Esse é pra se matar de chorar, eu pensei que seria um doc étnico de premiada fotografia apenas, mas é bem pessimista, não estava esperando terminar o ano assim. Eu queria ser o macaco japonês do início, só isso. Viver à parte. Sem saber desse paradoxo de que eu só posso ver esse filme no meu notebook graças ao 'trabalho' e a vida medíocre daqueles chineses também apresentados no filme.
e que ficaram decepcionados porque ela não apareceu explodindo como mulher-bomba no ataque terrorista do final.
A moral do filme é que o diretor quis representar o conflito israel-palestino, usando para isso uma dívida em dinheiro entre os maridos de uma mulher palestina e uma israelense. Durante o filme elas dão uma trégua, e ficamos sabendo da história e dos problemas de cada uma, e que estão querendo apenas cuidar de suas vidas e serem felizes. As duas até se ajudam em determinado momento, sendo que o ápice ocorre quando elas se divertem juntas ouvindo aquela música no carro. Porém, como a clássica composição musical cumulativa no começo do filme (que genialmente se repete no final) diz: "Até quando durará esse ciclo infernal? / Do opressor e do oprimido / Do carrasco e da vítima / Até quando essa loucura?" o conflito não tem fim,
o único estado alterado de consciência que consegue causar é uma dorzinha de cabeça. basicamente ilustrações e pinturas de demônios e divindades cristãs, hindus e budistas projetadas em ritmo acelerado. Nenhuma novidade.
Filme bonito que faz jus ao biografado. Acredito que todos os pontos importantes da vida de Rimbaud foram apresentados e, o mais importante, sem serem romanceados e desvirtuados.
perceberam que no início a Rebecca desenvolve a depressão por estar afastada da mãe que mora em outro país, e que seu instinto materno com relação ao bebê só começa a aflorar depois que reencontra a mãe? (uma cena chave seria a mãe de Rebecca com ela na cama do hospital). De modo semelhante, Julian começa a ficar com o emocional desequilibrado quando é contrariado e repreendido pelos familiares, no caso seu pai e sua irmã. Como que numa inversão de papéis, ele vai buscar o colo que precisa nos braços da já recuperada e agora mãe Rebecca (cena final).
Só eu que fiquei muito mal, sem saber o que fazer com esse filme? Explico: eu descreveria Rang De Basanti como um filme que tanto tem aspectos históricos interessantes, cenas emocionantes, bonitas e até inteligentes, uma mensagem política importante quanto um roteiro falho, cenas clichês e toscas, coisas que dá pra ver claramente que foram introduzidas apenas para atrair público e vender. Eu ainda acredito na intenção do diretor, que este talvez não atingisse grande público com sua mensagem se não se utilizasse desses aspectos de apelo popular. Afinal, em Bollywood não existe lugar para o cinema autoral, e, por isso, eu já sabia o que esperar. Assim, o filme me surpreendeu positivamente, por não se ater apenas à romances, intrigas familiares e clipes musicais, mas ao mesmo tempo, em alguns momentos passou a impressão de ser um capítulo de Malhação.
Ótima adaptação do romance de Antonio Tabucchi, que poderia ser resumido na busca de um homem por sua identidade, sua alma... seu atma, como disse a vidente; através de variados pontos da Índia: desde hotéis desmantelados, um hospital, a sede da Sociedade Teosófica, praias, hotéis de luxo.. Achei muito criativas as adaptações de roteiro do diretor, (há várias trocas de personagens), dentre estes a excelente inclusão de Peter Schlemihl, deixando a história ainda mais interessante, pois mistura os universos literário ao cinematográfico, já que esse é o nome de um personagem da literatura de Adelbert von Chamisso, que da mesma forma busca descobrir-se a si mesmo. Outra inteligentíssima modificação foi a troca do final. No livro, o protagonista diz à Christine que está a escrever um livro, ao passo que no filme o objetivo é de escrever um roteiro de cinema, e é justamente nesse final que, na minha opinião Alain Corneau, me perdoem, superou Antonio Tabucchi. Ver os personagens fundindo-se com um simples trocar de mesas é muito mais impactante num filme do que numa narrativa subjetivada.
Só acho que o Franco deveria ter usado a sacada das telas divididas para mostrar em cada uma a visão de um dos personagens, simultaneamente, como Faulkner fez com os capítulos do livro, para apresentar o psicológico delas. Mas o roteiro (ainda bem) ficou bastante fiel ao livro, só é realmente impossível transmitir tudo que o romance carrega num filme.
A chegada da Melanie na cidade abala o equilíbrio que ali existia, especialmente no círculo familiar de Mitch com as outras mulheres de sua vida (a mãe a irmã e a ex-mulher). O fato de Melanie não ser aceita tanto pela mãe quanto pela ex-mulher de Mitch é a causa do desequilibrio, que por sua vez é representado pelo ataque dos pássaros ao moradores do lugar (oportuno visto que Melanie tem o primeiro contato com Mitch numa loja que vende pássaros e ela leva um casal de periquitos para a cidade). Hitchcock dá pistas disso, como os olhares de reprovação da mãe e da ex-mulher de Mitch para Melanie e a mulher no restaurante afirmando que os ataques começaram depois que Melanie chegou, por exemplo. O equilíbrio começa a ser restaurado com a morte da ex-mulher de Mitch e termina com a cena que representa o fim dos complexos da mãe com relação à Melanie: Melanie no carro sendo amparada no colo da mãe de Mitch, as duas apertam-se as mãos em um gesto de afeto.
Em cada tomada, cada close, cada corte, cada posicionamento de atores e câmera é possível perceber que estes foram meticulosamente planejados. Tudo no flme (desde o rosto dos atores até a trilha sonora) converge para um estado de... tensão hipnótica, perturbada contemplação. Não é um filme fácil: uma intercalação de longos monólogos descrevendo o passado, intercalados com cenas experimentais, paredes-salas-conversas triviais passando e expressões petrificadas. Que obra prima, terminei a sessão ofegante.
Agora se me permitem, foi a primeira vez que vi o filme, não li nada sobre ele, mas consegui formular uma hipótese do que aconteceu: no primeiro ano, uma mulher e seu marido vão até o hotel, onde ela acaba se envolvendo com outro homem. O amante acaba morrendo, como podemos ver na cena em que ele cai da sacada. Um ano depois, a mulher e seu marido voltam ao hotel, e a lembrança-fantasma do amante passa a atormentar a mulher, que até então tentava esquecer do que havia acontecido no ano passado. De tão atormentada, ela acaba se envolvendo espiritualmente com sua lembrança-fantasma, de forma que algo desperta o ciúme do marido, talvez achando que novamente ela está se envolvendo com alguém, e este acaba por matá-la, como vemos na cena em que ele dá um tiro nela. Desta forma, os dois, mulher e amante tornam-se apenas lembranças ou fantasmas e acabam o filme unidos.
Ceddo
3.8 22"Vale uma religião a vida de um homem?" é uma pergunta que permanecerá sempre atual, grande Ousmane Sembène. Final surpreendente.
Juventude Transviada
3.9 546 Assista Agorafinal tosco e sem nexo, nada é resolvido.
Despachado Para a Índia
3.4 29 Assista Agoraate q tem suas qualidades
Baraka - Um Mundo Além das Palavras
4.5 136Esse é pra se matar de chorar, eu pensei que seria um doc étnico de premiada fotografia apenas, mas é bem pessimista, não estava esperando terminar o ano assim. Eu queria ser o macaco japonês do início, só isso. Viver à parte. Sem saber desse paradoxo de que eu só posso ver esse filme no meu notebook graças ao 'trabalho' e a vida medíocre daqueles chineses também apresentados no filme.
Free Zone
3.2 36Só posso supor que o pessoal que comentou e avaliou aqui só assistiu o filme pela Natalie Portman
e que ficaram decepcionados porque ela não apareceu explodindo como mulher-bomba no ataque terrorista do final.
e o filme termina com uma acalorada discussão entre as duas.
God Damn Religion
3.3 1o único estado alterado de consciência que consegue causar é uma dorzinha de cabeça. basicamente ilustrações e pinturas de demônios e divindades cristãs, hindus e budistas projetadas em ritmo acelerado. Nenhuma novidade.
A Ordem de Pagamento
3.8 7Simplesmente genial a cena simbólica na qual os gestos da oração muçulmana na rua se assemelham a um pedido de esmola.
Arthur Rimbaud: Uma Biografia
4.0 5Filme bonito que faz jus ao biografado. Acredito que todos os pontos importantes da vida de Rimbaud foram apresentados e, o mais importante, sem serem romanceados e desvirtuados.
Eternamente Sua
3.9 33até os atores dormem em cena, por que nós também não dormiriamos?
O Estranho em Mim
3.6 61Interessante para uma análise psicológica:
perceberam que no início a Rebecca desenvolve a depressão por estar afastada da mãe que mora em outro país, e que seu instinto materno com relação ao bebê só começa a aflorar depois que reencontra a mãe? (uma cena chave seria a mãe de Rebecca com ela na cama do hospital). De modo semelhante, Julian começa a ficar com o emocional desequilibrado quando é contrariado e repreendido pelos familiares, no caso seu pai e sua irmã. Como que numa inversão de papéis, ele vai buscar o colo que precisa nos braços da já recuperada e agora mãe Rebecca (cena final).
Mal dos Trópicos
4.0 85Nada como rever um filme alguns anos depois, e que filme meu deus..
O Primeiro que Disse
3.8 221 Assista Agoratecnicamente o filme pode ser simples, mas os personagens são muito complexos, cada um daria um filme, muito bom eim
Pinte de Açafrão
3.9 37 Assista AgoraSó eu que fiquei muito mal, sem saber o que fazer com esse filme? Explico: eu descreveria Rang De Basanti como um filme que tanto tem aspectos históricos interessantes, cenas emocionantes, bonitas e até inteligentes, uma mensagem política importante quanto um roteiro falho, cenas clichês e toscas, coisas que dá pra ver claramente que foram introduzidas apenas para atrair público e vender. Eu ainda acredito na intenção do diretor, que este talvez não atingisse grande público com sua mensagem se não se utilizasse desses aspectos de apelo popular. Afinal, em Bollywood não existe lugar para o cinema autoral, e, por isso, eu já sabia o que esperar. Assim, o filme me surpreendeu positivamente, por não se ater apenas à romances, intrigas familiares e clipes musicais, mas ao mesmo tempo, em alguns momentos passou a impressão de ser um capítulo de Malhação.
Rembrandt
3.5 3Excelente, o destaque é a atuação de Charles Laughton.
Jemaa El Fna: Morocco's Rendezvous of the Dead
3.3 1https://www.youtube.com/watch?v=IP2PcQr6EjM
Nat Pwe: Burma's Carnival Of Spirit Soul
4.0 1https://www.youtube.com/watch?v=zCqBnKJJ3IY
Medidas Contra Fanáticos
3.2 5o serumano é orriveu mesmo
Noturno Indiano
3.9 2Ótima adaptação do romance de Antonio Tabucchi, que poderia ser resumido na busca de um homem por sua identidade, sua alma... seu atma, como disse a vidente; através de variados pontos da Índia: desde hotéis desmantelados, um hospital, a sede da Sociedade Teosófica, praias, hotéis de luxo.. Achei muito criativas as adaptações de roteiro do diretor, (há várias trocas de personagens), dentre estes a excelente inclusão de Peter Schlemihl, deixando a história ainda mais interessante, pois mistura os universos literário ao cinematográfico, já que esse é o nome de um personagem da literatura de Adelbert von Chamisso, que da mesma forma busca descobrir-se a si mesmo. Outra inteligentíssima modificação foi a troca do final. No livro, o protagonista diz à Christine que está a escrever um livro, ao passo que no filme o objetivo é de escrever um roteiro de cinema, e é justamente nesse final que, na minha opinião Alain Corneau, me perdoem, superou Antonio Tabucchi. Ver os personagens fundindo-se com um simples trocar de mesas é muito mais impactante num filme do que numa narrativa subjetivada.
Eraserhead
3.9 927 Assista Agoravocês não entenderam o filme? aff que burros, tá na cara
Koko: A Talking Gorilla
4.2 5Realmente muito interessante, porém, é bem curto, e acho que deveria se aprofundar mais, ao invés de levantar apenas algumas questões superficiais.
Último Desejo
3.2 51Só acho que o Franco deveria ter usado a sacada das telas divididas para mostrar em cada uma a visão de um dos personagens, simultaneamente, como Faulkner fez com os capítulos do livro, para apresentar o psicológico delas. Mas o roteiro (ainda bem) ficou bastante fiel ao livro, só é realmente impossível transmitir tudo que o romance carrega num filme.
A Felicidade Não Se Compra
4.5 1,2K Assista AgoraNossa chorei demais no final.
Os Pássaros
3.9 1,1KExplicação:
A chegada da Melanie na cidade abala o equilíbrio que ali existia, especialmente no círculo familiar de Mitch com as outras mulheres de sua vida (a mãe a irmã e a ex-mulher). O fato de Melanie não ser aceita tanto pela mãe quanto pela ex-mulher de Mitch é a causa do desequilibrio, que por sua vez é representado pelo ataque dos pássaros ao moradores do lugar (oportuno visto que Melanie tem o primeiro contato com Mitch numa loja que vende pássaros e ela leva um casal de periquitos para a cidade). Hitchcock dá pistas disso, como os olhares de reprovação da mãe e da ex-mulher de Mitch para Melanie e a mulher no restaurante afirmando que os ataques começaram depois que Melanie chegou, por exemplo. O equilíbrio começa a ser restaurado com a morte da ex-mulher de Mitch e termina com a cena que representa o fim dos complexos da mãe com relação à Melanie: Melanie no carro sendo amparada no colo da mãe de Mitch, as duas apertam-se as mãos em um gesto de afeto.
O Ano Passado em Marienbad
4.2 156 Assista AgoraEm cada tomada, cada close, cada corte, cada posicionamento de atores e câmera é possível perceber que estes foram meticulosamente planejados. Tudo no flme (desde o rosto dos atores até a trilha sonora) converge para um estado de... tensão hipnótica, perturbada contemplação. Não é um filme fácil: uma intercalação de longos monólogos descrevendo o passado, intercalados com cenas experimentais, paredes-salas-conversas triviais passando e expressões petrificadas. Que obra prima, terminei a sessão ofegante.
Agora se me permitem, foi a primeira vez que vi o filme, não li nada sobre ele, mas consegui formular uma hipótese do que aconteceu: no primeiro ano, uma mulher e seu marido vão até o hotel, onde ela acaba se envolvendo com outro homem. O amante acaba morrendo, como podemos ver na cena em que ele cai da sacada. Um ano depois, a mulher e seu marido voltam ao hotel, e a lembrança-fantasma do amante passa a atormentar a mulher, que até então tentava esquecer do que havia acontecido no ano passado. De tão atormentada, ela acaba se envolvendo espiritualmente com sua lembrança-fantasma, de forma que algo desperta o ciúme do marido, talvez achando que novamente ela está se envolvendo com alguém, e este acaba por matá-la, como vemos na cena em que ele dá um tiro nela. Desta forma, os dois, mulher e amante tornam-se apenas lembranças ou fantasmas e acabam o filme unidos.