Como no livro, uma história que se importa imensamente com os personagens e dá o tempo e o desenvolvimento necessário pra que nós também nos importemos com eles. Com todas as limitações que um filme pra TV consegue entregar a emoção e o horror muito bem, com o bônus de não ter sido feito com base em tortura psicológica na atriz principal pra gerar perfomance.
Se perde um pouco pelo segundo ato, mas no terceiro encerra maravilhosamente bem. Uma bela narrativa que abraça a figura mítica e fruto de uma construção popular de Lampião, que é de mentira, mas às vezes é de verdade.
Um roteiro que poderia ser muito menos verborrágico, perdendo muitas oportunidades de narrar e revelar informações visualmente. Também dispensaria a violência feitichizada do filme.
Que brilhante adaptação. O registro documental, duro e seco como a terra, intercalado com as performances da poesia de João Cabral de Melo Neto traduz maravilhosamente bem em tela o texto. A escolha de escalar como Severino não um, mas diversos atores reforça esse texto, dando também vozes e faces dos tantos severinos representados pelo povo entrevistado. Difícil sair do filme sem um nó na garganta.
A curta duração do filme deixa um anseio por mais, saber o que se resultará dos conflitos que o filme documenta. Os planos iniciais, com a chegada do helicóptero, colocando o registro a partir desse lugar do estrangeiro são fundamentais e trazem uma reflexão tremenda sobre o tema retratado. Nós, estrangeiros, somos colocados dentro da casa e do terreno desta família que vive da subsistência e que nutre grande animosidade pelos vizinhos. Nós, invasores que somos, não temos a certeza até onde as alegações que o patriarca da família faz contra os Kilines são verdadeiras ou geradas por paranoias e rivalidades. Essa tensão construída entre as famílias tem um primeiro clímax na sequência que retrata crianças brincando na praia. A chegada das crianças da outra família gera uma atmosfera de tensão que os obriga a abandonar o local. Em uma sequência se cria um reflexo do grande quadro que a família vive. Mas talvez a cena mais importante seja a da chegada do helicóptero que atende - ao que parece - a família estrangeira. Agora, em oposição ao início do filme, estamos sob o ponto de vista dos nativos da região observando o invasor. Assumimos que o olhar até então era do mesmo invasor. Somos confrontados pela realidade de que, sim, está havendo uma relação predatória dos invasores contra a família nativa. E o olhar da lente é censurado por estes invasores que não admitem ser documentados.
Um filme que me fez refletir muito sobre o fazer documental, ainda que realizado com grande beleza e potencial dramático.
Ótimo plano começar a carreira fazendo algo surreal para só depois mostrar a genialidade narrativa. É como arquitetar uma zoeira que irá só anos depois colocar todos para refletir (sem sucesso) acerca do significado. Dá vontade de fazer parecido, vai ver é isso que motiva metade dos filmes experimentais de hoje em dia.
Sonho e Realidade
3.9 8E esse Chaplin de manequim?
Marte Um
4.1 297 Assista AgoraNada mais lindo do que o sonho de uma criança. Que elenco, que direção, que roteiro, que carinho.
Original Cast Album: Company
5.0 1Só queria ir pro universo paralelo onde isso de fato virou uma série.
O Iluminado
3.6 317Como no livro, uma história que se importa imensamente com os personagens e dá o tempo e o desenvolvimento necessário pra que nós também nos importemos com eles. Com todas as limitações que um filme pra TV consegue entregar a emoção e o horror muito bem, com o bônus de não ter sido feito com base em tortura psicológica na atriz principal pra gerar perfomance.
Homunculus
2.5 49 Assista AgoraGente era melhor esse pessoal ter feito uma terapia
Arlo, o Menino Jacaré
3.7 15 Assista AgoraAmei o menino vacinado ❤️
A Luneta do Tempo
3.4 90Se perde um pouco pelo segundo ato, mas no terceiro encerra maravilhosamente bem. Uma bela narrativa que abraça a figura mítica e fruto de uma construção popular de Lampião, que é de mentira, mas às vezes é de verdade.
O Matador
3.3 222 Assista AgoraUm roteiro que poderia ser muito menos verborrágico, perdendo muitas oportunidades de narrar e revelar informações visualmente. Também dispensaria a violência feitichizada do filme.
Onde Está Você, João Gilberto?
3.6 11Um artista que se enclausura do mundo é uma coisa triste demais. Deus me livre de um relacionamento tóxico assim com um ídolo inalcançável.
Doutor Castor
4.4 77O Boni é um nojo, né
Morte e Vida Severina
3.7 23Que brilhante adaptação. O registro documental, duro e seco como a terra, intercalado com as performances da poesia de João Cabral de Melo Neto traduz maravilhosamente bem em tela o texto. A escolha de escalar como Severino não um, mas diversos atores reforça esse texto, dando também vozes e faces dos tantos severinos representados pelo povo entrevistado.
Difícil sair do filme sem um nó na garganta.
Braguino
3.8 3A curta duração do filme deixa um anseio por mais, saber o que se resultará dos conflitos que o filme documenta. Os planos iniciais, com a chegada do helicóptero, colocando o registro a partir desse lugar do estrangeiro são fundamentais e trazem uma reflexão tremenda sobre o tema retratado. Nós, estrangeiros, somos colocados dentro da casa e do terreno desta família que vive da subsistência e que nutre grande animosidade pelos vizinhos. Nós, invasores que somos, não temos a certeza até onde as alegações que o patriarca da família faz contra os Kilines são verdadeiras ou geradas por paranoias e rivalidades.
Essa tensão construída entre as famílias tem um primeiro clímax na sequência que retrata crianças brincando na praia. A chegada das crianças da outra família gera uma atmosfera de tensão que os obriga a abandonar o local. Em uma sequência se cria um reflexo do grande quadro que a família vive.
Mas talvez a cena mais importante seja a da chegada do helicóptero que atende - ao que parece - a família estrangeira. Agora, em oposição ao início do filme, estamos sob o ponto de vista dos nativos da região observando o invasor. Assumimos que o olhar até então era do mesmo invasor. Somos confrontados pela realidade de que, sim, está havendo uma relação predatória dos invasores contra a família nativa. E o olhar da lente é censurado por estes invasores que não admitem ser documentados.
Um filme que me fez refletir muito sobre o fazer documental, ainda que realizado com grande beleza e potencial dramático.
Os Corações da Idade
3.0 10Ótimo plano começar a carreira fazendo algo surreal para só depois mostrar a genialidade narrativa. É como arquitetar uma zoeira que irá só anos depois colocar todos para refletir (sem sucesso) acerca do significado. Dá vontade de fazer parecido, vai ver é isso que motiva metade dos filmes experimentais de hoje em dia.
The Little Train Robbery
3.3 2É um gênio mesmo, não dá pra não se divertir revendo nessa versão só com guris <3