uma hora de duração), mas no geral dificilmente alguém poderá dizer que a série não entrega uma experiência interessante.
Atores bons (não conhecia nenhum exceto Carla Gugino), embora algumas atitudes dos personagens deem nos nervos depois de um certo tempo.
Para quem gosta de Stephen King e o seu estilo de histórias, é uma pedida melhor que "Stranger Things" na minha opinião.
Essa "mina" quis se expor no BBB (Big Brother Brasil, ou Big Besteira Brasil, ou Big Bosta Brasil, escolha) achando que ia "tombar geral" e faturar alto bancando a "polêmica", mas levou uma rasteira daquelas, sem perceber que o público do BBB adora ver os anônimos e "famosos" ali exatamente para exercerem um julgamento implacável sobre cada palavra, gesto ou atitude de cada um dos "confinados".
Ou seja, ela viu a sua participação apenas por um lado (superexposição e lucro), esquecendo do outro (o público ama, adora, venera criticar, julgar e atirar pedras). A maior parte (se não todos) os que ganham o BBB ganham por desempenhar um papel que cai no gosto do público. Se algum participante ousar assumir uma atitude que, hoje em dia, não faça parte do que a Inquisição "twitesca" aprova como aceitável, coitado dele- o famoso recorde de rejeição e a moda da vez ("cancelamento") surgem como consequências.
De um ponto de vista racional, essa moça não tem absolutamente nada a explicar a ninguém- todos os dias, em todas as partes, vemos pessoas tendo as mesmíssimas atitudes que ela com pouca ou nenhuma consequência. Seu único erro foi querer "causar" em rede nacional em um momento de hipersensibilidade coletiva em que ninguém aguenta nada que não seja a boa e velha atitude "politicamente correta", 100% diplomática e previsível.
O que me estranha é ela ainda se dar ao trabalho de subir num "palanque" para se explicar. Eu no lugar agradeceria o tal "cancelamento", porque num mundo onde todos estão o tempo todo prestando atenção nos nossos mínimos gestos para julgar e atirar pedras, o melhor mesmo é seguir a velha máxima dos filósofos estoicos; "Viva ignorado!"
Série com muito potencial, mas que deixa a desejar. Especialmente alguns episódios que não tem quase relação alguma com a história principal, e que só servem para "encher linguiça".
O maior vilão dos Titãs aparece completamente descaracterizado.
Alguns dos heróis até lembram o personagem clássico das HQs (especialmente Rapina, Robin e Moça Maravilha), mas fica nisso. A interação entre os personagens e a formação da "equipe" é incongruente e inverossímil. Claro que lembra um pouco a reunião desses personagens nas HQs originais, onde se reuniram por iniciativa da Ravena para enfrentar Trigon, mas numa série de TV não dá para forçar tanto a barra como nos quadrinhos, tem que ter um quê de realismo.
darem ao Batman uma importância que ele não tem nas histórias clássicas dos Titãs. E estragar mais ainda a confusa cronologia da DC na TV/cinema, pois aqui ao que parece Batman atua ao lado da Liga da Justiça ainda relativamente jovem, mas no cinema ele cria a equipe já bem depois dos quarenta anos. Uma salada total de informações totalmente desnecessária, pois a história poderia se focar apenas em quatro ou cinco personagens e teria muito mais coerência
É melhor que os filmes do James Bond, porque é engraçado, divertido.
Ao passo que o 007, embora seja tão absurdo quanto esta série, se leva a sério demais. Entre as confusões hilárias do Agente 86 e o Daniel Craig enfrentando um exército inteiro sem se arranhar, eu fico com a primeira opção.
Mantém a qualidade da temporada anterior, os mesmos atores, e as mesmas limitações (mormente nas cenas de batalha, quase inexistentes). O sexo também aparece mais “dosado” desta vez, sem resvalar na pornografia.
Infelizmente a série termina no início do reinado de Otávio Augusto, havendo ainda muita coisa para contar. Infelizmente ou felizmente? Bem, temos que pensar que se a série tivesse avançado para os períodos de Tibério, Calįgula e Nero, tornar-se-ia uma mistura de terror com pornografia explícita. Apesar de seus desmandos, Otávio Augusto ainda tinha traços de humanidade (basta ver como era complacente com a mãe e a irmã). Os imperadores que se seguiram não eram assim, não tinham senso de moral nem de comedimento.
Falando em Otávio Augusto, o ator que o interpreta é seguramente o pior de toda a série, seguido pela atriz que faz a Cleópatra. Ambos fraquíssimos e sem um traço de carisma. A melhor cena de Cleópatra foi mesmo sua clássica morte por via de uma serpente.
É uma série de vampiro perfeita para quem é fã da saga “Crepúsculo”.
Charlie Manx é um dos viloes mais anêmicos da história das histórias de terror, e os outros personagens não ajudam muito.
Você fica esperando algo acontecer, um clímax legal, e nada acontece. Como num desses filmes de terror moderno tipo A Freira, em que o máximo que você recebe é uma coleção de sustos. Mas aqui nem os sustos funcionam.
Nota 2,5 por ser “assistível”, mas uma vez só e olhe lá.
Esta série se propos a mostrar Roma de um modo mais cru e menos romântico do que habitualmente era mostrado no cinema.
Júlio César, Marco Antônio, Otávio Augusto, Cícero, Cleopatra e outros personagens históricos aparecem despojados daquela limitação que os fazia sempre o mais perfeitos e polidos possível, sendo descritos tal como de fato eram, homens e mulheres ávidos por poder e com noções de moral e valor inteiramente diversos dos nossos.
Entre essas personalidades históricas, Tito Pulo e Lúcio Voreno são os “heróis” da história, que neles é vista da perspectiva de dois homens romanos típicos.
Sexo, violência, intrigas, nudez, escravidão, inveja, etc, todos aqueles sentimentos que condenariam Roma a, mais cedo ou mais tarde, implodir, aparecem aqui sem rodeios. A relação dos romanos com o sexo (sim, as mulheres eram vistas como pouco mais que objetos sexuais) é mostrada da forma mais franca possível (=há sexo em abundância).
Claro que às vezes tem-se a impressão de que estamos assistindo a uma novela mexicana de época. Especialmente por causa da personagem Átia (uma vilã no sentido completo do termo). Mas em que isso difere daquilo que os livros habitualmente narram de Roma, um mundo onde qualquer louco poderia virar imperador, onde filhos matavam pais e mães pelo poder, onde o sexo era encarado com normalidade até entre parentes próximos?
O único ponto realmente fraco da série são as cenas de batalha, muito curtas (quase como se a ação se passasse toda em outro lugar), o que se explica pelo orçamento limitado de uma produção para a TV.
Também, enquanto alguns atores e personagens se destacam (César, Marco Antônio, Voreno), outros (Otávio, Cleópatra) não dizem a que vieram.
A única coisa que eu não entendo é porque TODAS as séries derivadas do Jornada nas Estrelas original não se passam DEPOIS daquela série, já que a diferença tecnológica só se torna mais e mais gritante a cada nova geração.
Apesar de um início arrastado, e falhas de ritmo e desenvolvimento de alguns personagens (por exemplo, em alguns episódios o herói/protagonista mal aparece), com foco excessivo no multi-vilão Wilson Fisk (Rei do Crime), a série seguiu tendo, nesta terceira e derradeira temporada, uma qualidade muito acima da média.
Comparando com séries similares (super-heróis) tipo Arrow ou qualquer coisa feita com os personagens da DC, essa série é quase uma espécie inteiramente diversa de entretenimento. Um protagonista humano, demasiadamente humano, que apanha, sangra, chora, se decepciona e dá a volta por cima, como qualquer mortal. Claro que por ser um herói o Demolidor faz coisas que seriam inimagináveis na vida real, mesmo assim tudo é mantido dentro de limites toleráveis de razoabilidade.
Esta terceira temporada foi visivelmente baseada na storyline “A Queda de Murdock” assinada por Frank Miller e até hoje considerada a história em quadrinhos seminal do Demolidor. Nela
o Rei do Crime descobre a identidade secreta do Demolidor e decide destruir a vida do herói aniquilando sua alma, matando tudo o que lhe é precioso. Tal como nas HQs, o vilão acaba descobrindo no herói um rival à altura, que ele acaba respeitando, do jeito dele, é claro. Entra em jogo a questão da religiosidade (o herói é católico) e das questões morais que ela encerra- o que é certo e errado? Temos o direito de matar?, etc.
O embate Demolidor x Rei do Crime é um dos mais acirrados, se não o mais acirrado das HQs. Os dois personagens têm uma relação quase simbiótica, um não existe sem o outro. A série conseguiu expressar isso bem, mostrando que a fé e a honra do herói são um contraponto à frieza e maldade inacreditáveis do vilão. Assim o Rei do Crime tem a certeza de sempre conseguir corromper quase todos a sua volta, exceto um advogado cego e aparentemente frágil, mas que estará sempre em seu encalço não importa o que aconteça.
Pontos altos: as atuações (ótimos atores a maioria, com destaque, claro, para Charlie Cox como Matt Murdock/Demolidor e Vincente d’Onnofrio como Wilson Fisk/Rei do Crime. Os dois encarnaram os personagens como dificilmente se vê em produções desse tipo. Onnofrio mereceria no mínimo um prêmio de atuação por essa série).
01) não é fácil entender como um psicopata como Poindexter possa vir a ser agente do FBI. A maneira como Fisk corrompe policiais e agentes de modo tão fácil também é pouco crível. Alguns sim, mas todo um cortejo de agentes? 02) Se o simples fato de Poindexter ser um agente do FBI já é pouco crível, que dizer de sua transformação em Mercenário, e as coisas que aprende a fazer de uma hora para outra? Um aspecto quase cômico dessa temporada; 03) Como disse acima, em alguns episódios o Demolidor mal aparece. Até aí vá lá, é para desenvolver outros personagens. O que eu achei realmente ruim é que ele nunca aparece vestido “a caráter”, quer dizer, de uniforme. Ao invés disso, seu uniforme é usado pelo Mercenário. A ideia de que ele pudesse enfrentar tantos criminosos sem nenhuma proteção é difícil de engolir. Mas “passa” devido à qualidade geral da série; 04) Sabendo da identidade do Demolidor, é também impossível crer que Fisk já não se livrasse de Foggy e Karen logo de cara, mas enfim. 05) Não fica claro em nenhum momento como o Rei do Crime adquiriu tanto poder, a ponto de corromper o próprio FBI. Na segunda temporada ele aparece dominando uma prisão. Até aí vá lá, mas o nível de poder que ele demonstra nessa temporada é exagerado. Mesmo porque qualquer agente poderia simplesmente matá-lo com um tiro na cabeça...
No geral, apesar das falhas, toda a série é acima da média e altamente “re-assistível”.
De modo geral, esta temporada superou a primeira por avançar a história em vários pontos, ao mesmo tempo que deixou várias "pontas soltas", ou melhor, ganchos para a próxima temporada.
Pontos positivos: Charlie Cox como Demolidor/Murdock continua perfeito. Introduzir novos elementos do universo do Demolidor deu certo, especialmente o Justiceiro e o Tentáculo. A série continua violentíssima, com gente morrendo praticamente em todo episódio, o que dá aquele tom adulto que a diferencia de outras séries do gênero. Os personagens secundários estão ajudando a história a não girar apenas em torno dos dilemas do protagonista. Neste sentido, a inclusão do Justiceiro e a volta de Stick e Nobu foram ótimas sacadas Os "debates" morais entre Demolidor e Justiceiro e Demolidor e Stick
Pontos negativos: Elektra (a personagem é boa, a atriz é fraca) Pouca ênfase no lado advogado de Matt Murdock (ele só aparece em um tribunal uma única vez, achei que esse lado seria mais desenvolvido) Várias cenas de lutas são inacreditáveis (tipo Demolidor enfrentando vinte ninjas armados com espadas, e saindo ileso)
No geral, adorei esta temporada e aguardo ansioso a próxima.
Espero ver futuramente outros personagens importantes do universo do Demolidor, como o Mercenário, Viúva Negra e Mary Typhoid. Espero também que Elektra seja interpretada por outra atriz depois que "ressuscitar".
Eu estou assistindo a primeira temporada agora e por enquanto estou gostando do que vejo.
Porém, me surpreendi com o nível de VIOLÊNCIA da série. Já li dezenas de histórias do Demolidor nos quadrinhos e ele nunca foi violento assim. Ele só não mata os criminosos, mas chega a deixar alguns à beira da morte. Não sei se isso é tão interessante assim, pois um herói é, acima de tudo, um exemplo de como as pessoas CORRETAS têm de ser. O que compensa é que o jovem que faz o Demolidor/Matt Murdock (Charlie Cox) é um puta ator, convence muito!
Para quem já leu as HQs do Demolidor de Frank Miller, a história se delineia de modo muito familiar: os questionamentos de Murdock, o reencontro com Stick, o relacionamento de Wilson Fisk com Vanessa, o "triângulo" Murdock/Karen/Foggy. É aquele clima de que a "Cozinha do Inferno" é apenas uma Nova York em miniatura, uma cidade inteiramente dominada pelo [Rei do] crime...
A história é muito, muito fiel aos quadrinhos, e talvez por isso os fãs estejam gostando tanto.
Titãs (2ª Temporada)
3.3 214 Assista AgoraMuita gente hoje não sabe, mas os Novos Titãs (hoje chamados simplesmente de "Titãs") já foram os personagens mais populares da DC.
No começo dos anos 80, quando a DC resolveu repaginar a antiga Turma Titã (formada pelas versões "júnior" dos heróis da Liga da Justiça, Moça-Maravilha, Robin, Aqualad e Kid Flash, entre outros), transformando-a nos Novos Titãs para concorrer com os X-Men da Marvel (então na crista da onda), incorporando novos personagens, todos cheios de dramas pessoais, como Estelar, Ravena, Ciborgue, Mutano e, mais tarde, Terra e Jericó, o sucesso do grupo foi tão grande que por muito tempo ele foi muito mais popular e importante para a editora que a própria Liga da Justiça.
Isso porque Marv Wolfman e George Pérez formavam uma dupla imbatível, à altura de Chris Claremont e John Byrne (X-Men), criando histórias cheias de ação que faziam com que os personagens se destacassem e amadurecessem pouco a pouco (assim, Robin virou Asa Noturna e a Moça-Maravilha virou Tróia), tudo isso às voltas com uma galeria de vilões que realmente movimentavam as coisas (Trigon, Irmão Sangue, Gnu, Exterminador, etc).
Com o tempo, claro, a dupla perdeu seu vigor, Pérez acabou saindo e as histórias foram pouco a pouco caindo de qualidade a tal ponto que, no começo dos anos 90, a DC praticamente desistiu dos Titãs e o grupo entrou na "geladeira" até o fim daquela década.
Para que dizer tudo isso? Porque essa série de televisão tem a proposta exatamente de se basear na fase mais popular desse grupo para tentar repetir na telinha o sucesso dos quadrinhos dos anos 80.
Conseguiu?
De forma alguma.
A primeira temporada até mostrou ser uma série com potencial. Poucos personagens principais e apenas um vilão central. Tudo muito longe dos conceitos das histórias originais, mas ainda assim aceitável considerando as limitações de uma série de televisão de baixo custo (simplesmente não havia orçamento para mostrar os poderes dos personagens em toda a sua plenitude, o personagem que mais sofreu com isso foi Mutano/Rapaz-Fera).
Mas se já a primeira temporada era promissora, terminou de forma estúpida, tendo sua conclusão apenas no primeiro episódio da segunda temporada.
Já nessa segunda temporada, a coisa desandou a um tal ponto que praticamente não tem como se ter uma ideia do que os produtores estavam querendo/esperando.
Para começo de conversa, COMO EM TODAS AS SÉRIES DA DC, há muito dramalhão desnecessário. Todos sabemos que a função desse "recurso" é só encher linguiça, pois tudo acaba se resolvendo de uma forma ou de outra. Mas o foco acaba se diluindo por uma sem número de questões pessoais (o Exterminador e seus filhos, Dick Grayson e Bruce Wayne, Superboy e o Projeto Cadmus, os dilemas dos antigos Titãs, Rapina e Columba indo e voltando, o segundo Robin em ataques de "ninguém me compreende", etc, etc) de modo que o que deveria ser o principal motor da história- o desenvolvimento dos Titãs como uma equipe e uma família- acaba sempre em segundo plano, de tal modo que você se surpreende no fim de um episódio quando vê um pouco de ação, se perguntando, porra, eles se lembraram que isso é uma série de super-heróis?
Há várias questões que vão ficando sem resposta com o passar dos episódios, HÁ PERSONAGENS DEMAIS, muita gente é introduzida aqui sem a menor necessidade- para que Rapina e Columba nesta série, quando esses dois personagens nunca tiveram qualquer importância para os Titãs clássicos? Para que a presença constante de Bruce Wayne nessa série? Para que introduzir desde logo o Superboy e Jericó? Não seria muito mais interessante uma trama envolvendo o Exterminador aos moldes do "Contrato de Judas"? Para que enfiar o Dr Luz e o Projeto Cadmus aqui? O resultado dessa salada toda é que as histórias que eles começaram a desenvolver na primeira temporada são tão retalhadas aqui que você acaba não se importando mais com nenhum personagem, nem com Ravena, que foi a protagonista da primeira parte e aqui aparece completamente apagada (e com todos os seus dilemas resolvidos). Ok, Robin tem sua história mais bem trabalhada, isso, claro, por ser o personagem mais fácil de trabalhar (não tem poderes), mas todo o dramalhão envolvendo ele e Bruce Wayne já cansa lá pelo terceiro, quarto episódio.
Por falar em Bruce Wayne, EU ATÉ AGORA NÃO ENTENDI PORQUE COLOCARAM O BATMAN NESTA SÉRIE. O personagem não tinha qualquer relevância para os Novos Titãs de Wolfman e Perez, mas aqui aparece como a "consciência oculta" da equipe. Isso sem falar que a diferença de idade entre Wayne e Grayson é totalmente discrepante em relação às HQs. Provavelmente, os produtores pensaram: tudo que tem Batman tem audiência. Bobagem pura, já que ele sequer aparece de uniforme, estando aparentemente aposentado.
Outro ponto de total destaque (negativo) nessa série é a insistência em relacionamentos que não tem nada a ver com os personagens envolvidos: Robin e Columba, Moça Maravilha e Aqualad, Ravena e Mutano. Eu não saberia dizer se em encarnações recentes dos Titãs esses relacionamentos fazem parte do cânone, mas na série em si eles têm a profundidade de um pires.
Enfim, dá para se alongar enormemente falando dos pontos RUINS dessa série, porque pontos bons quase não existem. Digamos que, em termos de qualidade, essa série só fica à frente da série "Inumanos", da Marvel. Como em toda série da DC, muito drama e pouca ação (tudo se resolvendo de forma tão simplista que você se pergunta- para quê o drama??), personagens poderosos que mal usam seus poderes por falta de orçamento, etc.
Se continuasse focada em poucos personagens, com a introdução paulatina e convincente de outros, teria tudo para ser melhor que a primeira temporada. Tal como ficou, porém, é muito inferior, e desanima completamente a ideia de assistir a uma terceira temporada dessa SALADA nonsense.
Você Nunca Esteve Sozinha: O Doc de Juliette
4.3 199É isso que acontece quando o cinema entra numa fase como essa atual, devagar quase parando.
Qualquer coisa, literalmente QUALQUER COISA consegue fazer sucesso.
A Maldição da Residência Hill
4.4 1,4K Assista AgoraUm NOVELÃO com elementos de terror seria a melhor definição possível para esta série.
A Maldição da Residência Hill
4.4 1,4K Assista AgoraEsta série usa um tema batidíssimo- a velha casa assombrada- mas de uma forma razoavelmente original, tornando-se, no decorrer dos capítulos, mais um grande drama do que uma história de terror propriamente dito.
Isso porque se foca nos efeitos (psicológicos) que viver numa "casa mal assombrada" pode ter na vida de adultos. Ocorrendo em dois tempos, vemos concomitantemente a família vivendo na casa do título, todos reunidos, cinco filhos, mãe e pai, e também como eles se tornaram adultos.
Como sucederia na vida real, uns são traumatizados, outros deram um jeito de sublimar a experiência do passado, e um até deu um jeito de ganhar a vida baseado na fama de assombrada de sua antiga residência, na qual não acredita.
Alguns episódios são bem arrastados (por isso a nota não é máxima) e chegam mesmo a ser chatos. Mas ao final percebe-se que as peças se encaixam. O foco aqui não são sustos nem gore, mortes espalhafatosas, barulhos à noite, etc, etc, mas temos sim um raro aprofundamento num gênero saturado de clichês.
Vale a pena assistir pausadamente, como uma novela mesmo, não em maratona, porque se torna cansativa (os episódios às vezes têm mais de uma hora de duração), mas no geral dificilmente alguém poderá dizer que a série não entrega uma experiência interessante.
Atores bons (não conhecia nenhum exceto Carla Gugino), embora algumas atitudes dos personagens deem nos nervos depois de um certo tempo.
Para quem gosta de Stephen King e o seu estilo de histórias, é uma pedida melhor que "Stranger Things" na minha opinião.
Família Dinossauros (1ª Temporada)
4.1 336 Assista AgoraSérie muito boa.
O episódio em que um dinossauro gigante decide "tomar para si" a Fran e toda a sua família (menos o Dino, claro) é de fazer chorar de rir.
A Vida Depois do Tombo
3.0 105Essa "mina" quis se expor no BBB (Big Brother Brasil, ou Big Besteira Brasil, ou Big Bosta Brasil, escolha) achando que ia "tombar geral" e faturar alto bancando a "polêmica", mas levou uma rasteira daquelas, sem perceber que o público do BBB adora ver os anônimos e "famosos" ali exatamente para exercerem um julgamento implacável sobre cada palavra, gesto ou atitude de cada um dos "confinados".
Ou seja, ela viu a sua participação apenas por um lado (superexposição e lucro), esquecendo do outro (o público ama, adora, venera criticar, julgar e atirar pedras). A maior parte (se não todos) os que ganham o BBB ganham por desempenhar um papel que cai no gosto do público. Se algum participante ousar assumir uma atitude que, hoje em dia, não faça parte do que a Inquisição "twitesca" aprova como aceitável, coitado dele- o famoso recorde de rejeição e a moda da vez ("cancelamento") surgem como consequências.
De um ponto de vista racional, essa moça não tem absolutamente nada a explicar a ninguém- todos os dias, em todas as partes, vemos pessoas tendo as mesmíssimas atitudes que ela com pouca ou nenhuma consequência. Seu único erro foi querer "causar" em rede nacional em um momento de hipersensibilidade coletiva em que ninguém aguenta nada que não seja a boa e velha atitude "politicamente correta", 100% diplomática e previsível.
O que me estranha é ela ainda se dar ao trabalho de subir num "palanque" para se explicar. Eu no lugar agradeceria o tal "cancelamento", porque num mundo onde todos estão o tempo todo prestando atenção nos nossos mínimos gestos para julgar e atirar pedras, o melhor mesmo é seguir a velha máxima dos filósofos estoicos; "Viva ignorado!"
Titãs (1ª Temporada)
3.8 443 Assista AgoraSérie com muito potencial, mas que deixa a desejar. Especialmente alguns episódios que não tem quase relação alguma com a história principal, e que só servem para "encher linguiça".
O maior vilão dos Titãs aparece completamente descaracterizado.
Alguns dos heróis até lembram o personagem clássico das HQs (especialmente Rapina, Robin e Moça Maravilha), mas fica nisso. A interação entre os personagens e a formação da "equipe" é incongruente e inverossímil. Claro que lembra um pouco a reunião desses personagens nas HQs originais, onde se reuniram por iniciativa da Ravena para enfrentar Trigon, mas numa série de TV não dá para forçar tanto a barra como nos quadrinhos, tem que ter um quê de realismo.
A maior mancada da série na minha opinião é
darem ao Batman uma importância que ele não tem nas histórias clássicas dos Titãs. E estragar mais ainda a confusa cronologia da DC na TV/cinema, pois aqui ao que parece Batman atua ao lado da Liga da Justiça ainda relativamente jovem, mas no cinema ele cria a equipe já bem depois dos quarenta anos. Uma salada total de informações totalmente desnecessária, pois a história poderia se focar apenas em quatro ou cinco personagens e teria muito mais coerência
Agente 86 (1ª Temporada)
4.3 29É melhor que os filmes do James Bond, porque é engraçado, divertido.
Ao passo que o 007, embora seja tão absurdo quanto esta série, se leva a sério demais. Entre as confusões hilárias do Agente 86 e o Daniel Craig enfrentando um exército inteiro sem se arranhar, eu fico com a primeira opção.
Aqui o absurdo ofende menos a inteligência.
Cidade Invisível (1ª Temporada)
4.0 751O que, a Alessandra Negrini, ex-"Engraçadinha" e ex-musa da Playboy, passou de garota propaganda de maquininha de cartão de crédito a Cuca???
Isso é que é evoluir na carreira.
Lovecraft Country (1ª Temporada)
4.1 404Assisti os dois primeiros episódios e não gostei.
Agora, alguém pode recomendar alguma série ou filmes que sejam baseadas na obra de Lovecraft de fato??
Roma (2ª Temporada)
4.5 98 Assista AgoraMantém a qualidade da temporada anterior, os mesmos atores, e as mesmas limitações (mormente nas cenas de batalha, quase inexistentes). O sexo também aparece mais “dosado” desta vez, sem resvalar na pornografia.
Infelizmente a série termina no início do reinado de Otávio Augusto, havendo ainda muita coisa para contar. Infelizmente ou felizmente? Bem, temos que pensar que se a série tivesse avançado para os períodos de Tibério, Calįgula e Nero, tornar-se-ia uma mistura de terror com pornografia explícita. Apesar de seus desmandos, Otávio Augusto ainda tinha traços de humanidade (basta ver como era complacente com a mãe e a irmã). Os imperadores que se seguiram não eram assim, não tinham senso de moral nem de comedimento.
Falando em Otávio Augusto, o ator que o interpreta é seguramente o pior de toda a série, seguido pela atriz que faz a Cleópatra. Ambos fraquíssimos e sem um traço de carisma. A melhor cena de Cleópatra foi mesmo sua clássica morte por via de uma serpente.
No geral, vale a pena assistir mais de uma vez.
NOS4A2 (1ª Temporada)
3.1 40É uma série de vampiro perfeita para quem é fã da saga “Crepúsculo”.
Charlie Manx é um dos viloes mais anêmicos da história das histórias de terror, e os outros personagens não ajudam muito.
Você fica esperando algo acontecer, um clímax legal, e nada acontece. Como num desses filmes de terror moderno tipo A Freira, em que o máximo que você recebe é uma coleção de sustos. Mas aqui nem os sustos funcionam.
Nota 2,5 por ser “assistível”, mas uma vez só e olhe lá.
Roma (1ª Temporada)
4.5 148 Assista AgoraEsta série se propos a mostrar Roma de um modo mais cru e menos romântico do que habitualmente era mostrado no cinema.
Júlio César, Marco Antônio, Otávio Augusto, Cícero, Cleopatra e outros personagens históricos aparecem despojados daquela limitação que os fazia sempre o mais perfeitos e polidos possível, sendo descritos tal como de fato eram, homens e mulheres ávidos por poder e com noções de moral e valor inteiramente diversos dos nossos.
Entre essas personalidades históricas, Tito Pulo e Lúcio Voreno são os “heróis” da história, que neles é vista da perspectiva de dois homens romanos típicos.
Sexo, violência, intrigas, nudez, escravidão, inveja, etc, todos aqueles sentimentos que condenariam Roma a, mais cedo ou mais tarde, implodir, aparecem aqui sem rodeios. A relação dos romanos com o sexo (sim, as mulheres eram vistas como pouco mais que objetos sexuais) é mostrada da forma mais franca possível (=há sexo em abundância).
Claro que às vezes tem-se a impressão de que estamos assistindo a uma novela mexicana de época. Especialmente por causa da personagem Átia (uma vilã no sentido completo do termo). Mas em que isso difere daquilo que os livros habitualmente narram de Roma, um mundo onde qualquer louco poderia virar imperador, onde filhos matavam pais e mães pelo poder, onde o sexo era encarado com normalidade até entre parentes próximos?
O único ponto realmente fraco da série são as cenas de batalha, muito curtas (quase como se a ação se passasse toda em outro lugar), o que se explica pelo orçamento limitado de uma produção para a TV.
Também, enquanto alguns atores e personagens se destacam (César, Marco Antônio, Voreno), outros (Otávio, Cleópatra) não dizem a que vieram.
Star Trek: Discovery (1ª Temporada)
4.0 136 Assista AgoraA única coisa que eu não entendo é porque TODAS as séries derivadas do Jornada nas Estrelas original não se passam DEPOIS daquela série, já que a diferença tecnológica só se torna mais e mais gritante a cada nova geração.
No mais, bom entretenimento.
Demolidor (3ª Temporada)
4.3 452 Assista AgoraApesar de um início arrastado, e falhas de ritmo e desenvolvimento de alguns personagens (por exemplo, em alguns episódios o herói/protagonista mal aparece), com foco excessivo no multi-vilão Wilson Fisk (Rei do Crime), a série seguiu tendo, nesta terceira e derradeira temporada, uma qualidade muito acima da média.
Comparando com séries similares (super-heróis) tipo Arrow ou qualquer coisa feita com os personagens da DC, essa série é quase uma espécie inteiramente diversa de entretenimento. Um protagonista humano, demasiadamente humano, que apanha, sangra, chora, se decepciona e dá a volta por cima, como qualquer mortal. Claro que por ser um herói o Demolidor faz coisas que seriam inimagináveis na vida real, mesmo assim tudo é mantido dentro de limites toleráveis de razoabilidade.
Esta terceira temporada foi visivelmente baseada na storyline “A Queda de Murdock” assinada por Frank Miller e até hoje considerada a história em quadrinhos seminal do Demolidor. Nela
o Rei do Crime descobre a identidade secreta do Demolidor e decide destruir a vida do herói aniquilando sua alma, matando tudo o que lhe é precioso. Tal como nas HQs, o vilão acaba descobrindo no herói um rival à altura, que ele acaba respeitando, do jeito dele, é claro. Entra em jogo a questão da religiosidade (o herói é católico) e das questões morais que ela encerra- o que é certo e errado? Temos o direito de matar?, etc.
O embate Demolidor x Rei do Crime é um dos mais acirrados, se não o mais acirrado das HQs. Os dois personagens têm uma relação quase simbiótica, um não existe sem o outro. A série conseguiu expressar isso bem, mostrando que a fé e a honra do herói são um contraponto à frieza e maldade inacreditáveis do vilão. Assim o Rei do Crime tem a certeza de sempre conseguir corromper quase todos a sua volta, exceto um advogado cego e aparentemente frágil, mas que estará sempre em seu encalço não importa o que aconteça.
Pontos altos: as atuações (ótimos atores a maioria, com destaque, claro, para Charlie Cox como Matt Murdock/Demolidor e Vincente d’Onnofrio como Wilson Fisk/Rei do Crime. Os dois encarnaram os personagens como dificilmente se vê em produções desse tipo. Onnofrio mereceria no mínimo um prêmio de atuação por essa série).
Pontos fracos:
01) não é fácil entender como um psicopata como Poindexter possa vir a ser agente do FBI. A maneira como Fisk corrompe policiais e agentes de modo tão fácil também é pouco crível. Alguns sim, mas todo um cortejo de agentes? 02) Se o simples fato de Poindexter ser um agente do FBI já é pouco crível, que dizer de sua transformação em Mercenário, e as coisas que aprende a fazer de uma hora para outra? Um aspecto quase cômico dessa temporada; 03) Como disse acima, em alguns episódios o Demolidor mal aparece. Até aí vá lá, é para desenvolver outros personagens. O que eu achei realmente ruim é que ele nunca aparece vestido “a caráter”, quer dizer, de uniforme. Ao invés disso, seu uniforme é usado pelo Mercenário. A ideia de que ele pudesse enfrentar tantos criminosos sem nenhuma proteção é difícil de engolir. Mas “passa” devido à qualidade geral da série; 04) Sabendo da identidade do Demolidor, é também impossível crer que Fisk já não se livrasse de Foggy e Karen logo de cara, mas enfim. 05) Não fica claro em nenhum momento como o Rei do Crime adquiriu tanto poder, a ponto de corromper o próprio FBI. Na segunda temporada ele aparece dominando uma prisão. Até aí vá lá, mas o nível de poder que ele demonstra nessa temporada é exagerado. Mesmo porque qualquer agente poderia simplesmente matá-lo com um tiro na cabeça...
No geral, apesar das falhas, toda a série é acima da média e altamente “re-assistível”.
Demolidor (2ª Temporada)
4.3 967 Assista AgoraDe modo geral, esta temporada superou a primeira por avançar a história em vários pontos, ao mesmo tempo que deixou várias "pontas soltas", ou melhor, ganchos para a próxima temporada.
Pontos positivos:
Charlie Cox como Demolidor/Murdock continua perfeito.
Introduzir novos elementos do universo do Demolidor deu certo, especialmente o Justiceiro e o Tentáculo.
A série continua violentíssima, com gente morrendo praticamente em todo episódio, o que dá aquele tom adulto que a diferencia de outras séries do gênero.
Os personagens secundários estão ajudando a história a não girar apenas em torno dos dilemas do protagonista. Neste sentido, a inclusão do Justiceiro e a volta de Stick e Nobu foram ótimas sacadas
Os "debates" morais entre Demolidor e Justiceiro e Demolidor e Stick
Pontos negativos:
Elektra (a personagem é boa, a atriz é fraca)
Pouca ênfase no lado advogado de Matt Murdock (ele só aparece em um tribunal uma única vez, achei que esse lado seria mais desenvolvido)
Várias cenas de lutas são inacreditáveis (tipo Demolidor enfrentando vinte ninjas armados com espadas, e saindo ileso)
No geral, adorei esta temporada e aguardo ansioso a próxima.
Espero ver futuramente outros personagens importantes do universo do Demolidor, como o Mercenário, Viúva Negra e Mary Typhoid. Espero também que Elektra seja interpretada por outra atriz depois que "ressuscitar".
Demolidor (2ª Temporada)
4.3 967 Assista AgoraSó fico imaginando como seria legal uma série do Batman (COM o Batman) nos mesmos moldes desta aqui, série para adultos.
Uma série inspirada no "Dark Knight" seria muito mais interessante que um filme.
Demolidor (1ª Temporada)
4.4 1,5K Assista AgoraEu estou assistindo a primeira temporada agora e por enquanto estou gostando do que vejo.
Porém, me surpreendi com o nível de VIOLÊNCIA da série. Já li dezenas de histórias do Demolidor nos quadrinhos e ele nunca foi violento assim. Ele só não mata os criminosos, mas chega a deixar alguns à beira da morte. Não sei se isso é tão interessante assim, pois um herói é, acima de tudo, um exemplo de como as pessoas CORRETAS têm de ser. O que compensa é que o jovem que faz o Demolidor/Matt Murdock (Charlie Cox) é um puta ator, convence muito!
Para quem já leu as HQs do Demolidor de Frank Miller, a história se delineia de modo muito familiar: os questionamentos de Murdock, o reencontro com Stick, o relacionamento de Wilson Fisk com Vanessa, o "triângulo" Murdock/Karen/Foggy. É aquele clima de que a "Cozinha do Inferno" é apenas uma Nova York em miniatura, uma cidade inteiramente dominada pelo [Rei do] crime...
A história é muito, muito fiel aos quadrinhos, e talvez por isso os fãs estejam gostando tanto.