filmow.com/usuario/gianlisboa
    Você está em
  1. > Home
  2. > Usuários
  3. > gianlisboa

Usuário desde Março de 2017
Grau de compatibilidade cinéfila
Baseado em 0 avaliações em comum

Últimas opiniões enviadas

  • Gian

    Como é difícil estarmos no mundo, sermos-aí. O Homem dos Sonhos é um filme existencialista. Habitarmos o mundo é estarmos sempre reféns da impressão do outro, de forma que é impossível satisfazermos todas as expectativas do outro, e se tentarmos ficaremos loucos. Borgli hiperboliza essa ideia numa ótima tragicomédia surrealista.

    Alguns clichês de direção da A24 aqui e ali, principalmente na construção de suspense, mas atuação marcante de Nicholas Cage.

    Você precisa estar logado para comentar. Fazer login.
  • Gian

    A vivência humana, quando desconstruída e montada de novo frente aos nossos olhos, como Yorgos e a equipe fazem em Pobres Criaturas, é extremamente estranha. Quando racionalizado, o amor é estranho, o tesão é estranho, o corpo humano é estranho, as etiquetas não fazem sentido. Alguém nos contou, em algum momento da vida, o que esperar do amor, como o sexo deve ser, como não andar torto, como não falar estranho, tudo para construir a nossa estranhíssima e subjetiva passagem pela terra.

    Pobres Criaturas é um filme sobre o gozo humano. Porque, depois que nos despimos de tudo, é só o que resta. O gozo de amar, de gozar, de comer, de aprender. E principalmente de se permitir frustrar pelas contradições que encontramos inevitavelmente pelo caminho. De gritar, chorar, se descabelar, e lutar por justiça quando vemos a crueldade de perto, como na cena em Alexandria. É por cima de tudo isso que surge a etiqueta, o cinismo, a castração. O que é o cínico e o castrador, afinal, além de alguém que não sabe lidar com a frustração da vida?

    Direção de arte perfeita, câmera ousada, trilha sonora maravilhosa, atuações impecáveis, quem não gostou é fresquinho.

    Você precisa estar logado para comentar. Fazer login.
  • Gian

    Por excelência, um road movie da melhor qualidade. Aqui a estrada é das mais traiçoeiras possíveis. O sonho de um vida melhor, ironicamente, alimenta uma indústria do trabalho forçado e não pago, esse que, há muito tempo, é o que está por trás da vida de luxo dos mais ricos mundo afora. Uma máquina de moer gente, que deixa um rastro de sangue pelo Saara, cospe quem sobrou no mediterrâneo, e chega na Europa através dos jornais, com mais uma foto de mais um barquinho cheio de gente. No lado norte do mediterrâneo, mesmo os que esbravejam contra a imigração, sabem que, se precisarem de mais alguém para assumir cargos que eles não têm mais interesse em assumir, a máquina os dará mais um operário rapidamente. Assim, a Europa é construída há séculos.

    A história é sensível e humana, com um ar de inocência e esperança que não desaparece dos olhos dos personagens em nenhum momento. A filmagem e a edição é curiosa por ser um pouco "retrô", com muita câmera dinâmica e crossfades, me lembra os anos 90. Destaque pras ótimas atuações de Issaka Sawagodo e Oumar Diaw.

    Você precisa estar logado para comentar. Fazer login.

Este site usa cookies para oferecer a melhor experiência possível. Ao navegar em nosso site, você concorda com o uso de cookies.

Se você precisar de mais informações e / ou não quiser que os cookies sejam colocados ao usar o site, visite a página da Política de Privacidade.