Achei que teve um bom desenvolvimento e criou algumas tensões bem interessantes. Embora reconheça que esse tipo de filme sempre terá que lidar com os estereótipos, não deixo de lamentar a necessidade de tudo se resolver rapidamente no final (sobretudo quando um dos personagens não merece). Em todo caso, é um filme de que gostei de assistir. É mais um filme a explorar o tema dos "segredos familiares". Ultimamente, são vários os filmes e séries de Natal que exploram a questão dos segredos.
Uma das obras mais tristes já feitas sobre o Natal. Algumas histórias podem parecer melhores do que outras, mas todas são tristes e melancólicas. E isso é um elogio. Também gostei bastante do nível de tensão que existe na maior parte das histórias. E tenho uma suspeita de que o diretor se inspirou em "Anjo de vidro", que eu amo.
Há oito décadas já tinha filme com homens fazendo homices (vale para o protagonista e para o ex-marido). Em todo caso, é uma história que busca passar uma mensagem positiva, de valorizar determinadas coisas na vida, sem se iludir com outras que podem custar muito caro (e às vezes levando a erros que não podem ser consertados). E toda a história começa com um gesto de generosidade na Véspera de Natal, gesto, aliás, que seria muito improvável nos dias atuais.
Cheguei até esse filme procurando por "filmes de Natal". Bem, não deixa de ser também! A história mais underground possível de Natal, e isso é ótimo, porque, convenhamos, os filmes de Natal atuais, com raras exceções, estão em uma mesmice burguesa terrível. Uma história como essa é, muito vezes, muito mais próxima do "mundo real" do que os cenários que são criados nos filmes tradicionais de Natal. Adorei!
Tenho a impressão de que, nos últimos anos, os únicos filmes de Natal que se salvam são os que não foram feitos nos Estados Unidos. Este é um filme que tem lá sua "lição de moral" por trás (mas uma lição de moral das mais justas nos tempos atuais) e, ao mesmo tempo, é uma comédia honesta, bem conduzida e que entretém durante todo o tempo. O fato de serem italianos parece que deixa algumas cenas até mais engraçadas.
Este é um filme com mais de 50 anos, cuja história se passa há 90 anos... E, no entanto, não é difícil perceber que é melhor do que a maioria dos filmes de Natal que têm surgido nos últimos anos. É uma história bonita, não exatamente original, mas contada de um jeito agradável, com um desenvolvimento interessante dos personagens.
Há o drama principal, que é o do pai que não chega em casa, mas enquanto isso há o drama do filho-narrador, às voltas com os desafios do seu próprio amadurecimento. E cada um dos filhos parece ter uma história que merecia ser aprofundada também (talvez o seja no livro que serviu de base).
Há cenas que não parecem contribuir exatamente para a trama, como as que se passam durante um culto de Natal, mas mesmo isso tem a sua beleza e talvez um sentido maior.
Embora haja um término mais ou menos feliz, com a crença no amor como algo capaz de vencer os obstáculos, é interessante que não terminaram os desafios, ou seja, não é aquele tipo de filme em que tudo se resolveu. Houve algumas soluções momentâneas, adotadas em nome do Natal, mas muito mais haveria ainda a ser feito. Achei isso legal.
Muito bacana acompanhar uma história que se passa nos anos imediatos à Grande Depressão nos EUA e os efeitos que isso teve na vida das pessoas, além de ser interessante observar aspectos da cultura e da educação austera daquela gente.
Vale mais a pena que a maior parte dos filmes de Natal da Netflix.
É uma história bonita, voltada talvez a uma publico um pouco mais infantil, mas traz uma mensagem importante sobre serem as pessoas que fazem o Natal. As coisas já andavam mal no jeito como as pessoas comemoravam o Natal em 1984, imagine então na atualidade. Precisamos de alguns anjos por aqui.
Pegaram todos os clichês dos filmes de troca de corpos, colocaram em um ambiente de Natal e fizeram pior. A única coisa mais ou menos engraçada foi a troca entre o bebê e o cachorro, mas foi pouco explorada. E tem outra,
Incrível como os filmes antigos tinham um ritmo e uma narrativa invejáveis, bem mais construídos e desenvolvidos, difíceis de se encontrar nos filmes de streaming hoje. Este mesmo não é dos meus favoritos, mas ainda está à frente da maior parte dos filmes associados ao Natal que estão na Netflix.
Este sim é um bom filme-clichê de Natal, não como certas coisas horrorosas que têm sido feitas recentemente e divulgadas na Netflix. Uma história bem Sessão da Tarde que mantém a nossa atenção e garante um bom entretenimento.
Não funciona como drama, não funciona como comédia, não funciona como romance e, pelo menos para mim, não funciona sequer como clichê. Já fizeram filmes-clichês de Natal muito melhores.
Muitas vezes, o Natal das pessoas não é muito mais que isso: uma série de tradições que são seguidas e que não podem nunca ser quebradas, mesmo que ninguém entenda muito bem qual a razão por trás delas. Esse apego exagerado e sem sentido às tradições se torna muito mais visível quando um elemento de fora é inserido no meio desse ambiente. O filme faz isso ao colocar um indiano no meio das tradições norueguesas.
Acho que é um filme interessante por problematizar a questão das tradições, ainda que a execução não tenha sido nada de extraordinário e, inclusive, o desfecho pareça ter sido bem mais acelerado do que fariam crer os problemas vivenciadas pelo casal.
Estivesse na Netflix, esse filme ganharia a etiqueta "cheirinho de novela", porque tem, de fato, todos os elementos de uma novela e, sobretudo, uma novela antiga do SBT (não à toa, eu assisti ao filme em uma gravação do falecido CInema em Casa). Há então todo aquele "dramalhão" próprio das novelas, com personagens unidimensionais e um desfecho amplamente positivo. Essas características não deixam de ter sua importância, mas acho que, no caso desse filme, o resultado não foi dos mais verossímeis.
Assisti ao brasileiro "Tudo bem no Natal que vem" e ao mexicano "Natal outra vez?", dois filmes com premissas bem parecidas. Ambos tratam de um homem que faz aniversário no Natal e por isso não gosta da data, não valoriza o que vive com sua família e, por isso, são metidos em um loopping eterno para viver todos os dias o Natal.
Essa história de reviver o Natal já é um tanto manjada, desde que o William Dean Howells escreveu, há mais de um século, a história "Natal todo dia". Aparentemente, a tendência atual é que o tempo passe entre cada Natal, ou seja, a pessoa vive sempre o Natal, mas um Natal diferente a cada ano, e não o mesmo. Isso rende possibilidades interessantes.
Primeiro, porque as pessoas envelhecem de um Natal para o outro. E segundo porque acontecem uma porção de coisas entre um Natal e o outro, mas o infeliz que, por algum motivo, está condenado a viver apenas o Natal não se lembra de nada do que aconteceu. Essas são características presentes nos dois filmes a que assisti.
Achei que o filme brasileiro se sai melhor na proposta de problematizar o que acontece "nos intervalos" entre um Natal e outro. Em cada Natal, vemos a deterioração das relações familiares do personagem, além de algumas reviravoltas e alguns dramas que parecem se encaixar melhor no tipo de história que é proposta pelo filme.
No filme mexicano, o personagem se concentra em tentar resolver o seu problema de só viver o Natal, e quando chegam realmente os dramas familiares a impressão que tive é que eles não foram suficientemente desenvolvidos ao longo dos Natais mostrados. Apesar disso, há alguns momentos bonitos na parte final do filme.
Em termos de comédia, pois os dois filmes pretendem ser uma comédia, achei também que o brasileiro se saiu melhor, e há realmente mais motivos para rir nesse filme (talvez porque já há uma noção de "humor brasileiro" que, é claro, funciona melhor no Brasil).
Ambos os filmes (e, na verdade, todos os que se valem dessa história de Natal todo dia) apresentam como "moral" uma valorização das relações familiares e dos momentos que se passa com a família no Natal, mas ressaltando a importância de prestar atenção ao que acontece no resto do ano, pois é isso que garantirá o quão bom o nosso Natal pode ser.
Embora ache isso muito válido, não deixo também de problematizar o fato de que boa parte das pessoas viva o Natal sempre de uma mesma maneira, como uma tradição e um hábito, em vez de uma oportunidade para fortalecer a conexão com as pessoas.
Nos dois filmes, há vários personagens que podiam até gostar do Natal, mas não estou certo de que o vivesssem da forma que seria adequada. Não são apenas os protagonistas que mereciam entrar em uma espiral do tempo para aprender a lidar melhor com a data.
Assisti ao brasileiro "Tudo bem no Natal que vem" e ao mexicano "Natal outra vez?", dois filmes com premissas bem parecidas. Ambos tratam de um homem que faz aniversário no Natal e por isso não gosta da data, não valoriza o que vive com sua família e, por isso, são metidos em um loopping eterno para viver todos os dias o Natal.
Essa história de reviver o Natal já é um tanto manjada, desde que o William Dean Howells escreveu, há mais de um século, a história "Natal todo dia". Aparentemente, a tendência atual é que o tempo passe entre cada Natal, ou seja, a pessoa vive sempre o Natal, mas um Natal diferente a cada ano, e não o mesmo. Isso rende possibilidades interessantes.
Primeiro, porque as pessoas envelhecem de um Natal para o outro. E segundo porque acontecem uma porção de coisas entre um Natal e o outro, mas o infeliz que, por algum motivo, está condenado a viver apenas o Natal não se lembra de nada do que aconteceu. Essas são características presentes nos dois filmes a que assisti.
Achei que o filme brasileiro se sai melhor na proposta de problematizar o que acontece "nos intervalos" entre um Natal e outro. Em cada Natal, vemos a deterioração das relações familiares do personagem, além de algumas reviravoltas e alguns dramas que parecem se encaixar melhor no tipo de história que é proposta pelo filme.
No filme mexicano, o personagem se concentra em tentar resolver o seu problema de só viver o Natal, e quando chegam realmente os dramas familiares a impressão que tive é que eles não foram suficientemente desenvolvidos ao longo dos Natais mostrados. Apesar disso, há alguns momentos bonitos na parte final do filme.
Em termos de comédia, pois os dois filmes pretendem ser uma comédia, achei também que o brasileiro se saiu melhor, e há realmente mais motivos para rir nesse filme (talvez porque já há uma noção de "humor brasileiro" que, é claro, funciona melhor no Brasil).
Ambos os filmes (e, na verdade, todos os que se valem dessa história de Natal todo dia) apresentam como "moral" uma valorização das relações familiares e dos momentos que se passa com a família no Natal, mas ressaltando a importância de prestar atenção ao que acontece no resto do ano, pois é isso que garantirá o quão bom o nosso Natal pode ser.
Embora ache isso muito válido, não deixo também de problematizar o fato de que boa parte das pessoas viva o Natal sempre de uma mesma maneira, como uma tradição e um hábito, em vez de uma oportunidade para fortalecer a conexão com as pessoas.
Nos dois filmes, há vários personagens que podiam até gostar do Natal, mas não estou certo de que o vivesssem da forma que seria adequada. Não são apenas os protagonistas que mereciam entrar em uma espiral do tempo para aprender a lidar melhor com a data.
Acho que deve haver alguma coisa do "humor polonês" que se perde quando assistido aqui por essas bandas, porque, no geral, achei o filme bem estranho. De positivo, não é um filme natalino que fica insistindo em dar lição de moral e nem mesmo o romance é muito pronunciado na história, o que é raro nos filmes natalinos de hoje em dia.
Para mim valeu por ser um filme do Héctor Bonilla, que eu só conhecia do Chaves =). De resto, achei uma comédia que, com exceção de dois ou três momentos, não é das mais engraçadas. Há muitos personagens e histórias a serem desenvolvidas, mas a maior parte fica apenas em uma camada superficial.
O que faz desse o meu filme favorito de Natal é a intensidade e a beleza com que trata o tema da solidão, que é especialmente caro para mim. Ao longo do ano, vivemos uma infinidade de dramas que nos separam e nos distanciam das pessoas, mas, quando chega o Natal, tudo isso é potencializado e o sofrimento aumenta, pois, supostamente, o Natal é a época do ano em que as pessoas passam juntas. "Anjo de vidro" é o filme que melhor capta essa situação, com dramas para lá de comoventes de gente que sofreu bastante na vida e que adoraria ter o Natal como a possibilidade de resgate e de convívio genuíno.
Além de contar com um inexplicável erro no nome do filme em português (o certo seria "estritamente", e não "estreitamente"), achei que o filme não se compara ao livro do Bohumil Hrabal. Sobretudo pela cena final, que é maravilhosa no livro, marcada por muita tensão e aventura, ocorrendo à noite, sob a Lua, sob a neve, e com um combate memorável do personagem principal e um soldado alemão. No filme, tudo isso não levou três minutos e ainda por cima foi de dia. Sem falar que no livro o personagem principal não é tão parvo, mas tem uma centelha de loucura que o leva à ação. Adorei o livro, não gostei do filme.
Alguém Avisa?
3.5 340 Assista AgoraAchei que teve um bom desenvolvimento e criou algumas tensões bem interessantes. Embora reconheça que esse tipo de filme sempre terá que lidar com os estereótipos, não deixo de lamentar a necessidade de tudo se resolver rapidamente no final (sobretudo quando um dos personagens não merece). Em todo caso, é um filme de que gostei de assistir. É mais um filme a explorar o tema dos "segredos familiares". Ultimamente, são vários os filmes e séries de Natal que exploram a questão dos segredos.
Natal
4.0 1 Assista AgoraUma das obras mais tristes já feitas sobre o Natal. Algumas histórias podem parecer melhores do que outras, mas todas são tristes e melancólicas. E isso é um elogio. Também gostei bastante do nível de tensão que existe na maior parte das histórias. E tenho uma suspeita de que o diretor se inspirou em "Anjo de vidro", que eu amo.
O Natal de Angela 2
4.0 20Embora eu prefira o anterior, acho que este ainda é bastante significativo e bonito.
O Verdadeiro Espírito do Natal
3.6 3 Assista AgoraHá oito décadas já tinha filme com homens fazendo homices (vale para o protagonista e para o ex-marido). Em todo caso, é uma história que busca passar uma mensagem positiva, de valorizar determinadas coisas na vida, sem se iludir com outras que podem custar muito caro (e às vezes levando a erros que não podem ser consertados). E toda a história começa com um gesto de generosidade na Véspera de Natal, gesto, aliás, que seria muito improvável nos dias atuais.
Padrinhos de Tóquio
4.3 201 Assista AgoraHistória bonita e bem construída, com personagens significativos.
Tangerina
4.0 278 Assista AgoraCheguei até esse filme procurando por "filmes de Natal". Bem, não deixa de ser também! A história mais underground possível de Natal, e isso é ótimo, porque, convenhamos, os filmes de Natal atuais, com raras exceções, estão em uma mesmice burguesa terrível. Uma história como essa é, muito vezes, muito mais próxima do "mundo real" do que os cenários que são criados nos filmes tradicionais de Natal. Adorei!
O Preço da Família
3.1 16 Assista AgoraTenho a impressão de que, nos últimos anos, os únicos filmes de Natal que se salvam são os que não foram feitos nos Estados Unidos. Este é um filme que tem lá sua "lição de moral" por trás (mas uma lição de moral das mais justas nos tempos atuais) e, ao mesmo tempo, é uma comédia honesta, bem conduzida e que entretém durante todo o tempo. O fato de serem italianos parece que deixa algumas cenas até mais engraçadas.
Venha Passar o Natal Conosco, Papai
3.8 1Este é um filme com mais de 50 anos, cuja história se passa há 90 anos... E, no entanto, não é difícil perceber que é melhor do que a maioria dos filmes de Natal que têm surgido nos últimos anos. É uma história bonita, não exatamente original, mas contada de um jeito agradável, com um desenvolvimento interessante dos personagens.
Há o drama principal, que é o do pai que não chega em casa, mas enquanto isso há o drama do filho-narrador, às voltas com os desafios do seu próprio amadurecimento. E cada um dos filhos parece ter uma história que merecia ser aprofundada também (talvez o seja no livro que serviu de base).
Há cenas que não parecem contribuir exatamente para a trama, como as que se passam durante um culto de Natal, mas mesmo isso tem a sua beleza e talvez um sentido maior.
Embora haja um término mais ou menos feliz, com a crença no amor como algo capaz de vencer os obstáculos, é interessante que não terminaram os desafios, ou seja, não é aquele tipo de filme em que tudo se resolveu. Houve algumas soluções momentâneas, adotadas em nome do Natal, mas muito mais haveria ainda a ser feito. Achei isso legal.
Muito bacana acompanhar uma história que se passa nos anos imediatos à Grande Depressão nos EUA e os efeitos que isso teve na vida das pessoas, além de ser interessante observar aspectos da cultura e da educação austera daquela gente.
Vale mais a pena que a maior parte dos filmes de Natal da Netflix.
Uma História Natalina
4.0 2É uma história bonita, voltada talvez a uma publico um pouco mais infantil, mas traz uma mensagem importante sobre serem as pessoas que fazem o Natal. As coisas já andavam mal no jeito como as pessoas comemoravam o Natal em 1984, imagine então na atualidade. Precisamos de alguns anjos por aqui.
Trocados
2.8 103 Assista AgoraPegaram todos os clichês dos filmes de troca de corpos, colocaram em um ambiente de Natal e fizeram pior. A única coisa mais ou menos engraçada foi a troca entre o bebê e o cachorro, mas foi pouco explorada. E tem outra,
só o piá se deu mal, porque Yale não quis ele.
Também acho que, se esse tipo de troca acontecesse na realidade, ninguém em sã consciência iria esconder o que aconteceu.
Agora Seremos Felizes
4.0 89 Assista AgoraIncrível como os filmes antigos tinham um ritmo e uma narrativa invejáveis, bem mais construídos e desenvolvidos, difíceis de se encontrar nos filmes de streaming hoje. Este mesmo não é dos meus favoritos, mas ainda está à frente da maior parte dos filmes associados ao Natal que estão na Netflix.
PS: Aquela Tootie era o próprio diabo, pelamor.
A Pequena Milionária
3.7 21Este sim é um bom filme-clichê de Natal, não como certas coisas horrorosas que têm sido feitas recentemente e divulgadas na Netflix. Uma história bem Sessão da Tarde que mantém a nossa atenção e garante um bom entretenimento.
O Natal Está no Ar
2.6 20Não funciona como drama, não funciona como comédia, não funciona como romance e, pelo menos para mim, não funciona sequer como clichê. Já fizeram filmes-clichês de Natal muito melhores.
O Natal de Costume
2.6 15 Assista AgoraMuitas vezes, o Natal das pessoas não é muito mais que isso: uma série de tradições que são seguidas e que não podem nunca ser quebradas, mesmo que ninguém entenda muito bem qual a razão por trás delas. Esse apego exagerado e sem sentido às tradições se torna muito mais visível quando um elemento de fora é inserido no meio desse ambiente. O filme faz isso ao colocar um indiano no meio das tradições norueguesas.
Acho que é um filme interessante por problematizar a questão das tradições, ainda que a execução não tenha sido nada de extraordinário e, inclusive, o desfecho pareça ter sido bem mais acelerado do que fariam crer os problemas vivenciadas pelo casal.
O Último Natal
2.9 2Estivesse na Netflix, esse filme ganharia a etiqueta "cheirinho de novela", porque tem, de fato, todos os elementos de uma novela e, sobretudo, uma novela antiga do SBT (não à toa, eu assisti ao filme em uma gravação do falecido CInema em Casa). Há então todo aquele "dramalhão" próprio das novelas, com personagens unidimensionais e um desfecho amplamente positivo. Essas características não deixam de ter sua importância, mas acho que, no caso desse filme, o resultado não foi dos mais verossímeis.
Natal Outra Vez?
2.2 22 Assista AgoraAssisti ao brasileiro "Tudo bem no Natal que vem" e ao mexicano "Natal outra vez?", dois filmes com premissas bem parecidas. Ambos tratam de um homem que faz aniversário no Natal e por isso não gosta da data, não valoriza o que vive com sua família e, por isso, são metidos em um loopping eterno para viver todos os dias o Natal.
Essa história de reviver o Natal já é um tanto manjada, desde que o William Dean Howells escreveu, há mais de um século, a história "Natal todo dia". Aparentemente, a tendência atual é que o tempo passe entre cada Natal, ou seja, a pessoa vive sempre o Natal, mas um Natal diferente a cada ano, e não o mesmo. Isso rende possibilidades interessantes.
Primeiro, porque as pessoas envelhecem de um Natal para o outro. E segundo porque acontecem uma porção de coisas entre um Natal e o outro, mas o infeliz que, por algum motivo, está condenado a viver apenas o Natal não se lembra de nada do que aconteceu. Essas são características presentes nos dois filmes a que assisti.
Achei que o filme brasileiro se sai melhor na proposta de problematizar o que acontece "nos intervalos" entre um Natal e outro. Em cada Natal, vemos a deterioração das relações familiares do personagem, além de algumas reviravoltas e alguns dramas que parecem se encaixar melhor no tipo de história que é proposta pelo filme.
No filme mexicano, o personagem se concentra em tentar resolver o seu problema de só viver o Natal, e quando chegam realmente os dramas familiares a impressão que tive é que eles não foram suficientemente desenvolvidos ao longo dos Natais mostrados. Apesar disso, há alguns momentos bonitos na parte final do filme.
Em termos de comédia, pois os dois filmes pretendem ser uma comédia, achei também que o brasileiro se saiu melhor, e há realmente mais motivos para rir nesse filme (talvez porque já há uma noção de "humor brasileiro" que, é claro, funciona melhor no Brasil).
Ambos os filmes (e, na verdade, todos os que se valem dessa história de Natal todo dia) apresentam como "moral" uma valorização das relações familiares e dos momentos que se passa com a família no Natal, mas ressaltando a importância de prestar atenção ao que acontece no resto do ano, pois é isso que garantirá o quão bom o nosso Natal pode ser.
Embora ache isso muito válido, não deixo também de problematizar o fato de que boa parte das pessoas viva o Natal sempre de uma mesma maneira, como uma tradição e um hábito, em vez de uma oportunidade para fortalecer a conexão com as pessoas.
Nos dois filmes, há vários personagens que podiam até gostar do Natal, mas não estou certo de que o vivesssem da forma que seria adequada. Não são apenas os protagonistas que mereciam entrar em uma espiral do tempo para aprender a lidar melhor com a data.
Tudo Bem no Natal Que Vem
3.5 563Assisti ao brasileiro "Tudo bem no Natal que vem" e ao mexicano "Natal outra vez?", dois filmes com premissas bem parecidas. Ambos tratam de um homem que faz aniversário no Natal e por isso não gosta da data, não valoriza o que vive com sua família e, por isso, são metidos em um loopping eterno para viver todos os dias o Natal.
Essa história de reviver o Natal já é um tanto manjada, desde que o William Dean Howells escreveu, há mais de um século, a história "Natal todo dia". Aparentemente, a tendência atual é que o tempo passe entre cada Natal, ou seja, a pessoa vive sempre o Natal, mas um Natal diferente a cada ano, e não o mesmo. Isso rende possibilidades interessantes.
Primeiro, porque as pessoas envelhecem de um Natal para o outro. E segundo porque acontecem uma porção de coisas entre um Natal e o outro, mas o infeliz que, por algum motivo, está condenado a viver apenas o Natal não se lembra de nada do que aconteceu. Essas são características presentes nos dois filmes a que assisti.
Achei que o filme brasileiro se sai melhor na proposta de problematizar o que acontece "nos intervalos" entre um Natal e outro. Em cada Natal, vemos a deterioração das relações familiares do personagem, além de algumas reviravoltas e alguns dramas que parecem se encaixar melhor no tipo de história que é proposta pelo filme.
No filme mexicano, o personagem se concentra em tentar resolver o seu problema de só viver o Natal, e quando chegam realmente os dramas familiares a impressão que tive é que eles não foram suficientemente desenvolvidos ao longo dos Natais mostrados. Apesar disso, há alguns momentos bonitos na parte final do filme.
Em termos de comédia, pois os dois filmes pretendem ser uma comédia, achei também que o brasileiro se saiu melhor, e há realmente mais motivos para rir nesse filme (talvez porque já há uma noção de "humor brasileiro" que, é claro, funciona melhor no Brasil).
Ambos os filmes (e, na verdade, todos os que se valem dessa história de Natal todo dia) apresentam como "moral" uma valorização das relações familiares e dos momentos que se passa com a família no Natal, mas ressaltando a importância de prestar atenção ao que acontece no resto do ano, pois é isso que garantirá o quão bom o nosso Natal pode ser.
Embora ache isso muito válido, não deixo também de problematizar o fato de que boa parte das pessoas viva o Natal sempre de uma mesma maneira, como uma tradição e um hábito, em vez de uma oportunidade para fortalecer a conexão com as pessoas.
Nos dois filmes, há vários personagens que podiam até gostar do Natal, mas não estou certo de que o vivesssem da forma que seria adequada. Não são apenas os protagonistas que mereciam entrar em uma espiral do tempo para aprender a lidar melhor com a data.
Encomenda Para o Natal
2.8 19 Assista AgoraAcho que deve haver alguma coisa do "humor polonês" que se perde quando assistido aqui por essas bandas, porque, no geral, achei o filme bem estranho. De positivo, não é um filme natalino que fica insistindo em dar lição de moral e nem mesmo o romance é muito pronunciado na história, o que é raro nos filmes natalinos de hoje em dia.
Una Navidad no tan Padre
2.5 3 Assista AgoraPara mim valeu por ser um filme do Héctor Bonilla, que eu só conhecia do Chaves =). De resto, achei uma comédia que, com exceção de dois ou três momentos, não é das mais engraçadas. Há muitos personagens e histórias a serem desenvolvidas, mas a maior parte fica apenas em uma camada superficial.
Anjo de Vidro
3.4 223O que faz desse o meu filme favorito de Natal é a intensidade e a beleza com que trata o tema da solidão, que é especialmente caro para mim. Ao longo do ano, vivemos uma infinidade de dramas que nos separam e nos distanciam das pessoas, mas, quando chega o Natal, tudo isso é potencializado e o sofrimento aumenta, pois, supostamente, o Natal é a época do ano em que as pessoas passam juntas. "Anjo de vidro" é o filme que melhor capta essa situação, com dramas para lá de comoventes de gente que sofreu bastante na vida e que adoraria ter o Natal como a possibilidade de resgate e de convívio genuíno.
A Família Perfeita
3.0 33 Assista AgoraEm meio a algumas tiradas engraçadas, escondem-se temas muito relevantes na atualidade, sobretudo o papel da mulher.
Trens Estreitamente Vigiados
4.0 42Além de contar com um inexplicável erro no nome do filme em português (o certo seria "estritamente", e não "estreitamente"), achei que o filme não se compara ao livro do Bohumil Hrabal. Sobretudo pela cena final, que é maravilhosa no livro, marcada por muita tensão e aventura, ocorrendo à noite, sob a Lua, sob a neve, e com um combate memorável do personagem principal e um soldado alemão. No filme, tudo isso não levou três minutos e ainda por cima foi de dia. Sem falar que no livro o personagem principal não é tão parvo, mas tem uma centelha de loucura que o leva à ação. Adorei o livro, não gostei do filme.
Bicho de Sete Cabeças
4.0 1,1K Assista AgoraForte, intenso e, infelizmente, real.
Germinal
3.9 122Leiam o livro, leiam o livro, leiam o livro. O livro é muito mais arrebatador que o filme.