E finalmente mais um filme da Marvel encontrou o seu tom. Depois de Thor 2, foi a vez da franquia do Cap. descobrir a direção certa a tomar, o tipo de história a abordar, e como manipular de maneira eficaz os personagens do rico universo das HQs da Marvel a favor de uma experiência cinematográfica bastante agradável. Com The Winter Soldier, a Marvel também conseguiu (para minha alegria) se distanciar do padrão cômico que vinha criando em seus filmes nos últimos anos. De Iron Man a The Avengers, todos os filmes da franquia apresentaram um teor cômico muito superior ao que eu julgaria apropriado, e a fase 2 parece ter como proposta mudar isso. É uma pena que Iron Man 3 não começou seguindo este padrão, porém eu suponho que fosse previsível, visto o diretor que escolheram. The Winter Soldier, por outro lado, consegue ser extremamente divertido sem ser engraçado, além de fazer um ótimo trabalho em dar posições mais condizentes com seu nível aos heróis de segundo escalão (leia-se: Viúva Negra e Falcão). Apesar de terem gasto três filmes pra isso, conseguiram finalmente apresentar a Viúva de maneira relevante. E o Capitão América? Ah, o Capitão Rogers... Muito mais do que em Avengers, NESSE filme eu entendo o por que dele ser o líder desse grupo todo, e o por que dele ser idolatrado pela nação americana. Apesar de ainda possuir alguns traços exagerados de bondade nele (como
quando ele paga de mártir e aceita tomar porrada do Bucky até quase morrer
), Steve consegue mostrar o peso da responsabilidade alterando sua personalidade, fazendo-o tomar decisões que, em outras ocasiões, talvez não tomaria. Tudo isso num plot bem amarrado, ainda que nada impressionante, que acrescenta relevância à S.H.I.E.L.D. no universo cinematográfico. É bom ver que o Primeiro Vingador realmente está tomando o seu papel como capitão, e liderando a fase 2 do universo cinemático da Marvel. Hoje eu posso dizer que deposito muito mais fé na bilheteria de Capitão América 3 do que na de Batman/Superman. Digo, por fim, que Capitão América 2 se iguala a The Avengers em termos de qualidade, excluindo o hype gratuito pela reunião dos heróis.
É notável a evolução do primeiro filme pra esse. Embora eu não tenha achado o primeiro filme o fiasco que muitos ao meu redor acharam, concordo que o primeiro filme falha um pouco em dar o tom adequado ao universo de Hunger Games, e ao atual estado da população de Panem. Por outro lado, o segundo filme, mais focado na construção do clima dos livros do que nos Jogos em si, faz um trabalho melhor como adaptação para as telas, e prende mais a atenção do espectador do que o filme anterior apresentando novos dramas na vida de Katniss e aumentando a tensão da relação distritos-capital. Talvez parte do trabalho seja facilitado pela própria natureza do segundo livro: a história, ainda que apresentada do ponto de vista da Katniss, já é mais focada em Panem do que na garota em chamas em si. Enquanto no primeiro filme/livro é esperado que nos importemos com a personagem (objetivo atingível com mais facilidade se estamos encarando o mundo do ponto de vista dela, característica muito mais presente na narração em primeira pessoa dos livros do que na onipresença da personagem em todas as cenas do filme), no segundo já somos preparados para encarar a dura realidade de Panem, e no destino trágico de seus habitantes. Katniss, antes o principal instrumento de Suzanne Collins para tecer suas críticas sociais, agora torna-se uma espectador (assim como nós) do destino de seu mundo. A crítica torna-se ampla, e o destino da personagem, embora ainda essencial para o andamento da história, torna-se menos primordial. Em todos os outros aspectos, o filme entrega a qualidade esperada, embora eu continue me sentindo incomodado pela ideia de Collins sobre o futuro. Tecnologia e moda são de uma extravagância que destoa completamente do tom sóbrio da história. Pode ser intencional, mas incomoda ainda assim. No geral, o filme me impressionou pela curva de evolução, e por quão fiel conseguiu ser ao segundo livro. Mais impressionante é que ele conseguiu cativar a minha namorada, que detestou o primeiro (compreensível). Por fim, seguindo a onda de adaptações de séries de livros cujo último é dividido em múltiplas partes, acho que a decisão de quebrar Mockingjay em dois foi acertada, levando em conta a clara divisão da história entre
Excepcional. Assisti com base na recomendação do Heitor de Paula, do Games on the Rocks, e realmente fiquei surpreendido com o quão envolvido eu fiquei com cada um dos participantes do documentário. Também fiquei ligeiramente interessado pelo mundo do Tetris, e acabei me frustrando - ao acabar o filme e abrir o navegador pra jogar uma partida de Tetris - ao descobrir que eu sou um PÉSSIMO jogador. O documentário é excelente, mas não me fez ficar bom em Tetris por osmose. Pena. Senti falta de um pouco mais de empenho na fotografia do filme. Queria algo mais com a levada de Indie Game: The Movie, mas não acompanhei a produção, então não sei se de fato o documentário tinha um budget bom o suficiente pra sustentar uma qualidade de fotografia semelhante a de IG: TM. Ainda assim, isso não chega a ser um empecilho. A gravação ligeiramente old school me faz sentir vendo um VHS nos anos 90. Talvez tenha sido intencional, por parte dos produtores. De qualquer maneira, foi excelente. No campeonato, apesar de gostar de muitos dos participantes, acabei torcendo fervorosamente por um ou outro em específico, e, no final de tudo, acabei decidindo que o Thor Aackerlund tem esse primeiro nome merecidamente (se é que você me entende). Enfim, se você está lendo isso, assista! Os primeiros 15 minutos são mais cansativos que o resto do documentário, mas conforme ele progride, aumentam as chances de você adiar qualquer compromisso apenas pra ver o resultado daquela história.
Pra um filme do qual eu não esperava nada (nada mesmo, nunca tinha lido nada sobre ele), me surpreendi positivamente. Anteriormente, de filmes dirigidos por ele, só tinha assistido a franquia Sherlock Holmes, na qual a direção não era o que mais me interessava, embora o roteiro dele seja excelente. E é exatamente esse o ponto que me atraiu em Snatch: o roteiro. De maneira um tanto impressionante, o roteiro de Ritchie foi capaz de apresentar um vasto número de personagens em diferentes situações, sem ligações aparentes entre si, e, um a um, foi interligando a história de todos. No final, ele conseguiu amarrar todas as pontas da história de maneira bastante satisfatória, e foi isso, apenas isso, me me convenceu que esse é um filme realmente bom. Não que nos outros quesitos o filme seja ruim - longe disso, mas não é um filme extremamente impressionante, pelo menos pra mim, em qualquer outro aspecto. No fim, ganhou pontos extras por causa do Bullet Tooth Tony.
Meio que deu vergonha ver o Tom Hardy tomando porrada no final, com o pinto balançando loucamente. Mas o filme, em si, foi bom. Ele é um ótimo ator, com um ótimo bigode.
Eu ouvi falar do filme ano passado, pouco antes da estréia. Fiquei ligeiramente interessado, e o interesse aumentou quando soube que era adaptado de uma trilogia de sucesso. Li ano passado a trilogia e gostei bastante (mas como eu tô no Filmow e não no Skoob, não compartilharei aqui minha opinião sobre a trilogia de livros). Depois de ler os três, ouvi falar que o filme era uma adaptação em fraca da história. De fato, a adaptação corta uns pontos importantes, modifica algumas cenas que não precisavam ser modificadas, e deixa de fora coisas que eu queria ver. De qualquer maneira, eu gostei bastante. Não é uma obra de arte. Não é um dos meus filmes favoritos. Não é uma adaptação excelente, ou um filme muito bom por si só. Mas parece um tributo (heh) aos fãs dos livros. Não é excelente, mas apenas por trazer às telas a história dos livros, eu já gostei muito do filme. E ver a Jennifer Lawrence interpretando a Katniss (exatamente como eu a imaginava quando lia) também me ajudou a gostar bastante.
Gostei bastante. Acho legal como algumas franquias estão virando versões menos sérias de si mesmas (ou pelo menos é assim que eu estou vendo), tipo M:I e Die Hard. Comparando com os filmes originais, os atuais foram perdendo a graça, mas parece que os mais recentes (de novo: tanto de M:I quanto de Die Hard, e até algumas outras franquias bem conhecidinhas) entenderam que o caminho a ser tomado agora é outro. Não é um filme mentalmente desafiador, e em alguns momentos ele critica a si mesmo (como na cena em que
o Jeremy Renner/Brandt questiona por que a isca do Cruise/Ethan daria certo, se ela não faz nenhum sentido - aquilo parece uma admissão do diretor, algo do tipo "É, eu sei que não faz sentido, mas ficou legal, né?")
, mas sempre de uma maneira engraçada, e fácil de aproveitar. Gostei muito da atuação do Jeremy Renner. Além de Avengers, não lembro de ter visto ele em outro filme, e como em Avengers ele teve pouco espaço para atuar, fiquei surpreso ao ver o quão versátil ele conseguiu ser, criando algumas cenas de humor hilariantes, e contrapondo-as com momentos bem sérios. Quero ver filmes desse cara. E quero mais M:I.
Eu considero um filme bom quando a história é intrigante, os personagens são bem desenvolvidos, a fotografia é atraente, o tema é bem explorado, e a direção, de alguma forma, inovadora. Eu considero um filme MUITO bom quando, além de todas estas qualidades, o filme tem uma trilha sonora envolvente. Drive tem isso. Deixando de lado uma avaliação clássica do filme, eu queria falar um pouco sobre a trilha sonora. Mais especificamente, sobre A Real Hero, de uma banda chamada College. A música aparece algumas vezes espalhada pelo filme, e já na primeira vez que toca, te coloca exatamente no clima desse filme. Essa música me conquistou. Acabei de terminar o filme, e tenho algumas dúvidas sobre o quanto eu gostei do filme. Sei que eu gostei bastante - mais do que num filme qualquer -, mas não me sinto com coragem o suficiente para compará-lo com algum dos meus favoritos de verdade. Talvez depois de assistir o filme mais algumas vezes, me decidirei. Mas já sei, depois de ouvir pelo menos dez vezes seguidas, que A Real Hero é uma música excelente. E que me coloca dentro do clima do filme, me faz reviver cada momento marcante, me faz refletir sobre cada cena que me chocou. Eu entendo que Drive não é um filme para todos (e que vários dizem isso), mas entendam: não é sobre poucos serem capazes de gostar do filme. É que o filme é um 8 ou 80. Ele tem um tom meio diferente. Nem todo mundo vai se sentir confortável o suficiente assistindo, ou motivado o suficiente para chegar até o fim. Mas se você conseguiu chegar até o fim do meu comentário e ainda tem interesse em ver esse filme, aqui vai uma dica: fique até o fim. Mesmo que ele seja chato até a metade, ou até a penúltima cena. Eu já abandonei um bom número de filmes, alguns que valiam ser largados, outros, talvez, não. Mas, se eu tivesse largado Drive antes da última cena - na verdade, se tivesse largado antes de escutar A Real Hero tocando enquanto os créditos subiam, tenho certeza que não gostaria desse filme nem metade do quanto gostei.
Fico cada vez mais estupefato pela qualidade do cinema sul coreano. Primeiro com Oldboy (um dos meus filmes preferidos de todos os tempos, com certeza), e agora com esse, o cinema sul coreano consegue injetar realidade numa situação que, no cinema Hollywoodiano, seria extremamente fantasiosa e previsível. Não deixa de ser um filme, portanto ele vai um pouco longe com suas cenas de luta, menos cruas e reais que as de Oldboy, mas ainda assim muito mais reais do que qualquer coisa comum do cinema americano. Tudo isso parece funcionar à favor do filme, que, na parte dramática, consegue ser bem mais realista que Oldboy (hors concours quando se trata de filmes desse estilo). No geral, eu adorei o filme, e consegui ficar extremamente satisfeito com o seu final, que não foi exatamente imprevisível, mas ainda assim surpreendente. E me fez ficar mais interessado pelo cinema coreano, com certeza.
Há um bocado de coisas que eu não gostei nessa animação. Primeiro, pra tirar meus gostos pessoais do caminho: acho que o Mark Hamill deveria ter dublado o Joker, e o Batman pelo Kevin Conroy. Ainda sabendo que o Hamill se aposentou de dublar o Joker, pelo menos o Conroy poderia estar aqui pra dar voz ao morcego. Ele é, na minha opinião, o dublador perfeito pro Batman. Segundo: há um conflito entre trazer realidade (para a história) ou mantê-la na fantasia. Por um lado, a animação mostra o Batman velho e cansado, sofrendo um bocado pra fazer coisas que antes ele faria brincando. Até a forma de luta dele está mais brutal (algo que não condiz tanto com a HQ, mas não me incomoda muito). Por outro lado, a personagem da Carrie Kelley acaba se tornando fantástica demais, coisa que ela definitivamente não é na HQ (pelo menos até este ponto da história). Na animação, ela bate em bandidos e faz acrobacias que uma pessoa comum (sem o treinamento que os Robins tem) dificilmente conseguiria executar. Embora separadamente estas alterações não me incomodem, o conflito entre elas me deixa um pouco irritado. Há outros exemplos do conflito entre fantástico e real, mas esses acabariam se tornando spoilers da história. Olhando pelo lado bom, a animação deixou claros alguns movimentos e transições de cena que eram um tanto confusos nas HQs, e adaptou bem o visual que o Frank Miller incutiu no desenho, mas sem deixar o traço não tão bonito dele. Por último, eu fiquei um pouco incomodado pela pressa em mostrar o Bruce como Batman, e como deixaram de lado a onda de calor em Gotham, que definitivamente faz parte do drama da HQ. Enfim, embora essa animação não tenha me agradado muito como adaptação da HQ, eu sei que esperar uma adaptação completa é tolice, e, sinceramente, tudo o que eu falei acima são apenas detalhes que não interferem na diversão ao ver essa adaptação. Tanto que eu fiquei preso na cadeira até o fim do filme. Espero ansiosamente pela segunda parte.
Como toda comédia do Jim Carrey, esse foi bem divertido. Me arrancou algumas risadas altas, alguns momentos de vergonha alheia absurda, e um pouco de inveja por ele ter pinguins tão legais. No geral, não é inovador de maneira nenhuma. Se você prestar atenção, ele parece até uma versão mais moderna e infantilizada de uma das minhas comédias preferidas do Jim, O Mentiroso: Distanciado do(s) filho(s), divorciado que ainda gosta da ex-mulher, muito focado no trabalho. Alguma coisa grande acontece quando ele está prestes a ter um salto no trabalho, e isso gera problemas que, à longo prazo, o ajudam a se reaproximar da família. Por ser uma versão mais infantilizada, no entanto, ele é mais engraçado que O Mentiroso, e tudo o que eu posso dizer é que, além de parecer não envelhecer nunca, o Jim Carrey também parece nunca perder a habilidade de ser um excelente comediante, mesmo em filmes mais simples como esse. Vale se você quer dar boas risadas sem se importar com um enredo ambicioso ou se você, da mesma maneira que eu, está tentando assistir todos os filmes do Jim Carrey.
Não preciso dizer muita coisa. Fui surpreendido do início ao fim com uma história engraçadíssima, uma atuação (tá, essa parte não foi surpresa) excepcional do Robert Downey Jr., e uma história muito boa - embora um pouco confusa. Agora eu confio plenamente no Shane Black, e em como Iron Man 3 será. Agora o desafio será aguentar até 3 de maio de 2013 pra ver Iron Man 3. :(
O filme me deixou extremamente confuso. Por um lado, eu gostei muito da interação entre o Andrew, o Matt e o Steve, principalmente conforme eles vão ficando muito poderosos. Logo a princípio, fica bem claro que a vida sofrida do Andrew vai ser o centro da história, dividindo espaço com os poderes deles. Apesar disso ser um pouco clichê, é aceitável, e movimentou a história. Então não há um problema aí. O que me incomodou é que muitos detalhes foram deixados de lado pra fazer o filme no estilo mockumentary. Nada que me incomode muito, mas eu sinto que toda a história poderia ter sido melhor desenvolvida se tivessem largado mão disso. Não tenho certeza se o estilo foi apenas um teste do Josh Trank, ou se ele simplesmente não tinha budget suficiente pra fazer um filme completo com várias câmeras, e usou o estilo pra disfarçar isso, mas fi algo que me incomodou um pouco. Saindo dessa parte do filme ser um pouco travado por ser um mockumentary, eu fiquei um pouco decepcionado pelas reações (que não as do Andrew) terem sido deixadas completamente de lado. Eu realmente acreditei que explorariam um pouco mais a Casey, os relacionamentos do Steve e o próprio Matt, segundo personagem mais importante, depois do Andrew. No geral, apesar de ter ficado um pouco decepcionado por estas coisas, tenho que admitir: o filme é muito bom. Eu consegui compartilhar das emoções dos persongens, do início ao fim. Senti raiva, felicidade, angústia, revolta, medo, curiosidade... Enfim, apesar de todos os errinhos, o filme foi emocionante, e é por isso que vale quatro estrelas. Será que mais alguém achou o Alex Russell parecido com o Chris Evans? Ele parece uma versão mais nova do bandeiroso...
O filme é bom, mas dá aquela sensação de que tudo voltou à estaca zero no final. Isso me incomodou bastante (a falta de qualquer acontecimento relevante, além daquele que envolve a Vera). O primeiro ato é muito bom, embora confuso, e me deixou interessado o bastante para ingressar no segundo ato, muito superior ao primeiro e infinitamente superior ao terceiro. Pra mim, a explicação da ligação da Vera com a filha e a mulher do Ledgard foi a melhor coisa do filme. Also, quero roubar os bonsai (não vou colocar s porque não sei como funciona o plural em japonês haha) do Robert. No geral, é um filme muito bom até o começo do terceiro ato, quando cai um pouco de nível, mas continua valendo a pena pelo "miolo" da história, e pelo mistério um tanto bizarro. Vou procurar mais trabalhos do Almodóvar à partir de agora.
Muito bom. Até hoje eu já tinha ouvido falar bastante da direção do Clint, mas nunca havia assistido um filme dirigido por ele. O roteiro é simples, mas bom, e a química entre ele, o Thao e a Sue é bem grande. Gostei muito do filme, mas este é daqueles complicados de se falar sobre.
Genial! O Andy Serkis é realmente muito talentoso com captura de movimentos, e o Cesar é um macaco cheio de personalidade. O crescimento dele (desde um macaquinho interessado no mundo lá fora, até o protetor do pai do Will e, depois, o líder dos macacos) é excepcional. E bastante crível, embora o filme seja um pouco acelerado demais (na minha opinião, poderiam ter feito um filme de mais de duas horas para não dar saltos temporais tão absurdos - além de capricharem no envelhecimento dos personagens, que permanecem exatamente iguais mesmo com o salto de oito anos ou mais). A história é muito boa, e o foco na conquista dos macacos (deixando os humanos em segundo plano) é muito bom, e me fez ter inveja da capacidade de escalada dos macacos (que deixam qualquer Prince of Persia ou Assassin's Creed no chinelo, haha). Muito bom. Estou ansioso pela continuação, e espero que o Koba seja melhor explorado nela. Perde uma estrela porque foi um pouco curto e porque foi um tanto apressado (justamente pela duração) pra explorar a evolução dos macacos (com o perdão do trocadilho). Mas ainda é um filme de quatro estrelas, e é muito bom.
Excelente mockumentary. Gostei da maneira séria que trabalharam os trolls, falando da biologia deles, dos hábitos e das espécies. A única coisa que me incomodou foi a insistência de falarem sobre cristianismo. Não que eu me importe com a religião, apenas acho uma besteira imensa tratarem os trolls como seres sobrenaturais (falando que eles sentem cristãos), quando todo o resto do filme é voltado pra transformá-los em criaturas comuns, e não fantásticas. Se não fosse por esse motivo (e, talvez, pelo clichê da organização secreta do governo - eu sinceramente acreditaria mais que as pessoas não acreditam em trolls porque eles são lendas urbanas, e não porque tem uma organização secreta do governo escondendo isso), o filme certamente mereceria mais estrelas. De qualquer maneira, leva 3,5 estrelas, e acho que merece a sua atenção. Só um conselho: assista quando estiver com paciência. Por ser um mockumentary, não é exatamente um filme rápido (apesar de durar um pouco mais de uma hora e meia), e é bastante cansativo (pelo menos pra mim). Mas nada disso estraga o quão bom ele é.
Eu sinceramente me surpreendi positivamente com a presença da Kristen Stewart no filme. Apesar de ter gostado bastante da atuação da Dakota Fanning, a Stewart realmente roubou a cena, e eu achei isso muito bom, já que tinha a impressão de que ela era uma má atriz, baseado no que eu vi de Crepúsculo. As músicas, o figurino e a coreografia conseguiram me fazer sentir na época do filme, embora isso não tenha influenciado muito como eu me senti pelo filme. Eu gostei dele pela atuação da Stewart e da Fanning, gostei dele pelas músicas, e gostei porque me apresentou uma banda que eu não conhecia, e uma parte da história do rock que eu achei bastante interessante. :) Vale 4,5 estrelas, na minha opinião, porque é um filme extremamente agradável como biografia. Se fosse uma história fictícia, com certeza ganharia menos porque a Cherie é bem clichê de garota boazinha que vai pro caminho errado, mas como é uma história real, eu não me importo com isso. Ah, e a Joan Jett (tanto a interpretada pela Kristen Stewart quanto a verdadeira Joan) é linda. Recomendo o filme pra todo mundo. :)
Excepcional. Eu sinceramente não sabia do livro e da graphic novel até terminar de ver o filme (o que aconteceu minutos atrás), e já estou interessado em encontrá-los pra absorver mais deste mundo fantástico que o Neil Gaiman criou. E o Neil Gaiman, ein? Se eu conseguisse extrair criatividade de um fio de cabelo dele, sinceramente já me sentiria satisfeito, pois acho fantástico como ele é capaz de criar mundos completamente novos, seres extraordinários e histórias bastante improváveis. E além de criá-los, tem maestria o suficiente pra manipular as histórias e transformá-las em algo tão impressionante que eu quase fico sem palavras pra descrever. Agora que terminei de ver Coraline, penso que poderia facilmente se passar no mesmo universo de O Estranho Mundo de Jack, dadas as semelhanças nas bizarrices entre os personagens, embora, diferente dos cidadãos da Cidade do Halloween, a Outra Mãe seja coberta de uma maldade que a tornaria bem diferente dos cidadãos de lá. Bom, talvez ela se desse bem com o Bicho Papão, mas aí é outra história. A direção do Henry Selick e o stop-motion são tão fantásticos quanto a história tecida pelo Gaiman. É quase impossível acreditar que toda aquela animação foi feita manualmente, e é ainda mais difícil acreditar como uma equipe foi capaz de capturar a história de maneira tão fantástica. Porque é exatamente assim que funciona o filme: ele serve de extensão para a fantasia tecida pelos dedos do Neil Gaiman. Você poderia apenas escutar a música e ver a animação dos persoangens, e ainda assim sentiria que tudo foi fantástico. E por falar em música, essa também foi excepcional. Nada pretensioso, nenhum musical do Danny Elfman, apenas uma trilha contínua e absolutamente perfeita. Não dou cinco estrelas porque, bem, eu sinceramente não sei. Desta primeira vez que assisti, não acho (ainda) que merece cinco estrelas, mas foi impressionante o suficiente pra conseguir 4,5, e pra me fazer querer outras vezes, e descobrir mais sobre o mundo de Coraline. Assista. Leia o livro e a graphic novel. Ouça a trilha. Você vai ver que eu não estou errado.
Sinceramente, eu não entendo o porque dos outros gostarem mais de Casino Royale do que Quantum of Solace. Não me entendam mal, eu fiquei muito surpreso com a qualidade do anterior, e vi no Craig um Bond muito superior aos que eu conheci. Ele traz profundidade e seriedade pro personagem de uma maneira que eu apreciei bastante. Além disso, ele dá um show como galã, espião e causador de problemas, e tudo isso só adiciona pontos positivos (na minha opinião) pro Bond que ele interpreta. No entanto, quando eu digo que me surpreendi com a reação não positiva em relação a Quantum of Solace, é porque fiquei agradavelmente surpreso com o quão profundo o Craig e o Foster conseguiram levar o Bond. Além de completamente sozinho, sem seus recursos tradicionais de 007, ele também está perseguindo uma organização que acaba de dar um "chute no saco" da MI6, enquanto a própria organização de espionagem britânica quase que se recusa a levar o caso adiante, deixando o Bond sozinho. É certo que a história é um tanto confusa, mas, por ser uma continuação, fui capaz de compreender o que estava acontecendo logo de início. Sim, há algumas cenas meio confusas, mas diferente de Casino Royale, elas são curtas. E aqui foi fácil perceber quando a história se aproximava do final, enquanto Casino Royale teve diversos ápices, dificultando a minha percepção de qual realmente era o ponto alto da história, Quantum of Solace tem o seu ponto alto bem definido - embora eu possa acrescentar que o desfecho foi um pouco mais rápido do que o necessário. Poderiam ter tomado mais alguns minutos pra resolver a situação de forma mais adequada e paciente, como foi em Royale. Apesar de, no geral, as cenas de ação serem superiores as de Casino Royale (apenas porque há mais delas), Quantum of Solace não conseguiu superar a excelente cena de perseguição inicial do filme anterior. A Olga Kurylenko até fez uma boa Bond girl aqui, com uma história profunda e tudo mais, mas não comprei o envolvimento dela com o Bond logo de entrada. A relação deles foi muito breve pra acreditar nela, e eu só gostei do envolvimento quando revelaram a motivação que ela tinha pra estar próxima do Dominic Greene. Além disso, pelo menos com aquele bronzeado excessivo, eu não a achei tão bonita quanto a sempre elegante Eva Green (apesar de, na vida real, eu a considerar bem mais bonita que a Eva, mais expressiva). Sendo assim, eu acho que Quantum of Solace merece a mesma nota que dei pra Casino Royale. Sim, achei que o filme acertou em alguns pontos que o anterior tinha errado - apesar de também ter alguns erros não cometidos no anterior -, mas não me surpreendi o suficiente pra deixar a nota mais alta. Por isso dou 4 estrelas. :)
Como ator, o Daniel Craig me surpreendeu positivamente. Apesar de gostar muito do personagem, não imaginava que ele fosse capaz de fugir muito do seu estilo padrão de personagem, mas com James Bond ele pareceu uma pessoa completamente diferente. Talvez porque o personagem já tenha uma personalidade bastante construída, mas eu não consegui ver nenhum vestígio do Daniel Craig (de outros filmes) neste personagem. O ajudou mais ainda foi a constituição física que ele adquiriu pra fazer o papel, que o faz parecer bem maior do que ele realmente é. Quanto ao filme, eu esperava algo mais na pegada Jason Bourne, com ação frenética e vários obstáculos se colocando à frente do personagem, mas depois percebi que isso não faria o estilo de Bond. Apesar de, sim, haver muita ação e vários obstáculos, dá pra perceber como o filme toma o seu tempo pra desenvolver a história e colocar a ação apenas onde ela é necessária (talvez isso não seja obra da narrativa, e sim do diretor, mas eu não saberia dizer, porque não lembro de outros filmes do Campbell). Quanto a história, bom, ela é bastante confusa durante os primeiros 30 minutos, pelo menos, porque essa parte é praticamente ação sem parar. Quando finalmente Bond respira e vai para a missão principal no Casino Royale, é aí que tudo ficou bastante claro pra mim. Não que isso seja um problema. Novamente: a sequência inicial da história é quase que unicamente composta por ação. E a primeira sequência de perseguição é tão bem coreografada que me prendeu na cadeira o tempo inteiro. Quanto aos pontos realmente negativos, o filme falhou em me mostrar que a sequência pós-
não era o final do filme. Quando a cena melosa se estendeu por muito tempo, o filme se tornou cansativo demais, e a sequência final de ação não teve tanta graça (pra mim) justamente por esse motivo, mas ainda assim foi apreciável. Outro ponto que me incomodou foi a falha (talvez do diretor, talvez da narração, mas realmente não importa de quem) em definir exatamente qual é o clímax da história. Tantas coisas aconteceram dentro do Casino Royale que por várias vezes eu pensei que o filme estava entrando na última fase da história, e me preparei para isso. Ponto negativo, mas não o suficiente para me fazer gostar menos do filme. Apenas não foi tão bom quanto podia ser. Por tudo isso (e pelas mulheres tão lindas que dá pra fazer o queixo cair), acho que Casino Royale merece 4 estrelas. É um filme realmente muito bom, um sopro novo para a franquia 007, e espero que o Craig fique no papel durante um bom tempo, porque ele é realmente MUITO tough guy como Bond, e isso é legal demais! :)
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraCaramba, que saudades eu estava de ver um filme do David Fincher.
Capitão América 2: O Soldado Invernal
4.0 2,6K Assista AgoraE finalmente mais um filme da Marvel encontrou o seu tom. Depois de Thor 2, foi a vez da franquia do Cap. descobrir a direção certa a tomar, o tipo de história a abordar, e como manipular de maneira eficaz os personagens do rico universo das HQs da Marvel a favor de uma experiência cinematográfica bastante agradável.
Com The Winter Soldier, a Marvel também conseguiu (para minha alegria) se distanciar do padrão cômico que vinha criando em seus filmes nos últimos anos. De Iron Man a The Avengers, todos os filmes da franquia apresentaram um teor cômico muito superior ao que eu julgaria apropriado, e a fase 2 parece ter como proposta mudar isso. É uma pena que Iron Man 3 não começou seguindo este padrão, porém eu suponho que fosse previsível, visto o diretor que escolheram. The Winter Soldier, por outro lado, consegue ser extremamente divertido sem ser engraçado, além de fazer um ótimo trabalho em dar posições mais condizentes com seu nível aos heróis de segundo escalão (leia-se: Viúva Negra e Falcão). Apesar de terem gasto três filmes pra isso, conseguiram finalmente apresentar a Viúva de maneira relevante.
E o Capitão América? Ah, o Capitão Rogers... Muito mais do que em Avengers, NESSE filme eu entendo o por que dele ser o líder desse grupo todo, e o por que dele ser idolatrado pela nação americana. Apesar de ainda possuir alguns traços exagerados de bondade nele (como
quando ele paga de mártir e aceita tomar porrada do Bucky até quase morrer
Tudo isso num plot bem amarrado, ainda que nada impressionante, que acrescenta relevância à S.H.I.E.L.D. no universo cinematográfico. É bom ver que o Primeiro Vingador realmente está tomando o seu papel como capitão, e liderando a fase 2 do universo cinemático da Marvel. Hoje eu posso dizer que deposito muito mais fé na bilheteria de Capitão América 3 do que na de Batman/Superman.
Digo, por fim, que Capitão América 2 se iguala a The Avengers em termos de qualidade, excluindo o hype gratuito pela reunião dos heróis.
Jogos Vorazes: Em Chamas
4.0 3,3K Assista AgoraÉ notável a evolução do primeiro filme pra esse. Embora eu não tenha achado o primeiro filme o fiasco que muitos ao meu redor acharam, concordo que o primeiro filme falha um pouco em dar o tom adequado ao universo de Hunger Games, e ao atual estado da população de Panem. Por outro lado, o segundo filme, mais focado na construção do clima dos livros do que nos Jogos em si, faz um trabalho melhor como adaptação para as telas, e prende mais a atenção do espectador do que o filme anterior apresentando novos dramas na vida de Katniss e aumentando a tensão da relação distritos-capital.
Talvez parte do trabalho seja facilitado pela própria natureza do segundo livro: a história, ainda que apresentada do ponto de vista da Katniss, já é mais focada em Panem do que na garota em chamas em si. Enquanto no primeiro filme/livro é esperado que nos importemos com a personagem (objetivo atingível com mais facilidade se estamos encarando o mundo do ponto de vista dela, característica muito mais presente na narração em primeira pessoa dos livros do que na onipresença da personagem em todas as cenas do filme), no segundo já somos preparados para encarar a dura realidade de Panem, e no destino trágico de seus habitantes. Katniss, antes o principal instrumento de Suzanne Collins para tecer suas críticas sociais, agora torna-se uma espectador (assim como nós) do destino de seu mundo. A crítica torna-se ampla, e o destino da personagem, embora ainda essencial para o andamento da história, torna-se menos primordial.
Em todos os outros aspectos, o filme entrega a qualidade esperada, embora eu continue me sentindo incomodado pela ideia de Collins sobre o futuro. Tecnologia e moda são de uma extravagância que destoa completamente do tom sóbrio da história. Pode ser
intencional, mas incomoda ainda assim.
No geral, o filme me impressionou pela curva de evolução, e por quão fiel conseguiu ser ao segundo livro. Mais impressionante é que ele conseguiu cativar a minha namorada, que detestou o primeiro (compreensível).
Por fim, seguindo a onda de adaptações de séries de livros cujo último é dividido em múltiplas partes, acho que a decisão de quebrar Mockingjay em dois foi acertada, levando em conta a clara divisão da história entre
a parte no distrito 13, e a parte da guerra.
Espero ansioso pelos últimos dois filmes.
Ecstasy of Order: The Tetris Masters
4.1 1 Assista AgoraExcepcional. Assisti com base na recomendação do Heitor de Paula, do Games on the Rocks, e realmente fiquei surpreendido com o quão envolvido eu fiquei com cada um dos participantes do documentário. Também fiquei ligeiramente interessado pelo mundo do Tetris, e acabei me frustrando - ao acabar o filme e abrir o navegador pra jogar uma partida de Tetris - ao descobrir que eu sou um PÉSSIMO jogador. O documentário é excelente, mas não me fez ficar bom em Tetris por osmose. Pena.
Senti falta de um pouco mais de empenho na fotografia do filme. Queria algo mais com a levada de Indie Game: The Movie, mas não acompanhei a produção, então não sei se de fato o documentário tinha um budget bom o suficiente pra sustentar uma qualidade de fotografia semelhante a de IG: TM. Ainda assim, isso não chega a ser um empecilho. A gravação ligeiramente old school me faz sentir vendo um VHS nos anos 90. Talvez tenha sido intencional, por parte dos produtores. De qualquer maneira, foi excelente.
No campeonato, apesar de gostar de muitos dos participantes, acabei torcendo fervorosamente por um ou outro em específico, e, no final de tudo, acabei decidindo que o Thor Aackerlund tem esse primeiro nome merecidamente (se é que você me entende).
Enfim, se você está lendo isso, assista! Os primeiros 15 minutos são mais cansativos que o resto do documentário, mas conforme ele progride, aumentam as chances de você adiar qualquer compromisso apenas pra ver o resultado daquela história.
Snatch: Porcos e Diamantes
4.2 1,1K Assista AgoraPra um filme do qual eu não esperava nada (nada mesmo, nunca tinha lido nada sobre ele), me surpreendi positivamente.
Anteriormente, de filmes dirigidos por ele, só tinha assistido a franquia Sherlock Holmes, na qual a direção não era o que mais me interessava, embora o roteiro dele seja excelente. E é exatamente esse o ponto que me atraiu em Snatch: o roteiro. De maneira um tanto impressionante, o roteiro de Ritchie foi capaz de apresentar um vasto número de personagens em diferentes situações, sem ligações aparentes entre si, e, um a um, foi interligando a história de todos. No final, ele conseguiu amarrar todas as pontas da história de maneira bastante satisfatória, e foi isso, apenas isso, me me convenceu que esse é um filme realmente bom.
Não que nos outros quesitos o filme seja ruim - longe disso, mas não é um filme extremamente impressionante, pelo menos pra mim, em qualquer outro aspecto.
No fim, ganhou pontos extras por causa do Bullet Tooth Tony.
Bronson
3.8 426Meio que deu vergonha ver o Tom Hardy tomando porrada no final, com o pinto balançando loucamente. Mas o filme, em si, foi bom. Ele é um ótimo ator, com um ótimo bigode.
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista AgoraEu ouvi falar do filme ano passado, pouco antes da estréia. Fiquei ligeiramente interessado, e o interesse aumentou quando soube que era adaptado de uma trilogia de sucesso. Li ano passado a trilogia e gostei bastante (mas como eu tô no Filmow e não no Skoob, não compartilharei aqui minha opinião sobre a trilogia de livros).
Depois de ler os três, ouvi falar que o filme era uma adaptação em fraca da história. De fato, a adaptação corta uns pontos importantes, modifica algumas cenas que não precisavam ser modificadas, e deixa de fora coisas que eu queria ver. De qualquer maneira, eu gostei bastante.
Não é uma obra de arte. Não é um dos meus filmes favoritos. Não é uma adaptação excelente, ou um filme muito bom por si só. Mas parece um tributo (heh) aos fãs dos livros. Não é excelente, mas apenas por trazer às telas a história dos livros, eu já gostei muito do filme.
E ver a Jennifer Lawrence interpretando a Katniss (exatamente como eu a imaginava quando lia) também me ajudou a gostar bastante.
Missão: Impossível - Protocolo Fantasma
3.7 1,7K Assista AgoraGostei bastante. Acho legal como algumas franquias estão virando versões menos sérias de si mesmas (ou pelo menos é assim que eu estou vendo), tipo M:I e Die Hard. Comparando com os filmes originais, os atuais foram perdendo a graça, mas parece que os mais recentes (de novo: tanto de M:I quanto de Die Hard, e até algumas outras franquias bem conhecidinhas) entenderam que o caminho a ser tomado agora é outro.
Não é um filme mentalmente desafiador, e em alguns momentos ele critica a si mesmo (como na cena em que
o Jeremy Renner/Brandt questiona por que a isca do Cruise/Ethan daria certo, se ela não faz nenhum sentido - aquilo parece uma admissão do diretor, algo do tipo "É, eu sei que não faz sentido, mas ficou legal, né?")
Gostei muito da atuação do Jeremy Renner. Além de Avengers, não lembro de ter visto ele em outro filme, e como em Avengers ele teve pouco espaço para atuar, fiquei surpreso ao ver o quão versátil ele conseguiu ser, criando algumas cenas de humor hilariantes, e contrapondo-as com momentos bem sérios. Quero ver filmes desse cara.
E quero mais M:I.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraEu considero um filme bom quando a história é intrigante, os personagens são bem desenvolvidos, a fotografia é atraente, o tema é bem explorado, e a direção, de alguma forma, inovadora. Eu considero um filme MUITO bom quando, além de todas estas qualidades, o filme tem uma trilha sonora envolvente.
Drive tem isso.
Deixando de lado uma avaliação clássica do filme, eu queria falar um pouco sobre a trilha sonora. Mais especificamente, sobre A Real Hero, de uma banda chamada College. A música aparece algumas vezes espalhada pelo filme, e já na primeira vez que toca, te coloca exatamente no clima desse filme.
Essa música me conquistou. Acabei de terminar o filme, e tenho algumas dúvidas sobre o quanto eu gostei do filme. Sei que eu gostei bastante - mais do que num filme qualquer -, mas não me sinto com coragem o suficiente para compará-lo com algum dos meus favoritos de verdade. Talvez depois de assistir o filme mais algumas vezes, me decidirei. Mas já sei, depois de ouvir pelo menos dez vezes seguidas, que A Real Hero é uma música excelente. E que me coloca dentro do clima do filme, me faz reviver cada momento marcante, me faz refletir sobre cada cena que me chocou.
Eu entendo que Drive não é um filme para todos (e que vários dizem isso), mas entendam: não é sobre poucos serem capazes de gostar do filme. É que o filme é um 8 ou 80. Ele tem um tom meio diferente. Nem todo mundo vai se sentir confortável o suficiente assistindo, ou motivado o suficiente para chegar até o fim. Mas se você conseguiu chegar até o fim do meu comentário e ainda tem interesse em ver esse filme, aqui vai uma dica: fique até o fim. Mesmo que ele seja chato até a metade, ou até a penúltima cena. Eu já abandonei um bom número de filmes, alguns que valiam ser largados, outros, talvez, não. Mas, se eu tivesse largado Drive antes da última cena - na verdade, se tivesse largado antes de escutar A Real Hero tocando enquanto os créditos subiam, tenho certeza que não gostaria desse filme nem metade do quanto gostei.
O Homem de Lugar Nenhum
4.1 238 Assista AgoraFico cada vez mais estupefato pela qualidade do cinema sul coreano. Primeiro com Oldboy (um dos meus filmes preferidos de todos os tempos, com certeza), e agora com esse, o cinema sul coreano consegue injetar realidade numa situação que, no cinema Hollywoodiano, seria extremamente fantasiosa e previsível.
Não deixa de ser um filme, portanto ele vai um pouco longe com suas cenas de luta, menos cruas e reais que as de Oldboy, mas ainda assim muito mais reais do que qualquer coisa comum do cinema americano.
Tudo isso parece funcionar à favor do filme, que, na parte dramática, consegue ser bem mais realista que Oldboy (hors concours quando se trata de filmes desse estilo). No geral, eu adorei o filme, e consegui ficar extremamente satisfeito com o seu final, que não foi exatamente imprevisível, mas ainda assim surpreendente.
E me fez ficar mais interessado pelo cinema coreano, com certeza.
Batman: O Cavaleiro das Trevas - Parte 1
4.2 356 Assista AgoraHá um bocado de coisas que eu não gostei nessa animação.
Primeiro, pra tirar meus gostos pessoais do caminho: acho que o Mark Hamill deveria ter dublado o Joker, e o Batman pelo Kevin Conroy. Ainda sabendo que o Hamill se aposentou de dublar o Joker, pelo menos o Conroy poderia estar aqui pra dar voz ao morcego. Ele é, na minha opinião, o dublador perfeito pro Batman.
Segundo: há um conflito entre trazer realidade (para a história) ou mantê-la na fantasia. Por um lado, a animação mostra o Batman velho e cansado, sofrendo um bocado pra fazer coisas que antes ele faria brincando. Até a forma de luta dele está mais brutal (algo que não condiz tanto com a HQ, mas não me incomoda muito). Por outro lado, a personagem da Carrie Kelley acaba se tornando fantástica demais, coisa que ela definitivamente não é na HQ (pelo menos até este ponto da história). Na animação, ela bate em bandidos e faz acrobacias que uma pessoa comum (sem o treinamento que os Robins tem) dificilmente conseguiria executar. Embora separadamente estas alterações não me incomodem, o conflito entre elas me deixa um pouco irritado. Há outros exemplos do conflito entre fantástico e real, mas esses acabariam se tornando spoilers da história.
Olhando pelo lado bom, a animação deixou claros alguns movimentos e transições de cena que eram um tanto confusos nas HQs, e adaptou bem o visual que o Frank Miller incutiu no desenho, mas sem deixar o traço não tão bonito dele.
Por último, eu fiquei um pouco incomodado pela pressa em mostrar o Bruce como Batman, e como deixaram de lado a onda de calor em Gotham, que definitivamente faz parte do drama da HQ.
Enfim, embora essa animação não tenha me agradado muito como adaptação da HQ, eu sei que esperar uma adaptação completa é tolice, e, sinceramente, tudo o que eu falei acima são apenas detalhes que não interferem na diversão ao ver essa adaptação. Tanto que eu fiquei preso na cadeira até o fim do filme.
Espero ansiosamente pela segunda parte.
Os Pinguins do Papai
3.1 1,3K Assista AgoraComo toda comédia do Jim Carrey, esse foi bem divertido. Me arrancou algumas risadas altas, alguns momentos de vergonha alheia absurda, e um pouco de inveja por ele ter pinguins tão legais.
No geral, não é inovador de maneira nenhuma. Se você prestar atenção, ele parece até uma versão mais moderna e infantilizada de uma das minhas comédias preferidas do Jim, O Mentiroso: Distanciado do(s) filho(s), divorciado que ainda gosta da ex-mulher, muito focado no trabalho. Alguma coisa grande acontece quando ele está prestes a ter um salto no trabalho, e isso gera problemas que, à longo prazo, o ajudam a se reaproximar da família.
Por ser uma versão mais infantilizada, no entanto, ele é mais engraçado que O Mentiroso, e tudo o que eu posso dizer é que, além de parecer não envelhecer nunca, o Jim Carrey também parece nunca perder a habilidade de ser um excelente comediante, mesmo em filmes mais simples como esse.
Vale se você quer dar boas risadas sem se importar com um enredo ambicioso ou se você, da mesma maneira que eu, está tentando assistir todos os filmes do Jim Carrey.
Beijos e Tiros
3.6 232 Assista AgoraNão preciso dizer muita coisa. Fui surpreendido do início ao fim com uma história engraçadíssima, uma atuação (tá, essa parte não foi surpresa) excepcional do Robert Downey Jr., e uma história muito boa - embora um pouco confusa.
Agora eu confio plenamente no Shane Black, e em como Iron Man 3 será. Agora o desafio será aguentar até 3 de maio de 2013 pra ver Iron Man 3. :(
Poder Sem Limites
3.4 1,7K Assista AgoraO filme me deixou extremamente confuso. Por um lado, eu gostei muito da interação entre o Andrew, o Matt e o Steve, principalmente conforme eles vão ficando muito poderosos.
Logo a princípio, fica bem claro que a vida sofrida do Andrew vai ser o centro da história, dividindo espaço com os poderes deles. Apesar disso ser um pouco clichê, é aceitável, e movimentou a história. Então não há um problema aí.
O que me incomodou é que muitos detalhes foram deixados de lado pra fazer o filme no estilo mockumentary. Nada que me incomode muito, mas eu sinto que toda a história poderia ter sido melhor desenvolvida se tivessem largado mão disso.
Não tenho certeza se o estilo foi apenas um teste do Josh Trank, ou se ele simplesmente não tinha budget suficiente pra fazer um filme completo com várias câmeras, e usou o estilo pra disfarçar isso, mas fi algo que me incomodou um pouco.
Saindo dessa parte do filme ser um pouco travado por ser um mockumentary, eu fiquei um pouco decepcionado pelas reações (que não as do Andrew) terem sido deixadas completamente de lado. Eu realmente acreditei que explorariam um pouco mais a Casey, os relacionamentos do Steve e o próprio Matt, segundo personagem mais importante, depois do Andrew.
No geral, apesar de ter ficado um pouco decepcionado por estas coisas, tenho que admitir: o filme é muito bom. Eu consegui compartilhar das emoções dos persongens, do início ao fim. Senti raiva, felicidade, angústia, revolta, medo, curiosidade... Enfim, apesar de todos os errinhos, o filme foi emocionante, e é por isso que vale quatro estrelas.
Será que mais alguém achou o Alex Russell parecido com o Chris Evans? Ele parece uma versão mais nova do bandeiroso...
Surfistas Ninjas
2.8 51Still better than Twilight.
A Pele que Habito
4.2 5,1K Assista AgoraO filme é bom, mas dá aquela sensação de que tudo voltou à estaca zero no final. Isso me incomodou bastante (a falta de qualquer acontecimento relevante, além daquele que envolve a Vera).
O primeiro ato é muito bom, embora confuso, e me deixou interessado o bastante para ingressar no segundo ato, muito superior ao primeiro e infinitamente superior ao terceiro. Pra mim, a explicação da ligação da Vera com a filha e a mulher do Ledgard foi a melhor coisa do filme.
Also, quero roubar os bonsai (não vou colocar s porque não sei como funciona o plural em japonês haha) do Robert.
No geral, é um filme muito bom até o começo do terceiro ato, quando cai um pouco de nível, mas continua valendo a pena pelo "miolo" da história, e pelo mistério um tanto bizarro.
Vou procurar mais trabalhos do Almodóvar à partir de agora.
Gran Torino
4.2 1,5K Assista AgoraMuito bom. Até hoje eu já tinha ouvido falar bastante da direção do Clint, mas nunca havia assistido um filme dirigido por ele. O roteiro é simples, mas bom, e a química entre ele, o Thao e a Sue é bem grande.
Gostei muito do filme, mas este é daqueles complicados de se falar sobre.
Planeta dos Macacos: A Origem
3.8 3,2K Assista AgoraGenial! O Andy Serkis é realmente muito talentoso com captura de movimentos, e o Cesar é um macaco cheio de personalidade.
O crescimento dele (desde um macaquinho interessado no mundo lá fora, até o protetor do pai do Will e, depois, o líder dos macacos) é excepcional. E bastante crível, embora o filme seja um pouco acelerado demais (na minha opinião, poderiam ter feito um filme de mais de duas horas para não dar saltos temporais tão absurdos - além de capricharem no envelhecimento dos personagens, que permanecem exatamente iguais mesmo com o salto de oito anos ou mais).
A história é muito boa, e o foco na conquista dos macacos (deixando os humanos em segundo plano) é muito bom, e me fez ter inveja da capacidade de escalada dos macacos (que deixam qualquer Prince of Persia ou Assassin's Creed no chinelo, haha).
Muito bom. Estou ansioso pela continuação, e espero que o Koba seja melhor explorado nela. Perde uma estrela porque foi um pouco curto e porque foi um tanto apressado (justamente pela duração) pra explorar a evolução dos macacos (com o perdão do trocadilho). Mas ainda é um filme de quatro estrelas, e é muito bom.
Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8K Assista AgoraEstou ansioso para a sequência, e para ver o Koba tendo um papel mais importante neste filme.
O Caçador de Troll
3.1 377 Assista AgoraExcelente mockumentary. Gostei da maneira séria que trabalharam os trolls, falando da biologia deles, dos hábitos e das espécies. A única coisa que me incomodou foi a insistência de falarem sobre cristianismo. Não que eu me importe com a religião, apenas acho uma besteira imensa tratarem os trolls como seres sobrenaturais (falando que eles sentem cristãos), quando todo o resto do filme é voltado pra transformá-los em criaturas comuns, e não fantásticas.
Se não fosse por esse motivo (e, talvez, pelo clichê da organização secreta do governo - eu sinceramente acreditaria mais que as pessoas não acreditam em trolls porque eles são lendas urbanas, e não porque tem uma organização secreta do governo escondendo isso), o filme certamente mereceria mais estrelas.
De qualquer maneira, leva 3,5 estrelas, e acho que merece a sua atenção. Só um conselho: assista quando estiver com paciência. Por ser um mockumentary, não é exatamente um filme rápido (apesar de durar um pouco mais de uma hora e meia), e é bastante cansativo (pelo menos pra mim). Mas nada disso estraga o quão bom ele é.
The Runaways - Garotas do Rock
3.5 1,7KEu sinceramente me surpreendi positivamente com a presença da Kristen Stewart no filme. Apesar de ter gostado bastante da atuação da Dakota Fanning, a Stewart realmente roubou a cena, e eu achei isso muito bom, já que tinha a impressão de que ela era uma má atriz, baseado no que eu vi de Crepúsculo.
As músicas, o figurino e a coreografia conseguiram me fazer sentir na época do filme, embora isso não tenha influenciado muito como eu me senti pelo filme. Eu gostei dele pela atuação da Stewart e da Fanning, gostei dele pelas músicas, e gostei porque me apresentou uma banda que eu não conhecia, e uma parte da história do rock que eu achei bastante interessante. :)
Vale 4,5 estrelas, na minha opinião, porque é um filme extremamente agradável como biografia. Se fosse uma história fictícia, com certeza ganharia menos porque a Cherie é bem clichê de garota boazinha que vai pro caminho errado, mas como é uma história real, eu não me importo com isso.
Ah, e a Joan Jett (tanto a interpretada pela Kristen Stewart quanto a verdadeira Joan) é linda.
Recomendo o filme pra todo mundo. :)
Coraline e o Mundo Secreto
4.1 1,9K Assista AgoraExcepcional. Eu sinceramente não sabia do livro e da graphic novel até terminar de ver o filme (o que aconteceu minutos atrás), e já estou interessado em encontrá-los pra absorver mais deste mundo fantástico que o Neil Gaiman criou.
E o Neil Gaiman, ein? Se eu conseguisse extrair criatividade de um fio de cabelo dele, sinceramente já me sentiria satisfeito, pois acho fantástico como ele é capaz de criar mundos completamente novos, seres extraordinários e histórias bastante improváveis. E além de criá-los, tem maestria o suficiente pra manipular as histórias e transformá-las em algo tão impressionante que eu quase fico sem palavras pra descrever.
Agora que terminei de ver Coraline, penso que poderia facilmente se passar no mesmo universo de O Estranho Mundo de Jack, dadas as semelhanças nas bizarrices entre os personagens, embora, diferente dos cidadãos da Cidade do Halloween, a Outra Mãe seja coberta de uma maldade que a tornaria bem diferente dos cidadãos de lá. Bom, talvez ela se desse bem com o Bicho Papão, mas aí é outra história.
A direção do Henry Selick e o stop-motion são tão fantásticos quanto a história tecida pelo Gaiman. É quase impossível acreditar que toda aquela animação foi feita manualmente, e é ainda mais difícil acreditar como uma equipe foi capaz de capturar a história de maneira tão fantástica. Porque é exatamente assim que funciona o filme: ele serve de extensão para a fantasia tecida pelos dedos do Neil Gaiman. Você poderia apenas escutar a música e ver a animação dos persoangens, e ainda assim sentiria que tudo foi fantástico.
E por falar em música, essa também foi excepcional. Nada pretensioso, nenhum musical do Danny Elfman, apenas uma trilha contínua e absolutamente perfeita.
Não dou cinco estrelas porque, bem, eu sinceramente não sei. Desta primeira vez que assisti, não acho (ainda) que merece cinco estrelas, mas foi impressionante o suficiente pra conseguir 4,5, e pra me fazer querer outras vezes, e descobrir mais sobre o mundo de Coraline.
Assista. Leia o livro e a graphic novel. Ouça a trilha. Você vai ver que eu não estou errado.
007: Quantum of Solace
3.4 683 Assista AgoraSinceramente, eu não entendo o porque dos outros gostarem mais de Casino Royale do que Quantum of Solace. Não me entendam mal, eu fiquei muito surpreso com a qualidade do anterior, e vi no Craig um Bond muito superior aos que eu conheci. Ele traz profundidade e seriedade pro personagem de uma maneira que eu apreciei bastante. Além disso, ele dá um show como galã, espião e causador de problemas, e tudo isso só adiciona pontos positivos (na minha opinião) pro Bond que ele interpreta.
No entanto, quando eu digo que me surpreendi com a reação não positiva em relação a Quantum of Solace, é porque fiquei agradavelmente surpreso com o quão profundo o Craig e o Foster conseguiram levar o Bond. Além de completamente sozinho, sem seus recursos tradicionais de 007, ele também está perseguindo uma organização que acaba de dar um "chute no saco" da MI6, enquanto a própria organização de espionagem britânica quase que se recusa a levar o caso adiante, deixando o Bond sozinho.
É certo que a história é um tanto confusa, mas, por ser uma continuação, fui capaz de compreender o que estava acontecendo logo de início. Sim, há algumas cenas meio confusas, mas diferente de Casino Royale, elas são curtas. E aqui foi fácil perceber quando a história se aproximava do final, enquanto Casino Royale teve diversos ápices, dificultando a minha percepção de qual realmente era o ponto alto da história, Quantum of Solace tem o seu ponto alto bem definido - embora eu possa acrescentar que o desfecho foi um pouco mais rápido do que o necessário. Poderiam ter tomado mais alguns minutos pra resolver a situação de forma mais adequada e paciente, como foi em Royale.
Apesar de, no geral, as cenas de ação serem superiores as de Casino Royale (apenas porque há mais delas), Quantum of Solace não conseguiu superar a excelente cena de perseguição inicial do filme anterior.
A Olga Kurylenko até fez uma boa Bond girl aqui, com uma história profunda e tudo mais, mas não comprei o envolvimento dela com o Bond logo de entrada. A relação deles foi muito breve pra acreditar nela, e eu só gostei do envolvimento quando revelaram a motivação que ela tinha pra estar próxima do Dominic Greene. Além disso, pelo menos com aquele bronzeado excessivo, eu não a achei tão bonita quanto a sempre elegante Eva Green (apesar de, na vida real, eu a considerar bem mais bonita que a Eva, mais expressiva).
Sendo assim, eu acho que Quantum of Solace merece a mesma nota que dei pra Casino Royale. Sim, achei que o filme acertou em alguns pontos que o anterior tinha errado - apesar de também ter alguns erros não cometidos no anterior -, mas não me surpreendi o suficiente pra deixar a nota mais alta. Por isso dou 4 estrelas. :)
007: Cassino Royale
3.8 880 Assista AgoraComo ator, o Daniel Craig me surpreendeu positivamente. Apesar de gostar muito do personagem, não imaginava que ele fosse capaz de fugir muito do seu estilo padrão de personagem, mas com James Bond ele pareceu uma pessoa completamente diferente. Talvez porque o personagem já tenha uma personalidade bastante construída, mas eu não consegui ver nenhum vestígio do Daniel Craig (de outros filmes) neste personagem. O ajudou mais ainda foi a constituição física que ele adquiriu pra fazer o papel, que o faz parecer bem maior do que ele realmente é.
Quanto ao filme, eu esperava algo mais na pegada Jason Bourne, com ação frenética e vários obstáculos se colocando à frente do personagem, mas depois percebi que isso não faria o estilo de Bond. Apesar de, sim, haver muita ação e vários obstáculos, dá pra perceber como o filme toma o seu tempo pra desenvolver a história e colocar a ação apenas onde ela é necessária (talvez isso não seja obra da narrativa, e sim do diretor, mas eu não saberia dizer, porque não lembro de outros filmes do Campbell).
Quanto a história, bom, ela é bastante confusa durante os primeiros 30 minutos, pelo menos, porque essa parte é praticamente ação sem parar. Quando finalmente Bond respira e vai para a missão principal no Casino Royale, é aí que tudo ficou bastante claro pra mim. Não que isso seja um problema. Novamente: a sequência inicial da história é quase que unicamente composta por ação. E a primeira sequência de perseguição é tão bem coreografada que me prendeu na cadeira o tempo inteiro.
Quanto aos pontos realmente negativos, o filme falhou em me mostrar que a sequência pós-
interrogatório e morte do Le Chiffre
Outro ponto que me incomodou foi a falha (talvez do diretor, talvez da narração, mas realmente não importa de quem) em definir exatamente qual é o clímax da história. Tantas coisas aconteceram dentro do Casino Royale que por várias vezes eu pensei que o filme estava entrando na última fase da história, e me preparei para isso. Ponto negativo, mas não o suficiente para me fazer gostar menos do filme. Apenas não foi tão bom quanto podia ser.
Por tudo isso (e pelas mulheres tão lindas que dá pra fazer o queixo cair), acho que Casino Royale merece 4 estrelas. É um filme realmente muito bom, um sopro novo para a franquia 007, e espero que o Craig fique no papel durante um bom tempo, porque ele é realmente MUITO tough guy como Bond, e isso é legal demais! :)