Bonitinho. Ainda que o desenvolvimento das histórias não seja exatamente o ideal, dá pra tirar algumas boas reflexõezinhas. A "moral" do filme é a última fala do velho.
Todos os nossos ódios e todos os nossos preconceitos se sustentam naquela terrível retórica do reverendo que veio substituir o padre Palmer: "Eles não são como nós, eles não pensam como nós, nós somos o bem e eles são o mal, nós somos a civilização". Quando essa lógica começa a ser questionada, quando essa realidade começa a ser enfrentada na prática, quando se percebe que não é muito o que difere um lado do outro, aí cai o Estado, cai a Igreja, cai o que for, e tudo o que resta são homens, homens irmanados, homens que descobrem a essência do que é humanidade.
Mas essa é a garotinha mais resignada do mundo. Recebe uma notícia chocante e faz só uma ligeira queixa. Passa por tudo isso e só perde o controle duas vezes. Parabéns pra ela.
Às vezes um filme de Natal como esse, cheio de encanto e mistério, vale mais do que aquelas comédias românticas clichês e aquelas comédias de humor forçado. Gostei muito da atriz que faz a Mandie.
Bem, deixando de lado os clichês, uma coisa que o filme faz pensar é no quanto a educação que recebemos na infância é capaz de interferir na maneira como nos comportamos nos relacionamentos depois de adulto.
Há um leve questionamento dessa lógica perversa que diz que todo mundo precisa do casamento para ser feliz, mas no fim, como já era de se esperar, essa lógica é reafirmada.
É bastante divertido. Interessante que, apesar da trama principal, relacionada ao presente da criança, há outras subtramas no meio bem engraçadas. É um daqueles filmes com alguém adulto narrando e revendo os episódios marcantes da infância, estratégia que faria muito sucesso ao longo dos anos e até hoje em dia. Isso inclui aquelas impagáveis cenas em que a criança deixa a imaginação rolar solta e fantasia como seria. Risada certa.
Tem uma história bem legal, embora não seja tão original. Mas essas histórias em que a inocência de uma criança desempenha papel importante sempre nos pegam de jeito. Eu não classificaria isso como comédia, acho que está mais para drama. Pessoalmente, eu preferia que tivesse outro fim, mas entendo a escolha que se fez.
Considerando os riscos que há em um filme que se proponha a passar uma mensagem religiosa, eu achei até que esse se saiu bem. É bem construído e gostoso de assistir. Mas não posso concordar com a premissa que sustenta toda a trama, pois ela dá a entender que quem não acredita em Deus se torna necessariamente um carrasco malvadão. Em todo caso, assistam, é interessante.
Nenhum cálculo, nenhuma estratégia, nenhum medo, nada me faria deixar de revelar a verdade no exato instante em que eu descobrisse quem era a Gina. Bolas, seria a mulher da minha vida, eu teria descoberto que a cena do cinema não significou nada, e como esperar que diante disso tudo eu ainda tivesse domínio próprio para não deixar transparecer o que se passava comigo? Tudo o que se passou depois disso foi um sofrimento inútil, que poderia ter consequências desastrosas para Gina e Ellen.
Sobre o filme em si, com exceção de algumas poucas tiradas boas quando os falsos Seth e Gina se encontram, não é nada de excepcional. Quem gostou da temática do filme, procure "A loja da esquina", filme de 1940. Aquele sim é um filme excelente, lindíssimo.
Rapaz, eu achei que seria tosco, e realmente é. Mas eu gostei disso! No começo eu estranhei um pouco, mas depois que apareceram os pais do carinha eu consegui me divertir e dar umas boas risadas.
É um daqueles filmes carregados de emoção, com os inevitáveis clichês, e atuações nem sempre muito boas, mas ao mesmo tempo é tão bonito e passa uma mensagem tão boa que a gente acaba baixando o rigor da nossa avaliação. Que diabos, também precisamos de filmes assim. Não entendo por que o título em português não é "As laranjas de Natal".
Foi o mais improvável filme de Natal que vi, mas eu gostei bastante também. Achei apenas que o tal "vínculo inesperado" citado na sinopse não se deu de maneira que os personagens se aproximassem uns dos outros, a não ser por algumas pálidas tentativas nesse sentido. E também não curti o desfecho dos personagens depois que acabou tudo. Mas é um filme que eu recomendaria, entretém bem.
Não é muito a minha praia, mas eu gostei desse filme. Só não quero ter um amigo como esse Ted. E o cara que foi traduzir o título do filme certamente fez confusão com algum outro (talvez um pornô).
É um daqueles filmes sem grandes pretensões que conseguem entreter, e eventualmente arrancar algumas risadas. Eu só não sei se funcionou a estratégia das explicações ao final. A mensagem do filme, apesar de boa, não parece também ser decorrente de tudo o que foi vivido na trama. Há também momentos claramente inspirados em Esqueceram de Mim.
Assisti ao filme de 1947 e no dia seguinte o de 1994 para melhor comparar.
A impressão que eu tenho é que no primeiro filme, com exceção da misteriosa bengala que aparece no fim, tudo o mais ainda pode ser interpretado como loucura do velho. No remake, no entanto, as sugestões de "poderes" do velho são maiores, tornando mais difícil classificar tudo como apenas loucuras da cabeça dele.
O ponto forte do filme de 1994 é, ao meu ver, o argumento da crença em Deus para justificar a crença no Papai Noel. Esse argumento está ausente na versão original. Também o fato de terem trazido como testemunhas um membro da igreja e outro que esteve no Pólo Norte são pontos que contam a favor.
Mas, de maneira geral, o filme de 1947 agrada mais. A menina é muito mais cética, ao passo que a de 1994 quer acreditar desde o início. Sem falar que ela é bem bobinha, coisa que a primeira definitivamente não era. O Papai Noel do filme original também é mais convincente em sua bondade. O outro me pareceu bem caricato às vezes.
O filme de 1994 também é muito mais carregado no romance e no drama, o que achei desnecessário. Ao mesmo tempo, deixaram de lado cenas marcantes do primeiro filme, como o Papai Noel ensinando a menina a imitar um macaco.
Também excluíram personagens, como aquele psicólogo malvadão do primeiro filme, que, apesar dos esterótipos, é um personagem que funciona bem. A tentativa de colocar vilões de outra loja de departamento não surtiu nem de longe o mesmo efeito. Tiraram ainda da segunda versão aquele rapaz que queria ser o Papai Noel do bairro. Esse perdeu espaço para o romance do casal, que passou a ser alardeado desde as primeiras cenas.
Por ser um filme que envolve fantasia, claro está que muitas coisas "improváveis" farão parte da trama, mas achei que no filme de 1994 o número delas é maior. Posso imaginar que um "julgamento do Papai Noel" chame bastante a atenção das pessoas, mas tenho dificuldade de imaginar a adesão do povo a uma campanha do tipo "I believe". Ainda no começo, a aceitação da "estratégia de vendas" do Papai Noel também me pareceu ser abordada de forma muito rápida no remake, tornando-a um pouco mais improvável.
Chamou-me a atenção também que no filme de 1947 o Papai Noel, logo ele, chega a falar contra o consumismo que havia se tornado o Natal. No de 1994 ele não faz alusão a isso.
O juiz do segundo filme é antipático, ao contrário do primeiro.
Engraçado que no outro filme o Papai Noel precisou perguntar para o seu advogado quem era aquele sujeito de terno acizentado, que era o Promotor. No entanto, no fim de tudo, ele dá a entender a esse promotor que o conhece, que sabe onde fica a sua casa, pois esteve lá no último ano (no Natal). Ele devia conhecê-lo desde o início, não?
Achei bem legal no primeiro filme o momento em que o Papai Noel fala em holandês com uma menina. No segundo, a cena foi substituída por uma fala em libras. Ora, é muito mais impressionante, para fins de convencimento, que uma pessoa que se diga Papai Noel saiba falar holandês do que em libra. Mas, também, nesse segundo filme, a menina praticamente nem precisava ser convencida. No primeiro ficou legal.
Enfim, de certo estou sendo racional demais, como a mãe e a filha =). Mas reconheço a importância dos mitos, embora, pessoalmente, ache que o Papai Noel estragou o Natal.
Assisti ao filme de 1947 e no dia seguinte esse de 1994 para melhor comparar.
A impressão que eu tenho é que no primeiro filme, com exceção da misteriosa bengala que aparece no fim, tudo o mais ainda pode ser interpretado como loucura do velho. Nesse remake, no entanto, as sugestões de "poderes" do velho são maiores, tornando mais difícil classificar tudo como apenas loucuras da cabeça dele.
O ponto forte do filme de 1994 é, ao meu ver, o argumento da crença em Deus para justificar a crença no Papai Noel. Esse argumento está ausente na versão original. Também o fato de terem trazido como testemunhas um membro da igreja e outro que esteve no Pólo Norte são pontos que contam a favor.
Mas, de maneira geral, o filme de 1947 agrada mais. A menina é muito mais cética, ao passo que essa de 1994 quer acreditar desde o início. Sem falar que ela é bem bobinha, coisa que a primeira definitivamente não era. O Papai Noel do filme original também é mais convincente em sua bondade. O outro me pareceu bem caricato às vezes.
Esse filme de 1994 também é muito mais carregado no romance e no drama, o que achei desnecessário. Ao mesmo tempo, deixaram de lado cenas marcantes do primeiro filme, como o Papai Noel ensinando a menina a imitar um macaco.
Também excluíram personagens, como aquele psicólogo malvadão do primeiro filme, que, apesar dos esterótipos, é um personagem que funciona bem. A tentativa de colocar vilões de outra loja de departamento não surtiu nem de longe o mesmo efeito. Tiraram ainda da segunda versão aquele rapaz que queria ser o Papai Noel do bairro. Esse perdeu espaço para o romance do casal, que passou a ser alardeado desde as primeiras cenas.
Por ser um filme que envolve fantasia, claro está que muitas coisas "improváveis" farão parte da trama, mas achei que no filme de 1994 o número delas é maior. Posso imaginar que um "julgamento do Papai Noel" chame bastante a atenção das pessoas, mas tenho dificuldade de imaginar a adesão do povo a uma campanha do tipo "I believe". Ainda no começo, a aceitação da "estratégia de vendas" do Papai Noel também me pareceu ser abordada de forma muito rápida no remake, tornando-a um pouco mais improvável.
Chamou-me a atenção também que no filme de 1947 o Papai Noel, logo ele, chega a falar contra o consumismo que havia se tornado o Natal. No de 1994 ele não faz alusão a isso.
O juiz do segundo filme é antipático, ao contrário do primeiro.
Engraçado que neste outro filme o Papai Noel precisou perguntar para o seu advogado quem era aquele sujeito de terno acizentado, que era o Promotor. No entanto, no fim de tudo, ele dá a entender a esse promotor que o conhece, que sabe onde fica a sua casa, pois esteve lá no último ano (no Natal). Ele devia conhecê-lo desde o início, não?
Achei bem legal no primeiro filme o momento em que o Papai Noel fala em holandês com uma menina. No segundo, a cena foi substituída por uma fala em libras. Ora, é muito mais impressionante, para fins de convencimento, que uma pessoa que se diga Papai Noel saiba falar holandês do que em libra. Mas, também, nesse segundo filme, a menina praticamente nem precisava ser convencida. No primeiro ficou legal.
Enfim, de certo estou sendo racional demais, como a mãe e a filha =). Mas reconheço a importância dos mitos, embora, pessoalmente, ache que o Papai Noel estragou o Natal.
Embora destinado a um público mais infantil, acho que essa simpática produção consegue um efeito que muito filme pretensioso de Natal busca e não consegue com os adultos. Gosto da mensagem sobre "aceitar ajuda".
Em relação ao original, "Um anjo caiu do céu", eu achei que tem personagem sobrando aí. A cena da patinação, a mais célebre e bonita do filme original, quase que não acontece porque tinha um filho sobrando na cena. Por outro lado, o taxista foi um dos que foram excluídos da trama. A cena virou uma cena qualquer. No geral, o efeito não é o mesmo do filme de 1947.
Também me surpreendi, mas negativamente. Não dei uma risada, não chorei uma lágrima. Tudo bem ser um filme previsível, há filmes previsíveis de que gosto, mas aqui a coisa não rolou, achei que ficou forçado demais e não tive simpatia pelos personagens.
O Natal dos Coopers
3.2 90 Assista AgoraBonitinho. Ainda que o desenvolvimento das histórias não seja exatamente o ideal, dá pra tirar algumas boas reflexõezinhas. A "moral" do filme é a última fala do velho.
Feliz Natal
4.2 188 Assista AgoraTodos os nossos ódios e todos os nossos preconceitos se sustentam naquela terrível retórica do reverendo que veio substituir o padre Palmer: "Eles não são como nós, eles não pensam como nós, nós somos o bem e eles são o mal, nós somos a civilização". Quando essa lógica começa a ser questionada, quando essa realidade começa a ser enfrentada na prática, quando se percebe que não é muito o que difere um lado do outro, aí cai o Estado, cai a Igreja, cai o que for, e tudo o que resta são homens, homens irmanados, homens que descobrem a essência do que é humanidade.
Um Natal De Esperança
3.8 7A lição da história é bonita, sem dúvida.
Mas essa é a garotinha mais resignada do mundo. Recebe uma notícia chocante e faz só uma ligeira queixa. Passa por tudo isso e só perde o controle duas vezes. Parabéns pra ela.
Mandie e o Natal Esquecido
2.7 3Às vezes um filme de Natal como esse, cheio de encanto e mistério, vale mais do que aquelas comédias românticas clichês e aquelas comédias de humor forçado. Gostei muito da atriz que faz a Mandie.
Pacto de Natal
3.2 9Bem, deixando de lado os clichês, uma coisa que o filme faz pensar é no quanto a educação que recebemos na infância é capaz de interferir na maneira como nos comportamos nos relacionamentos depois de adulto.
Há um leve questionamento dessa lógica perversa que diz que todo mundo precisa do casamento para ser feliz, mas no fim, como já era de se esperar, essa lógica é reafirmada.
Um Amigo Muito Especial
3.3 6Um roteiro interessante. A atuação do menino é muito boa.
Uma História de Natal
3.4 44 Assista AgoraÉ bastante divertido. Interessante que, apesar da trama principal, relacionada ao presente da criança, há outras subtramas no meio bem engraçadas. É um daqueles filmes com alguém adulto narrando e revendo os episódios marcantes da infância, estratégia que faria muito sucesso ao longo dos anos e até hoje em dia. Isso inclui aquelas impagáveis cenas em que a criança deixa a imaginação rolar solta e fantasia como seria. Risada certa.
Cartão de Natal
3.1 87Até que conseguiu se virar bem com os clichês, não ficou aquela coisa exclusiva em cima do casal, teve umas histórias interessantes de fundo.
Só tenho uma dúvida.
Com que dinheiro a Ellen pagou o ônibus para voltar a Snow Falls? Ou o noivo deu uns trocados para ela e nós não vimos?
Max
3.5 6Tem uma história bem legal, embora não seja tão original. Mas essas histórias em que a inocência de uma criança desempenha papel importante sempre nos pegam de jeito. Eu não classificaria isso como comédia, acho que está mais para drama. Pessoalmente, eu preferia que tivesse outro fim, mas entendo a escolha que se fez.
Um Pedido de Natal
2.6 11 Assista AgoraConsiderando os riscos que há em um filme que se proponha a passar uma mensagem religiosa, eu achei até que esse se saiu bem. É bem construído e gostoso de assistir. Mas não posso concordar com a premissa que sustenta toda a trama, pois ela dá a entender que quem não acredita em Deus se torna necessariamente um carrasco malvadão. Em todo caso, assistam, é interessante.
Mensagem Instantânea
3.2 149Nenhum cálculo, nenhuma estratégia, nenhum medo, nada me faria deixar de revelar a verdade no exato instante em que eu descobrisse quem era a Gina. Bolas, seria a mulher da minha vida, eu teria descoberto que a cena do cinema não significou nada, e como esperar que diante disso tudo eu ainda tivesse domínio próprio para não deixar transparecer o que se passava comigo? Tudo o que se passou depois disso foi um sofrimento inútil, que poderia ter consequências desastrosas para Gina e Ellen.
Sobre o filme em si, com exceção de algumas poucas tiradas boas quando os falsos Seth e Gina se encontram, não é nada de excepcional. Quem gostou da temática do filme, procure "A loja da esquina", filme de 1940. Aquele sim é um filme excelente, lindíssimo.
O Natal de Madea
2.6 18 Assista AgoraRapaz, eu achei que seria tosco, e realmente é. Mas eu gostei disso! No começo eu estranhei um pouco, mas depois que apareceram os pais do carinha eu consegui me divertir e dar umas boas risadas.
A Razão do Amor
3.7 12É um daqueles filmes carregados de emoção, com os inevitáveis clichês, e atuações nem sempre muito boas, mas ao mesmo tempo é tão bonito e passa uma mensagem tão boa que a gente acaba baixando o rigor da nossa avaliação. Que diabos, também precisamos de filmes assim. Não entendo por que o título em português não é "As laranjas de Natal".
Natal em El Camino
2.6 71 Assista AgoraFoi o mais improvável filme de Natal que vi, mas eu gostei bastante também. Achei apenas que o tal "vínculo inesperado" citado na sinopse não se deu de maneira que os personagens se aproximassem uns dos outros, a não ser por algumas pálidas tentativas nesse sentido. E também não curti o desfecho dos personagens depois que acabou tudo. Mas é um filme que eu recomendaria, entretém bem.
Duas Semanas De Prazer
3.9 25Não é muito a minha praia, mas eu gostei desse filme. Só não quero ter um amigo como esse Ted. E o cara que foi traduzir o título do filme certamente fez confusão com algum outro (talvez um pornô).
Um Amor Com 7 Vidas
3.6 11Não é ruim não. Aquelas histórias previsíveis, mas essa é bonitinha até.
Shelby: O Cão Que Salvou o Natal
3.1 4É um daqueles filmes sem grandes pretensões que conseguem entreter, e eventualmente arrancar algumas risadas. Eu só não sei se funcionou a estratégia das explicações ao final. A mensagem do filme, apesar de boa, não parece também ser decorrente de tudo o que foi vivido na trama. Há também momentos claramente inspirados em Esqueceram de Mim.
Um Natal Inesquecível
3.4 4Forte e tocante, mesmo com todos os clichês. Dá pra dar uma chorada.
De Ilusão Também Se Vive
3.9 91 Assista AgoraAssisti ao filme de 1947 e no dia seguinte o de 1994 para melhor comparar.
A impressão que eu tenho é que no primeiro filme, com exceção da misteriosa bengala que aparece no fim, tudo o mais ainda pode ser interpretado como loucura do velho. No remake, no entanto, as sugestões de "poderes" do velho são maiores, tornando mais difícil classificar tudo como apenas loucuras da cabeça dele.
O ponto forte do filme de 1994 é, ao meu ver, o argumento da crença em Deus para justificar a crença no Papai Noel. Esse argumento está ausente na versão original. Também o fato de terem trazido como testemunhas um membro da igreja e outro que esteve no Pólo Norte são pontos que contam a favor.
Mas, de maneira geral, o filme de 1947 agrada mais. A menina é muito mais cética, ao passo que a de 1994 quer acreditar desde o início. Sem falar que ela é bem bobinha, coisa que a primeira definitivamente não era. O Papai Noel do filme original também é mais convincente em sua bondade. O outro me pareceu bem caricato às vezes.
O filme de 1994 também é muito mais carregado no romance e no drama, o que achei desnecessário. Ao mesmo tempo, deixaram de lado cenas marcantes do primeiro filme, como o Papai Noel ensinando a menina a imitar um macaco.
Também excluíram personagens, como aquele psicólogo malvadão do primeiro filme, que, apesar dos esterótipos, é um personagem que funciona bem. A tentativa de colocar vilões de outra loja de departamento não surtiu nem de longe o mesmo efeito. Tiraram ainda da segunda versão aquele rapaz que queria ser o Papai Noel do bairro. Esse perdeu espaço para o romance do casal, que passou a ser alardeado desde as primeiras cenas.
Por ser um filme que envolve fantasia, claro está que muitas coisas "improváveis" farão parte da trama, mas achei que no filme de 1994 o número delas é maior. Posso imaginar que um "julgamento do Papai Noel" chame bastante a atenção das pessoas, mas tenho dificuldade de imaginar a adesão do povo a uma campanha do tipo "I believe". Ainda no começo, a aceitação da "estratégia de vendas" do Papai Noel também me pareceu ser abordada de forma muito rápida no remake, tornando-a um pouco mais improvável.
Chamou-me a atenção também que no filme de 1947 o Papai Noel, logo ele, chega a falar contra o consumismo que havia se tornado o Natal. No de 1994 ele não faz alusão a isso.
O juiz do segundo filme é antipático, ao contrário do primeiro.
Engraçado que no outro filme o Papai Noel precisou perguntar para o seu advogado quem era aquele sujeito de terno acizentado, que era o Promotor. No entanto, no fim de tudo, ele dá a entender a esse promotor que o conhece, que sabe onde fica a sua casa, pois esteve lá no último ano (no Natal). Ele devia conhecê-lo desde o início, não?
Achei bem legal no primeiro filme o momento em que o Papai Noel fala em holandês com uma menina. No segundo, a cena foi substituída por uma fala em libras. Ora, é muito mais impressionante, para fins de convencimento, que uma pessoa que se diga Papai Noel saiba falar holandês do que em libra. Mas, também, nesse segundo filme, a menina praticamente nem precisava ser convencida. No primeiro ficou legal.
Enfim, de certo estou sendo racional demais, como a mãe e a filha =). Mas reconheço a importância dos mitos, embora, pessoalmente, ache que o Papai Noel estragou o Natal.
Milagre na Rua 34
3.4 128 Assista AgoraAssisti ao filme de 1947 e no dia seguinte esse de 1994 para melhor comparar.
A impressão que eu tenho é que no primeiro filme, com exceção da misteriosa bengala que aparece no fim, tudo o mais ainda pode ser interpretado como loucura do velho. Nesse remake, no entanto, as sugestões de "poderes" do velho são maiores, tornando mais difícil classificar tudo como apenas loucuras da cabeça dele.
O ponto forte do filme de 1994 é, ao meu ver, o argumento da crença em Deus para justificar a crença no Papai Noel. Esse argumento está ausente na versão original. Também o fato de terem trazido como testemunhas um membro da igreja e outro que esteve no Pólo Norte são pontos que contam a favor.
Mas, de maneira geral, o filme de 1947 agrada mais. A menina é muito mais cética, ao passo que essa de 1994 quer acreditar desde o início. Sem falar que ela é bem bobinha, coisa que a primeira definitivamente não era. O Papai Noel do filme original também é mais convincente em sua bondade. O outro me pareceu bem caricato às vezes.
Esse filme de 1994 também é muito mais carregado no romance e no drama, o que achei desnecessário. Ao mesmo tempo, deixaram de lado cenas marcantes do primeiro filme, como o Papai Noel ensinando a menina a imitar um macaco.
Também excluíram personagens, como aquele psicólogo malvadão do primeiro filme, que, apesar dos esterótipos, é um personagem que funciona bem. A tentativa de colocar vilões de outra loja de departamento não surtiu nem de longe o mesmo efeito. Tiraram ainda da segunda versão aquele rapaz que queria ser o Papai Noel do bairro. Esse perdeu espaço para o romance do casal, que passou a ser alardeado desde as primeiras cenas.
Por ser um filme que envolve fantasia, claro está que muitas coisas "improváveis" farão parte da trama, mas achei que no filme de 1994 o número delas é maior. Posso imaginar que um "julgamento do Papai Noel" chame bastante a atenção das pessoas, mas tenho dificuldade de imaginar a adesão do povo a uma campanha do tipo "I believe". Ainda no começo, a aceitação da "estratégia de vendas" do Papai Noel também me pareceu ser abordada de forma muito rápida no remake, tornando-a um pouco mais improvável.
Chamou-me a atenção também que no filme de 1947 o Papai Noel, logo ele, chega a falar contra o consumismo que havia se tornado o Natal. No de 1994 ele não faz alusão a isso.
O juiz do segundo filme é antipático, ao contrário do primeiro.
Engraçado que neste outro filme o Papai Noel precisou perguntar para o seu advogado quem era aquele sujeito de terno acizentado, que era o Promotor. No entanto, no fim de tudo, ele dá a entender a esse promotor que o conhece, que sabe onde fica a sua casa, pois esteve lá no último ano (no Natal). Ele devia conhecê-lo desde o início, não?
Achei bem legal no primeiro filme o momento em que o Papai Noel fala em holandês com uma menina. No segundo, a cena foi substituída por uma fala em libras. Ora, é muito mais impressionante, para fins de convencimento, que uma pessoa que se diga Papai Noel saiba falar holandês do que em libra. Mas, também, nesse segundo filme, a menina praticamente nem precisava ser convencida. No primeiro ficou legal.
Enfim, de certo estou sendo racional demais, como a mãe e a filha =). Mas reconheço a importância dos mitos, embora, pessoalmente, ache que o Papai Noel estragou o Natal.
Pettersson e Findus 2
4.2 3Embora destinado a um público mais infantil, acho que essa simpática produção consegue um efeito que muito filme pretensioso de Natal busca e não consegue com os adultos. Gosto da mensagem sobre "aceitar ajuda".
Um Anjo em Minha Vida
3.1 37 Assista AgoraEm relação ao original, "Um anjo caiu do céu", eu achei que tem personagem sobrando aí. A cena da patinação, a mais célebre e bonita do filme original, quase que não acontece porque tinha um filho sobrando na cena. Por outro lado, o taxista foi um dos que foram excluídos da trama. A cena virou uma cena qualquer. No geral, o efeito não é o mesmo do filme de 1947.
A Época Mais Maravilhosa do Ano
3.5 12Também me surpreendi, mas negativamente. Não dei uma risada, não chorei uma lágrima. Tudo bem ser um filme previsível, há filmes previsíveis de que gosto, mas aqui a coisa não rolou, achei que ficou forçado demais e não tive simpatia pelos personagens.
Um Natal Brilhante
2.6 126 Assista AgoraNão é uma grande comédia, e ela perde ainda mais com a versão "mutilada" que passa na Globo.