É de se imaginar que com as conquistas alcançadas (renúncia de Yanukóvytch, novas eleições marcadas, etc) a reação dos revolucionários seria mais... explosiva. No entanto, é difícil comemorar o fim de um longo inverno sabendo o quão sangrento foi ele.
Talvez se aliar à U.E. acabe por se mostrar, a longo prazo, uma decisão complicada para o futuro da Ucrânia. Se aliar à Rússia evitaria o posterior conflito da Crimeia... Nada disso importa. O importante é que o povo ucraniano demonstrou seu poder. Mostrou que tem uma voz e lutou para que a ouvissem.
Parem de reclamar que o filme é previsível. Ele nunca teve a intenção de ser imprevisível. Na verdade é bem simples: um background extremamente interessante mas fácil de entender. O que o filme quer passar é a jornada dos Sams 5 e 6 descobrindo o fato de serem clones e tentando mudar seus destinos. É um filme intimista que explora a condição humana, e é nisso que ele se destaca.
Um bom filme com escolhas um tanto quanto... problemáticas. Não li o livro, tenho que ler pra assistir? Não. Mas o filme parte do princípio que você leu.
A começar pela maneira como a história do livro é contada. Tanto pela trama curta demais, quanto pela falta de informações a respeito do narrador do livro, criaram o plot da menina. Exatamente. Para mim, o que ocorreu foi: "Vamos fazer um filme baseado em O Pequeno Príncipe?" "Vamos" "Ih, mas melhor colocar uma história contextualizando a narrativa..." Não me dá a impressão que eles tinham em mente a história do filme, com todos as diferentes tramas, mas sim que resolveram criar uma para contar a história do livro e se perderam nas ideias. Falando no livro, a história dele é toda picotada, fragmentada demais, não tem um ritmo. É até um tanto quanto corrida. Deixarem de fora o planeta do Acendedor de Lampiões é, na minha opinião, injustificável, assim como a rapidez com que ele passa pelos demais planetas. Poode ter sido uma pressa pela dificuldade que é trabalhar com o stop-motion. O fato é: para quem não leu o livro, ocorre uma falta de informações, que não chega a arruinar a narrativa do livro, mas não tem metade do impacto do mesmo. Digo isso porque assisti com amigos que não leram a obra. Ao fazer essa escolha, o filme dá uma atenção MUITO maior à trama da menina. Eu não estava incomodado com isso, pelo contrário, estava adorando, quase chorei com a cena da bicicleta na chuva; poooréeem o livro acaba muito cedo e a outra trama continua por, o que me pareceu, mais de uma hora. E o pior, esse tempo adicional foi só pra provar um ponto que já tinha sido provado muito antes. A pira pela imaginação da menina e a versão distópica do livro é forçar demais, além de consumir um tempo absurdo.
Enfim, vale a pena pela boa (apesar de corrida) adaptação da trama do livro, e por escolhas ousadas que começam bem mas se perdem no caminho.
Não é um filme para todos. Honestamente eu amei. Tanto, tanto, que não vou falar de tudo que me agradou, seria coisa demais. Se você não gostou, eu entendo. Porém, vamos combinar uma coisa
A parte em que Sr. Raposo iria se entregar, numa missão suicida, é bem meia boca; O destaque dado pra elementos como raios e lobos acaba sendo meio mal aproveitado. Você se pergunta o porquê de focarem tanto nisso e no final das contas não faz muita diferença; A cena em que ele encontra o lobo é boa? Sim, mas fiquei com a impressão que quiseram inserir um certo sentimentalismo e significado que não eram necessários. O Fantástico Sr. Raposo funciona melhor como um ótimo entretenimento do que um filme que quer passar uma mensagem, Moonrise Kingdom faz isso muito melhor.
Deslizes a parte, um ótimo filme com um humor sutil, leve, algumas vezes absurdo e até metalinguístico.
Uma história extremamente sensível, complicada e mesmo assim conseguiram passar de uma maneira tão leve, os alívios cômicos são de timing e intensidade perfeitos.
Confesso: não gostei das primeiras duas horas. Até o fim era um filme competente, com ótimas atuações, excelente trilha sonora (que viria a ainda melhorar) e uma cinematografia que chega a ser um insulto de tão bonita. Mas não passava a impressão que viria a ser algo a se destacar. Estava muito errado.
Os últimos trinta minutos de filme são a prova de que o cinema pode às vezes ser perfeito. Cada milésimo de segundo dessas cenas é absolutamente, indiscutivelmente encantador.
Mesmo assim, foram duas horas medianas e somente a última meia hora maravilhosa, não teria sido, portanto, dois terços desperdiçados? Jamais. Apesar do início não ser magnífico, cada cena do filme está ali porque devia estar. Não é nem questão de serem todas indispensáveis para a trama, acho que metade do filme poderia ser poupado se fosse esse o caso. Mas as duas horas contribuem para criar um sentimento de imersão, de conhecimento maior das personagens; o que acrescenta ainda mais para o final. Se esse filme fosse um SEGUNDO mais curto ou mais longo, algo estaria errado.
Por final, o título aumenta ainda mais o sentimento de que esse filme é singular. Ok, Robert Ford matou Jesse James. Oh, Robert Ford é covarde? Já começamos a assistir esperando que Bob seja, no final das contas, um canalha. E ao fim, vemos que não é bem assim. Não é como se ele tivesse muita opção em matar ou não Jesse; duvido que alguém teria feito diferente. Apesar disso, toda a condição sob a qual o assassinato ocorreu (Jesse de costas, em sua própria casa) faz com que tenhamos um aperto no coração, mesmo sabendo que Robert não tinha outra escolha. Se não fosse o título, metade da dimensão desse questionamento, que é o trunfo do roteiro, simplesmente não existiria.
Lindo, lindo, lindo. A maneira com que a mente é organizada foi brilhantemente elaborada. Todo o sistema criado é extremamente convincente. Que ideia genial. Diverte tanto crianças quanto adultos; vi muitos dizendo que os mais novos poderiam não gostar mas ao meu ver todos pareceram adorar, tem cenas engraçadas na medida certa, nem poucas, nem muitas. Arranca risadas com referências fáceis de entender; e lágrimas com cenas de partir o coração.
O que me fez achar o melhor filme da Pixar é que não há um "vilão", alguém mostrado como o puro mal. Isso realmente me incomodou em outros filmes deles. Em Divertida Mente cada personagem tem faces boas e ruins.
A mensagem final é ótima: todos os sentimentos são importantes na definição de quem somos.
O final não é nada absurdo realmente mas... não sei. Para mim funcionou da maneira ideal. Deixou um... aperto no coração, mas de maneira leve. Parecido com a ideia de almas de oxigênio se dissipando no ozônio. Bonito. Muito, muito bonito.
A parte de perseguição dentro do prédio é absurdamente bem feita, toda a tensão construída é eletrizante. O ápice do filme é, sem dúvida, o "julgamento". Incrível como consegue ser tão atual.
Uma mistura perfeita de suspense com o estudo social e psicológico, que influencia, direta ou indiretamente, qualquer bom filme de investigação.
Se destaca dos filmes de Miyazaki que vi até agora, me surpreendeu por apresentar bastante violência mas é tudo extremamente bem contextualizado.
Por volta da metade do filme eu já estava completamente maravilhado, mais uma vez, pela mitologia japonesa. Seus deuses são tão mais... humanos. Mesmo a mitologia grega e nórdica, nas quais os deuses são vingativos, apaixonam-se, etc, parece tão mais distante, se levar em conta a proximidade dos deuses japoneses. Não sei, isso me parece tão confortante.
Quanto a história do filme em si, é sensacional. O melhor de tudo é que a trama tem sim sua mensagem de proteção ambiental mas não é dada tamanha atenção a isso que chegue a incomodar. Tanto é que Ashitaka muitas vezes toma atitudes em prol dos humanos, que tanto agrediram a floresta e os deuses. Não me entendam mal, a mensagem em prol do ambiente é importante e está, indiscutivelmente, presente no filme, mas ao mesmo tempo há o lado mais humano, egoísta, real, da história.
Encerra de forma maravilhosa a trilogia. Mesmo com tantos problemas, ainda conseguimos amar essas personagens.
"This is real life. It's not perfect, but it's real." Eles não são perfeitos, o relacionamento deles não é perfeito, a vida não é perfeita. Ainda assim,com todas suas imperfeições e tristezas, consegue ser linda.
Retrata de maneira brilhante a distorção da realidade para atender interesses próprios. O sensacionalismo da imprensa, manipulação de fiéis, hipocrisia religiosa, hierarquia, tudo é meticulosamente trabalhado. Destaque para a visão que se tinha de comunistas e, nesse caso, supostos comunistas. Não à toa poucos anos depois os militares assumiram o poder com o discurso de nos salvarem do socialismo. Como se não fosse suficiente, ainda é mostrada a belíssima religião candomblé.
E pensar que é uma produção pequena. Incrível o trabalho feito. Fotografia linda, pós-produção e ambientação impressionantes, boa trilha sonora e atuações competentes.
Quanto ao roteiro, trás ótimas reflexões sobre o uso de Inteligência Artificial, mas nesse quesito não se equipara com "Blade Runner" ou "Ghost In The Shell". A genialidade se dá no suspense que é criado durante toda a trama, o questionamento sobre a conclusão e a motivação das personagens é estupidamente bem feito.
Kyoko ser uma robô: previsível? Sim. Mas se em momento nenhum você se perguntou sobre como eles escapariam; se não se envolveu no momento em que a cortina cai pra Nathan e Caleb; e principalmente no momento em que Ava cruelmente deixa Caleb, então você fingiu assistir o filme.
"The madness of a man splitting in half." Interessante como muitos dos grandes gênios não são compreendidos em seu tempo, são pessoas cuja capacidade está à frente das demais.
Eletrizante desde os primeiros minutos, o filme prende a atenção até o final , não perdendo tempo com diálogos desnecessários ou longas introduções. 120 minutos que passam voando.
A qualidade de som, efeitos, cenas de ações extremamente bem arranjadas e principalmente a ambientação... Uau, que ambientação absurda! O elenco inteiro está competentíssimo, muito bem escolhido.
Por sua vez, o roteiro mostra uma maturidade incomum em filmes de ação, todos os personagens tem motivações claras e bem explicadas. Destaque para as personagens femininas, muito bem construídas, longe dos padrões do gênero.
Não é nada incomum, ultimamente, assistir a um filme desse gênero e sair do cinema apontando maneiras com as quais o potencial máximo tivesse sido atingido. Mad Max explora todo seu potencial de maneira exímia, um marco para os filmes de ação.
É o primeiro filme de Paul Thomas Anderson que assisto e deu pra entender o respeito que o cara tem em Hollywood. Os aspectos técnicos são impecáveis, a trilha sonora é marcante, a música dos créditos está na minha cabeça até agora.
A história não é grandiosa, cheia de reviravoltas e nem momentos mindfuck, nesse aspecto me lembrou o, lançado no mesmo ano, "Onde Os Fracos Não Tem Vez". O destaque nela se dá nos detalhes da composição dos personagens, a sutileza com que esta é feita é de uma complexidade muito grande.
Era uma vergonha nunca ter visto um filme de Hitchcock, e agora eu vejo o porquê. Chega a ser difícil decidir por onde começar Trilha sonora absurda Atuações impressionantes, marcantes
Já tendo assistido a série Bates Motel, percebi que quase tudo que diz respeito ao Norman, vem do filme e, consequentemente, livro. É um conteúdo denso, o que mais me impressionou no filme foi a construção dos personagens e os laços que o roteiro faz entre os mesmos. Em 109 minutos, a complexidade dos personagens é quase tão grande quanto a da série. Uau.
Por último, a tensão criada por Hitchcock em cada cena... Impressionante. A gradação com que o conflito cresce, até o climax, é sublime. Um verdadeiro clássico, sensacional.
Winter on Fire: Ukraine's Fight for Freedom
4.3 184 Assista AgoraÉ de se imaginar que com as conquistas alcançadas (renúncia de Yanukóvytch, novas eleições marcadas, etc) a reação dos revolucionários seria mais... explosiva.
No entanto, é difícil comemorar o fim de um longo inverno sabendo o quão sangrento foi ele.
Talvez se aliar à U.E. acabe por se mostrar, a longo prazo, uma decisão complicada para o futuro da Ucrânia. Se aliar à Rússia evitaria o posterior conflito da Crimeia...
Nada disso importa. O importante é que o povo ucraniano demonstrou seu poder. Mostrou que tem uma voz e lutou para que a ouvissem.
"Ninguém faz uma pessoa livre se ajoelhar."
Alabama Monroe
4.3 1,4K Assista AgoraAlgumas cenas TÃO boas nesse filme...
Por outro lado, algumas escolhas um tanto quando discutíveis
Não deixa de ser bem bom, me tocou.
Fome
4.0 310O que Fassbender faz nesse filme... é de outro planeta.
Lunar
3.8 686 Assista AgoraParem de reclamar que o filme é previsível. Ele nunca teve a intenção de ser imprevisível. Na verdade é bem simples: um background extremamente interessante mas fácil de entender.
O que o filme quer passar é a jornada dos Sams 5 e 6 descobrindo o fato de serem clones e tentando mudar seus destinos. É um filme intimista que explora a condição humana, e é nisso que ele se destaca.
O Pequeno Príncipe
4.2 1,1K Assista AgoraUm bom filme com escolhas um tanto quanto... problemáticas.
Não li o livro, tenho que ler pra assistir? Não. Mas o filme parte do princípio que você leu.
A começar pela maneira como a história do livro é contada. Tanto pela trama curta demais, quanto pela falta de informações a respeito do narrador do livro, criaram o plot da menina.
Exatamente. Para mim, o que ocorreu foi:
"Vamos fazer um filme baseado em O Pequeno Príncipe?"
"Vamos"
"Ih, mas melhor colocar uma história contextualizando a narrativa..."
Não me dá a impressão que eles tinham em mente a história do filme, com todos as diferentes tramas, mas sim que resolveram criar uma para contar a história do livro e se perderam nas ideias.
Falando no livro, a história dele é toda picotada, fragmentada demais, não tem um ritmo. É até um tanto quanto corrida. Deixarem de fora o planeta do Acendedor de Lampiões é, na minha opinião, injustificável, assim como a rapidez com que ele passa pelos demais planetas. Poode ter sido uma pressa pela dificuldade que é trabalhar com o stop-motion. O fato é: para quem não leu o livro, ocorre uma falta de informações, que não chega a arruinar a narrativa do livro, mas não tem metade do impacto do mesmo. Digo isso porque assisti com amigos que não leram a obra.
Ao fazer essa escolha, o filme dá uma atenção MUITO maior à trama da menina. Eu não estava incomodado com isso, pelo contrário, estava adorando, quase chorei com a cena da bicicleta na chuva; poooréeem o livro acaba muito cedo e a outra trama continua por, o que me pareceu, mais de uma hora. E o pior, esse tempo adicional foi só pra provar um ponto que já tinha sido provado muito antes. A pira pela imaginação da menina e a versão distópica do livro é forçar demais, além de consumir um tempo absurdo.
Enfim, vale a pena pela boa (apesar de corrida) adaptação da trama do livro, e por escolhas ousadas que começam bem mas se perdem no caminho.
Locke
3.5 444 Assista AgoraNão é um filme para todos.
Honestamente eu amei. Tanto, tanto, que não vou falar de tudo que me agradou, seria coisa demais. Se você não gostou, eu entendo.
Porém, vamos combinar uma coisa
A última música que toca é MUITO BOA.
O Fantástico Sr. Raposo
4.2 932 Assista AgoraE o charme de Wes Anderson ataca novamente.
Alguns incômodos:
A parte em que Sr. Raposo iria se entregar, numa missão suicida, é bem meia boca;
O destaque dado pra elementos como raios e lobos acaba sendo meio mal aproveitado. Você se pergunta o porquê de focarem tanto nisso e no final das contas não faz muita diferença;
A cena em que ele encontra o lobo é boa? Sim, mas fiquei com a impressão que quiseram inserir um certo sentimentalismo e significado que não eram necessários. O Fantástico Sr. Raposo funciona melhor como um ótimo entretenimento do que um filme que quer passar uma mensagem, Moonrise Kingdom faz isso muito melhor.
Deslizes a parte, um ótimo filme com um humor sutil, leve, algumas vezes absurdo e até metalinguístico.
American Ultra: Armados e Alucinados
3.1 383Só queria deixar aqui que a atuação da Kristen em Para Sempre Alice é do caralho.
Falô
Persépolis
4.5 754Uma história extremamente sensível, complicada e mesmo assim conseguiram passar de uma maneira tão leve, os alívios cômicos são de timing e intensidade perfeitos.
Interessante notar como a vó de Marjane, por ter vivido em um momento de abertura cultural, é mais liberal que as gerações posteriores.
Edifício Master
4.3 372 Assista AgoraEdifício Master é um microcosmo da realidade brasileira. Uma espécie de "O Cortiço" do século XXI, trocando a escrita pela filmagem.
O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford
3.6 479 Assista AgoraSe tivesse que descrever esse filme em uma palavra seria: único.
Confesso: não gostei das primeiras duas horas. Até o fim era um filme competente, com ótimas atuações, excelente trilha sonora (que viria a ainda melhorar) e uma cinematografia que chega a ser um insulto de tão bonita. Mas não passava a impressão que viria a ser algo a se destacar. Estava muito errado.
Os últimos trinta minutos de filme são a prova de que o cinema pode às vezes ser perfeito. Cada milésimo de segundo dessas cenas é absolutamente, indiscutivelmente encantador.
Mesmo assim, foram duas horas medianas e somente a última meia hora maravilhosa, não teria sido, portanto, dois terços desperdiçados?
Jamais. Apesar do início não ser magnífico, cada cena do filme está ali porque devia estar. Não é nem questão de serem todas indispensáveis para a trama, acho que metade do filme poderia ser poupado se fosse esse o caso. Mas as duas horas contribuem para criar um sentimento de imersão, de conhecimento maior das personagens; o que acrescenta ainda mais para o final. Se esse filme fosse um SEGUNDO mais curto ou mais longo, algo estaria errado.
Por final, o título aumenta ainda mais o sentimento de que esse filme é singular.
Ok, Robert Ford matou Jesse James.
Oh, Robert Ford é covarde?
Já começamos a assistir esperando que Bob seja, no final das contas, um canalha. E ao fim, vemos que não é bem assim. Não é como se ele tivesse muita opção em matar ou não Jesse; duvido que alguém teria feito diferente. Apesar disso, toda a condição sob a qual o assassinato ocorreu (Jesse de costas, em sua própria casa) faz com que tenhamos um aperto no coração, mesmo sabendo que Robert não tinha outra escolha.
Se não fosse o título, metade da dimensão desse questionamento, que é o trunfo do roteiro, simplesmente não existiria.
Profundo, belíssimo e subestimando.
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraLindo, lindo, lindo.
A maneira com que a mente é organizada foi brilhantemente elaborada. Todo o sistema criado é extremamente convincente. Que ideia genial. Diverte tanto crianças quanto adultos; vi muitos dizendo que os mais novos poderiam não gostar mas ao meu ver todos pareceram adorar, tem cenas engraçadas na medida certa, nem poucas, nem muitas. Arranca risadas com referências fáceis de entender; e lágrimas com cenas de partir o coração.
O que me fez achar o melhor filme da Pixar é que não há um "vilão", alguém mostrado como o puro mal. Isso realmente me incomodou em outros filmes deles. Em Divertida Mente cada personagem tem faces boas e ruins.
A mensagem final é ótima: todos os sentimentos são importantes na definição de quem somos.
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraO final não é nada absurdo realmente mas... não sei. Para mim funcionou da maneira ideal. Deixou um... aperto no coração, mas de maneira leve. Parecido com a ideia de almas de oxigênio se dissipando no ozônio.
Bonito. Muito, muito bonito.
M, o Vampiro de Dusseldorf
4.3 278 Assista AgoraComeça morno, mas a medida que o filme passa, você percebe a genialidade do roteiro.
A parte de perseguição dentro do prédio é absurdamente bem feita, toda a tensão construída é eletrizante.
O ápice do filme é, sem dúvida, o "julgamento". Incrível como consegue ser tão atual.
Uma mistura perfeita de suspense com o estudo social e psicológico, que influencia, direta ou indiretamente, qualquer bom filme de investigação.
Princesa Mononoke
4.4 944 Assista AgoraEstou de queixo caído. Que. Filme. Lindo.
Se destaca dos filmes de Miyazaki que vi até agora, me surpreendeu por apresentar bastante violência mas é tudo extremamente bem contextualizado.
Por volta da metade do filme eu já estava completamente maravilhado, mais uma vez, pela mitologia japonesa. Seus deuses são tão mais... humanos. Mesmo a mitologia grega e nórdica, nas quais os deuses são vingativos, apaixonam-se, etc, parece tão mais distante, se levar em conta a proximidade dos deuses japoneses. Não sei, isso me parece tão confortante.
Quanto a história do filme em si, é sensacional. O melhor de tudo é que a trama tem sim sua mensagem de proteção ambiental mas não é dada tamanha atenção a isso que chegue a incomodar. Tanto é que Ashitaka muitas vezes toma atitudes em prol dos humanos, que tanto agrediram a floresta e os deuses. Não me entendam mal, a mensagem em prol do ambiente é importante e está, indiscutivelmente, presente no filme, mas ao mesmo tempo há o lado mais humano, egoísta, real, da história.
Absolutamente genial.
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraEncerra de forma maravilhosa a trilogia. Mesmo com tantos problemas, ainda conseguimos amar essas personagens.
"This is real life. It's not perfect, but it's real."
Eles não são perfeitos, o relacionamento deles não é perfeito, a vida não é perfeita. Ainda assim,com todas suas imperfeições e tristezas, consegue ser linda.
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista AgoraMesmo tão pacata, essa vida normal, sem grandes acontecimentos, pode às vezes ser tão bela.
O Pagador de Promessas
4.3 363 Assista AgoraÀ frente de seu tempo.
Retrata de maneira brilhante a distorção da realidade para atender interesses próprios. O sensacionalismo da imprensa, manipulação de fiéis, hipocrisia religiosa, hierarquia, tudo é meticulosamente trabalhado. Destaque para a visão que se tinha de comunistas e, nesse caso, supostos comunistas. Não à toa poucos anos depois os militares assumiram o poder com o discurso de nos salvarem do socialismo. Como se não fosse suficiente, ainda é mostrada a belíssima religião candomblé.
Um detalhado estudo sociológico, incrível.
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraE pensar que é uma produção pequena. Incrível o trabalho feito. Fotografia linda, pós-produção e ambientação impressionantes, boa trilha sonora e atuações competentes.
Quanto ao roteiro, trás ótimas reflexões sobre o uso de Inteligência Artificial, mas nesse quesito não se equipara com "Blade Runner" ou "Ghost In The Shell". A genialidade se dá no suspense que é criado durante toda a trama, o questionamento sobre a conclusão e a motivação das personagens é estupidamente bem feito.
Kyoko ser uma robô: previsível? Sim.
Mas se em momento nenhum você se perguntou sobre como eles escapariam; se não se envolveu no momento em que a cortina cai pra Nathan e Caleb; e principalmente no momento em que Ava cruelmente deixa Caleb, então você fingiu assistir o filme.
Amadeus
4.4 1,1K"The madness of a man splitting in half."
Interessante como muitos dos grandes gênios não são compreendidos em seu tempo, são pessoas cuja capacidade está à frente das demais.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraTestemunhem!
Eletrizante desde os primeiros minutos, o filme prende a atenção até o final , não perdendo tempo com diálogos desnecessários ou longas introduções. 120 minutos que passam voando.
A qualidade de som, efeitos, cenas de ações extremamente bem arranjadas e principalmente a ambientação... Uau, que ambientação absurda! O elenco inteiro está competentíssimo, muito bem escolhido.
Por sua vez, o roteiro mostra uma maturidade incomum em filmes de ação, todos os personagens tem motivações claras e bem explicadas. Destaque para as personagens femininas, muito bem construídas, longe dos padrões do gênero.
Não é nada incomum, ultimamente, assistir a um filme desse gênero e sair do cinema apontando maneiras com as quais o potencial máximo tivesse sido atingido. Mad Max explora todo seu potencial de maneira exímia, um marco para os filmes de ação.
Sangue Negro
4.3 1,2K Assista AgoraThere is power in the blood.
É o primeiro filme de Paul Thomas Anderson que assisto e deu pra entender o respeito que o cara tem em Hollywood. Os aspectos técnicos são impecáveis, a trilha sonora é marcante, a música dos créditos está na minha cabeça até agora.
A história não é grandiosa, cheia de reviravoltas e nem momentos mindfuck, nesse aspecto me lembrou o, lançado no mesmo ano, "Onde Os Fracos Não Tem Vez". O destaque nela se dá nos detalhes da composição dos personagens, a sutileza com que esta é feita é de uma complexidade muito grande.
Daniel Plainview me lembrou o Walter White no auge de Breaking Bad, cego pelo poder, sendo esse sua única motivação.
O destaque máximo vai para Paul Dano e Daniel Day-Lewis, principalmente o último, que entrega uma das melhores atuações que já vi.
Planeta Fantástico
4.3 319A vida é realmente algo muito frágil.
Psicose
4.4 2,5K Assista AgoraEra uma vergonha nunca ter visto um filme de Hitchcock, e agora eu vejo o porquê. Chega a ser difícil decidir por onde começar
Trilha sonora absurda
Atuações impressionantes, marcantes
Já tendo assistido a série Bates Motel, percebi que quase tudo que diz respeito ao Norman, vem do filme e, consequentemente, livro. É um conteúdo denso, o que mais me impressionou no filme foi a construção dos personagens e os laços que o roteiro faz entre os mesmos. Em 109 minutos, a complexidade dos personagens é quase tão grande quanto a da série. Uau.
Por último, a tensão criada por Hitchcock em cada cena... Impressionante. A gradação com que o conflito cresce, até o climax, é sublime.
Um verdadeiro clássico, sensacional.