Pontos positivos: - O início do filme é muito bonito. A caracterização do Bi-han e do Hanzo, a fotografia no geral, tudo passa a impressão que a treta ali vai ser forte e bem embasada. (até o Raiden chegar e pegar a criança do assoalho, que aí já começam os "ué? eu não lembrava dessa lore no jogo. Cadê o Quan-chi?") - Fanservice: fatalities, frases de efeito dos jogos, caracterização dos personagens no geral, e principalmente violência e gore que foram as características que firmaram o mercado pra Midway em 80/90. - Particularmente gostei muito da relevância que deram pro Kung-Lao. Minha impressão é que ele é sempre meio "secundário" quando se fala dos shaolin monks, mas no filme deu a impressão de ele ser a pessoa mais forte daquele local. A entrada dele vindo no teleport do chão e tocando o terror foi uma das coisas que eu mais gostei, até mais que a do Scorpion que era pra ser o "grand finale", mas eu já não me importava mais com o que ía acontecer.
Pontos negativos: - Personagem principal vindo dos confins do WTF. Fiquei me perguntando se ele fazia parte de algum spinoff de MK, alguma HQ, animação underground, mas já suspeitava que provavelmente era decisão merda de executivo da produtora. Eu fiquei achando que em algum momento esse cara iria morrer pra passar a "marca" pra Sônia, a única coisa que faria sentido. - Enredo maluco, descarte de personagens estranho. Ritmo do filme parece correr pra mostrar algo que não se sabe na verdade o quê (o torneio? uma luta final? mais personagens?), o que vai no "meio" tem pouco cuidado, e o final derradeiro não justifica nada do que se vê antes. - Não sei se isso é só comigo, mas me incomoda DEMAIS essa humanização forçada que tentam colocar no Scorpion. Hanzo em vida é uma coisa, a encarnação de um espírito de vingança é outra. Em vida se preocupava com o clã, Shirai Ryu, com a família. Na morte só se preocupava com vingança, com punição, e toda a treta entre ele e o último Sub-zero, Kuai Liang, se dá por essa falta de julgamento moral, falta de empatia "humana". Colocar o Scorpion no final pra dizer "For Shirai Ryu" e ainda lutando em dupla, pedindo pra salvar a linhagem, é até um crime com o personagem. :(
Em contra partida, o Bi-han está bem coerente com a lore dele. Assassino a sangue frio, tá nem aí pra p* nenhuma, tudo o que mais tarde culmina no Noob Saibot (meu personagem favorito s2). Mas acho que esse povo nem estava ligando pra isso né? #dorgas
Filme pra ver provavelmente bêbado em galera, como algumas pessoas colocaram. Feliz por ter mais representatividade gamer no cinema. Triste pela falta de zelo e a preguiça em mostrar algo bem elaborado.
Filme lindo demais! Concordo demais com quem disse que cada cena parece uma obra de arte que colocaram movimento!
Sem comentar muito mais do mesmo sobre a supracitada e monstruosa atuação do Nakadai, que ao menos pra mim levou o filme tranquilamente e prendeu meu interesse demais pra conhecer mais sobre as motivações do personagem, eu tive uma impressão um pouco diferente sobre o Ryunosuke, e é dele que gostaria de falar melhor aqui. (Textão alert com força rs)
O óbvio seria vê-lo como uma persona que emana tudo aquilo de repugnante no ser humano, isso é o óbvio, o cara mata um velho de graça no começo do filme, abusa de uma mulher pra forçar um "trato" que nem cumpriu depois, mas ainda é uma análise bem superficial.
Em um período de guerra constante, onde a violência e servidão são incitadas e encorajadas como forma de respeito (leia-se "honra"), no começo do filme esse respeito já é meio condicionado a um pedido "meio torto" e estranho.
A pedido do próprio mestre (possível figura paterna de maior relevância, já que o pai biológico ficou doente em casa antes de Ryunosuke sair da terra natal, e pelo o que é dito, não era lá uma figura muito carinhosa), vimos alguém querendo que ele se submeta a deixar de lado as habilidades em algo que o destaca como excepcional, e provavelmente o que deu sentido na vida e interesse das pessoas nele, em troca de pura tradição e politicagem, pra que outro(s) ganhem prestígio, ascendam ao poder, mantenham uma suposta "ordem", que na verdade não existe. Isso pode ser interpretado como "tradição", "favoritismo", ou simplesmente o mestre querendo consertar um dos maiores erros que cometeu ao treinar uma pessoa que possuía um julgamento de valor a vida diferente do seu.
Obviamente o período era sim formado e bem conhecido pela tradição, politicagem, talvez uma das culturas mais conhecidas por isso, mas será que não é muito preguiçoso da nossa parte assumir que todos que viveram isso, de fato concordavam com isso? Pedir pra se "apagar" é algo muito sério, ainda mais pra um pessoa que ao que dá a tender, já tinha comportamentos e excessos a não sentir remorso. Um pedido de alguém pra te tirar o que te define como pessoa, pode ser tão pior quanto um pedido pra tirar a própria vida.
O que eu vi nesse filme foi simplesmente o desfecho óbvio de um ser humano que parecia cansado da vida que levava, cansado do comportamento das pessoas, cansado de hipocrisia e mergulhado em pensamentos soturnos 24/7. Ele sentia medo, tremeu nas bases ao ver seu grupo sendo massacrado, literalmente congelou. Ele entendia a importância das coisas pras pessoas, e cansou de ignorar o que era importante pra ele, isso fica claro quando fala sobre castidade com a Ohama. Nada deve ser mais humilhante pra alguém que pedir pra que você VOLUNTARIAMENTE deixe de ser o que te destaca como valoroso pra você e pra sociedade em que você vive, repito.
Não precisava ter matado o velho, não precisa ter abusado da mulher, não precisava ter se tornado um mercenário, concordo absolutamente, há maneiras e maneiras de se resolver problemas. Mas a forma de vida "simples" que a obra tenta nos mostrar entre a paixonite dos personagens da Omatsu e o Hyoma, onde uma mulher nova pode convidar um estranho bondoso, simpático e respeitador para entrar em sua casa pra se abrigar da chuva, simplesmente não existem e talvez nunca existiram pra pessoas como Ryunosuke.
Ser chamado de "marginal" pela Ohama foi algo que incomodou ele demais, mesmo diante de todas as maluquices que ele via e viu na vida, porque normalmente a verdade é o que incomoda a gente, principalmente a verdade que não queremos aceitar, como ele ter deixado de ser um espadachim renomado e respeitado, pra se reduzir ao que é mostrado no final do filme, um bruto, um marginal, bêbado e alucinando, sem prestígio, sem futuro e literalmente sem um final definido.
Vamos lembrar, que o cotidiano dele era viver com a mulher do oponente que matou, que ao mesmo tempo que lhe cobrava proteção e zelo pra ela e pra criança, também o culpava pela morte do seu ex-marido e provavelmente pelo abuso. Em alguns momentos ele parece se preocupar com o bem estar do bebê, em outros parece que nem está ali quando mergulha no sakê. As figuras próximas só o querem e o usam como arma, nos inúmeros pedidos pra que ele use o "estilo silencioso" para dar fim a outros líderes. Será que dava realmente pra esperar desfecho diferente daquele final? haha
O filme ter acabado do nada de forma proposital pra ter continuações pra mim ficou perfeito, mesmo sendo um único filme! Lembramos do velhinho no início que rezava pra Budha pra ter um fim logo, algo pacífico pra trazer paz pra ele e oportunidades pra neta. Pra gente como Ryunosuke, os "marginais", nem a paz no fim é coisa certa, o inferno é constante.
Minha conclusão final pra esse filme é: nem tudo é preto no branco.
É bem legal pra quem é apaixonado por 40k, uma vez que faltam materiais oficias da Games Workshop que tragam entretenimento além dos games, no entanto a animação envelheceu estupidamente mal por ser bem abaixo da média pra 2010.
Sou suspeito pra dar minha opinião, pois sou simplesmente apaixonado por história medieval desde a infância, mas posso trazer algumas opiniões técnicas e de contexto quanto a obra.
Primeiramente a começar pela questão histórica. Algumas pessoas reclamam que não está perfeitamente acurado historicamente, mas cabe lembrar que isso é um "remake de uma romantização" do Shakespeare, que também não me pareceu ter intuito de copiar exatamente a obra original. Os fatos não aconteceram exatamente da forma em que é mostrado no filme, nem com todos os mesmos personagens, nem muito menos pela mesma motivação ( rei bonzinho? (: ). A figura de Henry V é mais do que manjada, e romantizada positivamente nas histórias medievais, já que esse período da guerra dos 100 anos foi o que mais rendeu material histórico e midiático para que a cultura medieval se popularizasse como entretenimento, e também como fonte de curiosidade como conhecemos hoje.
Outra coisa que deixou muita gente decepcionada: a velocidade com que as coisas acontecem. Eu particularmente não fiquei incomodado, e provavelmente por me encantar facilmente com a riqueza de acontecimentos da época, talvez nem tenha visto o tempo passar. Outros filmes bem conceituados como "The Irish" e "US" por exemplo, foram extremamente penosos pra mim, seja pela falta de interesse na história ou pela longa duração sem apresentar nada que me cativasse. Sobre "The King", posso dizer que cenas como a relação política da época entre nobreza x nobreza, nobreza x igreja, e nobreza x povo, me pareceram bastante sólidas e importantes para a construção do cenário e motivação do que ocorria ali. Particularmente não acredito que toda obra tenha que ser puramente guerra (alá Kindom of Heaven / Brave Heart) ou plots sinistros (alá Game of Thrones, entre outros), porque pouco me parece que a realidade em que estamos inseridos sejam só essas coisas o tempo inteiro.
Uma das "cenas lentas" mais interessantes que gostei nesse filme, foram os trabucos fazendo o cerco. Uma coisa que no início parece épica, "uau, vai cair a p*rra toda agora!", mas que rapidamente se transforma numa coisa penosa e cansativa quando é mostrada a passagem de tempo. É algo que durava dia e noite, semanas, meses, nada empolgante pras pessoas que tão se matando pra fazer uma geringonça daquela operar. E logo há o diálogo da tenda sobre a "definição de cerco", e aquilo parece MUITO conversar com o espectador ávido por ação e batalha, eu ri muito! - "Vamos ficar aqui por dias, logo a galera vai ficar com fome, doente, e a gente nem sabe quanto eles podem aguentar lá dentro..." - "Essa é a definição de cerco." HAHAHA
Adoro quando filmes quebram expectativas de terem que ser sempre coisas épicas ou Marvelísticas, mas não tenho como descrever a maravilha que a batalha da Agincourt foi retratada nesse filme. "Podia ter mais arco inglês?", podia, e quem lê Cornwell (novamente - coisa romantizada) deve ter ficado puto(a). Minha única crítica é que eu queria ver aquilo pra sempre e fiquei triste quando acabou HAHA. As sensações de demofobia, sujeira, asfixia, exaustão, caos e instinto primal de sobrevivência foram muito bem representadas. Não é somente "briga justa" que estamos acostumados a ver: espada x espada, espadinha bate no escudinho, o amiguinho que vem passando salva alguém bem na hora, ufa! Tem espada, pau, pedra, punhalada a torto e a direito, porrada na mão seca, asfixia por lama, empurra empurra do c*ralho que ninguém sai do lugar pra não dar espaço pro outro fincar uma lança no bucho. Pode não ter agradado a todos, nem historicamente acurado, mas não deixou de ser menos do que fantástica!
Esse é o review de alguém que viu o filme e é apaixonado pelos acontecimentos da época. Não tentei invalidar a crítica das demais pessoas, pois são bem fundamentadas e também vejo espaço para melhorias, mas entendi que de alguma forma a proposta do filme pode ter sido um pouco diferente de coisas que já vimos, e como eu sempre digo: a posposta da arte é surpreender. :)
Como bem apontado por alguns, esse filme mal pode ser considerado "horror" ficcional, se não uma crítica super válida sobre a operação e lavagem cerebral que a instituição católica fazia em pessoas sem a menor instrução, e tristemente, que diversas instituições cristãs ainda continuam fazendo.
O filme me deixou mais desconfortável pelos supostos abusos físicos e psicológicos que as pessoas sofreram, do que exatamente pelas ditas imagens "heréticas" de esfrega-esfrega com estátua de Jesus e tudo mais. A manipulação política é de longe mais assustadora do que qualquer possessão demoníaca, essa mensagem foi passada muito bem.
Vejo que o povo pega muito pesado nas críticas. Como muitos já disseram, não dá pra comparar com outros títulos de terror do gênero, e nem sei se a proposta de quem fez era ser tão bom quanto eles. O filme não tem nada demais em questões técnicas (pra quem espera ver atuação de Hollywood vai se desapontar), mas vi ele totalmente sem expectativas e só para passar o tempo, o resultado me surpreendeu.
Apesar do assunto ser bem discutido, e inclusive bastante atual, eu particularmente comprei a ideia de "inocência forçada" das meninas que muitas pessoas não gostaram. Essas personagens tem praticamente a idade que eu tinha na época, e eu me lembro bem de perambular na rua em uns lugares estranhos e em horários estranhos, e também me recordo bem de ver meninas da minha idade fazendo o mesmo. Não é tão óbvio assim um risco de segurança quando você é adolescente e quer se provar pras pessoas, principalmente seus pais, que é capaz de fazer as melhores escolhas pra si mesmo, escolhas melhores do que as que fizeram pra você. A época onde achamos que sabemos de tudo, e não sabemos de nada.
Pra mim é um filme nota 3, e acho merecido dar mais meia estrela pelo fucking susto que tomei quando abriram a porra do barril! Eu sabia que tinha algo ali, é mostrado várias vezes aquele barril, mas eu tava esperando que teria mais cenas de gore antes de dar fim na Amy, ou mostrar o destino da Megan. A coisa me pegou tão desprevenido que tomei um choque (literalmente uma descarga elétrica) sozinho parado aqui! Gosto >:) haha
Sempre gostei dos filmes nacionais de drama, mas geralmente esse drama já é sobre a vida do brasileiro. Esse filme, "tarantino like" ou "nordestern" como as pessoas estão falando, consegue não só trazer uma trama diferente, que embora dramática ainda sim é engrandecedora.
Desde o início você fica intrigado com a questão das pílulas, a cidade não estar no mapa, e uma sensação que apesar de tudo ser muito pacífico, humilde, "povão", as coisas funcionam estranhamente muito bem organizadas. Quando deram ênfase no museu, dá pra ficar mais encucado ainda. Essas coisas tornaram o filme bom pra mim, pois quase tudo hollywoodiano é previsível, formulado, ou trata da exaltação de culturas que não a nossa, coisas que esse filme aparentemente passa longe.
O mais interessante de tudo é o retrato do todo: Um povo humilde, pacífico, e até acomodado em certo ponto. Um ancião falando que a cidade "já exportou" médicos, cientistas, professores e engenheiros para o mundo todo. As promessas e o "pão e circo" que prefeito oferece (representando quase uma visão das ações d'O Governo Público), são claramente vistas como ilusões e não são aceitas. A cidade é cercada por restos de carros de polícia enferrujados e baleados, dando a entender que qualquer resolução através da força não será aceita de forma tranquila. A mensagem é tão clara que até me parece uma visão do que o Brasil é ou gostaria de ser.
E ainda há o plus do bando de americanos agindo de forma bélica e apropriadora (tal qual como o mundo vê essa cultura), sendo dominados por quem aparentemente já lidou com coisa pior no passado - opressão e corrupção vindas de dentro.
Acredito que o rage que as pessoas estão tendo é um pouco além, porém é "justificável".
Na minha opinião foi um filme "bem OK". O problema é o tanto que a Disney investiu em merchandising e lucrou com diversos produtos em cima da marca durante todo esse tempo. Considerando isso, um filme "bem OK" infelizmente não é aceitável para a maioria das pessoas, e com razão.
Gostei do carinho em alguns detalhes: - O desenvolvimento da relação do Finn e do Paul. A forma como se tratam e a confiança no modo de se portar que ambos têm. - A aliança se erguendo novamente do meio da floresta pra ir porrar star destroyer com meia dúzia de gente, e o desespero no rádio de gente morrendo na hora do "não vai dar não". - Naves, batalhas espaciais, e perseguições com jump speed. Sim, isso ainda é Star Wars, e poucas obras fazem isso tão bem. - Trilha sonora. Apesar de ter sido pouco original em relação aos outros filmes, casou bem nos momentos em que foi colocada.
O restante, uma série de acontecimentos empurrados goela abaixo. - Rey Palpatine. Devem ter pensando em todos os Jedi que ela poderia ser descendente e em nenhum cabeira, possivelmente pela timeline. Aí pegar algo do universo expandido ou fazer ela ser filha de ninguém exigira uma criatividade que o fan service não deixaria despenderem. - Luke treinando na floresta com Leia. Uma CGI bem vagabundex que me deixou confuso pacas. Tive a impressão que os dois estavam jovens e que a Leia era muito menor que o Luke. Em que momento isso se passou? Na trilogia antiga os dois não eram do mesmo tamanho? E como um sabre é verde nessa cena e depois na mão da Rey os dois são azuis? Chupa essa Mr. M. - O beijo. Eu entendia que o bound deles era muito forte por um acontecimento anormal n'A Força, como o próprio Emperor tentou nos trazer numa cena pra lá de pirotécnica. O beijo traz uma relação de carinho e confiança que nunca existiu. - Knights of Ren. O que são? O que comem? Onde vivem? Hoje vamos acompanhar como é a vida dos cavaleiros de r... CORRE BERG veio um cara aí e matou todos numa cena só sem esforço! Um bando de zé ruela pra gerar hype. - Rey se auto-afirmar no final com uma Skywalker com fantasminha de presépio de José e Maria. Só faltou o famoso recurso de flashback que mostra todos os momentos que os fantasmas estavam escondidos nas cenas apoiando ela e você não viu. Capitão Óbvio e Mulher Fala-Sério mandaram um abraço.
Diversas pessoas dando 4 ~ 5 estrelas por: - Ter Lupita; - Ter rascunhado o conceito de "sombra" da psicologia de Jung; - Porque viram "Corra" e esperavam algo intrigante do Jordan Peele.
Não. Isso ainda é cinema, e ainda prezo pelos minutos que passo imóvel frente a uma tela esperando ser surpreendido, ou despertado pra emoções únicas, abrir meus pensamentos e sentimentos a novas visões com base na criatividade e esmero de outras pessoas que se dedicam à arte, e fazem um bom trabalho no que fazem.
O que vi foi uma mitologia nonsense, explicada por enredo mais nonsense e cagado ainda. Vide "nós somos os Amarrados, esquecidos por Deus e... OPS A FALSA É A REAL GENTE ELA NÃO SABIA FALAR DIREITO MESMO FALANDO QUANDO ERA UMA CRIANÇA PORQUE O ROTEIRO É BOM DEMAIS GENTE LUPITA "CORRA!" JUNG RSRSRSRS AMO FILMAÇO".
O pai da família, após quase ser morto, perder a família, e estar vivenciando um esquema totalmente bizarro que foge sua realidade, faz uma piada com "Esqueceram de Mim" no meio dos cadáveres dos amigos dele. Me deu um tom tão sério, horripilante, de "terror psicológico", altas analogias com Jung, sombra, arquétipos e grandes obras do cinema quanto aqueles filmes muito bons também que os Trapalhões faziam. A sensação de horror, suspense, e genialismo desse filme foi tão verídica quanto a sensação de violência que eu sentia quando o Didi quebrava uma cadeira de plástico 3x em looping nas costas de alguém.
O final parece ser tirado daqueles curtas de terror que têm no Youtube de 5 minutos. O clássico do menino que fala pra mãe que tem algo debaixo da cama, e quando ela olha de baixo da cama um outro menino fala "aquele não sou eu, mãe". Era bem legal e assustador quando surgiu, uns 10 anos atrás.
Eu não ligo de ver um filme que não se leva a sério, que não liga pra minha imersão, que não liga em apresentar um enredo sincero e compreensível pra quem tá vendo, mas não me venham justificar notas altas em um filme só por quem está nele, ou pelo filme que veio antes do mesmo diretor, ou sei lá que relação maluca fizeram com Carl Gustav Jung, que além de tudo era um puta ocultista e iria dar uma risada com essa porcaria de conceito de sombra que "genialmente" apresentaram nesse filme.
Não é questão de que todos têm que gostar ou amar a mesma coisa, nem serem convencidos a tal. Não há "certo ou errado" em gosto pessoal, mas coerência é bom senso, e pelo o que falam desse filme passou longe dos dois.
Justifico as estrelas que dei por esse filme ter os atores que têm, e minha impressão final não ter sido culpa de atuações, e sim pela minha expectativa. E as que não dei?
- Roteiro fraquíssimo: Matar os três personagens que foram construídos com toda uma aura de mistério e complexidade nos outros dois filmes, só pra mostrar que existe uma organização secreta anti-herói "pró-balance", e que de fato os heróis existem? Sério.
- Relação entre personagens sem NENHUM sentido. Os 3 familiares/amigos dos principais, se unem de mãos dadas em uma comemoração em prol da realização final do Glass. Não há rixas entre eles pela relação que os falecidos tinham entre si, não há lógica nas ações deles até em relação aos próprios parentes/amigos. Eu particularmente não senti nem um pingo de afeto ou desespero desses personagens quanto alguém que perdeu um ente querido (ou pessoa que mudou sua vida de forma extraordinária como no caso da Casey). Os personagens parecem meio dormentes quanto a própria natureza dos sentimentos humanos, coisa que o Shyamalan gosta tanto de explorar de formas criativas em outros filmes.
- Como podemos ver, temos claramente um novo filme sobre "The Beast", já que tudo o que é movimentado nesse filme é por causa dele, tem foco nele. O nome do filme deveria ser outro. Mas triste mesmo é a preguiça no roteiro pra dizer que o pai do Kevin morreu por causa do acidente provocado por Glass, em um discurso fraco de "Eu sou o mentor!". A criatividade passou longe, mas pelo menos simular enredo de algumas histórias em quadrinhos medíocres eles conseguiram.
- Reviravoltas e porradarias que te prendem, você fica empolgado(a) esperando que aconteça alguma coisa extremamente cabeçuda que te arraste mais fundo pra relação entre esses personagens, que no fim resultam no máximo em m*rda nenhuma.
- Alusões sobre quadrinhos jogadas no roteiro como se quem tivesse assistindo fosse burro demais pra entender e achar maravilhoso, mas que no final, só não fazem nenhum sentido mesmo.
Pros que dizem que quem não gostou é porque esperava filme da Marvel, esquecem que o hype desse filme foi bastante atrelado às outras obras "cabeçudas" desse diretor, onde fatores como complexidade de personalidade dos personagens e incerteza entre o real, psicológico e sobrenatural imperavam.
No final das contas, o que recebi foi um roteiro de Marvel mesmo, triste.
Analisando somente com ênfase técnica, certamente o roteiro/personagens/atuações não foram lá grandes coisas, não supera alguns outros filmes da franquia, e nem chega muito próximo de qualquer fator que sugira uma indicação à alguma coisa. Mas emocionalmente falando, e aqui volto a dizer que essa pra mim é a régua de qualidade mais gritante de todo filme como ponto artístico (causador de emoções):
Arrepios na ALMA só de ouvir a música novamente junto com o foco da câmera nas costas do Michael. Quando o "bicho" está solto, você sorri de canto de levinho involuntariamente, e não dá pra resistir.
Ver ele solto numa calçada cheia de crianças rindo, e imediatamente assassinando no random mode ligado. Você pensa: "f*deu, mas eu quero é que f*da mais! Me vê mais 30 min de mortes aleatórias com diferentes utensílios domésticos, por favor!".
Se é uma coisa que essa série de filmes consegue proporcionar aos fãs, é esse prazer muito louco e sádico de ver o Myers fazendo o que ele faz de melhor, e periodicamente nos questionarmos realmente o que diabos se passa na cabeça dele, e se de fato se passa alguma coisa.
Não vou comentar muito sobre a Laurie, extremamente traumatizada e preparada, pois isso dispensa comentários. Simplesmente fechou a personagem dela como deveria ser: uma véia louca, traumatizada, alcoólatra, com um relacionamento familiar em ruínas, e indubitavelmente f*da pra c*ralho na tactical shotgun!
Minha única tristeza com esse filme, é não ter visto numa telona de uma sessão vazia de cinema, batendo os pés no chão de ansiedade quando essa máscara bizarra do Captain Kirk aparece na cena. <3
AH, e procurem por "John Carpenter - The Shape Hunts Allyson" no YouTube. De nada.
Resumidamente, é fato que esse filme deixa a grande maioria de filmes de terror no chinelo, dei delay até demais pra vê-lo achando que era mais do mesmo, principalmente pelo material solto que vi na internet que só apontava um gore extremo.
Apesar do gore ser algo gritante, e de certa forma um chamariz pra quem ainda não viu o filme e capturou materiais soltos na internet como eu, pessoalmente, nem de longe isso foi o mais impactante pra mim.
Além da fucking ideia de fazer seres humanos passarem dos limites carnais pra serem "martirizados" (embora com baseamento histórico e cultural eu não concorde com o sentido em que a palavra foi usada no filme), o mais assustador é pensar que se na nossa realidade já existe o tráfico humano de forma muito organizada para diversos segmentos como prostituição, retirada de órgãos, e etc, nada nos impede de pensar que possa existir esse tipo de organização conspiratória da high society, que utiliza de pessoas publicamente insignificantes para experimentos desse tipo, como mostrado no filme. Afinal de contas, desde o início dos tempos o ser humano tenta achar respostas para o que acontece "depois", ou o que há do outro lado, e uma descoberta dessa magnitude utilizando de métodos científicos (que podem ser testados e replicados pra se chegar ao mesmo resultado), certamente iria afetar a evolução humana de uma forma jamais vista.
A fé excessiva costuma cegar as pessoas desde sempre, e no filme é claramente mostrado que os torturadores fazem aquilo com paixão, pois estão mutando seres humanos "divinizados". A dor física, emocional e psicológica tornam-se algo muito insignificante e passageiro em comparação com objetivo final da coisa.
O final do filme é meio broxante, pois o empreendimento todo desse grupo resultar em um segredo contado à uma única pessoa de forma oral, cochichando, quebra a imersão do que eles estavam tentando fazer ali. Novamente, a descoberta do que há do "outro" lado pode mudar tudo, e até quebrar e despencar o cenário político de uma civilização.
Plus, preciso relatar que nunca senti um ruim tão grande quanto a cena em que ocorre o close nos olhos da martirizada já sem a pele, rolam uns segundos de feeling trascendental com imagens do espaço/paraíso/universo, e quando o close volta, DO NADA sobe gradativamente um grito com a voz da menina e corta a cena. Essa cena rapidinha, quase lá pro final, me deu vontade de vomitar, uma pontada forte na cabeça, e um gelo ferrado no coração. É inesperado pra caralho, não é um jumpscare, e nessa parte do filme a gente nem sequer lembra mais de que aquilo ali era um ser humano, uma garota problemática default, é um feeling sufocador de "confinamento monstruoso dentro de si mesmo que jamais vou conseguir sair ou voltar a ser o que era".
Na minha opinião, filmes bons são feitos pensando em como uma forma de arte visual pode causar emoções nas pessoas. Esse conseguiu ir além de jumpscare (abraço, James Wan) e da angústia padrão gerada pelos filmes de terror, afinal de contas, até onde vai a ambição e os limites humanos para catalogar cientificamente a existência de "alma"?
Apesar de alguns fatores como a cagada imensa do diretor com a escolha do Paimon (que não é um digimon do inferno) em cima da hora com o roteiro quase finalizado pra ser o Canhoto himself, e uma evidente vibezinha velada de filme clichê de possessão, devo dizer que essa moça Toni Collete, e os demais atores salvaram o fodendo filme inteiro.
Além da fotografia, câmeras e sonoplastia ("tloc") serem sensacionais, a atuação desses caras deixou praticamente o enredo (cagado) bem suportável. A família em decadência com uma mãe "hereditariamente" maluca¹, um pai passivo e impotente, uma criança problemática e esquisita criada pela avó maluca², e um adolescente aparentemente normal tirado pra cobaia da loucura toda, são os fatores que fazem esse filme valer apena e poder ser assistido novamente. Desde a discussão na mesa seguida de um silêncio estarrecedor, o pânico e suador sinistro do garoto ao fazer parte de um acontecimento traumático que fugiu ao seu controle, até a gritaria de dor e angústia da Collete quando encontra o corpo da filha no carro. Essas coisas incomodam muito, incomodam pois transmitem sentimentos reais. Quem vivenciou a perda de alguém querido ou de fato experienciou a convivência em uma família em ruínas, só não fica ruim com esse filme se já estiver morto por dentro.
Ao contrário de A Dark Song (já comentei aqui), que uma grande maioria não gostou do excelente final por não possuírem um mínimo ponto de vista dos paradigmas do ocultismo, Hereditary DEFECOU inteiramente o seu final e espalhou a merda cagada junto com Nutella, pra tirar nossa dignidade. Essa demonização random que o cinema faz tirando coisas da Goetia e outras vertentes pra empurrar goela abaixo como algo que foi "estudado" pelo roteirista, me deixa bastante triste.
No restante, amei o filme. #BeijosDeLuzQueDeusTeElimine
Apesar dos supracitados takes longos e estranhos terem incomodado bastante a mim e à maioria, principalmente no início do filme, após passado um certo tempo fica nítido que esses takes estão ali por um determinado motivo, já que a mensagem permeia essa relação de tempo, existência, e solidão.
Eu particularmente achei o filme interessante, e inovador pelo meio de transmitir a mensagem. Dá um "ruim" ver "aquilo" parado, fitando a passagem do tempo em um piscar de olhos, sendo ele mesmo uma parte permanente do novo e desconhecido, uma parte velha, esquecida e quase oca, em busca de algo que em dado momento ele mesmo já não se sabe mais o quê.
Apesar de ter gostado do filme, achei que algumas cenas parecem ter sido feitas com um pouco de preguiça, como a cena onde a casa está cheia de junkies e o cara dá aquele discurso pra "tentar" dar um ar poético da história com a música/existência. Fica meio "whatever", já que existiam outras milhares de formas de fazer essa relação, como a utilização do próprio piano milenar oculto que "já veio na casa". Não é uma crítica que inutiliza o filme, mas você nota que algo podia ser melhor.
Para finalizar: Nem assistindo The Conjuring pastelão tomei uma porrada tão forte de um jumpscare quanto aquelas DUAS FODENDO ESCAVADEIRAS demolindo a casa do nada. Obrigado.
Esse é mais um excelente filme de nicho que discorre sobre um tema muito respeitado e visado dentro do ocultismo. Infelizmente assim como filmes como The Witch, foi extremamente mal interpretado pelas pessoas que buscam assistir filmes de terror super comerciais, cheios de abobrinhas, e sem fundamentação nenhuma. Pessoas que simplesmente costumam ter o hábito de ir pro cinema em galera pra zuar, dar risada, e sentir "medinho".
Para os que possuem o mínimo de conhecimento sobre a obra de Abramelin, o contato com o Sagrado Anjo Guardião, é quase impossível não se emocionar pelo andamento do filme todo, e principalmente pelo tão criticado final.
Acompanhamos a passagem extremamente espinhosa da personagem principal, que é uma não-iniciada, pelas ordálias na provação da sua própria Vontade. Algo que me agradou bastante, foi a figura do mago: real, cauteloso, rude, amargo e humano, que critica, vai além dos conhecimentos batidos de internet sobre Cabala, e que finalmente representa em tela algo que foge dos esteriótipos de mago de Harry Potter e cia (apesar de obviamente serem obras com públicos e objetivos diferentes). Esse é o tal magão da porra mesmo. A combinação desses dois personagens foi excelente, e é impressionante um filme tão bom ser composto por somente dois atores, que proporcionaram a medida certa de tensão e de conteúdo valioso pra nós espectadores.
Pra quem achou que o final foi meio bosta e ficou insatisfeito com a troca repentina da vingança implacável pela redenção incondicional da personagem principal, sugiro, se for de interesse, o estudo mínimo de algumas práticas e rituais mágic(k)os dos diversos paradigmas hoje usados dentro do ocultismo, que nem de perto se assemelham ou representam a maioria das bullshits e pastelices que vemos na maioria dos filmes de terror, geralmente descaracterizando totalmente esses temas só pra vender palhaçada e pro Silvio Santos fazer pegadinha.
Além de ser uma obra prima da desgracença alheia, trata-se de uma obra que além de nos fazer viajar, faz repensar sobre um bocado de porcarias que estão aí e ignoramos, ou até mesmo que damos importância demais à besteiras se comparados a outros dramas. Amo.
Sorria
3.1 845 Assista AgoraO que se pode dizer: Nem bom, nem ruim, é um filme.
No final a mãe dela vira o chupa c# de Goianinha e chupa o c# dela.
Sério, que monstrinho terrível esse do final, parece que saiu de joguinho de terror.
Mortal Kombat
2.7 1,0K Assista AgoraNão há muito como discordar da opinião da maioria das pessoas nesse filme.
Em resumo (bem resumido):
Pontos positivos:
- O início do filme é muito bonito. A caracterização do Bi-han e do Hanzo, a fotografia no geral, tudo passa a impressão que a treta ali vai ser forte e bem embasada. (até o Raiden chegar e pegar a criança do assoalho, que aí já começam os "ué? eu não lembrava dessa lore no jogo. Cadê o Quan-chi?")
- Fanservice: fatalities, frases de efeito dos jogos, caracterização dos personagens no geral, e principalmente violência e gore que foram as características que firmaram o mercado pra Midway em 80/90.
- Particularmente gostei muito da relevância que deram pro Kung-Lao. Minha impressão é que ele é sempre meio "secundário" quando se fala dos shaolin monks, mas no filme deu a impressão de ele ser a pessoa mais forte daquele local. A entrada dele vindo no teleport do chão e tocando o terror foi uma das coisas que eu mais gostei, até mais que a do Scorpion que era pra ser o "grand finale", mas eu já não me importava mais com o que ía acontecer.
Pontos negativos:
- Personagem principal vindo dos confins do WTF. Fiquei me perguntando se ele fazia parte de algum spinoff de MK, alguma HQ, animação underground, mas já suspeitava que provavelmente era decisão merda de executivo da produtora. Eu fiquei achando que em algum momento esse cara iria morrer pra passar a "marca" pra Sônia, a única coisa que faria sentido.
- Enredo maluco, descarte de personagens estranho. Ritmo do filme parece correr pra mostrar algo que não se sabe na verdade o quê (o torneio? uma luta final? mais personagens?), o que vai no "meio" tem pouco cuidado, e o final derradeiro não justifica nada do que se vê antes.
- Não sei se isso é só comigo, mas me incomoda DEMAIS essa humanização forçada que tentam colocar no Scorpion. Hanzo em vida é uma coisa, a encarnação de um espírito de vingança é outra. Em vida se preocupava com o clã, Shirai Ryu, com a família. Na morte só se preocupava com vingança, com punição, e toda a treta entre ele e o último Sub-zero, Kuai Liang, se dá por essa falta de julgamento moral, falta de empatia "humana". Colocar o Scorpion no final pra dizer "For Shirai Ryu" e ainda lutando em dupla, pedindo pra salvar a linhagem, é até um crime com o personagem. :(
Em contra partida, o Bi-han está bem coerente com a lore dele. Assassino a sangue frio, tá nem aí pra p* nenhuma, tudo o que mais tarde culmina no Noob Saibot (meu personagem favorito s2). Mas acho que esse povo nem estava ligando pra isso né? #dorgas
Filme pra ver provavelmente bêbado em galera, como algumas pessoas colocaram. Feliz por ter mais representatividade gamer no cinema. Triste pela falta de zelo e a preguiça em mostrar algo bem elaborado.
A Espada da Maldição
4.2 35Filme lindo demais! Concordo demais com quem disse que cada cena parece uma obra de arte que colocaram movimento!
Sem comentar muito mais do mesmo sobre a supracitada e monstruosa atuação do Nakadai, que ao menos pra mim levou o filme tranquilamente e prendeu meu interesse demais pra conhecer mais sobre as motivações do personagem, eu tive uma impressão um pouco diferente sobre o Ryunosuke, e é dele que gostaria de falar melhor aqui.
(Textão alert com força rs)
O óbvio seria vê-lo como uma persona que emana tudo aquilo de repugnante no ser humano, isso é o óbvio, o cara mata um velho de graça no começo do filme, abusa de uma mulher pra forçar um "trato" que nem cumpriu depois, mas ainda é uma análise bem superficial.
Em um período de guerra constante, onde a violência e servidão são incitadas e encorajadas como forma de respeito (leia-se "honra"), no começo do filme esse respeito já é meio condicionado a um pedido "meio torto" e estranho.
A pedido do próprio mestre (possível figura paterna de maior relevância, já que o pai biológico ficou doente em casa antes de Ryunosuke sair da terra natal, e pelo o que é dito, não era lá uma figura muito carinhosa), vimos alguém querendo que ele se submeta a deixar de lado as habilidades em algo que o destaca como excepcional, e provavelmente o que deu sentido na vida e interesse das pessoas nele, em troca de pura tradição e politicagem, pra que outro(s) ganhem prestígio, ascendam ao poder, mantenham uma suposta "ordem", que na verdade não existe. Isso pode ser interpretado como "tradição", "favoritismo", ou simplesmente o mestre querendo consertar um dos maiores erros que cometeu ao treinar uma pessoa que possuía um julgamento de valor a vida diferente do seu.
Obviamente o período era sim formado e bem conhecido pela tradição, politicagem, talvez uma das culturas mais conhecidas por isso, mas será que não é muito preguiçoso da nossa parte assumir que todos que viveram isso, de fato concordavam com isso? Pedir pra se "apagar" é algo muito sério, ainda mais pra um pessoa que ao que dá a tender, já tinha comportamentos e excessos a não sentir remorso. Um pedido de alguém pra te tirar o que te define como pessoa, pode ser tão pior quanto um pedido pra tirar a própria vida.
O que eu vi nesse filme foi simplesmente o desfecho óbvio de um ser humano que parecia cansado da vida que levava, cansado do comportamento das pessoas, cansado de hipocrisia e mergulhado em pensamentos soturnos 24/7. Ele sentia medo, tremeu nas bases ao ver seu grupo sendo massacrado, literalmente congelou. Ele entendia a importância das coisas pras pessoas, e cansou de ignorar o que era importante pra ele, isso fica claro quando fala sobre castidade com a Ohama. Nada deve ser mais humilhante pra alguém que pedir pra que você VOLUNTARIAMENTE deixe de ser o que te destaca como valoroso pra você e pra sociedade em que você vive, repito.
Não precisava ter matado o velho, não precisa ter abusado da mulher, não precisava ter se tornado um mercenário, concordo absolutamente, há maneiras e maneiras de se resolver problemas. Mas a forma de vida "simples" que a obra tenta nos mostrar entre a paixonite dos personagens da Omatsu e o Hyoma, onde uma mulher nova pode convidar um estranho bondoso, simpático e respeitador para entrar em sua casa pra se abrigar da chuva, simplesmente não existem e talvez nunca existiram pra pessoas como Ryunosuke.
Ser chamado de "marginal" pela Ohama foi algo que incomodou ele demais, mesmo diante de todas as maluquices que ele via e viu na vida, porque normalmente a verdade é o que incomoda a gente, principalmente a verdade que não queremos aceitar, como ele ter deixado de ser um espadachim renomado e respeitado, pra se reduzir ao que é mostrado no final do filme, um bruto, um marginal, bêbado e alucinando, sem prestígio, sem futuro e literalmente sem um final definido.
Vamos lembrar, que o cotidiano dele era viver com a mulher do oponente que matou, que ao mesmo tempo que lhe cobrava proteção e zelo pra ela e pra criança, também o culpava pela morte do seu ex-marido e provavelmente pelo abuso. Em alguns momentos ele parece se preocupar com o bem estar do bebê, em outros parece que nem está ali quando mergulha no sakê. As figuras próximas só o querem e o usam como arma, nos inúmeros pedidos pra que ele use o "estilo silencioso" para dar fim a outros líderes. Será que dava realmente pra esperar desfecho diferente daquele final? haha
O filme ter acabado do nada de forma proposital pra ter continuações pra mim ficou perfeito, mesmo sendo um único filme! Lembramos do velhinho no início que rezava pra Budha pra ter um fim logo, algo pacífico pra trazer paz pra ele e oportunidades pra neta. Pra gente como Ryunosuke, os "marginais", nem a paz no fim é coisa certa, o inferno é constante.
Minha conclusão final pra esse filme é: nem tudo é preto no branco.
Ultramarines: A Warhammer 40,000 Movie
3.0 13É bem legal pra quem é apaixonado por 40k, uma vez que faltam materiais oficias da Games Workshop que tragam entretenimento além dos games, no entanto a animação envelheceu estupidamente mal por ser bem abaixo da média pra 2010.
O Rei
3.6 404Sou suspeito pra dar minha opinião, pois sou simplesmente apaixonado por história medieval desde a infância, mas posso trazer algumas opiniões técnicas e de contexto quanto a obra.
Warning: textão incoming.
Primeiramente a começar pela questão histórica. Algumas pessoas reclamam que não está perfeitamente acurado historicamente, mas cabe lembrar que isso é um "remake de uma romantização" do Shakespeare, que também não me pareceu ter intuito de copiar exatamente a obra original. Os fatos não aconteceram exatamente da forma em que é mostrado no filme, nem com todos os mesmos personagens, nem muito menos pela mesma motivação ( rei bonzinho? (: ). A figura de Henry V é mais do que manjada, e romantizada positivamente nas histórias medievais, já que esse período da guerra dos 100 anos foi o que mais rendeu material histórico e midiático para que a cultura medieval se popularizasse como entretenimento, e também como fonte de curiosidade como conhecemos hoje.
Outra coisa que deixou muita gente decepcionada: a velocidade com que as coisas acontecem. Eu particularmente não fiquei incomodado, e provavelmente por me encantar facilmente com a riqueza de acontecimentos da época, talvez nem tenha visto o tempo passar. Outros filmes bem conceituados como "The Irish" e "US" por exemplo, foram extremamente penosos pra mim, seja pela falta de interesse na história ou pela longa duração sem apresentar nada que me cativasse. Sobre "The King", posso dizer que cenas como a relação política da época entre nobreza x nobreza, nobreza x igreja, e nobreza x povo, me pareceram bastante sólidas e importantes para a construção do cenário e motivação do que ocorria ali. Particularmente não acredito que toda obra tenha que ser puramente guerra (alá Kindom of Heaven / Brave Heart) ou plots sinistros (alá Game of Thrones, entre outros), porque pouco me parece que a realidade em que estamos inseridos sejam só essas coisas o tempo inteiro.
Uma das "cenas lentas" mais interessantes que gostei nesse filme, foram os trabucos fazendo o cerco. Uma coisa que no início parece épica, "uau, vai cair a p*rra toda agora!", mas que rapidamente se transforma numa coisa penosa e cansativa quando é mostrada a passagem de tempo. É algo que durava dia e noite, semanas, meses, nada empolgante pras pessoas que tão se matando pra fazer uma geringonça daquela operar.
E logo há o diálogo da tenda sobre a "definição de cerco", e aquilo parece MUITO conversar com o espectador ávido por ação e batalha, eu ri muito!
- "Vamos ficar aqui por dias, logo a galera vai ficar com fome, doente, e a gente nem sabe quanto eles podem aguentar lá dentro..."
- "Essa é a definição de cerco." HAHAHA
Adoro quando filmes quebram expectativas de terem que ser sempre coisas épicas ou Marvelísticas, mas não tenho como descrever a maravilha que a batalha da Agincourt foi retratada nesse filme. "Podia ter mais arco inglês?", podia, e quem lê Cornwell (novamente - coisa romantizada) deve ter ficado puto(a).
Minha única crítica é que eu queria ver aquilo pra sempre e fiquei triste quando acabou HAHA. As sensações de demofobia, sujeira, asfixia, exaustão, caos e instinto primal de sobrevivência foram muito bem representadas. Não é somente "briga justa" que estamos acostumados a ver: espada x espada, espadinha bate no escudinho, o amiguinho que vem passando salva alguém bem na hora, ufa!
Tem espada, pau, pedra, punhalada a torto e a direito, porrada na mão seca, asfixia por lama, empurra empurra do c*ralho que ninguém sai do lugar pra não dar espaço pro outro fincar uma lança no bucho. Pode não ter agradado a todos, nem historicamente acurado, mas não deixou de ser menos do que fantástica!
Esse é o review de alguém que viu o filme e é apaixonado pelos acontecimentos da época. Não tentei invalidar a crítica das demais pessoas, pois são bem fundamentadas e também vejo espaço para melhorias, mas entendi que de alguma forma a proposta do filme pode ter sido um pouco diferente de coisas que já vimos, e como eu sempre digo: a posposta da arte é surpreender. :)
Os Demônios
3.9 153Como bem apontado por alguns, esse filme mal pode ser considerado "horror" ficcional, se não uma crítica super válida sobre a operação e lavagem cerebral que a instituição católica fazia em pessoas sem a menor instrução, e tristemente, que diversas instituições cristãs ainda continuam fazendo.
O filme me deixou mais desconfortável pelos supostos abusos físicos e psicológicos que as pessoas sofreram, do que exatamente pelas ditas imagens "heréticas" de esfrega-esfrega com estátua de Jesus e tudo mais. A manipulação política é de longe mais assustadora do que qualquer possessão demoníaca, essa mensagem foi passada muito bem.
Megan is Missing
2.7 303Vejo que o povo pega muito pesado nas críticas. Como muitos já disseram, não dá pra comparar com outros títulos de terror do gênero, e nem sei se a proposta de quem fez era ser tão bom quanto eles. O filme não tem nada demais em questões técnicas (pra quem espera ver atuação de Hollywood vai se desapontar), mas vi ele totalmente sem expectativas e só para passar o tempo, o resultado me surpreendeu.
Apesar do assunto ser bem discutido, e inclusive bastante atual, eu particularmente comprei a ideia de "inocência forçada" das meninas que muitas pessoas não gostaram. Essas personagens tem praticamente a idade que eu tinha na época, e eu me lembro bem de perambular na rua em uns lugares estranhos e em horários estranhos, e também me recordo bem de ver meninas da minha idade fazendo o mesmo. Não é tão óbvio assim um risco de segurança quando você é adolescente e quer se provar pras pessoas, principalmente seus pais, que é capaz de fazer as melhores escolhas pra si mesmo, escolhas melhores do que as que fizeram pra você. A época onde achamos que sabemos de tudo, e não sabemos de nada.
Pra mim é um filme nota 3, e acho merecido dar mais meia estrela pelo fucking susto que tomei quando abriram a porra do barril!
Eu sabia que tinha algo ali, é mostrado várias vezes aquele barril, mas eu tava esperando que teria mais cenas de gore antes de dar fim na Amy, ou mostrar o destino da Megan.
A coisa me pegou tão desprevenido que tomei um choque (literalmente uma descarga elétrica) sozinho parado aqui! Gosto >:) haha
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraAo meu ver, seja lá qual foi a missão desse filme, conseguiu cumprir.
Sempre gostei dos filmes nacionais de drama, mas geralmente esse drama já é sobre a vida do brasileiro. Esse filme, "tarantino like" ou "nordestern" como as pessoas estão falando, consegue não só trazer uma trama diferente, que embora dramática ainda sim é engrandecedora.
Desde o início você fica intrigado com a questão das pílulas, a cidade não estar no mapa, e uma sensação que apesar de tudo ser muito pacífico, humilde, "povão", as coisas funcionam estranhamente muito bem organizadas. Quando deram ênfase no museu, dá pra ficar mais encucado ainda. Essas coisas tornaram o filme bom pra mim, pois quase tudo hollywoodiano é previsível, formulado, ou trata da exaltação de culturas que não a nossa, coisas que esse filme aparentemente passa longe.
O mais interessante de tudo é o retrato do todo: Um povo humilde, pacífico, e até acomodado em certo ponto. Um ancião falando que a cidade "já exportou" médicos, cientistas, professores e engenheiros para o mundo todo. As promessas e o "pão e circo" que prefeito oferece (representando quase uma visão das ações d'O Governo Público), são claramente vistas como ilusões e não são aceitas. A cidade é cercada por restos de carros de polícia enferrujados e baleados, dando a entender que qualquer resolução através da força não será aceita de forma tranquila. A mensagem é tão clara que até me parece uma visão do que o Brasil é ou gostaria de ser.
E ainda há o plus do bando de americanos agindo de forma bélica e apropriadora (tal qual como o mundo vê essa cultura), sendo dominados por quem aparentemente já lidou com coisa pior no passado - opressão e corrupção vindas de dentro.
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraAcredito que o rage que as pessoas estão tendo é um pouco além, porém é "justificável".
Na minha opinião foi um filme "bem OK". O problema é o tanto que a Disney investiu em merchandising e lucrou com diversos produtos em cima da marca durante todo esse tempo. Considerando isso, um filme "bem OK" infelizmente não é aceitável para a maioria das pessoas, e com razão.
Gostei do carinho em alguns detalhes:
- O desenvolvimento da relação do Finn e do Paul. A forma como se tratam e a confiança no modo de se portar que ambos têm.
- A aliança se erguendo novamente do meio da floresta pra ir porrar star destroyer com meia dúzia de gente, e o desespero no rádio de gente morrendo na hora do "não vai dar não".
- Naves, batalhas espaciais, e perseguições com jump speed. Sim, isso ainda é Star Wars, e poucas obras fazem isso tão bem.
- Trilha sonora. Apesar de ter sido pouco original em relação aos outros filmes, casou bem nos momentos em que foi colocada.
O restante, uma série de acontecimentos empurrados goela abaixo.
- Rey Palpatine. Devem ter pensando em todos os Jedi que ela poderia ser descendente e em nenhum cabeira, possivelmente pela timeline. Aí pegar algo do universo expandido ou fazer ela ser filha de ninguém exigira uma criatividade que o fan service não deixaria despenderem.
- Luke treinando na floresta com Leia. Uma CGI bem vagabundex que me deixou confuso pacas. Tive a impressão que os dois estavam jovens e que a Leia era muito menor que o Luke. Em que momento isso se passou? Na trilogia antiga os dois não eram do mesmo tamanho? E como um sabre é verde nessa cena e depois na mão da Rey os dois são azuis? Chupa essa Mr. M.
- O beijo. Eu entendia que o bound deles era muito forte por um acontecimento anormal n'A Força, como o próprio Emperor tentou nos trazer numa cena pra lá de pirotécnica. O beijo traz uma relação de carinho e confiança que nunca existiu.
- Knights of Ren. O que são? O que comem? Onde vivem? Hoje vamos acompanhar como é a vida dos cavaleiros de r... CORRE BERG veio um cara aí e matou todos numa cena só sem esforço! Um bando de zé ruela pra gerar hype.
- Rey se auto-afirmar no final com uma Skywalker com fantasminha de presépio de José e Maria. Só faltou o famoso recurso de flashback que mostra todos os momentos que os fantasmas estavam escondidos nas cenas apoiando ela e você não viu. Capitão Óbvio e Mulher Fala-Sério mandaram um abraço.
Enfim, "bem Ok".
Nós
3.8 2,3K Assista AgoraDiversas pessoas dando 4 ~ 5 estrelas por:
- Ter Lupita;
- Ter rascunhado o conceito de "sombra" da psicologia de Jung;
- Porque viram "Corra" e esperavam algo intrigante do Jordan Peele.
Genial, não é?
Não. Isso ainda é cinema, e ainda prezo pelos minutos que passo imóvel frente a uma tela esperando ser surpreendido, ou despertado pra emoções únicas, abrir meus pensamentos e sentimentos a novas visões com base na criatividade e esmero de outras pessoas que se dedicam à arte, e fazem um bom trabalho no que fazem.
O que vi foi uma mitologia nonsense, explicada por enredo mais nonsense e cagado ainda. Vide "nós somos os Amarrados, esquecidos por Deus e... OPS A FALSA É A REAL GENTE ELA NÃO SABIA FALAR DIREITO MESMO FALANDO QUANDO ERA UMA CRIANÇA PORQUE O ROTEIRO É BOM DEMAIS GENTE LUPITA "CORRA!" JUNG RSRSRSRS AMO FILMAÇO".
O pai da família, após quase ser morto, perder a família, e estar vivenciando um esquema totalmente bizarro que foge sua realidade, faz uma piada com "Esqueceram de Mim" no meio dos cadáveres dos amigos dele. Me deu um tom tão sério, horripilante, de "terror psicológico", altas analogias com Jung, sombra, arquétipos e grandes obras do cinema quanto aqueles filmes muito bons também que os Trapalhões faziam. A sensação de horror, suspense, e genialismo desse filme foi tão verídica quanto a sensação de violência que eu sentia quando o Didi quebrava uma cadeira de plástico 3x em looping nas costas de alguém.
O final parece ser tirado daqueles curtas de terror que têm no Youtube de 5 minutos. O clássico do menino que fala pra mãe que tem algo debaixo da cama, e quando ela olha de baixo da cama um outro menino fala "aquele não sou eu, mãe". Era bem legal e assustador quando surgiu, uns 10 anos atrás.
Eu não ligo de ver um filme que não se leva a sério, que não liga pra minha imersão, que não liga em apresentar um enredo sincero e compreensível pra quem tá vendo, mas não me venham justificar notas altas em um filme só por quem está nele, ou pelo filme que veio antes do mesmo diretor, ou sei lá que relação maluca fizeram com Carl Gustav Jung, que além de tudo era um puta ocultista e iria dar uma risada com essa porcaria de conceito de sombra que "genialmente" apresentaram nesse filme.
Não é questão de que todos têm que gostar ou amar a mesma coisa, nem serem convencidos a tal. Não há "certo ou errado" em gosto pessoal, mas coerência é bom senso, e pelo o que falam desse filme passou longe dos dois.
Vidro
3.5 1,3K Assista AgoraJustifico as estrelas que dei por esse filme ter os atores que têm, e minha impressão final não ter sido culpa de atuações, e sim pela minha expectativa. E as que não dei?
- Roteiro fraquíssimo: Matar os três personagens que foram construídos com toda uma aura de mistério e complexidade nos outros dois filmes, só pra mostrar que existe uma organização secreta anti-herói "pró-balance", e que de fato os heróis existem? Sério.
- Relação entre personagens sem NENHUM sentido. Os 3 familiares/amigos dos principais, se unem de mãos dadas em uma comemoração em prol da realização final do Glass. Não há rixas entre eles pela relação que os falecidos tinham entre si, não há lógica nas ações deles até em relação aos próprios parentes/amigos. Eu particularmente não senti nem um pingo de afeto ou desespero desses personagens quanto alguém que perdeu um ente querido (ou pessoa que mudou sua vida de forma extraordinária como no caso da Casey). Os personagens parecem meio dormentes quanto a própria natureza dos sentimentos humanos, coisa que o Shyamalan gosta tanto de explorar de formas criativas em outros filmes.
- Como podemos ver, temos claramente um novo filme sobre "The Beast", já que tudo o que é movimentado nesse filme é por causa dele, tem foco nele. O nome do filme deveria ser outro. Mas triste mesmo é a preguiça no roteiro pra dizer que o pai do Kevin morreu por causa do acidente provocado por Glass, em um discurso fraco de "Eu sou o mentor!". A criatividade passou longe, mas pelo menos simular enredo de algumas histórias em quadrinhos medíocres eles conseguiram.
- Reviravoltas e porradarias que te prendem, você fica empolgado(a) esperando que aconteça alguma coisa extremamente cabeçuda que te arraste mais fundo pra relação entre esses personagens, que no fim resultam no máximo em m*rda nenhuma.
- Alusões sobre quadrinhos jogadas no roteiro como se quem tivesse assistindo fosse burro demais pra entender e achar maravilhoso, mas que no final, só não fazem nenhum sentido mesmo.
Pros que dizem que quem não gostou é porque esperava filme da Marvel, esquecem que o hype desse filme foi bastante atrelado às outras obras "cabeçudas" desse diretor, onde fatores como complexidade de personalidade dos personagens e incerteza entre o real, psicológico e sobrenatural imperavam.
No final das contas, o que recebi foi um roteiro de Marvel mesmo, triste.
Halloween
3.4 1,1KAnalisando somente com ênfase técnica, certamente o roteiro/personagens/atuações não foram lá grandes coisas, não supera alguns outros filmes da franquia, e nem chega muito próximo de qualquer fator que sugira uma indicação à alguma coisa. Mas emocionalmente falando, e aqui volto a dizer que essa pra mim é a régua de qualidade mais gritante de todo filme como ponto artístico (causador de emoções):
Arrepios na ALMA só de ouvir a música novamente junto com o foco da câmera nas costas do Michael. Quando o "bicho" está solto, você sorri de canto de levinho involuntariamente, e não dá pra resistir.
Ver ele solto numa calçada cheia de crianças rindo, e imediatamente assassinando no random mode ligado. Você pensa: "f*deu, mas eu quero é que f*da mais! Me vê mais 30 min de mortes aleatórias com diferentes utensílios domésticos, por favor!".
Se é uma coisa que essa série de filmes consegue proporcionar aos fãs, é esse prazer muito louco e sádico de ver o Myers fazendo o que ele faz de melhor, e periodicamente nos questionarmos realmente o que diabos se passa na cabeça dele, e se de fato se passa alguma coisa.
Não vou comentar muito sobre a Laurie, extremamente traumatizada e preparada, pois isso dispensa comentários. Simplesmente fechou a personagem dela como deveria ser: uma véia louca, traumatizada, alcoólatra, com um relacionamento familiar em ruínas, e indubitavelmente f*da pra c*ralho na tactical shotgun!
Minha única tristeza com esse filme, é não ter visto numa telona de uma sessão vazia de cinema, batendo os pés no chão de ansiedade quando essa máscara bizarra do Captain Kirk aparece na cena. <3
AH, e procurem por "John Carpenter - The Shape Hunts Allyson" no YouTube.
De nada.
Mártires
3.9 1,6KResumidamente, é fato que esse filme deixa a grande maioria de filmes de terror no chinelo, dei delay até demais pra vê-lo achando que era mais do mesmo, principalmente pelo material solto que vi na internet que só apontava um gore extremo.
Apesar do gore ser algo gritante, e de certa forma um chamariz pra quem ainda não viu o filme e capturou materiais soltos na internet como eu, pessoalmente, nem de longe isso foi o mais impactante pra mim.
Além da fucking ideia de fazer seres humanos passarem dos limites carnais pra serem "martirizados" (embora com baseamento histórico e cultural eu não concorde com o sentido em que a palavra foi usada no filme), o mais assustador é pensar que se na nossa realidade já existe o tráfico humano de forma muito organizada para diversos segmentos como prostituição, retirada de órgãos, e etc, nada nos impede de pensar que possa existir esse tipo de organização conspiratória da high society, que utiliza de pessoas publicamente insignificantes para experimentos desse tipo, como mostrado no filme. Afinal de contas, desde o início dos tempos o ser humano tenta achar respostas para o que acontece "depois", ou o que há do outro lado, e uma descoberta dessa magnitude utilizando de métodos científicos (que podem ser testados e replicados pra se chegar ao mesmo resultado), certamente iria afetar a evolução humana de uma forma jamais vista.
A fé excessiva costuma cegar as pessoas desde sempre, e no filme é claramente mostrado que os torturadores fazem aquilo com paixão, pois estão mutando seres humanos "divinizados". A dor física, emocional e psicológica tornam-se algo muito insignificante e passageiro em comparação com objetivo final da coisa.
O final do filme é meio broxante, pois o empreendimento todo desse grupo resultar em um segredo contado à uma única pessoa de forma oral, cochichando, quebra a imersão do que eles estavam tentando fazer ali. Novamente, a descoberta do que há do "outro" lado pode mudar tudo, e até quebrar e despencar o cenário político de uma civilização.
Plus, preciso relatar que nunca senti um ruim tão grande quanto a cena em que ocorre o close nos olhos da martirizada já sem a pele, rolam uns segundos de feeling trascendental com imagens do espaço/paraíso/universo, e quando o close volta, DO NADA sobe gradativamente um grito com a voz da menina e corta a cena. Essa cena rapidinha, quase lá pro final, me deu vontade de vomitar, uma pontada forte na cabeça, e um gelo ferrado no coração. É inesperado pra caralho, não é um jumpscare, e nessa parte do filme a gente nem sequer lembra mais de que aquilo ali era um ser humano, uma garota problemática default, é um feeling sufocador de "confinamento monstruoso dentro de si mesmo que jamais vou conseguir sair ou voltar a ser o que era".
Na minha opinião, filmes bons são feitos pensando em como uma forma de arte visual pode causar emoções nas pessoas. Esse conseguiu ir além de jumpscare (abraço, James Wan) e da angústia padrão gerada pelos filmes de terror, afinal de contas, até onde vai a ambição e os limites humanos para catalogar cientificamente a existência de "alma"?
11/10
#medinhodeverdenovo
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraDaria pra dar um copy/paste em um review de The Witch, ou A Dark Song, só que não.
Apesar de alguns fatores como a cagada imensa do diretor com a escolha do Paimon (que não é um digimon do inferno) em cima da hora com o roteiro quase finalizado pra ser o Canhoto himself, e uma evidente vibezinha velada de filme clichê de possessão, devo dizer que essa moça Toni Collete, e os demais atores salvaram o fodendo filme inteiro.
Além da fotografia, câmeras e sonoplastia ("tloc") serem sensacionais, a atuação desses caras deixou praticamente o enredo (cagado) bem suportável. A família em decadência com uma mãe "hereditariamente" maluca¹, um pai passivo e impotente, uma criança problemática e esquisita criada pela avó maluca², e um adolescente aparentemente normal tirado pra cobaia da loucura toda, são os fatores que fazem esse filme valer apena e poder ser assistido novamente. Desde a discussão na mesa seguida de um silêncio estarrecedor, o pânico e suador sinistro do garoto ao fazer parte de um acontecimento traumático que fugiu ao seu controle, até a gritaria de dor e angústia da Collete quando encontra o corpo da filha no carro. Essas coisas incomodam muito, incomodam pois transmitem sentimentos reais. Quem vivenciou a perda de alguém querido ou de fato experienciou a convivência em uma família em ruínas, só não fica ruim com esse filme se já estiver morto por dentro.
Ao contrário de A Dark Song (já comentei aqui), que uma grande maioria não gostou do excelente final por não possuírem um mínimo ponto de vista dos paradigmas do ocultismo, Hereditary DEFECOU inteiramente o seu final e espalhou a merda cagada junto com Nutella, pra tirar nossa dignidade. Essa demonização random que o cinema faz tirando coisas da Goetia e outras vertentes pra empurrar goela abaixo como algo que foi "estudado" pelo roteirista, me deixa bastante triste.
No restante, amei o filme. #BeijosDeLuzQueDeusTeElimine
Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraDifícil falar sem spoiler, então vai:
Apesar dos supracitados takes longos e estranhos terem incomodado bastante a mim e à maioria, principalmente no início do filme, após passado um certo tempo fica nítido que esses takes estão ali por um determinado motivo, já que a mensagem permeia essa relação de tempo, existência, e solidão.
Eu particularmente achei o filme interessante, e inovador pelo meio de transmitir a mensagem. Dá um "ruim" ver "aquilo" parado, fitando a passagem do tempo em um piscar de olhos, sendo ele mesmo uma parte permanente do novo e desconhecido, uma parte velha, esquecida e quase oca, em busca de algo que em dado momento ele mesmo já não se sabe mais o quê.
Apesar de ter gostado do filme, achei que algumas cenas parecem ter sido feitas com um pouco de preguiça, como a cena onde a casa está cheia de junkies e o cara dá aquele discurso pra "tentar" dar um ar poético da história com a música/existência. Fica meio "whatever", já que existiam outras milhares de formas de fazer essa relação, como a utilização do próprio piano milenar oculto que "já veio na casa". Não é uma crítica que inutiliza o filme, mas você nota que algo podia ser melhor.
Para finalizar: Nem assistindo The Conjuring pastelão tomei uma porrada tão forte de um jumpscare quanto aquelas DUAS FODENDO ESCAVADEIRAS demolindo a casa do nada. Obrigado.
Vozes da Escuridão
3.2 244Esse é mais um excelente filme de nicho que discorre sobre um tema muito respeitado e visado dentro do ocultismo. Infelizmente assim como filmes como The Witch, foi extremamente mal interpretado pelas pessoas que buscam assistir filmes de terror super comerciais, cheios de abobrinhas, e sem fundamentação nenhuma. Pessoas que simplesmente costumam ter o hábito de ir pro cinema em galera pra zuar, dar risada, e sentir "medinho".
Para os que possuem o mínimo de conhecimento sobre a obra de Abramelin, o contato com o Sagrado Anjo Guardião, é quase impossível não se emocionar pelo andamento do filme todo, e principalmente pelo tão criticado final.
Acompanhamos a passagem extremamente espinhosa da personagem principal, que é uma não-iniciada, pelas ordálias na provação da sua própria Vontade. Algo que me agradou bastante, foi a figura do mago: real, cauteloso, rude, amargo e humano, que critica, vai além dos conhecimentos batidos de internet sobre Cabala, e que finalmente representa em tela algo que foge dos esteriótipos de mago de Harry Potter e cia (apesar de obviamente serem obras com públicos e objetivos diferentes). Esse é o tal magão da porra mesmo. A combinação desses dois personagens foi excelente, e é impressionante um filme tão bom ser composto por somente dois atores, que proporcionaram a medida certa de tensão e de conteúdo valioso pra nós espectadores.
Pra quem achou que o final foi meio bosta e ficou insatisfeito com a troca repentina da vingança implacável pela redenção incondicional da personagem principal, sugiro, se for de interesse, o estudo mínimo de algumas práticas e rituais mágic(k)os dos diversos paradigmas hoje usados dentro do ocultismo, que nem de perto se assemelham ou representam a maioria das bullshits e pastelices que vemos na maioria dos filmes de terror, geralmente descaracterizando totalmente esses temas só pra vender palhaçada e pro Silvio Santos fazer pegadinha.
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraAlém de ser uma obra prima da desgracença alheia, trata-se de uma obra que além de nos fazer viajar, faz repensar sobre um bocado de porcarias que estão aí e ignoramos, ou até mesmo que damos importância demais à besteiras se comparados a outros dramas. Amo.
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraNão canso de ver jamais, mesmo nas mil reprises da Globo. Críticas, viagens, críticas, e um imbecil pra detonar meu personagem favorito.
Os Embalos de Sábado à Noite
3.4 662 Assista AgoraTravolta manda super bem nesse filme, Tony Manero virou ícone, e tem altos pitacos de filosofia do way of life da galere daquele tempo/lugar.
Os Imperdoáveis
4.3 655O último filme que preste de Western, até o momento.