João César

Deveria se chamar 'Divorce With Child Story'.

Como gosto muito do primeiro filme e sou fã do trabalho do Villeneuve, estava com expectativas muito altas. Depois de assistir aos três short films (principalmente depois de ver o do Watanabe), que ligam a narrativa do primeiro filme à do segundo, fiquei ainda mais empolgado. E posso dizer sem hesitação alguma que, mesmo com toda a expectativa de ver uma obra-prima, fui propriamente contemplado.

Villeneuve conseguiu ser fiel à ambientação e à trama do filme original, deixando a impressão de que cada mínimo detalhe foi colocado ali sob minuciosa deliberação. Os recursos estéticos fazem jus à idealização do futuro que existia no anos 80, época da criação do universo do filme, e aos temas cyberpunks.

Entendo que não é um blockbuster convencional de explosão e porrada a cada dez minutos e que, por isso, vários vão ou já acharam devagar e monótono, mas a beleza do filme é outra, inteiramente diferente (ainda bem).

De resto, tenho pouquíssimas reclamações. Que filmão, bicho.

Essa porcaria é praticamente uma amálgama ruim de Memento, The Shining e aquele Como Se Fosse a Primeira Vez, com o Adam Sandler. Salvo a boa atuação da Kidman.