Poderia ser resumido em um curta, o roteiro não é muito extenso para a carga do filme, mas de resto é uma delicinha de ver, com uma fotografia linda e de extrema sensibilidade.
Vai ganhar o Oscar de melhor filme e as pessoas vão lembrar deste como "o longa que durou 12 anos para gravação", agora a relevância da história acaba quando saímos da sala de cinema.
Certa vez fiz uma crítica sobre esse filme (que é o meu favorito da vida), logo no ano em que foi exibido:
Frases longas, pensamentos anacrônicos e uma vasta depressão humana jazem no novo filme do produtor e também ator Xavier Dolan (apenas 22 anos), na qual se intitula ¨Amores imaginários¨. Neste, ele abandona seus conflitos adolescentes com sua mãe em J'ai tué ma mère (Eu matei a minha mãe) para mergulhar em áreas conflituosas sobre as relações humanas adultas. Não digo que ¨Les Amours Imaginaires¨ conte uma história, conta sim uma sucessão de fatos sociais, no sentido sociológico mesmo da palavra. Bem, exemplificando, ele traz à tona o desmoronamento das ¨instituições imaginárias¨ -dos amores idealizados, das amizades indestrutíveis- de uma linha progressiva de acontecimentos que sempre perpassa desde á negação, passando pelo fascínio e platonismo romântico até o ódio, sublinhando e visando a parte mais frágil dos personagens que o compõe. É um longa que atua como um remédio, dependendo de quem o ingerir o resultado poderá ser benéfico ou não. Deixando bem claro, por ser um filme essencialmente subjetivo -aliás, o que não é subjetivo se tratando de coisas tão pessoais como sentimentos- é necessária uma interpretação das falas, dos diálogos, e principalmente dos depoimentos ao longo da obra, estes se confundem junto ao filme e possuem uma grande profundidade. O longa possuí uma vasta gama de referências filmográficas e literárias, passando pelos clássicos de Audrey Hepburn (bonequinha de luxo), Sodomia, Glenn Close (Atração fatal) até os cinemas independentes japoneses, que de acordo com Dolan, foi fundamental na composição do filme. Na parte literária conta com frases de ¨Alfred de Musset¨ e ¨Gijón¨, figuras importantes do movimento romancista do século 19 na França. O cenário se mostra ideal, ele mistura o glamour francês com a contemporaneidade americana, na qual somente poderíamos encontrar na parte francesa do Canadá. Os pontos fortes do filme são: A atuação de Monia Chokrin (Marie), ela de longe é a cara do filme, suas expressões faciais, suas gesticulações, sua inquietação emocional e principalmente a sua obsessão com seus cigarros a tornaram o ponto alto de um filme de temática homossexual, o que é uma grande ironia! A personagem de Monia, Marie, consegue ser várias personagens sendo apenas uma personagem a credenciando a ser uma das revelações do Festival de cinema de Cannes no ano de exibição do filme e por vários críticos cinematográficos. A trilha sonora se encaixa perfeitamente ao longo do filme, as músicas ¨Bang Bang¨, ¨pass this on¨ e ¨exactement¨ evidenciam momentos distintos de altos e baixos do filme. O grande ponto fraco da trama é a atuação de Xavier Dolan, o também Direto/produtor do filme, deveria ter ficado somente com a segunda parte, seu personagem Francis, apesar de compor o triângulo amoroso com Marie e Nicolas, se mostra apático, apagado, sendo mais interessante sua incessante disputa com Marie do que sua história particular sobre seus sentimentos, sua obsessão e suas marcas de rejeição, que afinal, ninguém entende o porquê. O último elo do tripé amoroso é completado por Nicolas (Niels Schneider), de uma beleza rara e cativante, seu personagem é o centro dos conflitos amorosos do filme. Utiliza frequentemente de sua aparência para manipular os personagens ao seu redor, se sente uma estrela, dotado não somente de beleza, mas também de uma inteligência, essa que o mostra como capaz de cometer o crime mais cruel, à ilusão afetiva a Marie e Francis. Por fim, o filme requer uma paciência existencial como quase toda a maioria dos filmes ditos ¨cults¨, não espere um filme rápido, agressivo e de cenas fortes, é um drama do cotidiano na qual os personagens sangram com suas palavras é um sofrimento canceroso ao logo das cenas que vale a reflexão.
O filme consegue aliar os cinco itens essenciais para ser considerado um longa de respeito: I)Atuações emocionantes, desde Mark Ruffalo e seu comportamento explosivo e apaixonado até Taylor Kitsch, que mesmo apático em grande parte do longa, se mostra extremamente comovente numa das cenas mais chocantes que já vi em um filme (cena em que o corpo de seu companheiro é jogado no lixo); II)Originalidade do roteiro, apesar da realidade dos fatos, Ryan Murphy tornou a história muito mais palpável à aqueles que não se identificam/identificavam com a causa, mostrando que AIDS é um problema global e não meramente regionalizado a uma comunidade (gls); III)Romance puro, simples e cativante entre os personagens de Mark Ruffalo e Matt Bomer, romance que pela intensidade da química entre a dupla faz qualquer comédia romântica hollywoodiana barata morrer de inveja; IV)Importância social, se você é um completo alienado de tudo que os homossexuais sofreram (e ainda sofrem) por causa de tal doença e se tal filme não te tocar mesmo que um pouco, tem algo de errado ai (viu?!); V)Por fim a fotografia, que cenas mais belas foram aquelas hein?! Quem é que não se emocionou com aquele pedido de casamento em um nascer do sol em pleno porto, fotografia belíssima e de grande expressão. Enfim, não considero o melhor filme do gênero (como é o caso de Milk), mas de longe é um dos melhores e merecia um maior reconhecimento.
Desculpe-me ao desavisados, mas se vocês estão procurando metáforas pobres, romances tediantes e lugares comuns, este não é um filme correto. O longa tem uma carga filosófica enorme e nada superficial, discute os papéis sociais, as diferentes faces de um mesmo ser humano e não coloca isso de forma simples, até porque a verdade e o conhecimento são doloridos, obra prima e singular do cinema e de longe um das melhores produções que já vi!
Uma Canção
3.2 275Poderia ser resumido em um curta, o roteiro não é muito extenso para a carga do filme, mas de resto é uma delicinha de ver, com uma fotografia linda e de extrema sensibilidade.
Christopher and His Kind
3.7 153Douglas Booth + Matt Smith, coração não guenta
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraVai ganhar o Oscar de melhor filme e as pessoas vão lembrar deste como "o longa que durou 12 anos para gravação", agora a relevância da história acaba quando saímos da sala de cinema.
Os Encontros da Meia-Noite
3.6 48fabula surrealista-psicanalítica-poética inclassificável, TO PAIXONADO
Amores Imaginários
3.8 1,5KCerta vez fiz uma crítica sobre esse filme (que é o meu favorito da vida), logo no ano em que foi exibido:
Frases longas, pensamentos anacrônicos e uma vasta depressão humana jazem no novo filme do produtor e também ator Xavier Dolan (apenas 22 anos), na qual se intitula ¨Amores imaginários¨.
Neste, ele abandona seus conflitos adolescentes com sua mãe em J'ai tué ma mère (Eu matei a minha mãe) para mergulhar em áreas conflituosas sobre as relações humanas adultas.
Não digo que ¨Les Amours Imaginaires¨ conte uma história, conta sim uma sucessão de fatos sociais, no sentido sociológico mesmo da palavra. Bem, exemplificando, ele traz à tona o desmoronamento das ¨instituições imaginárias¨ -dos amores idealizados, das amizades indestrutíveis- de uma linha progressiva de acontecimentos que sempre perpassa desde á negação, passando pelo fascínio e platonismo romântico até o ódio, sublinhando e visando a parte mais frágil dos personagens que o compõe. É um longa que atua como um remédio, dependendo de quem o ingerir o resultado poderá ser benéfico ou não. Deixando bem claro, por ser um filme essencialmente subjetivo -aliás, o que não é subjetivo se tratando de coisas tão pessoais como sentimentos- é necessária uma interpretação das falas, dos diálogos, e principalmente dos depoimentos ao longo da obra, estes se confundem junto ao filme e possuem uma grande profundidade.
O longa possuí uma vasta gama de referências filmográficas e literárias, passando pelos clássicos de Audrey Hepburn (bonequinha de luxo), Sodomia, Glenn Close (Atração fatal) até os cinemas independentes japoneses, que de acordo com Dolan, foi fundamental na composição do filme. Na parte literária conta com frases de ¨Alfred de Musset¨ e ¨Gijón¨, figuras importantes do movimento romancista do século 19 na França.
O cenário se mostra ideal, ele mistura o glamour francês com a contemporaneidade americana, na qual somente poderíamos encontrar na parte francesa do Canadá.
Os pontos fortes do filme são: A atuação de Monia Chokrin (Marie), ela de longe é a cara do filme, suas expressões faciais, suas gesticulações, sua inquietação emocional e principalmente a sua obsessão com seus cigarros a tornaram o ponto alto de um filme de temática homossexual, o que é uma grande ironia! A personagem de Monia, Marie, consegue ser várias personagens sendo apenas uma personagem a credenciando a ser uma das revelações do Festival de cinema de Cannes no ano de exibição do filme e por vários críticos cinematográficos. A trilha sonora se encaixa perfeitamente ao longo do filme, as músicas ¨Bang Bang¨, ¨pass this on¨ e ¨exactement¨ evidenciam momentos distintos de altos e baixos do filme.
O grande ponto fraco da trama é a atuação de Xavier Dolan, o também Direto/produtor do filme, deveria ter ficado somente com a segunda parte, seu personagem Francis, apesar de compor o triângulo amoroso com Marie e Nicolas, se mostra apático, apagado, sendo mais interessante sua incessante disputa com Marie do que sua história particular sobre seus sentimentos, sua obsessão e suas marcas de rejeição, que afinal, ninguém entende o porquê.
O último elo do tripé amoroso é completado por Nicolas (Niels Schneider), de uma beleza rara e cativante, seu personagem é o centro dos conflitos amorosos do filme. Utiliza frequentemente de sua aparência para manipular os personagens ao seu redor, se sente uma estrela, dotado não somente de beleza, mas também de uma inteligência, essa que o mostra como capaz de cometer o crime mais cruel, à ilusão afetiva a Marie e Francis.
Por fim, o filme requer uma paciência existencial como quase toda a maioria dos filmes ditos ¨cults¨, não espere um filme rápido, agressivo e de cenas fortes, é um drama do cotidiano na qual os personagens sangram com suas palavras é um sofrimento canceroso ao logo das cenas que vale a reflexão.
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4.3 1,0K Assista AgoraO filme consegue aliar os cinco itens essenciais para ser considerado um longa de respeito: I)Atuações emocionantes, desde Mark Ruffalo e seu comportamento explosivo e apaixonado até Taylor Kitsch, que mesmo apático em grande parte do longa, se mostra extremamente comovente numa das cenas mais chocantes que já vi em um filme (cena em que o corpo de seu companheiro é jogado no lixo); II)Originalidade do roteiro, apesar da realidade dos fatos, Ryan Murphy tornou a história muito mais palpável à aqueles que não se identificam/identificavam com a causa, mostrando que AIDS é um problema global e não meramente regionalizado a uma comunidade (gls); III)Romance puro, simples e cativante entre os personagens de Mark Ruffalo e Matt Bomer, romance que pela intensidade da química entre a dupla faz qualquer comédia romântica hollywoodiana barata morrer de inveja; IV)Importância social, se você é um completo alienado de tudo que os homossexuais sofreram (e ainda sofrem) por causa de tal doença e se tal filme não te tocar mesmo que um pouco, tem algo de errado ai (viu?!); V)Por fim a fotografia, que cenas mais belas foram aquelas hein?! Quem é que não se emocionou com aquele pedido de casamento em um nascer do sol em pleno porto, fotografia belíssima e de grande expressão. Enfim, não considero o melhor filme do gênero (como é o caso de Milk), mas de longe é um dos melhores e merecia um maior reconhecimento.
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3.4 2,2K Assista Agoradá pra aguentar até o final, que é pessimo
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4.4 5,8K Assista AgoraChristoph Waltz é um dos melhores da sua geração.
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3.0 869 Assista AgoraRoteiro deve ter sido feito por uma criança de 8 anos, que dureza.
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4.3 1,2K Assista AgoraFuck the Oscars, Mommy ainda é o melhor filme de 2014 no meu coração.
Holy Motors
3.9 651 Assista AgoraDesculpe-me ao desavisados, mas se vocês estão procurando metáforas pobres, romances tediantes e lugares comuns, este não é um filme correto. O longa tem uma carga filosófica enorme e nada superficial, discute os papéis sociais, as diferentes faces de um mesmo ser humano e não coloca isso de forma simples, até porque a verdade e o conhecimento são doloridos, obra prima e singular do cinema e de longe um das melhores produções que já vi!
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4.0 3,7K Assista AgoraBoyhood é tipo um seriado da MTV norte americana só que com gente feia
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3.7 1,0K Assista AgoraIncompreendido