Chorei do início ao fim! Como podemos ter regredido tanto? Um filme comovente, que nocauteou a minha esperança por dias melhores. A imbecilização da nação avança a passos largos e a nossa democracia, aparentemente, nunca passou de uma ilusão efêmera.
Espero que o mundo assista o filme e se choque com o que se passa no Brasil: extermínio das populações negras, indígenas e periféricas, feminicídios em massa, esquemas de corrupção que extrapolam a ficção Hollywoodiana, dentre tantos outros caos que vivemos nessa terra colonial e escravocrata.
Entendo o frenesi acerca desse filme, pois realmente é bastante bom e, apesar de ser um blockbuster, está permeado de críticas sociais, mas não se pode esquecer que quem conta a história é um dos maiores e mais perturbados vilões, que, inclusive, já chegou a afirmar nos quadrinhos que se ele tiver que ter um passado, este será múltipla escolha, ou seja, pode ter alguma verdade, mas, com certeza, a narrativa está cheia de mentiras uma vez que o Coringa não é um narrador confiável.
Essas incongruências são claras até mesmo para quem não é aficionado por super-heróis, porém a dúvida constante é, com certeza, uma das belezas do filme.
Para as pessoas que aclamaram o filme por conta das críticas sociais contra a burguesia e o descaso do Estado para com o povo, por favor, não deixem de notar a crítica às camadas populares, que seguem insanamente um assassino sociopata, transformando-o em símbolo de luta e resistência. É preciso revoltar-se, mas com olhos atentos para não cair na lábia de qualquer Messias e, mais uma vez, glorificar falsos símbolos.
Série desnecessariamente longa. Além disso, não é terror, no máximo um suspense psicológico e olhe lá. Não exploraram direito certas questões acerca da casa e o final foi bem ruim.
Aos que estão falando que o documentário foi superficial demais, eu pergunto: o que vocês queriam que acontecesse? Sério. O racismo faz parte da estrutura da sociedade há séculos e aí vocês querem que um documentário de menos de 1 hora fale com propriedade sobre um assunto que ninguém fala e que, por isso, ainda é extremamente rechaçado.
Não tem como discutir privilégio branco se grande parte das pessoas brancas se recusam a sequer tentar entender o que é pra depois falar se existe ou não.
Creio que por mais que não aprofunde sobre o tema, este documentário é bem importante para começarmos a repensar nossos valores e a enxergar nossos privilégios. Nós brancos temos que entender que quando alguém aponta que tivemos privilégios por sermos brancos, não quer dizer que tivemos tudo fácil, sem esforço - mas sim que foi mais fácil do que para outras pessoas, devido ao simples fato de sermos brancos.
Quando eu entro em um mercado ou farmácia, eu não fico com medo. Nunca me senti vigiada dentro de um shopping, mas já vi, ouvi e li diversos relatos de pessoas negras que foram explicitamente assediadas pelos seguranças e coagidas a se retirarem. Inclusive nesse ano tiveram alguns casos em que os seguranças de mercados mataram meninos negros por acharem que estavam roubando.
Precisamos discutir sobre nossos privilégios e DEVEMOS nos unir à luta negra.
Eu tô tão feliz com essa série. Confesso que quando comecei a assistir a primeira temporada, vi receosa e cheia de críticas, mas, conforme a trama foi desenrolando, eu acabei me apaixonando pela forma com que a série aborda problemas e tabus pouco comentados na sociedade.
É incrível ter uma série que fala sobre os problemas sexuais das mulheres! As músicas dos gatos foram sensacionais! E ainda educam enquanto divertem. Falar sobre alcoolismo e doenças mentais é imprescindível, ainda mais com tanta sensibilidade e naturalidade. E o legal é que nem para por aí, a série abordou tantos temas importantes, como: sexualidade, relações parentais e suas consequências, abandono parental, gordofobia, feminismo, anti-feminismo, relações abusivas (não só as românticas, como também as relações de amizade), dentre outros tantos temas!
Eu tô realmente apaixonada pela série e um tanto orgulhosa de termos algo assim disponível. Espero que todos vejam e aprendam com Rebecca Bunch e seus amigos.
É tão bom ver produções brasileiras assim! Filme muito bom com personagens complexos e narrativa interessante e bem redonda. Os detalhes do roteiro são incríveis e instigam o espectador a pensar criticamente durante todo o filme. Alguns pontos não foram explicados, mas não senti tanta falta, pois acredito que o roteiro deixou certas coisas implícitas de propósito - afinal, não é preciso explicar tudo sempre.
O que me incomodou foi o uso exagerado de efeitos. Achei por metade do tempo que o roteiro fosse algo mais Sci-Fi por conta da similaridade estilística das transições com Star Wars e, também, pelo fato da introdução ter me lembrado bastante o início de 2001: Uma Odisseia no Espaço.
Deixando as tecnicalidades de lado, achei a obra muito boa, principalmente por conta das referências históricas brasileiras ali presentes. Uma delas que, para mim, ficou bem clara foi a Guerra de Canudos: um povoado de uma cidade pequena se unindo em prol da comunidade e rejeitando os poderes externos. O filme traz uma ótima e necessária mensagem.
Começa intrigante, mas com o tempo se torna massante. Apesar de ter bastante potencial, o filme não desenvolve bem o roteiro, deixando algumas questões abertas e os personagens acabam não sendo inteiramente aproveitados.
Uma pena, pois com a premissa inspirada em Black Mirror e com a Hilary Swank no elenco, o filme poderia ser brilhante.
A premissa foi boa? Até que foi. Mas, sinceramente, que péssima execução!
Tentaram repetir a dose de sucesso, mas só conseguiram uma temporada chata, repetitiva e lenta. Quantos erros! Parece que os personagens não evoluíram nada, pois continuam cometendo os mesmos erros. Cadê os arcos dos personagens, minha gente? Além disso os novos personagens secundários, em sua maioria, eram chatos - salvo um ou dois.
Sobre o fato de ter tirado o Fernando do nada achei muito cômodo ter uma lacuna pra enfiar ali tudo o que quisessem sem explicar muita coisa. Se a morte do Fernando era uma coisa importante para a série, ela deveria ter sido elucidada e não mantida em mistério pra poder ser usada como muleta durante o resto do roteiro. Se vocês tivessem apresentado a versão oficial (a da Concha) e depois mostrado as outras duas (Marcela e Glória), talvez todos os personagens, bem como a história, teriam ficado bem mais plausíveis, profundos e atraentes para o espectador.
Fora tudo isso, achei que a ideia por trás do roteiro, dos rasos diálogos e dos personagens fracos era muito boa. A premissa ideológica da série é sensacional e realmente me faz refletir - e é somente por isso que eu assisto quando outra temporada sai.
Adorei que não teve nenhum flashback pra enaltecer o marido. Ouvimos apenas as lembranças dele e construímos as imagens e narrativas nas nossas cabeças, preenchendo os espaços em branco que aquelas citações e referências deixavam.
A série é, como um todo, muito boa: com bons diálogos, personagens complexos - que me causaram uma sensação completamente dúbia. A amizade das duas é sensacional e nos faz querer assistir os episódios sem parar.
Apesar de ser bacana ver uma protagonista gorda e do filme tentar criticar os clichês das comédias românticas, como: homens gays que não tem vida/narrativa própria, cumprindo apenas a função de enaltecer a protagonista; musicais; cenas ultrarromânticas e fora da realidade; padrões de beleza inalcançáveis (tipo acordar maquiada e sem nenhum fio de cabelo no lugar); o filme, no final, continua perpetuando a maioria desses conceitos. A Natalie aprendeu que precisa se amar, ótimo! Pelo menos temos essa mensagem como principal, mas o que talvez possa passar desapercebido no meio desse empoderamento instantâneo e individual é que ela mudou após, teoricamente, se aceitar. Ela mudou a forma de se vestir e de ser e, no fim, acabou o filme com o "maior prêmio que uma mulher pode querer": um bom homem. (leiam com ironia as aspas)
A questão é que essa mensagem romântica de que tudo na vida é questão de perspectiva pode servir para alguns, mas, pra mim, é puro clichê e uma forma bem fácil de concluir as coisas sem querer se "incriminar" politicamente.
Bem interessante mostrar o passado da mulher mais misteriosa dos desenhos animados. Fiquei bem feliz por não terem sensualizado demais ela e sim por tornarem ela mais humana.
O detetive é um babacão e eu quero muito que ele seja repreendido pela forma com que trata as pessoas, principalmente sua parceria. Tadinha, ela é maravilhosa e fica se sujeitando àquele ridículo. Queria ela mais confiante e menos tolerante numa segunda temporada.
Acho que podiam ter explorado melhor os amigos também, pois apesar de termos entendido como ela conhecia o Player, por exemplo, nunca passamos da superfície do relacionamento. E o que os gêmeos significam pra ela? De onde ela os conheceu? Netflix, a história dela não acabou quando ela saiu da V.I.L.L.E.... Bora explorar essas histórias todas aí!
Achei a série boa, porém um pouco fraca, pois apesar de não ter me surpreendido muito, foi bem legal ver a Carmen de volta às telas. É uma mistura de nostalgia com uma dose de empoderamento feminino (coisa que não era muito comum na época do original).
P.S.: Adorei que continuaram falando sobre os locais em que ela estava. Adoro quando o desenho ensina coisas boas e legais enquanto diverte. :)
Apesar de não ter me surpreendido muito, achei bem legal! A única coisa que me incomodou bastante foi o fato de não terem julgado o leão pelo tratamento que ele dava à sua vice. Aquele leão era um babacão.
Essa é uma série que me deixa muito feliz. É maravilhoso ver duas mulheres idosas representando papéis incríveis e que quebram vários esteriótipos sobre a velhice. Além do mais, Grace e Frankie realmente nos fazem refletir sobre a invisibilidade e os desafios da terceira idade.
Apesar do Bruce Willis, o filme é bem bom. A história se desenrola um pouco devagar demais e alguns estilos de cortes me deixaram rindo de nervoso, mas o final é surpreendente e tem umas cenas de tirar o fôlego.
Vejam antes de ver Fragmentado. Eu não vi antes, mas vou rever o segundo agora.
Já vou logo dizendo que não gosto do Homem-Aranha, mas QUE ANIMAÇÃO! Adorei o estilo, a fotografia, tudo! Achei bem melhor que o último filme com aquele Peter adolescente zé mané. O Miles é, de longe, o melhor homem-aranha (tirando a Gwen, eu amei a mulher-aranha).
Ao contrário dos outros audiovisuais em que mesmo o protagonista estando errado nós, os espectadores, acabamos torcendo por sua vitória, eu não consegui simpatizar por Joe. Graças ao meu bom senso e pela série não romantizar suas atitudes. Parando para pensar, o que o "mocinho" de "O Diário de Uma Paixão" faz é tão perturbador quanto a conduta de Joe, mas, pelo primeiro ser contado docemente, acabamos torcendo pelo casal, mesmo sendo uma relação abusiva. Já em "You" não. Nós sabemos o que o Joe pensa e vemos o quão distorcida é a sua mente. Fiquei pensando qual seria seu distúrbio mental.
Primeiro pensei que ele era um psicopata, mas pelo pouco que li sobre psicopatia sei que a pessoa não experimenta nenhum tipo de sentimento, coisa que o protagonista aparentemente consegue: """"amor"""", medo e até remorso, mesmo que ele prontamente consiga distorcer a situação e moldá-la para que continue seguindo sua ideologia psicótica. Enfim, como sou leiga em psicologia não consegui perceber qual era sua doença, porém sei com toda certeza do mundo que ele é um doente mental, no sentindo mais literal da expressão. Talvez tenha vários distúrbios, como narcisismo, sociopatia, dissociação, etc.
Achei muito interessante a série colocar um relacionamento abusivo acontecendo ao mesmo tempo em que ele invade e manipula Beck. É sempre bom ensinar ao público que existem diferentes tipos de violências (como psicológica, moral, etc) e que mesmo que não haja a violência física, as outras são tão horríveis quanto.
A série toda foi, para mim, extremamente incômoda. Eu fiquei enojada do início ao fim e, por isso, considero esta uma boa obra. Apesar das atitudes psicóticas de Joe e do sentimento de repulsa que elas me causaram, continuei assistindo, para saber o que aconteceria com a pobre Beck. Assisti ao restante quase como se isso pudesse, de alguma forma, salvá-la.
Não recomendo maratonar, mas também não deixo de recomendar. A série é pesada e densa, mesmo nos momentos leves e supostamente românticos.
Eu estava esperando mais do mesmo, a mesma linha, mas ver como este filme é inovador realmente me impactou. A história em si não é tão elaborada, mas a dinâmica é incrível.
No começo, tentei fazer as melhores escolhas, mas todas acabavam não me satisfazendo. Depois, fiquei realmente tocada e chocada com a forma com que eu resolvi manipular a vida daquela pessoa só para meu entretenimento. Realmente, além de tudo o filme acaba forçando uma reflexão acerca de nossas vidas. Um padrão de Black Mirror.
Além de inovar na estrutura, o filme também inova ao quebrar a quarta parede de um jeito inusitado. Foi perturbadoramente divertido explicar para o Stephan, um adolescente dos anos 80, o que era a Netflix e como ele estava sendo controlado por ela. A única coisa que não me apeteceu muito nessa linha temporal foram as cenas de estúdio. Apesar de não ter sido simpática a elas, fizeram sentido e me lembrou "O Show de Truman".
O que eu mais gostei, porém, foi como o símbolo deste filme está conectado com outros episódios da série, como o estupendo "Urso Branco". Seria magnifico se eles criassem um episódio acerca deste símbolo.
Uma ótima combinação de "O Show de Truman" e video games. Arrepiante.
Seguindo a linha de "Um lugar silencioso", "Bird Box" é um daqueles filmes que te forçam a refletir sobre a situação dos personagens; que te coloca no lugar deles. Gostei bastante.
As atuações são sensacionais. A Sandra Bullock sempre me foi simpática, desde "Miss Simpatia", mas dessa vez ela arrebentou e me tirou o fôlego. Além dela, a Sarah Paulson deu mais um show de talento, apesar de ter aparecido menos do que eu gostaria.
É, para mim, um dos melhores lançamentos da Netflix deste ano.
Vale a pena!
EDIT: a briga de melhor lançamento da Netflix desse ano está, pra mim, entre "Bird Box" e "Black Mirror: Bandersnatch". Assistam e me ajudem a decidir.
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraSimplesmente genial!
Parabéns a Coréia do Sul e ao seu programa de incentivo ao cinema nacional!
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KChorei do início ao fim! Como podemos ter regredido tanto?
Um filme comovente, que nocauteou a minha esperança por dias melhores.
A imbecilização da nação avança a passos largos e a nossa democracia, aparentemente, nunca passou de uma ilusão efêmera.
Espero que o mundo assista o filme e se choque com o que se passa no Brasil: extermínio das populações negras, indígenas e periféricas, feminicídios em massa, esquemas de corrupção que extrapolam a ficção Hollywoodiana, dentre tantos outros caos que vivemos nessa terra colonial e escravocrata.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraEntendo o frenesi acerca desse filme, pois realmente é bastante bom e, apesar de ser um blockbuster, está permeado de críticas sociais, mas não se pode esquecer que quem conta a história é um dos maiores e mais perturbados vilões, que, inclusive, já chegou a afirmar nos quadrinhos que se ele tiver que ter um passado, este será múltipla escolha, ou seja, pode ter alguma verdade, mas, com certeza, a narrativa está cheia de mentiras uma vez que o Coringa não é um narrador confiável.
Essas incongruências são claras até mesmo para quem não é aficionado por super-heróis, porém a dúvida constante é, com certeza, uma das belezas do filme.
Para as pessoas que aclamaram o filme por conta das críticas sociais contra a burguesia e o descaso do Estado para com o povo, por favor, não deixem de notar a crítica às camadas populares, que seguem insanamente um assassino sociopata, transformando-o em símbolo de luta e resistência. É preciso revoltar-se, mas com olhos atentos para não cair na lábia de qualquer Messias e, mais uma vez, glorificar falsos símbolos.
The Good Place (4ª Temporada)
4.3 331 Assista AgoraNunca vi uma série acabar tão bem! Parabéns!
A Maldição da Residência Hill
4.4 1,4K Assista AgoraSérie desnecessariamente longa.
Além disso, não é terror, no máximo um suspense psicológico e olhe lá.
Não exploraram direito certas questões acerca da casa e o final foi bem ruim.
Senti que perdi meu tempo.
Alô, Privilégio? É a Chelsea
3.3 10 Assista AgoraAos que estão falando que o documentário foi superficial demais, eu pergunto: o que vocês queriam que acontecesse? Sério. O racismo faz parte da estrutura da sociedade há séculos e aí vocês querem que um documentário de menos de 1 hora fale com propriedade sobre um assunto que ninguém fala e que, por isso, ainda é extremamente rechaçado.
Não tem como discutir privilégio branco se grande parte das pessoas brancas se recusam a sequer tentar entender o que é pra depois falar se existe ou não.
Creio que por mais que não aprofunde sobre o tema, este documentário é bem importante para começarmos a repensar nossos valores e a enxergar nossos privilégios.
Nós brancos temos que entender que quando alguém aponta que tivemos privilégios por sermos brancos, não quer dizer que tivemos tudo fácil, sem esforço - mas sim que foi mais fácil do que para outras pessoas, devido ao simples fato de sermos brancos.
Quando eu entro em um mercado ou farmácia, eu não fico com medo. Nunca me senti vigiada dentro de um shopping, mas já vi, ouvi e li diversos relatos de pessoas negras que foram explicitamente assediadas pelos seguranças e coagidas a se retirarem.
Inclusive nesse ano tiveram alguns casos em que os seguranças de mercados mataram meninos negros por acharem que estavam roubando.
Precisamos discutir sobre nossos privilégios e DEVEMOS nos unir à luta negra.
Crazy Ex-Girlfriend (4ª Temporada)
4.2 56 Assista AgoraEu tô tão feliz com essa série.
Confesso que quando comecei a assistir a primeira temporada, vi receosa e cheia de críticas, mas, conforme a trama foi desenrolando, eu acabei me apaixonando pela forma com que a série aborda problemas e tabus pouco comentados na sociedade.
É incrível ter uma série que fala sobre os problemas sexuais das mulheres! As músicas dos gatos foram sensacionais! E ainda educam enquanto divertem.
Falar sobre alcoolismo e doenças mentais é imprescindível, ainda mais com tanta sensibilidade e naturalidade.
E o legal é que nem para por aí, a série abordou tantos temas importantes, como: sexualidade, relações parentais e suas consequências, abandono parental, gordofobia, feminismo, anti-feminismo, relações abusivas (não só as românticas, como também as relações de amizade), dentre outros tantos temas!
Eu tô realmente apaixonada pela série e um tanto orgulhosa de termos algo assim disponível. Espero que todos vejam e aprendam com Rebecca Bunch e seus amigos.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraÉ tão bom ver produções brasileiras assim!
Filme muito bom com personagens complexos e narrativa interessante e bem redonda. Os detalhes do roteiro são incríveis e instigam o espectador a pensar criticamente durante todo o filme.
Alguns pontos não foram explicados, mas não senti tanta falta, pois acredito que o roteiro deixou certas coisas implícitas de propósito - afinal, não é preciso explicar tudo sempre.
O que me incomodou foi o uso exagerado de efeitos. Achei por metade do tempo que o roteiro fosse algo mais Sci-Fi por conta da similaridade estilística das transições com Star Wars e, também, pelo fato da introdução ter me lembrado bastante o início de 2001: Uma Odisseia no Espaço.
Deixando as tecnicalidades de lado, achei a obra muito boa, principalmente por conta das referências históricas brasileiras ali presentes. Uma delas que, para mim, ficou bem clara foi a Guerra de Canudos: um povoado de uma cidade pequena se unindo em prol da comunidade e rejeitando os poderes externos. O filme traz uma ótima e necessária mensagem.
I Am Mother
3.4 495 Assista AgoraComeça intrigante, mas com o tempo se torna massante.
Apesar de ter bastante potencial, o filme não desenvolve bem o roteiro, deixando algumas questões abertas e os personagens acabam não sendo inteiramente aproveitados.
Uma pena, pois com a premissa inspirada em Black Mirror e com a Hilary Swank no elenco, o filme poderia ser brilhante.
3% (3ª Temporada)
3.7 127A premissa foi boa? Até que foi. Mas, sinceramente, que péssima execução!
Tentaram repetir a dose de sucesso, mas só conseguiram uma temporada chata, repetitiva e lenta. Quantos erros! Parece que os personagens não evoluíram nada, pois continuam cometendo os mesmos erros. Cadê os arcos dos personagens, minha gente?
Além disso os novos personagens secundários, em sua maioria, eram chatos - salvo um ou dois.
Sobre o fato de ter tirado o Fernando do nada achei muito cômodo ter uma lacuna pra enfiar ali tudo o que quisessem sem explicar muita coisa. Se a morte do Fernando era uma coisa importante para a série, ela deveria ter sido elucidada e não mantida em mistério pra poder ser usada como muleta durante o resto do roteiro. Se vocês tivessem apresentado a versão oficial (a da Concha) e depois mostrado as outras duas (Marcela e Glória), talvez todos os personagens, bem como a história, teriam ficado bem mais plausíveis, profundos e atraentes para o espectador.
Fora tudo isso, achei que a ideia por trás do roteiro, dos rasos diálogos e dos personagens fracos era muito boa. A premissa ideológica da série é sensacional e realmente me faz refletir - e é somente por isso que eu assisto quando outra temporada sai.
Mesmo se Nada der Certo
4.0 1,9K Assista AgoraAdoro esse diretor. Amei Sing Street e amei esse filme.
As músicas são sensacionais (tem a playlist no Spotify!!)
P.S.: a cada dia que passa tenho mais ranço do Adam Levine kkkkk
Disque Amiga para Matar (1ª Temporada)
4.0 187 Assista AgoraAdorei que não teve nenhum flashback pra enaltecer o marido. Ouvimos apenas as lembranças dele e construímos as imagens e narrativas nas nossas cabeças, preenchendo os espaços em branco que aquelas citações e referências deixavam.
A série é, como um todo, muito boa: com bons diálogos, personagens complexos - que me causaram uma sensação completamente dúbia. A amizade das duas é sensacional e nos faz querer assistir os episódios sem parar.
Fiquei bem feliz de ver uma série assim.
Capitã Marvel
3.7 1,9K Assista AgoraÉ assim que os homens se sentem quando se veem representados por um personagem foda e que não é constantemente sexualizado?
Eu adorei e gostaria MUITO que a Marvel tivesse explorado com mais calma a história da pessoa mais poderosa do Universo Marvel.
Megarrromântico
3.1 566 Assista AgoraO filme é bonitinho, mas não vai muito além disso.
Apesar de ser bacana ver uma protagonista gorda e do filme tentar criticar os clichês das comédias românticas, como: homens gays que não tem vida/narrativa própria, cumprindo apenas a função de enaltecer a protagonista; musicais; cenas ultrarromânticas e fora da realidade; padrões de beleza inalcançáveis (tipo acordar maquiada e sem nenhum fio de cabelo no lugar); o filme, no final, continua perpetuando a maioria desses conceitos.
A Natalie aprendeu que precisa se amar, ótimo! Pelo menos temos essa mensagem como principal, mas o que talvez possa passar desapercebido no meio desse empoderamento instantâneo e individual é que ela mudou após, teoricamente, se aceitar. Ela mudou a forma de se vestir e de ser e, no fim, acabou o filme com o "maior prêmio que uma mulher pode querer": um bom homem. (leiam com ironia as aspas)
A questão é que essa mensagem romântica de que tudo na vida é questão de perspectiva pode servir para alguns, mas, pra mim, é puro clichê e uma forma bem fácil de concluir as coisas sem querer se "incriminar" politicamente.
Carmen Sandiego (1ª Temporada)
3.9 38Bem interessante mostrar o passado da mulher mais misteriosa dos desenhos animados. Fiquei bem feliz por não terem sensualizado demais ela e sim por tornarem ela mais humana.
O detetive é um babacão e eu quero muito que ele seja repreendido pela forma com que trata as pessoas, principalmente sua parceria. Tadinha, ela é maravilhosa e fica se sujeitando àquele ridículo. Queria ela mais confiante e menos tolerante numa segunda temporada.
Acho que podiam ter explorado melhor os amigos também, pois apesar de termos entendido como ela conhecia o Player, por exemplo, nunca passamos da superfície do relacionamento. E o que os gêmeos significam pra ela? De onde ela os conheceu?
Netflix, a história dela não acabou quando ela saiu da V.I.L.L.E.... Bora explorar essas histórias todas aí!
Achei a série boa, porém um pouco fraca, pois apesar de não ter me surpreendido muito, foi bem legal ver a Carmen de volta às telas. É uma mistura de nostalgia com uma dose de empoderamento feminino (coisa que não era muito comum na época do original).
P.S.: Adorei que continuaram falando sobre os locais em que ela estava. Adoro quando o desenho ensina coisas boas e legais enquanto diverte. :)
Zootopia: Essa Cidade é o Bicho
4.2 1,5K Assista AgoraApesar de não ter me surpreendido muito, achei bem legal! A única coisa que me incomodou bastante foi o fato de não terem julgado o leão pelo tratamento que ele dava à sua vice. Aquele leão era um babacão.
Adorei o relacionamento da Judy e do Nick <3
Grace and Frankie (5ª Temporada)
4.2 78 Assista AgoraEssa é uma série que me deixa muito feliz.
É maravilhoso ver duas mulheres idosas representando papéis incríveis e que quebram vários esteriótipos sobre a velhice.
Além do mais, Grace e Frankie realmente nos fazem refletir sobre a invisibilidade e os desafios da terceira idade.
Corpo Fechado
3.7 1,3K Assista AgoraApesar do Bruce Willis, o filme é bem bom.
A história se desenrola um pouco devagar demais e alguns estilos de cortes me deixaram rindo de nervoso, mas o final é surpreendente e tem umas cenas de tirar o fôlego.
Vejam antes de ver Fragmentado.
Eu não vi antes, mas vou rever o segundo agora.
Homem-Aranha: No Aranhaverso
4.4 1,5K Assista AgoraJá vou logo dizendo que não gosto do Homem-Aranha, mas QUE ANIMAÇÃO!
Adorei o estilo, a fotografia, tudo!
Achei bem melhor que o último filme com aquele Peter adolescente zé mané. O Miles é, de longe, o melhor homem-aranha (tirando a Gwen, eu amei a mulher-aranha).
Kubo e as Cordas Mágicas
4.2 635 Assista AgoraQue animação LINDA!
Achei muito fofo!
Brooklyn Nine-Nine (5ª Temporada)
4.5 183 Assista AgoraUm amor: Rosa Diaz <3
Você (1ª Temporada)
3.7 918 Assista AgoraAo contrário dos outros audiovisuais em que mesmo o protagonista estando errado nós, os espectadores, acabamos torcendo por sua vitória, eu não consegui simpatizar por Joe. Graças ao meu bom senso e pela série não romantizar suas atitudes.
Parando para pensar, o que o "mocinho" de "O Diário de Uma Paixão" faz é tão perturbador quanto a conduta de Joe, mas, pelo primeiro ser contado docemente, acabamos torcendo pelo casal, mesmo sendo uma relação abusiva. Já em "You" não. Nós sabemos o que o Joe pensa e vemos o quão distorcida é a sua mente.
Fiquei pensando qual seria seu distúrbio mental.
Primeiro pensei que ele era um psicopata, mas pelo pouco que li sobre psicopatia sei que a pessoa não experimenta nenhum tipo de sentimento, coisa que o protagonista aparentemente consegue: """"amor"""", medo e até remorso, mesmo que ele prontamente consiga distorcer a situação e moldá-la para que continue seguindo sua ideologia psicótica.
Enfim, como sou leiga em psicologia não consegui perceber qual era sua doença, porém sei com toda certeza do mundo que ele é um doente mental, no sentindo mais literal da expressão. Talvez tenha vários distúrbios, como narcisismo, sociopatia, dissociação, etc.
Achei muito interessante a série colocar um relacionamento abusivo acontecendo ao mesmo tempo em que ele invade e manipula Beck. É sempre bom ensinar ao público que existem diferentes tipos de violências (como psicológica, moral, etc) e que mesmo que não haja a violência física, as outras são tão horríveis quanto.
A série toda foi, para mim, extremamente incômoda. Eu fiquei enojada do início ao fim e, por isso, considero esta uma boa obra.
Apesar das atitudes psicóticas de Joe e do sentimento de repulsa que elas me causaram, continuei assistindo, para saber o que aconteceria com a pobre Beck. Assisti ao restante quase como se isso pudesse, de alguma forma, salvá-la.
Não recomendo maratonar, mas também não deixo de recomendar.
A série é pesada e densa, mesmo nos momentos leves e supostamente românticos.
Black Mirror: Bandersnatch
3.5 1,4KEstou impactada.
Eu estava esperando mais do mesmo, a mesma linha, mas ver como este filme é inovador realmente me impactou.
A história em si não é tão elaborada, mas a dinâmica é incrível.
No começo, tentei fazer as melhores escolhas, mas todas acabavam não me satisfazendo. Depois, fiquei realmente tocada e chocada com a forma com que eu resolvi manipular a vida daquela pessoa só para meu entretenimento. Realmente, além de tudo o filme acaba forçando uma reflexão acerca de nossas vidas. Um padrão de Black Mirror.
Além de inovar na estrutura, o filme também inova ao quebrar a quarta parede de um jeito inusitado. Foi perturbadoramente divertido explicar para o Stephan, um adolescente dos anos 80, o que era a Netflix e como ele estava sendo controlado por ela. A única coisa que não me apeteceu muito nessa linha temporal foram as cenas de estúdio. Apesar de não ter sido simpática a elas, fizeram sentido e me lembrou "O Show de Truman".
O que eu mais gostei, porém, foi como o símbolo deste filme está conectado com outros episódios da série, como o estupendo "Urso Branco". Seria magnifico se eles criassem um episódio acerca deste símbolo.
Uma ótima combinação de "O Show de Truman" e video games. Arrepiante.
Caixa de Pássaros
3.4 2,3K Assista AgoraSeguindo a linha de "Um lugar silencioso", "Bird Box" é um daqueles filmes que te forçam a refletir sobre a situação dos personagens; que te coloca no lugar deles.
Gostei bastante.
As atuações são sensacionais. A Sandra Bullock sempre me foi simpática, desde "Miss Simpatia", mas dessa vez ela arrebentou e me tirou o fôlego. Além dela, a Sarah Paulson deu mais um show de talento, apesar de ter aparecido menos do que eu gostaria.
É, para mim, um dos melhores lançamentos da Netflix deste ano.
Vale a pena!
EDIT: a briga de melhor lançamento da Netflix desse ano está, pra mim, entre "Bird Box" e "Black Mirror: Bandersnatch". Assistam e me ajudem a decidir.