FIlme legal! Eu ri bastante! Bollywood precisa de mais narrativas protagonizadas por pessoas LGBTQIA+! Importante que o filme demonstra opressões históricas travadas nas relações entre um homem gay e seus familiares no contexto de família da Índia. Interessante também a conexão com a recente decisão da corte indiana de descriminalizar a homossexualidade no país. Mas no geral a narrativa ainda se prende a tentativas de enquadrar sujeitos queer dentro de quadros normativos heterossexistas (concepções heterocentradas de família, de casamento, de demonstração afetiva, etc.). Além disso, o filme não traz detalhes da história de vida dos protagonistas. No final, não sabemos muito sobre eles (aspectos de personalidades, suas histórias pregressas, a origem do relacionamento, etc.). Então o que parece é que a história utiliza o casal apenas como artifício (bem artificial) para dizer sobre a necessidade de "aceitação" da família no período pós-armário. E nessa aceitação (termo bem problematizável), eu vi uma tentativa de naturalizar a homossexualidade, para apagar a diferença e subsumi-la às expressões hegemônicas de sexualidade/gênero. Exemplo disso é o jeito que vemos discursos clichês dizendo coisas como "gays nascem gays", "ser gay não é uma escolha", etc. Linguagem e estética voltada para pessoas que viveram isoladas de relações com pessoas LGBTQIA+. Bacana que conversa com esse público de forma didática! Agora o público que vive isso na pele pode encontrar muitos clichês. Ou eu posso estar sendo bem etnocêntrico também: lendo o filme pela minha lente de "gay de ocidente". Talvez essa narrativa seja super insurgente para o contexto da Índia (do qual não tenho muito conhecimento).
um political statement contra a supremacia teocrática nos Estados Unidos e uma interessante denúncia às mediocridades do cristianismo racista lgbtfóbico e machista. poderia ter abordado com mais profundidade os conflitos internos do grupo, como fizeram no finalzinho a partir da disputa entre a perspectiva mais radical e violenta e o pessoal antiviolência.
colocamos pra tocar para nossos alunos no semestre passado, com uma discussão muito massa em seguida. nos emocionamos juntos. narrativa polifônica muito bem articulada.
é bomzinho. mas prestei muita atenção e não entendi vários momentos. esse filme tem um código heterocismasculino que me impede de entender a história. uma coisa na linguagem verbal, não-verbal e corporal que é feito propositalmente por homem e para homem: isso tá bem simbolizado no silêncio da Peggy, das esposas e outras filhas. muito desagradável. fiquei confuso em alguns caminhos da história. não entendi a relação de uns personagens com outros. em certo momento, teve um casamento, mas não sei quem casou. uma sensação muito parecida de ver esse filme é quando eu vou em reunião de família e ouço a conversa dos tios homens mais velhos... desconfortável.
duas cenas incomodam igualmente: o derramamento de sangue do abatedouro de bovinos e o derramamento de sangue humano. acho que a mensagem que o filme passa, afinal por meio da simultaneidade dos sonhos, é que "somos todos animais"
caralho, sério que esse filme existe? meu conto preferido do caio fernando. já vi no teatro tbm, com a cia. Lunera, de Belo Horizonte eles ficaram nus quando raul e saul haviam de ficar nus também e eram 4 homens em cena representando os dois, num troca-troca de simultaneidades, uma loucura de atuação e abstração foi a primeira vez que vi um cara pelado na minha frente, e foram logo 4 de uma vez hahah
não é tarde para perceber que ainda é o tempo do Harvey Milk
Hoje assisti ao documentário de novo, só para lembrar a mim mesmo de uma indignação que fortalece a região do meu cérebro que cuida da esperança. uma sensação boa, essa de ferir meu senso de justiça, pra não deixar anestesiar nunca. basta jogar no google o nome "Lucas Fortuna" pra cair na real: ainda tem gays sendo assassinados por ódio causado pelo engajamento e militância contra a invisibilidade, a falta de proteção, o medo e a incompreensão também. Lucas foi um dos fundadores do Colcha de Retalhos, um coletivo lgbt que atuou por muito tempo na minha universidade, a UFG. Foi ele quem levantou a voz num congresso de comunicação numa faculdade católica que segregava gêneros nos dormitórios, e vestiu saias em protesto contra a misoginia, que é um dos fatores que posiciona o Brasil no topo do ranking dos países que mais assassinam pessoas trans.
nessa noite, vou acender uma vela por Lucas por Harvey Milk
o filme é a isca pra fisgar em duas horas todas as muitas outras (mais maravilhosas) horas que passei lendo o livro. e isso é ótimo, uma amostra. um vaso quebrado uns cacos a chave o balanço as lágrimas nos olhos de um elefante a mudez as mãos o vô a vó a mãe o pai a mensagem, a procura
eu tinha algo a comentar, quando o filme acabou, uns meses atrás, mas não podia. acho que nunca disse a ninguém que assisti, nunca recomendei, é que nem um segredo. e eu tinha que falar alguma coisa sobre, mas não tinha a quem também. anteontem fui ao teatro, vi uma dança dessas contemporâneas. desde então senti vontade de ver a dança de novo, mas o tempo do teatro é muito sério e inexorável. fico só lembrando, não tem replay. to the wonder foi assim pra mim tbm, não posso assistir a ele de novo. é um dos meus preferidos. mas ficou naqueles dias, longe de agora, é uma memória. lembro de que no making of, o terrence malick diz que na hora da edição ele tenta tirar tudo que sugere ser teatral, nas cenas, todos os diálogos teatrais. deixa espontaneidade. and joy. faithfulness. kindness. patience. grace.
Non, rien de rien. Porra. Caralho. Dois sóis, uma índia com um colar, palavras apenas, all-star azul, meias 3/4, caralho, buceta, xicão, chorando, chorando, chorando, chorando, chorado, chorado, chora, chora, chora, chaos, couleur, coeur, chora, corre, corta, a mulato, an albino, a mosquito, my libido, non, je ne regrette rien.
É tão amigável esse filme com minha memória, por eu ter vivido uma coisa tão parecida no ano passado, numa cidade muito longe da minha, e eu não sei por quê, nem pra quem eu tô comentando isso agora, mas, que merda, a gente nunca mais se encontrou, foi um jeito tão humano de invadir o outro, uma comunicação-tentativa, melhor conversa sobre todas as coisas "importantes" do mundo, sobre futilidades, sobre o significado de cada parte do nosso nome, e o jeito que acabou, de madrugada também, só não teve tchau, aliás, merda.
Não acredito que tocou Arrival of the birds! Eu ouço essa música sempre que escrevo, ao fundo, pra relaxar. Antes disso, ela foi trilha de um documentário da Disney sobre flamingos hahah
Suppose you kept going 18 billion light years, what if there's nothing out there? Suppose you kept going another trillion times further, so far out you see nothing. The light from the universe would be fainter than the faintest star. Infinitely cold. Infinitely dark. Sometimes if I wake up and it's dark, I get really scared, like I'm out there and I'm never coming back.
Here, hold onto this when you sleep. And if you wake up and you're scared, you'll say, "Wait a minute. I'm holding Eric's shoe. Why the hell would I be holding some smelly basketball shoe a trillion light years from the universe? I must be here on earth, safe in my sleeping bag, and Eric must be close by."
Shubh Mangal Zyada Saavdhan
3.6 15 Assista AgoraFIlme legal! Eu ri bastante! Bollywood precisa de mais narrativas protagonizadas por pessoas LGBTQIA+! Importante que o filme demonstra opressões históricas travadas nas relações entre um homem gay e seus familiares no contexto de família da Índia. Interessante também a conexão com a recente decisão da corte indiana de descriminalizar a homossexualidade no país. Mas no geral a narrativa ainda se prende a tentativas de enquadrar sujeitos queer dentro de quadros normativos heterossexistas (concepções heterocentradas de família, de casamento, de demonstração afetiva, etc.). Além disso, o filme não traz detalhes da história de vida dos protagonistas. No final, não sabemos muito sobre eles (aspectos de personalidades, suas histórias pregressas, a origem do relacionamento, etc.). Então o que parece é que a história utiliza o casal apenas como artifício (bem artificial) para dizer sobre a necessidade de "aceitação" da família no período pós-armário. E nessa aceitação (termo bem problematizável), eu vi uma tentativa de naturalizar a homossexualidade, para apagar a diferença e subsumi-la às expressões hegemônicas de sexualidade/gênero. Exemplo disso é o jeito que vemos discursos clichês dizendo coisas como "gays nascem gays", "ser gay não é uma escolha", etc. Linguagem e estética voltada para pessoas que viveram isoladas de relações com pessoas LGBTQIA+. Bacana que conversa com esse público de forma didática! Agora o público que vive isso na pele pode encontrar muitos clichês. Ou eu posso estar sendo bem etnocêntrico também: lendo o filme pela minha lente de "gay de ocidente". Talvez essa narrativa seja super insurgente para o contexto da Índia (do qual não tenho muito conhecimento).
A Tartaruga Vermelha
4.1 392 Assista Agoraque lindo
Salve Satanás?
3.8 30um political statement contra a supremacia teocrática nos Estados Unidos e uma interessante denúncia às mediocridades do cristianismo racista lgbtfóbico e machista.
poderia ter abordado com mais profundidade os conflitos internos do grupo, como fizeram no finalzinho a partir da disputa entre a perspectiva mais radical e violenta e o pessoal antiviolência.
Adoráveis Mulheres
4.0 975 Assista Agoraque perfeito!
Espero Tua (Re)volta
4.3 31colocamos pra tocar para nossos alunos no semestre passado, com uma discussão muito massa em seguida. nos emocionamos juntos. narrativa polifônica muito bem articulada.
O Irlandês
4.0 1,5K Assista Agoraé bomzinho. mas prestei muita atenção e não entendi vários momentos. esse filme tem um código heterocismasculino que me impede de entender a história. uma coisa na linguagem verbal, não-verbal e corporal que é feito propositalmente por homem e para homem: isso tá bem simbolizado no silêncio da Peggy, das esposas e outras filhas. muito desagradável. fiquei confuso em alguns caminhos da história. não entendi a relação de uns personagens com outros. em certo momento, teve um casamento, mas não sei quem casou. uma sensação muito parecida de ver esse filme é quando eu vou em reunião de família e ouço a conversa dos tios homens mais velhos... desconfortável.
Corpo e Alma
3.6 223 Assista Agoraduas cenas incomodam igualmente: o derramamento de sangue do abatedouro de bovinos e o derramamento de sangue humano. acho que a mensagem que o filme passa, afinal por meio da simultaneidade dos sonhos, é que "somos todos animais"
O Sushi dos Sonhos de Jiro
4.2 83a trilha. as horas.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraMiguilim e Dito
A História da Eternidade
4.3 448"Eu não sei dizer nada por dizer, então eu escuto. Fala."
"Querência! Ô, Querência!"
Aqueles Dois
3.4 22caralho, sério que esse filme existe?
meu conto preferido do caio fernando.
já vi no teatro tbm, com a cia. Lunera, de Belo Horizonte
eles ficaram nus quando raul e saul haviam de ficar nus também
e eram 4 homens em cena representando os dois, num troca-troca de simultaneidades, uma loucura de atuação e abstração
foi a primeira vez que vi um cara pelado na minha frente, e foram logo 4 de uma vez hahah
Os Tempos de Harvey Milk
4.5 22não é tarde para perceber
que ainda é o tempo
do Harvey Milk
Hoje assisti ao documentário de novo, só para lembrar a mim mesmo de uma indignação que fortalece a região do meu cérebro que cuida da esperança. uma sensação boa, essa de ferir meu senso de justiça, pra não deixar anestesiar nunca.
basta jogar no google o nome "Lucas Fortuna" pra cair na real: ainda tem gays sendo assassinados por ódio causado pelo engajamento e militância contra a invisibilidade, a falta de proteção, o medo e a incompreensão também.
Lucas foi um dos fundadores do Colcha de Retalhos, um coletivo lgbt que atuou por muito tempo na minha universidade, a UFG. Foi ele quem levantou a voz num congresso de comunicação numa faculdade católica que segregava gêneros nos dormitórios, e vestiu saias em protesto contra a misoginia, que é um dos fatores que posiciona o Brasil no topo do ranking dos países que mais assassinam pessoas trans.
nessa noite, vou acender uma vela
por Lucas
por Harvey Milk
Tão Forte e Tão Perto
4.0 2,0K Assista Agorao filme é a isca pra fisgar em duas horas todas as muitas outras (mais maravilhosas) horas que passei lendo o livro. e isso é ótimo, uma amostra.
um vaso quebrado
uns cacos
a chave
o balanço
as lágrimas nos olhos de um elefante
a mudez
as mãos
o vô
a vó
a mãe
o pai
a mensagem, a procura
Quase Famosos
4.1 1,4K Assista Agorahold me closer, tiny dancer
(I have to go home. You are home.)
Amor Pleno
3.0 558eu tinha algo a comentar, quando o filme acabou, uns meses atrás, mas não podia. acho que nunca disse a ninguém que assisti, nunca recomendei, é que nem um segredo. e eu tinha que falar alguma coisa sobre, mas não tinha a quem também.
anteontem fui ao teatro, vi uma dança dessas contemporâneas. desde então senti vontade de ver a dança de novo, mas o tempo do teatro é muito sério e inexorável. fico só lembrando, não tem replay.
to the wonder foi assim pra mim tbm, não posso assistir a ele de novo. é um dos meus preferidos. mas ficou naqueles dias, longe de agora, é uma memória.
lembro de que no making of, o terrence malick diz que na hora da edição ele tenta tirar tudo que sugere ser teatral, nas cenas, todos os diálogos teatrais. deixa espontaneidade. and joy. faithfulness. kindness. patience. grace.
Cássia Eller
4.5 308Non, rien de rien.
Porra. Caralho. Dois sóis, uma índia com um colar, palavras apenas, all-star azul, meias 3/4, caralho, buceta, xicão, chorando, chorando, chorando, chorando, chorado, chorado, chora, chora, chora, chaos, couleur, coeur, chora, corre, corta, a mulato, an albino, a mosquito, my libido, non, je ne regrette rien.
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista AgoraÉ tão amigável esse filme com minha memória, por eu ter vivido uma coisa tão parecida no ano passado, numa cidade muito longe da minha, e eu não sei por quê, nem pra quem eu tô comentando isso agora, mas, que merda, a gente nunca mais se encontrou, foi um jeito tão humano de invadir o outro, uma comunicação-tentativa, melhor conversa sobre todas as coisas "importantes" do mundo, sobre futilidades, sobre o significado de cada parte do nosso nome, e o jeito que acabou, de madrugada também, só não teve tchau, aliás, merda.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraNão acredito que tocou Arrival of the birds! Eu ouço essa música sempre que escrevo, ao fundo, pra relaxar. Antes disso, ela foi trilha de um documentário da Disney sobre flamingos hahah
A Cura
4.1 794 Assista AgoraSuppose you kept going 18 billion light years, what if there's nothing out there? Suppose you kept going another trillion times further, so far out you see nothing. The light from the universe would be fainter than the faintest star. Infinitely cold. Infinitely dark. Sometimes if I wake up and it's dark, I get really scared, like I'm out there and I'm never coming back.
Here, hold onto this when you sleep. And if you wake up and you're scared, you'll say, "Wait a minute. I'm holding Eric's shoe. Why the hell would I be holding some smelly basketball shoe a trillion light years from the universe? I must be here on earth, safe in my sleeping bag, and Eric must be close by."
Além da Linha Vermelha
3.9 382 Assista Agoraonly listen
and think
https://www.youtube.com/watch?v=7A1Z5CEXDM4
Além da Linha Vermelha
3.9 382 Assista AgoraLove, where does it come from?
Who lit this flame in us?
No war can put it out, conquer it.
I was a prisoner. You set me free.
Linda cena, ao balanço, de vestido amarelo: https://www.youtube.com/watch?v=UkqiWhAxy_Y
O Segredo das Águas
3.8 64 Assista Agoraeu também me chamo Kaito, parece que quer dizer pessoa do mar.
Tatuagem
4.2 923 Assista Agora"eu sou tão baratim"
Politécnica
4.0 197o seminário sobre entropia e a reprodução da Guernica do Picasso não são acasos.