Mesmo plot de sempre: família típica americana suburbana se vê atormentada por [insira aqui o monstro da vez] onde o pai da família é o cético, a mãe a investigadora e os filhos sucetíveis a influência maligna.
Filme tão arrogante e preconceituoso quanto o diretor que também escreveu. Típica visão antiquada de que a arte de cinema não pode envolver filme de herói/ação.
primeira temporada bem desinteressante. esse roteiro novelesco das séries da cw já estão enjoando há um tempo. além disso, o elenco é pouco carismático ressalvada a personagem alice, atuada por rachel skarsten, que, embora marcante, apresenta uma receita batida de coringa genérica.
uma excelente alegoria do 'american dream'. assim como mãe! (mas menos frenético), o filma usa da metáfora para apresentar uma sequência absurda de eventos, mas que ao fim, nada mais são do que uma crítica aos objetivos e expectativas traçadas pela sociedade para a classe média.
acho que não cabe fazer uma análise muito aprofundada porque parte da beleza do filme está em ser surpreendido e refletir sobre o texto pouco convencional.
filme totalmente maluco. dá uns dois plot twist que chega a dar câimbra no cérebro. mas o roteiro como um todo é muito fraco. helen hunt totalmente desfigurada.
Adorei a série. Bebe da mesma fonte que Era Uma Vez em Hollywood ao tentar recontar a história como se fosse um conto, mas tenta ser mais socialmente pertinente.
Os atores, grande parte acostumada já com o trabalho do Ryan Murphy, entregam uma performance muito digna.
Aliás não conseguia ver o David Corenswet em tela e não imaginar como ele ficaria excelente em um papel de Superman.
Se tem alguns pontos negativos a ressaltar foram as cenas do tapete vermelho (montagem meio displicente), alguns erros de continuidade (o charuto do Ernie no restaurante com o Jack e o Archie fica pela metade de uma cena pra outra), e claro, o próprio arco pessoal da Camille, como leading actress, deveria ter sido melhor explorado.
Se fosse uma minissérie de dez episódios, talvez pudesse se aprofundar mais e alguns personagens mais esquecidos. Mas o resumo de tudo é muito positivo e é um grande acréscimo no catálogo da Netflix.
Nada de mais, nada de menos. Filme previsível e divertido. Legal ver um elenco conhecido majoritariamente por séries em um filme menor.
As únicas críticas que não consegui relevar foi a falta a mudança repentina no núcleo do filme - uma hora estamos vendo A Ilha da Fantasia, noutra vemos A Volta dos Mortos-Vivos - e a participação inexplicável do personagem do Michael Rooker.
Taika Waititi conseguiu trazer uma leveza proporcional à sua genialidade a um filme extremamente denso, cheio de amadurecimento e reflexão.
com um pano de fundo extremamente pesado, através da acidez, marca sua que já pode ser registrada e patenteada, o diretor consegue fazer um filme sobre autoquestionamento e amadurecimento. Usando o nazismo de forma caricata, sem abandonar a crueldade da ideologia, Taika utiliza as premissas infundadas do partido para perpassar por diversas etapas na vida de uma pessoa: idolatria, amizade, amor, rancor, tristeza e superação.
Com o charme do rosto extremamente expressivo de Roman Griffin Davis e um roteiro muito bem aparado pelo também diretor, o filme alcança complexidade o suficiente para alcançar diversas camadas, de acordo com sua audiência.
O elenco extremamente alinhado com o pensamento "fazer o filme mais raso do que de fato é" deixam a obra orgânica e leve, como se fosse um filme infantil; afina, vemos tudo através do imaginário de Jojo, nosso herói autocrítico. Sam Rockwell e Rebel Wilson são alívios cômicos estrategicamente inseridos para dar um quê de humor negro (a cena em que Fraulein Rahm arranca o pino de uma granada, encaixa nas costas de uma criança, e manda ela abraçar um soldado americano é genial pelo fato de desenhar uma filosofia inteira dentro de uma piada).
eivado de alma e nos inundando de questionamento póstumos, jojo rabbit é uma das grandes obras que fecharam a década. as obras de taika waititi definitivamente devem ser apreciadas com zelo, com o olhar que vai muito além da piada, sob pena de se perder um material lindo e rico.
é engraçado como diferentes olhares têm percepções tão diferentes.
vi esse filme ontem com minha mãe. enquanto ela fazia uma análise (que eu considero) simplista, argumentando coisas (que eu considero também) lineares como: "mas é só ir e cantar", "que mulher problemática", "merecia estar falida porque não dava o valor pro dom da voz que ela tinha" - entre outros comentários menos empáticos -, eu só via uma vítima.
quando via o filme, vi uma pessoa que, desde o início, fora tratada como produto: um produto de sua mãe, um produto de sua produtora e um produto de mercado. quando o público não via mais sua necessidade, foi descartada para, literalmente, ficar sem ter onde dormir.
enquanto muitos criticavam seus diversos casamentos, eu via na verdade um apelo por atenção ("se eu precisar ouvir 'eu te amo' dez vezes, fale, por favor") de alguém que nunca recebeu afeto ou um olhar mais empático.
para mim, a direção do filme peca no excesso de sugestividade, sempre deixando uma informação faltante, que poderia ter sido vista no filme. eu sei que o filme, muito mais do que aquilo que se vê, é o que não se vê, mas Rupert Goold levou essa máxima um pouco a sério demais.
os festivais deste ano estão extremamente bem servidos na disputa de oscar de melhor atriz. impossível não se comover com a atuação da renée zellweger, especialmente nos minutos finais, quando a voz falha, mas fica cheia de poesia com seu olhar emocionado.
Judy é um filme regular com uma atuação deslumbrante. ao fim, meu único desejo é que mais pessoas compartilhei a minha visão ao invés de minha mãe, e vejam, como o próprio título diz, muito além do arco-íris.
Filme bacana. Sempre gostei das obras do Fernando Meirelles, mas aqui acho que ele pecou um pouco no excesso de didatismo na película e, algumas vezes, até certo desleixo.
Veja que a dublagem em espanhol do Pryce é evidente (o timbre da voz do dublador sequer encaixa na do ator); da mesma forma, nos primeiros flashbacks, o filme fica em preto e branco, contudo, inexplicavelmente nos demais, a paleta de cores apenas fica desbotada levemente. Tentei inclusive achar um significado para isso, mas é justamente na memória mais dolorosa do Papa Francisco, quando o filme poderia perder a cor, é quando o flashback fica colorido.
Anthony Hopkins, embora seja um grande ator, fez um trabalho em nível ordinário; com um andar lento e aquela mistura de olhar sagaz com surtos episódicos em sua voz já é uma assinatura batida em muitos de seus trabalhos.
Em uma análise mais abrangente, acho um bom filme para se ver e quebrar o paradigma de antagonismo que se criou entre os dois papas. O filme mostra para desmistificar e humanizar o representante de Deus na Terra. No mesmo momento em que faz isso, automaticamente, nos faz desenvolver empatia por ambos, principalmente nos instantes finais, quando mostra que ambos fica evidente a amizade e a humanidade de ambos.
filme muito interessante. scorsese conseguiu aplicar em uma película toda a descritibilidade que encontramos nas páginas dos livros. o resultado por vezes é controverso: o que para muitos transforma o filme em uma experiência audiovisual rica, para outros pode deixar a obra maçante e tediosa.
varia de acordo com o gosto. discordo que seja a masterpiece do diretor, que é um dos que eu mais admiro, diga-se de passagem, mas sem dúvida é um grande trabalho, com grandes atores e um roteiro espetacular.
dou 3,5 estrelas porque, comparando com outras produções do scorsese, acho que peca um pouco na edição e no polimento do trabalho como um todo. além disso, queria que fosse mais aprofundado o conflito entre o de niro e a anna paquin.
filme muito singelo. a gente ri e chora, mas sai do cinema se sentindo leve. elenco maravilhoso. só não dou cinco estrelas porque achei a trama da emma watson subaproveitada. se tivesse explorado as dificuldades dela também, teria sido um filme completo.
Quando ainda estava cursando Direito, uma das perguntas mais recorrentes que me faziam sempre era "em que área tu pretende atuar?". Com apenas dezessete anos, ficava meio difícil saber o que responder, de modo que sempre respondi da mesma forma: qualquer uma que não seja Direito de Família.
Esses rompimentos de núcleo familiar sempre me foram doídos. Não por experiência própria, ainda bem. Mas, de alguma forma, sempre me atingiam de forma lacerante.
Com História de um Casamento não foi diferente; o roteiro sofisticado e as atuações impecáveis do casal protagonista me proporcionaram uma das mais doloridas e profundas viagens à ruptura de uma família.
É com muita dor que se vê um casal, que ainda se ama (e isso fica muito claro), mas não enxerga futuro por uma incompatibilidade de projetos. Ambos falhos, mas ao mesmo tempo, ambos perfeitos em tentar buscar a harmonia da vida em meio ao caos.
O filme é uma poesia chorada em meio ao mundo contemporâneo. Dói de saber que é a realidade de muitos. Dói ainda mais saber que pode ser a realidade de outros tantos.
No fim dessa obra eu pude apenas, em meio a soluços e voz embargada, ligar para minha namorada e dizer de peito cheio: eu te amo. Mesmo longe, eu te amo muito.
o que ficou claro pra mim é que o Dr. Manhattan, na verdade, não é capaz de amar. ele sempre soube disso. ele só amou a Angela pq era ela quem herdaria os poderes dele. o amor dos dois foi instrumento do Jon passar as habilidades deles.
engraçado porque eu vejo essa série, gosto dela, mas eu SEMPRE tenho a impressão que falta mais capricho no roteiro ou que o episódio termina faltando algo. o último episódio deu a entender que a série finalmente vai deslanchar, mas tenho medo que continue sempre nesse 'quase'
Ari Aster acha que só mantendo uma nota constante vai deixar a trilha sonora perturbadora. Hans Zimmer deu aula disso em The Dark Knight, mas acho que ele não prestou muito atenção.
O jogo de cores é lindíssimo. Não achei dos melhores filmes do Almodóvar, embora tenha ficado muito claro pra mim que ele não fez esse filme para ninguém senão ele mesmo. É um diálogo com as próprias memórias e aprendizados dele. Usa e abusa da metalinguagem.
(o filme faz referência à biografia dele, e o filme dentro do filme faz referência também)
É um típico filme de alguém orgulhoso - e com razão - da jornada traçada até agora. Tão orgulhoso que não precisa esconder sua intimidade de ninguém. Cria um alter-ego quase perfeito vivido pelo Antonio Banderas. Certo momento, em um de seus ensaios, Salvador escreve que "o amor pode mover montanhas, mas não salvar quem você ama"; é talvez não salve naquele momento, mas a única certeza que eu tive ao terminar o filme foi que todos ali, sem exceção, encontraram no amor (seja próprio, seja alheio) paz e redenção.
gostei bastante do lance em que o fantasma apareceu no momento da menina abrir o guarda-chuva transparente. são essas pequenas sacadinhas que salvam o filme de terror contemporâneo.
a invocação do mal teve as palmas. anabelle teve o monstro subindo as escadas. quando as luzes se apagam tem o lance dos tiros da arma fazerem o monstro sumir.
por ser um gênero desgastado, a gente precisa se apegar nessas pequenas ideias pra sair do lugar comum e dizer que o filme vale alguma coisa na fila do pão.
Os Escolhidos
3.3 952 Assista AgoraMesmo plot de sempre: família típica americana suburbana se vê atormentada por [insira aqui o monstro da vez] onde o pai da família é o cético, a mãe a investigadora e os filhos sucetíveis a influência maligna.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraFilme tão arrogante e preconceituoso quanto o diretor que também escreveu. Típica visão antiquada de que a arte de cinema não pode envolver filme de herói/ação.
Prepotente. Desumilde. Bodoso.
Batwoman (1ª Temporada)
3.1 70primeira temporada bem desinteressante. esse roteiro novelesco das séries da cw já estão enjoando há um tempo. além disso, o elenco é pouco carismático ressalvada a personagem alice, atuada por rachel skarsten, que, embora marcante, apresenta uma receita batida de coringa genérica.
Viveiro
3.2 763 Assista Agorauma excelente alegoria do 'american dream'. assim como mãe! (mas menos frenético), o filma usa da metáfora para apresentar uma sequência absurda de eventos, mas que ao fim, nada mais são do que uma crítica aos objetivos e expectativas traçadas pela sociedade para a classe média.
acho que não cabe fazer uma análise muito aprofundada porque parte da beleza do filme está em ser surpreendido e refletir sobre o texto pouco convencional.
vale muito assistir.
À Espreita do Mal
3.6 898filme totalmente maluco. dá uns dois plot twist que chega a dar câimbra no cérebro. mas o roteiro como um todo é muito fraco. helen hunt totalmente desfigurada.
Operação Red Sparrow
3.3 598 Assista AgoraA confusão na minha cabeça que Red Sparrow, Atômica, Anna e até Salt geram ninguém nunca vai curar. Não sei mais qual filme é qual.
Hollywood
4.1 330 Assista AgoraAdorei a série. Bebe da mesma fonte que Era Uma Vez em Hollywood ao tentar recontar a história como se fosse um conto, mas tenta ser mais socialmente pertinente.
Os atores, grande parte acostumada já com o trabalho do Ryan Murphy, entregam uma performance muito digna.
Aliás não conseguia ver o David Corenswet em tela e não imaginar como ele ficaria excelente em um papel de Superman.
Se tem alguns pontos negativos a ressaltar foram as cenas do tapete vermelho (montagem meio displicente), alguns erros de continuidade (o charuto do Ernie no restaurante com o Jack e o Archie fica pela metade de uma cena pra outra), e claro, o próprio arco pessoal da Camille, como leading actress, deveria ter sido melhor explorado.
Se fosse uma minissérie de dez episódios, talvez pudesse se aprofundar mais e alguns personagens mais esquecidos. Mas o resumo de tudo é muito positivo e é um grande acréscimo no catálogo da Netflix.
A Ilha da Fantasia
2.3 341 Assista AgoraNada de mais, nada de menos. Filme previsível e divertido. Legal ver um elenco conhecido majoritariamente por séries em um filme menor.
As únicas críticas que não consegui relevar foi a falta a mudança repentina no núcleo do filme - uma hora estamos vendo A Ilha da Fantasia, noutra vemos A Volta dos Mortos-Vivos - e a participação inexplicável do personagem do Michael Rooker.
Arqueiro (8ª Temporada)
3.7 45 Assista Agoradifícil entender até o fim o que é 2020, 2040, speedforce e o diabo. virou um frankestein isso aqui
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraTaika Waititi conseguiu trazer uma leveza proporcional à sua genialidade a um filme extremamente denso, cheio de amadurecimento e reflexão.
com um pano de fundo extremamente pesado, através da acidez, marca sua que já pode ser registrada e patenteada, o diretor consegue fazer um filme sobre autoquestionamento e amadurecimento. Usando o nazismo de forma caricata, sem abandonar a crueldade da ideologia, Taika utiliza as premissas infundadas do partido para perpassar por diversas etapas na vida de uma pessoa: idolatria, amizade, amor, rancor, tristeza e superação.
Com o charme do rosto extremamente expressivo de Roman Griffin Davis e um roteiro muito bem aparado pelo também diretor, o filme alcança complexidade o suficiente para alcançar diversas camadas, de acordo com sua audiência.
O elenco extremamente alinhado com o pensamento "fazer o filme mais raso do que de fato é" deixam a obra orgânica e leve, como se fosse um filme infantil; afina, vemos tudo através do imaginário de Jojo, nosso herói autocrítico. Sam Rockwell e Rebel Wilson são alívios cômicos estrategicamente inseridos para dar um quê de humor negro (a cena em que Fraulein Rahm arranca o pino de uma granada, encaixa nas costas de uma criança, e manda ela abraçar um soldado americano é genial pelo fato de desenhar uma filosofia inteira dentro de uma piada).
eivado de alma e nos inundando de questionamento póstumos, jojo rabbit é uma das grandes obras que fecharam a década. as obras de taika waititi definitivamente devem ser apreciadas com zelo, com o olhar que vai muito além da piada, sob pena de se perder um material lindo e rico.
Judy: Muito Além do Arco-Íris
3.4 356é engraçado como diferentes olhares têm percepções tão diferentes.
vi esse filme ontem com minha mãe. enquanto ela fazia uma análise (que eu considero) simplista, argumentando coisas (que eu considero também) lineares como: "mas é só ir e cantar", "que mulher problemática", "merecia estar falida porque não dava o valor pro dom da voz que ela tinha" - entre outros comentários menos empáticos -, eu só via uma vítima.
quando via o filme, vi uma pessoa que, desde o início, fora tratada como produto: um produto de sua mãe, um produto de sua produtora e um produto de mercado. quando o público não via mais sua necessidade, foi descartada para, literalmente, ficar sem ter onde dormir.
enquanto muitos criticavam seus diversos casamentos, eu via na verdade um apelo por atenção ("se eu precisar ouvir 'eu te amo' dez vezes, fale, por favor") de alguém que nunca recebeu afeto ou um olhar mais empático.
para mim, a direção do filme peca no excesso de sugestividade, sempre deixando uma informação faltante, que poderia ter sido vista no filme. eu sei que o filme, muito mais do que aquilo que se vê, é o que não se vê, mas Rupert Goold levou essa máxima um pouco a sério demais.
os festivais deste ano estão extremamente bem servidos na disputa de oscar de melhor atriz. impossível não se comover com a atuação da renée zellweger, especialmente nos minutos finais, quando a voz falha, mas fica cheia de poesia com seu olhar emocionado.
Judy é um filme regular com uma atuação deslumbrante. ao fim, meu único desejo é que mais pessoas compartilhei a minha visão ao invés de minha mãe, e vejam, como o próprio título diz, muito além do arco-íris.
Dois Papas
4.1 962 Assista AgoraFilme bacana. Sempre gostei das obras do Fernando Meirelles, mas aqui acho que ele pecou um pouco no excesso de didatismo na película e, algumas vezes, até certo desleixo.
Veja que a dublagem em espanhol do Pryce é evidente (o timbre da voz do dublador sequer encaixa na do ator); da mesma forma, nos primeiros flashbacks, o filme fica em preto e branco, contudo, inexplicavelmente nos demais, a paleta de cores apenas fica desbotada levemente. Tentei inclusive achar um significado para isso, mas é justamente na memória mais dolorosa do Papa Francisco, quando o filme poderia perder a cor, é quando o flashback fica colorido.
Anthony Hopkins, embora seja um grande ator, fez um trabalho em nível ordinário; com um andar lento e aquela mistura de olhar sagaz com surtos episódicos em sua voz já é uma assinatura batida em muitos de seus trabalhos.
Em uma análise mais abrangente, acho um bom filme para se ver e quebrar o paradigma de antagonismo que se criou entre os dois papas. O filme mostra para desmistificar e humanizar o representante de Deus na Terra. No mesmo momento em que faz isso, automaticamente, nos faz desenvolver empatia por ambos, principalmente nos instantes finais, quando mostra que ambos fica evidente a amizade e a humanidade de ambos.
O Irlandês
4.0 1,5K Assista Agorafilme muito interessante. scorsese conseguiu aplicar em uma película toda a descritibilidade que encontramos nas páginas dos livros. o resultado por vezes é controverso: o que para muitos transforma o filme em uma experiência audiovisual rica, para outros pode deixar a obra maçante e tediosa.
varia de acordo com o gosto. discordo que seja a masterpiece do diretor, que é um dos que eu mais admiro, diga-se de passagem, mas sem dúvida é um grande trabalho, com grandes atores e um roteiro espetacular.
dou 3,5 estrelas porque, comparando com outras produções do scorsese, acho que peca um pouco na edição e no polimento do trabalho como um todo. além disso, queria que fosse mais aprofundado o conflito entre o de niro e a anna paquin.
Adoráveis Mulheres
4.0 975 Assista Agorafilme muito singelo. a gente ri e chora, mas sai do cinema se sentindo leve. elenco maravilhoso. só não dou cinco estrelas porque achei a trama da emma watson subaproveitada. se tivesse explorado as dificuldades dela também, teria sido um filme completo.
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraQuando ainda estava cursando Direito, uma das perguntas mais recorrentes que me faziam sempre era "em que área tu pretende atuar?". Com apenas dezessete anos, ficava meio difícil saber o que responder, de modo que sempre respondi da mesma forma: qualquer uma que não seja Direito de Família.
Esses rompimentos de núcleo familiar sempre me foram doídos. Não por experiência própria, ainda bem. Mas, de alguma forma, sempre me atingiam de forma lacerante.
Com História de um Casamento não foi diferente; o roteiro sofisticado e as atuações impecáveis do casal protagonista me proporcionaram uma das mais doloridas e profundas viagens à ruptura de uma família.
É com muita dor que se vê um casal, que ainda se ama (e isso fica muito claro), mas não enxerga futuro por uma incompatibilidade de projetos. Ambos falhos, mas ao mesmo tempo, ambos perfeitos em tentar buscar a harmonia da vida em meio ao caos.
O filme é uma poesia chorada em meio ao mundo contemporâneo. Dói de saber que é a realidade de muitos. Dói ainda mais saber que pode ser a realidade de outros tantos.
No fim dessa obra eu pude apenas, em meio a soluços e voz embargada, ligar para minha namorada e dizer de peito cheio: eu te amo. Mesmo longe, eu te amo muito.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraQuando Lynch encontra Lovecraft
Watchmen
4.4 562 Assista Agorao que ficou claro pra mim é que o Dr. Manhattan, na verdade, não é capaz de amar. ele sempre soube disso. ele só amou a Angela pq era ela quem herdaria os poderes dele. o amor dos dois foi instrumento do Jon passar as habilidades deles.
Esquadrão 6
3.0 431 Assista Agorafraco. cenas de ação confusas, roteiro confuso, cronologia confusa. michael bay cada vez pior.
duas estrelas: uma pelo carisma do ryan reynolds e outra pela beleza inigualável da adria arjona.
Titãs (2ª Temporada)
3.3 214 Assista Agoraengraçado porque eu vejo essa série, gosto dela, mas eu SEMPRE tenho a impressão que falta mais capricho no roteiro ou que o episódio termina faltando algo. o último episódio deu a entender que a série finalmente vai deslanchar, mas tenho medo que continue sempre nesse 'quase'
Contato Visceral
1.6 450 Assista Agoraas definições de bosta foram atualizadas
Medo Profundo: O Segundo Ataque
2.6 336Não consegui parar de rir da sequência final
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraAri Aster acha que só mantendo uma nota constante vai deixar a trilha sonora perturbadora. Hans Zimmer deu aula disso em The Dark Knight, mas acho que ele não prestou muito atenção.
Dor e Glória
4.2 619 Assista AgoraO jogo de cores é lindíssimo. Não achei dos melhores filmes do Almodóvar, embora tenha ficado muito claro pra mim que ele não fez esse filme para ninguém senão ele mesmo. É um diálogo com as próprias memórias e aprendizados dele. Usa e abusa da metalinguagem.
(o filme faz referência à biografia dele, e o filme dentro do filme faz referência também)
É um típico filme de alguém orgulhoso - e com razão - da jornada traçada até agora. Tão orgulhoso que não precisa esconder sua intimidade de ninguém. Cria um alter-ego quase perfeito vivido pelo Antonio Banderas.
Certo momento, em um de seus ensaios, Salvador escreve que "o amor pode mover montanhas, mas não salvar quem você ama"; é talvez não salve naquele momento, mas a única certeza que eu tive ao terminar o filme foi que todos ali, sem exceção, encontraram no amor (seja próprio, seja alheio) paz e redenção.
A Maldição da Chorona
2.3 524 Assista Agoragostei bastante do lance em que o fantasma apareceu no momento da menina abrir o guarda-chuva transparente. são essas pequenas sacadinhas que salvam o filme de terror contemporâneo.
a invocação do mal teve as palmas.
anabelle teve o monstro subindo as escadas.
quando as luzes se apagam tem o lance dos tiros da arma fazerem o monstro sumir.
por ser um gênero desgastado, a gente precisa se apegar nessas pequenas ideias pra sair do lugar comum e dizer que o filme vale alguma coisa na fila do pão.