Eu realmente gosto da montagem dos filmes do Edgar Wright, o jogo de cores e a trilha sonora são partes integrantes efetivas do filme. O plot não é nem um pouco surpreendente, mas diverte porque é um filme visualmente muito gostoso de assistir. A atriz principal (Thomasin McKenzie) tem uma voz assoprada/sussurrada extremamente enfadonha a ponto de que no fim do filme a gente não quer mais que ela fale. Anya Taylor-Joy, como sempre, é o maior destaque e o estilo "estranho" dela casa muito com o design de produção do Edgar Wright. Bom filme, em que pese o plot previsível e o terceiro ato demasiadamente alongado e cansativo.
Filme começa aparentemente destoando do tom universal que a Marvel emprega nos filmes do MCU. Começa violento, cru, desolador, impactante, e só depois do longo preâmbulo começa a mostrar sua identidade Marvel de ser.
Os pontos altos do filme ficam por conta das excelentes e brutais cenas de ação e pelas cenas entre os personagens principais (o elo familiar é muito explorado, principalmente o debate de família sanguínea/afetiva).
Os contras eu considero em parte roteiro: os filmes de super-herói atualmente já evoluíram muito além do tradicional que o vilão explica seu plano inteiro, com detalhes; falando em antagonista, o personagem do Ray Winstone é extremamente caricato.
Saldo positivo do filme se comparada a outras obras solo recentes da Marvel, como Homem-Formiga, Capitã Marvel ou Dr. Estranho.
Não sei o que o pessoal esperava pra avaliar tão mal kkkkkk mas é melhor que pelo menos os últimos três Saw. Chris Rock não nasceu pra atuar em drama, muito escandaloso pra isso, mas achei muito boa a sacada de fazer uma limpa Institucional ao invés de pessoal
em algum momento eu pisquei e virou Viagem ao Centro da Terra. O roteiro é péssimo, são menos lutas que eu esperava (mas muito bem feitas). Diverte bastante!
Ainda não entendi muito bem o que todos esses comentários negativos esperavam. Obviamente eu esperava que adaptassem integralmente o cânone do jogo (que é cheio de idas e vindas, muito complexo por sinal, mas deveria ser melhor explorado em série).
Entretanto, dentro das baixas expectativas, achei um excelente filme pra quem gosta da franquia. As lutas são bem violentas, as imagens são bem gráficas (cheio de sangue e tripas), várias referências a golpes originais, fatalities fiéis aos do game. Achei um excelente fã service e me diverti nessa releitura. O Kabal achei muito legal essa versão mais despojada e ácida.
O roteiro acho que conseguiu uma saída eficiente e rápida pros braços do Jax e o "despertar dos poderes mágicos dos lutadores", enfim, achei um filme bem prático, objetivo e direto pra quem consumiu a franquia do jogo. É bom, apensa isso.
Fui surpreendido. Estava sem expectativa nenhuma em cima dessa produção. Não sei se foi pela produções contestadas ou pelas ridicularizadas, em algum momento passei a não me importar mais com os filmes do dito DCEU.
Confesso que Zack Snyder é um diretor que não me cativa tanto. Sua estilística, tão forte que chega a ser uma assinatura, me cansa. Os excessos de takes em câmera lenta, o abuso nas repetições nas características dos personagens (o grito das amazonas sempre que a Mulher-Maravilha pega uma espada por exemplo) é um fator que deixa o filme menos leve do que deveria. Mas há seus pontos positivos, sem dúvida: a emoção e a urgência em determinadas cenas é quase tátil de tão perceptível, o roteiro de suas produções é sempre muito coeso e de fácil acompanhamento, sem ser explicativo ou infantil.
Mas preciso ser sincero que o filme me surpreendeu demais. Muito diferente do Frankestein do Joss Whedon, o filme tem - e não tem outra palavra melhor - nexo! Esse filme tem nexo, a espectador mergulha no sentimento de urgência, do fim de estar próximo. As apresentações dos personagens é bem sedimentada, expõe de forma muito sucinta e clara suas aspirações e limitações. Sim, ainda acho que o desenvolvimento do roteiro é acelerado, embora infinitamente melhor que a versão dos cinemas. Pelo que eles representam, os protagonistas mereciam um mergulho maior em seus elementos do que seus quinze ou vinte minutos de introdução nesse filme, algo que apenas um filme solo poderia fazer.
De qualquer forma, Liga da Justiça é o melhor resultado da parceria DC/Snyder/Warner. Infelizmente, por motivos políticos e marcadológicos, jamais saberemos como poderia ter sido dar sequência à visão do diretor. Não que eu concordasse com o rumo que as coisas estavam tomando, mas não consigo deixar de pensar "e se...".
o filme é tão desinteressante que eu QUASE desisti de assistir até o fim. Personagens genéricos, sem enredo. Realmente, a Sony olhou pro fundo do abismo e não sei como que caiu no canto de uma sereia sem talento chamada Paul WS Anderson
Embora protocolar, novo filme de Aaron Sorkin vai além dos tribunais e demonstra que a polarização do mundo vem de muito antes do século 21
Uma das maiores qualidades do diretor e roteirista Aaron Sorkin é, definitivamente, saber contar uma história de forma dinâmica. Seja no excelente A Rede Social ou no famigerado A Grande Jogada, seu texto sempre soube contar uma história natural de forma dinâmica e fluida.
Assim, quando Os 7 de Chicago foi anunciado pela Netflix, que possui seus direitos de produção e transmissão, houve uma certa euforia contida, considerando estarmos em tempos calamitosos. Aliado a isso, um elenco estelar não fez por menos: Eddie Redmayne, Jeremy Strong, Yahya Abdul-Mateen II, e, claro, um estupendo Sasha Baron Cohen. O cenário da obra, uma sala de tribunal, foi o ambiente perfeito para que Sorkin pudesse alcançar outro patamar na sua excelência com diálogos.
Extremamente relevante em conteúdo, o filme é construído de forma indireta, de modo que os eventos que são o cerne do julgamento são enfrentados pouco a pouco, através de flashbacks e lembranças dos personagens. Assim, justamente por não parecer enfadonho, as palavras proferidas em audiência tomam especial relevância no momento em que proferidas.
Se por um lado o filme encanta por seu dinamismo, esta mesma forma indireta já fora usada outras vezes pelo diretor, de modo que pouca inovação se vê no diretor em comparação a ele mesmo. Da mesma forma, embora tão sagaz em suas críticas, o filme ainda se rende ao protocolar, ou seja, coloca na imagem de um jovem promotor um velho recado bem batido no cinema de pseudorredenção – ei, nós éramos assim, mas a nova geração de agentes políticos é nobre, veja só.
Um dos elementos mais atuais na sociedade atualmente é sua total incapacidade de distinção de valores. Ou se é bom, ou se é mal. Esquerda ou direita. Esse pensamento ilusório faz aparentar que não vivemos em um mundo de camadas; há apenas dois lados de uma mesma moeda. Nesse ponto vem a excelência de Sorkin, que usa este caso concreto, para ilustrar que, embora o mundo insista em se manter raso e horizontal, há uma verticalidade inerente a cada um, com seus pensamentos, severidades, abrandamentos.
Não tem dúvidas que o mundo é um local complicado; para isto, as pessoas resolvem procurar semelhanças em seus antagonistas e é justamente disso que nasce a simplificação e a polarização. Em certo momento do filme, o promotor Richard Schultz (Gordon-Levitt) professa: eles são a esquerda radical, apenas com diferente roupagem. Enquanto caráter for julgado apenas por opinião política, o mundo continuará andando em círculos.
Filme alegórico, de natureza quase kafkiana, leva o espectador à introspecção e autoaceitação.
Quando eu era mais novo, eu e meus amigos compartilhamos muitas noites em um mesmo local (o salão de festas do prédio que morávamos). Muitas mesmo. Tantas a ponto de que eu, hoje, não me lembro ao certo quem estava em determinada noite, ou o que aconteceu especificamente. A memória se confunde. Às vezes insere, muda, transforma. Deleta.
Da mesma forma, quando estamos à beira da morte, dizem que nossa vida toda passa como se fosse um filme. Não sei bem se essa foi a linha de raciocínio do diretor Charlie Kaufman (roteirista de Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças), mas gosto de pensar que Estou Pensando em Acabar com Tudo nasceu em algum lugar entre essas duas ideias.
Muito além do que parece, o filme narra a história de um novo casal, cuja mulher será apresentada para seus sogros, que moram em uma fazenda. A começar, importante mencionar que o filme propositalmente é mostrado em um aspecto incomodativo (1.33:1 ou 4:3), que nos sufoca e aperta junto dos personagens, amplificando o desconforto da sequência de cenas que beiram o non-sense: a cada troca de cena, os sogros mudam sua idade e comportamento, a protagonista muda seu nome, profissão, roupas.
Não demora muito para que possamos perceber, na narrativa onírica, que há algo mais a ser sentido. Paradoxalmente, o clima frio e o ambiente surreal contrastam com um mise-en-scène aconchegante, cheio de papéis de parede estampados, que trazem ao espectador certa candura na relação com a casa de fazenda.
Conhecedor da obsessão que o diretor tem com a relação mente/corpo, fica muito claro que se trata de uma alegoria à memória e sua constante natureza mutante. EpeAcT nasce como uma tragédia que nos desperta. Uma das maiores pistas da vida adulta é quando adquirimos a capacidade de olhar pra trás e aceitar nossos arrependimentos. Eu errei muito, você também. E agora eu vejo que ainda temos tempo para mudar.
Nota: 5/5
*Curta @catacresecc no Instagram e fique por dentro de nossas novidades!
Filme independente de ficção científica extremamente sensorial surpreende e homenageia clássicos do gênero
Começo esse texto rememorando uma frase do comediante indiano Hari Kondabolu: Hollywood é um negócio que usa a arte como capa. Nada mais que a verdade. Talvez seja por isso que seja talvez um dos ramos mais cruéis para novatos. Com a chegada do streaming, criou-se uma certa democratização do acesso a obras pequenas e de pouco investimento. Ainda bem, não fosse isso talvez eu nunca visse A Vastidão da Noite.
Apenas para fins de curiosidade: A Vastidão da Noite é um filme independente, dirigido pelo estreante Andrew Patterson, e que penou para conseguir ser incluso em festivais de exibição mundo afora. Entretanto, teve seus direitos adquiridos exclusivamente pela Amazon e passou a constar no catálogo do Prime Video como Amazon Originals.
Sem denunciar a trama (cuja sinopse se encontra na descrição), vemos logo nos primeiros minutos que se trata de uma obra única. Construído em um falso modelo episódico, com diálogos cotidianos, mas inteligentes e rápidos, que remetem facilmente aos trabalhos de Amy Sherman-Palladino, somos conduzidos pelo casal protagonista a fim de criar uma conexão com as personagens e com o que virá a seguir. Partindo disso, fica muito fácil ver as homenagens a obras como Além da Imaginação, Guerra dos Mundos, e, até mesmo, Sinais.
Com uma fotografia simples, resta evidente que, por seu baixo custo, a obra retorna aos fundamentos do cinema, apoiando-se quase que basicamente em diálogos (muito parecido com uma radionovela) e um jogo de sons e silêncio que casam muito bem com sua atmosfera envolvente. Os momentos de escuridão, em que se ouve apenas a voz do interlocutor pelo telefone mantém a tensão do filme a todo o momento.
A Vastidão da Noite é um daqueles filmes singelos, sem pretensão, mas que marcam. É essa pureza que fez eu e tantos outros gostarem de cinema. Intercalando a tensão com nossas simpáticas risadas de algumas construções de diálogos bobas, o filme é um prato cheio para sair da zona de conforto dos blockbusters e, por experiência própria, posso dizer que isso é muito agradável.
Nota: 4/5
PS: Curta Catacrese no instagram (@catcresecc) e fique por dentro de nossas outras críticas.
Filme de interessante argumento se perde em coincidências inexplicáveis e confusão entre amor/obsessão.
Um dos primeiros passos para construir uma boa obra reside, basicamente, no que é posto no papel. Ali, poderemos fazer as melhores discussões, as estruturas mais ousadas, e expor nossas ideias. Nesse quesito, Rede de Ódio nasce com todos os méritos, o tema de fake news é extremamente contemporâneo e uma realidade constante no meio virtual. Cabe a nós saber distinguir a informação forjada da realidade, mas isso nem sempre é fácil, ainda mais quando se tem do outro lado alguém pago apenas para nos ludibriar.
Como é sabido por todos, atualmente, em todos os tópicos, estamos enfrentando uma verdadeira onda de desinformação espalhada por meio da internet e de redes sociais. Na política, não é raro a difusão de imagens tentando ridicularizar ou, até mesmo, criminalizar o oponente para obter a vitória. Nesse ponto que Rede de Ódio triunfa e, ao mesmo tempo, sucumbe.
Com o objetivo de dar estofo às subtramas (como a obsessão de Tomasz por Gabi), o filme começa a conectar uma série de coincidências a fim de que essas possam se unir ao enredo principal, mas acaba ocasionando um produto artificial e novelesco. Não fosse por isso, poder-se-ia, talvez, reduzir seus 135 minutos para abraçar uma trama mais consistente.
Não bastasse a trama demasiadamente capilarizada, a atuação de Maciej Musialowski, o qual vive o sociopata protagonista, embora muito envolvente, por vezes acaba por uma indecisão entre o Patrick Bateman, de Christian Bale (Psicopata Americano), e a Amy Dunne, de Rosamund Pike (Garota Exemplar). Em momento, temos um jovem fútil que almeja crescer sua condição de vida, mal distinguindo a realidade da fantasia, noutro, há um complexo plano engendrado por sua brilhante mente maquiavélica.
Veja que a atuação do protagonista jamais nos permite dizer o que ele genuinamente pensa. As feições fechadas de Tomasz apenas aliviam quando sabemos que ele mente. E, ainda, o mais importante de seu trabalho, em momento algum temos a informação no que ELE realmente crê? Não há indício algum de qual seria o alinhamento ideológico do protagonista, o que o torna mais estranho (e mais doente) ao espectador.
Aliás, infelizmente o diretor Jan Komasa – de repente na tentativa de diminuir a resistência de sua obra – faz questão de mostrar o protagonista como um sociopata. Isso pode até passar despercebido e um primeiro momento, mas é realmente necessário ser um sociopata para difundir informações falsas? Seriam todos, naquela empresa de fake news, sociopatas?
Perdendo muito tempo na trama que trata da ascensão social do protagonista, Rede de Ódio perde preciosos momentos para debater mais profundamente a disseminação de informações falsas e o perigoso efeito manada que gera. Infelizmente, o gosto que fica é de um produto frágil e inacabado, algo que tinha que potencial para ser muito maior, mas que por medo não foi.
Filme com a receita padrão do streaming atualmente: um bom ator pra trazer o espectador, orçamento de moderado a baixo para CGI e locações de filmagens. O grande mérito vai pro enredo que mostra toda a sinergia da tripulação no momento da crise, tirando um pouco o holofote do capitão.
Tom Hanks sempre muito agradável de apreciar na tela, embora não esteja em terreno novo. Em Capitão Phillips ele precisou encarnar o mesmo papel basicamente na tensão naval.
A duração, para a proposta da obra, ficou em um ótimo patamar, sob pena de ficar muito arrastado. Assim o diretor foi muito perspicaz em entender que a tensão que o filme constrói não se sustentaria por mais tempo, conseguindo encerrar o trabalho sem ficar maçante.
Com certeza mais uma boa obra que a Apple Tv+ adicionou ao seu catálogo exclusivo.
Mesmo plot de sempre: família típica americana suburbana se vê atormentada por [insira aqui o monstro da vez] onde o pai da família é o cético, a mãe a investigadora e os filhos sucetíveis a influência maligna.
Filme tão arrogante e preconceituoso quanto o diretor que também escreveu. Típica visão antiquada de que a arte de cinema não pode envolver filme de herói/ação.
uma excelente alegoria do 'american dream'. assim como mãe! (mas menos frenético), o filma usa da metáfora para apresentar uma sequência absurda de eventos, mas que ao fim, nada mais são do que uma crítica aos objetivos e expectativas traçadas pela sociedade para a classe média.
acho que não cabe fazer uma análise muito aprofundada porque parte da beleza do filme está em ser surpreendido e refletir sobre o texto pouco convencional.
filme totalmente maluco. dá uns dois plot twist que chega a dar câimbra no cérebro. mas o roteiro como um todo é muito fraco. helen hunt totalmente desfigurada.
Nada de mais, nada de menos. Filme previsível e divertido. Legal ver um elenco conhecido majoritariamente por séries em um filme menor.
As únicas críticas que não consegui relevar foi a falta a mudança repentina no núcleo do filme - uma hora estamos vendo A Ilha da Fantasia, noutra vemos A Volta dos Mortos-Vivos - e a participação inexplicável do personagem do Michael Rooker.
They/Them: O Acampamento
2.3 149Quase parei quando virou clipe musical, depois desejei ter parado, no fim fiquei triste porque realmente deveria ter parado.
Noite Passada em Soho
3.5 740 Assista AgoraEu realmente gosto da montagem dos filmes do Edgar Wright, o jogo de cores e a trilha sonora são partes integrantes efetivas do filme. O plot não é nem um pouco surpreendente, mas diverte porque é um filme visualmente muito gostoso de assistir. A atriz principal (Thomasin McKenzie) tem uma voz assoprada/sussurrada extremamente enfadonha a ponto de que no fim do filme a gente não quer mais que ela fale. Anya Taylor-Joy, como sempre, é o maior destaque e o estilo "estranho" dela casa muito com o design de produção do Edgar Wright. Bom filme, em que pese o plot previsível e o terceiro ato demasiadamente alongado e cansativo.
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraPau no cy dos negacionistas e bolsominions.
Halloween Kills: O Terror Continua
3.0 683 Assista AgoraDistorceram tanto o menino Michael que já podemos chamar de Jason. ou Michael Voorhees. Ou Jason Myers.
PS: ridícula a romantização do linchamento também pra matar o Jason, digo Michael.
Observadores
3.0 416 Assista AgoraComeça meio interessante, depois vai piorando, tem um plot twist total rolê aleatório, piora mais até o final que é péssimo.
Se tivesse terminado no "suicídio" do thomas, teria sido melhor, embora super radical
Jungle Cruise
3.1 352 Assista AgoraFilme bacaninha, mas a química to The Rock com a Emily Blunt é terrível
Viúva Negra
3.5 1,0K Assista AgoraFilme começa aparentemente destoando do tom universal que a Marvel emprega nos filmes do MCU. Começa violento, cru, desolador, impactante, e só depois do longo preâmbulo começa a mostrar sua identidade Marvel de ser.
Os pontos altos do filme ficam por conta das excelentes e brutais cenas de ação e pelas cenas entre os personagens principais (o elo familiar é muito explorado, principalmente o debate de família sanguínea/afetiva).
Os contras eu considero em parte roteiro: os filmes de super-herói atualmente já evoluíram muito além do tradicional que o vilão explica seu plano inteiro, com detalhes; falando em antagonista, o personagem do Ray Winstone é extremamente caricato.
Saldo positivo do filme se comparada a outras obras solo recentes da Marvel, como Homem-Formiga, Capitã Marvel ou Dr. Estranho.
Espiral: O Legado de Jogos Mortais
2.2 527 Assista AgoraNão sei o que o pessoal esperava pra avaliar tão mal kkkkkk mas é melhor que pelo menos os últimos três Saw. Chris Rock não nasceu pra atuar em drama, muito escandaloso pra isso, mas achei muito boa a sacada de fazer uma limpa Institucional ao invés de pessoal
Godzilla vs. Kong
3.1 797 Assista Agoraem algum momento eu pisquei e virou Viagem ao Centro da Terra. O roteiro é péssimo, são menos lutas que eu esperava (mas muito bem feitas). Diverte bastante!
Mortal Kombat
2.7 1,0K Assista AgoraAinda não entendi muito bem o que todos esses comentários negativos esperavam. Obviamente eu esperava que adaptassem integralmente o cânone do jogo (que é cheio de idas e vindas, muito complexo por sinal, mas deveria ser melhor explorado em série).
Entretanto, dentro das baixas expectativas, achei um excelente filme pra quem gosta da franquia. As lutas são bem violentas, as imagens são bem gráficas (cheio de sangue e tripas), várias referências a golpes originais, fatalities fiéis aos do game. Achei um excelente fã service e me diverti nessa releitura. O Kabal achei muito legal essa versão mais despojada e ácida.
O roteiro acho que conseguiu uma saída eficiente e rápida pros braços do Jax e o "despertar dos poderes mágicos dos lutadores", enfim, achei um filme bem prático, objetivo e direto pra quem consumiu a franquia do jogo. É bom, apensa isso.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KFui surpreendido. Estava sem expectativa nenhuma em cima dessa produção. Não sei se foi pela produções contestadas ou pelas ridicularizadas, em algum momento passei a não me importar mais com os filmes do dito DCEU.
Confesso que Zack Snyder é um diretor que não me cativa tanto. Sua estilística, tão forte que chega a ser uma assinatura, me cansa. Os excessos de takes em câmera lenta, o abuso nas repetições nas características dos personagens (o grito das amazonas sempre que a Mulher-Maravilha pega uma espada por exemplo) é um fator que deixa o filme menos leve do que deveria. Mas há seus pontos positivos, sem dúvida: a emoção e a urgência em determinadas cenas é quase tátil de tão perceptível, o roteiro de suas produções é sempre muito coeso e de fácil acompanhamento, sem ser explicativo ou infantil.
Mas preciso ser sincero que o filme me surpreendeu demais. Muito diferente do Frankestein do Joss Whedon, o filme tem - e não tem outra palavra melhor - nexo! Esse filme tem nexo, a espectador mergulha no sentimento de urgência, do fim de estar próximo. As apresentações dos personagens é bem sedimentada, expõe de forma muito sucinta e clara suas aspirações e limitações. Sim, ainda acho que o desenvolvimento do roteiro é acelerado, embora infinitamente melhor que a versão dos cinemas. Pelo que eles representam, os protagonistas mereciam um mergulho maior em seus elementos do que seus quinze ou vinte minutos de introdução nesse filme, algo que apenas um filme solo poderia fazer.
De qualquer forma, Liga da Justiça é o melhor resultado da parceria DC/Snyder/Warner. Infelizmente, por motivos políticos e marcadológicos, jamais saberemos como poderia ter sido dar sequência à visão do diretor. Não que eu concordasse com o rumo que as coisas estavam tomando, mas não consigo deixar de pensar "e se...".
Monster Hunter
2.4 407 Assista Agorao filme é tão desinteressante que eu QUASE desisti de assistir até o fim. Personagens genéricos, sem enredo. Realmente, a Sony olhou pro fundo do abismo e não sei como que caiu no canto de uma sereia sem talento chamada Paul WS Anderson
Os 7 de Chicago
4.0 581 Assista AgoraOs 7 de Chicago - Crítica
Embora protocolar, novo filme de Aaron Sorkin vai além dos tribunais e demonstra que a polarização do mundo vem de muito antes do século 21
Uma das maiores qualidades do diretor e roteirista Aaron Sorkin é, definitivamente, saber contar uma história de forma dinâmica. Seja no excelente A Rede Social ou no famigerado A Grande Jogada, seu texto sempre soube contar uma história natural de forma dinâmica e fluida.
Assim, quando Os 7 de Chicago foi anunciado pela Netflix, que possui seus direitos de produção e transmissão, houve uma certa euforia contida, considerando estarmos em tempos calamitosos. Aliado a isso, um elenco estelar não fez por menos: Eddie Redmayne, Jeremy Strong, Yahya Abdul-Mateen II, e, claro, um estupendo Sasha Baron Cohen. O cenário da obra, uma sala de tribunal, foi o ambiente perfeito para que Sorkin pudesse alcançar outro patamar na sua excelência com diálogos.
Extremamente relevante em conteúdo, o filme é construído de forma indireta, de modo que os eventos que são o cerne do julgamento são enfrentados pouco a pouco, através de flashbacks e lembranças dos personagens. Assim, justamente por não parecer enfadonho, as palavras proferidas em audiência tomam especial relevância no momento em que proferidas.
Se por um lado o filme encanta por seu dinamismo, esta mesma forma indireta já fora usada outras vezes pelo diretor, de modo que pouca inovação se vê no diretor em comparação a ele mesmo. Da mesma forma, embora tão sagaz em suas críticas, o filme ainda se rende ao protocolar, ou seja, coloca na imagem de um jovem promotor um velho recado bem batido no cinema de pseudorredenção – ei, nós éramos assim, mas a nova geração de agentes políticos é nobre, veja só.
Um dos elementos mais atuais na sociedade atualmente é sua total incapacidade de distinção de valores. Ou se é bom, ou se é mal. Esquerda ou direita. Esse pensamento ilusório faz aparentar que não vivemos em um mundo de camadas; há apenas dois lados de uma mesma moeda. Nesse ponto vem a excelência de Sorkin, que usa este caso concreto, para ilustrar que, embora o mundo insista em se manter raso e horizontal, há uma verticalidade inerente a cada um, com seus pensamentos, severidades, abrandamentos.
Não tem dúvidas que o mundo é um local complicado; para isto, as pessoas resolvem procurar semelhanças em seus antagonistas e é justamente disso que nasce a simplificação e a polarização. Em certo momento do filme, o promotor Richard Schultz (Gordon-Levitt) professa: eles são a esquerda radical, apenas com diferente roupagem. Enquanto caráter for julgado apenas por opinião política, o mundo continuará andando em círculos.
Nota: 4/5
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraEstou Pensando em Acabar com Tudo – Crítica
Filme alegórico, de natureza quase kafkiana, leva o espectador à introspecção e autoaceitação.
Quando eu era mais novo, eu e meus amigos compartilhamos muitas noites em um mesmo local (o salão de festas do prédio que morávamos). Muitas mesmo. Tantas a ponto de que eu, hoje, não me lembro ao certo quem estava em determinada noite, ou o que aconteceu especificamente. A memória se confunde. Às vezes insere, muda, transforma. Deleta.
Da mesma forma, quando estamos à beira da morte, dizem que nossa vida toda passa como se fosse um filme. Não sei bem se essa foi a linha de raciocínio do diretor Charlie Kaufman (roteirista de Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças), mas gosto de pensar que Estou Pensando em Acabar com Tudo nasceu em algum lugar entre essas duas ideias.
Muito além do que parece, o filme narra a história de um novo casal, cuja mulher será apresentada para seus sogros, que moram em uma fazenda. A começar, importante mencionar que o filme propositalmente é mostrado em um aspecto incomodativo (1.33:1 ou 4:3), que nos sufoca e aperta junto dos personagens, amplificando o desconforto da sequência de cenas que beiram o non-sense: a cada troca de cena, os sogros mudam sua idade e comportamento, a protagonista muda seu nome, profissão, roupas.
Não demora muito para que possamos perceber, na narrativa onírica, que há algo mais a ser sentido. Paradoxalmente, o clima frio e o ambiente surreal contrastam com um mise-en-scène aconchegante, cheio de papéis de parede estampados, que trazem ao espectador certa candura na relação com a casa de fazenda.
Conhecedor da obsessão que o diretor tem com a relação mente/corpo, fica muito claro que se trata de uma alegoria à memória e sua constante natureza mutante. EpeAcT nasce como uma tragédia que nos desperta. Uma das maiores pistas da vida adulta é quando adquirimos a capacidade de olhar pra trás e aceitar nossos arrependimentos. Eu errei muito, você também. E agora eu vejo que ainda temos tempo para mudar.
Nota: 5/5
*Curta @catacresecc no Instagram e fique por dentro de nossas novidades!
A Vastidão da Noite
3.5 575 Assista AgoraA Vastidão da Noite – Crítica
Filme independente de ficção científica extremamente sensorial surpreende e homenageia clássicos do gênero
Começo esse texto rememorando uma frase do comediante indiano Hari Kondabolu: Hollywood é um negócio que usa a arte como capa. Nada mais que a verdade. Talvez seja por isso que seja talvez um dos ramos mais cruéis para novatos. Com a chegada do streaming, criou-se uma certa democratização do acesso a obras pequenas e de pouco investimento. Ainda bem, não fosse isso talvez eu nunca visse A Vastidão da Noite.
Apenas para fins de curiosidade: A Vastidão da Noite é um filme independente, dirigido pelo estreante Andrew Patterson, e que penou para conseguir ser incluso em festivais de exibição mundo afora. Entretanto, teve seus direitos adquiridos exclusivamente pela Amazon e passou a constar no catálogo do Prime Video como Amazon Originals.
Sem denunciar a trama (cuja sinopse se encontra na descrição), vemos logo nos primeiros minutos que se trata de uma obra única. Construído em um falso modelo episódico, com diálogos cotidianos, mas inteligentes e rápidos, que remetem facilmente aos trabalhos de Amy Sherman-Palladino, somos conduzidos pelo casal protagonista a fim de criar uma conexão com as personagens e com o que virá a seguir. Partindo disso, fica muito fácil ver as homenagens a obras como Além da Imaginação, Guerra dos Mundos, e, até mesmo, Sinais.
Com uma fotografia simples, resta evidente que, por seu baixo custo, a obra retorna aos fundamentos do cinema, apoiando-se quase que basicamente em diálogos (muito parecido com uma radionovela) e um jogo de sons e silêncio que casam muito bem com sua atmosfera envolvente. Os momentos de escuridão, em que se ouve apenas a voz do interlocutor pelo telefone mantém a tensão do filme a todo o momento.
A Vastidão da Noite é um daqueles filmes singelos, sem pretensão, mas que marcam. É essa pureza que fez eu e tantos outros gostarem de cinema. Intercalando a tensão com nossas simpáticas risadas de algumas construções de diálogos bobas, o filme é um prato cheio para sair da zona de conforto dos blockbusters e, por experiência própria, posso dizer que isso é muito agradável.
Nota: 4/5
PS: Curta Catacrese no instagram (@catcresecc) e fique por dentro de nossas outras críticas.
Rede de Ódio
3.7 362 Assista AgoraRede de Ódio – Crítica
Filme de interessante argumento se perde em coincidências inexplicáveis e confusão entre amor/obsessão.
Um dos primeiros passos para construir uma boa obra reside, basicamente, no que é posto no papel. Ali, poderemos fazer as melhores discussões, as estruturas mais ousadas, e expor nossas ideias. Nesse quesito, Rede de Ódio nasce com todos os méritos, o tema de fake news é extremamente contemporâneo e uma realidade constante no meio virtual. Cabe a nós saber distinguir a informação forjada da realidade, mas isso nem sempre é fácil, ainda mais quando se tem do outro lado alguém pago apenas para nos ludibriar.
Como é sabido por todos, atualmente, em todos os tópicos, estamos enfrentando uma verdadeira onda de desinformação espalhada por meio da internet e de redes sociais. Na política, não é raro a difusão de imagens tentando ridicularizar ou, até mesmo, criminalizar o oponente para obter a vitória. Nesse ponto que Rede de Ódio triunfa e, ao mesmo tempo, sucumbe.
Com o objetivo de dar estofo às subtramas (como a obsessão de Tomasz por Gabi), o filme começa a conectar uma série de coincidências a fim de que essas possam se unir ao enredo principal, mas acaba ocasionando um produto artificial e novelesco. Não fosse por isso, poder-se-ia, talvez, reduzir seus 135 minutos para abraçar uma trama mais consistente.
Não bastasse a trama demasiadamente capilarizada, a atuação de Maciej Musialowski, o qual vive o sociopata protagonista, embora muito envolvente, por vezes acaba por uma indecisão entre o Patrick Bateman, de Christian Bale (Psicopata Americano), e a Amy Dunne, de Rosamund Pike (Garota Exemplar). Em momento, temos um jovem fútil que almeja crescer sua condição de vida, mal distinguindo a realidade da fantasia, noutro, há um complexo plano engendrado por sua brilhante mente maquiavélica.
Veja que a atuação do protagonista jamais nos permite dizer o que ele genuinamente pensa. As feições fechadas de Tomasz apenas aliviam quando sabemos que ele mente. E, ainda, o mais importante de seu trabalho, em momento algum temos a informação no que ELE realmente crê? Não há indício algum de qual seria o alinhamento ideológico do protagonista, o que o torna mais estranho (e mais doente) ao espectador.
Aliás, infelizmente o diretor Jan Komasa – de repente na tentativa de diminuir a resistência de sua obra – faz questão de mostrar o protagonista como um sociopata. Isso pode até passar despercebido e um primeiro momento, mas é realmente necessário ser um sociopata para difundir informações falsas? Seriam todos, naquela empresa de fake news, sociopatas?
Perdendo muito tempo na trama que trata da ascensão social do protagonista, Rede de Ódio perde preciosos momentos para debater mais profundamente a disseminação de informações falsas e o perigoso efeito manada que gera. Infelizmente, o gosto que fica é de um produto frágil e inacabado, algo que tinha que potencial para ser muito maior, mas que por medo não foi.
Nota: 2/5
Greyhound: Na Mira do Inimigo
3.3 248 Assista AgoraFilme com a receita padrão do streaming atualmente: um bom ator pra trazer o espectador, orçamento de moderado a baixo para CGI e locações de filmagens. O grande mérito vai pro enredo que mostra toda a sinergia da tripulação no momento da crise, tirando um pouco o holofote do capitão.
Tom Hanks sempre muito agradável de apreciar na tela, embora não esteja em terreno novo. Em Capitão Phillips ele precisou encarnar o mesmo papel basicamente na tensão naval.
A duração, para a proposta da obra, ficou em um ótimo patamar, sob pena de ficar muito arrastado. Assim o diretor foi muito perspicaz em entender que a tensão que o filme constrói não se sustentaria por mais tempo, conseguindo encerrar o trabalho sem ficar maçante.
Com certeza mais uma boa obra que a Apple Tv+ adicionou ao seu catálogo exclusivo.
Um Crime Para Dois
3.2 215 Assista Agora80 minutos de gente berrando
Os Escolhidos
3.3 952 Assista AgoraMesmo plot de sempre: família típica americana suburbana se vê atormentada por [insira aqui o monstro da vez] onde o pai da família é o cético, a mãe a investigadora e os filhos sucetíveis a influência maligna.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraFilme tão arrogante e preconceituoso quanto o diretor que também escreveu. Típica visão antiquada de que a arte de cinema não pode envolver filme de herói/ação.
Prepotente. Desumilde. Bodoso.
Viveiro
3.2 763 Assista Agorauma excelente alegoria do 'american dream'. assim como mãe! (mas menos frenético), o filma usa da metáfora para apresentar uma sequência absurda de eventos, mas que ao fim, nada mais são do que uma crítica aos objetivos e expectativas traçadas pela sociedade para a classe média.
acho que não cabe fazer uma análise muito aprofundada porque parte da beleza do filme está em ser surpreendido e refletir sobre o texto pouco convencional.
vale muito assistir.
À Espreita do Mal
3.6 898filme totalmente maluco. dá uns dois plot twist que chega a dar câimbra no cérebro. mas o roteiro como um todo é muito fraco. helen hunt totalmente desfigurada.
Operação Red Sparrow
3.3 598 Assista AgoraA confusão na minha cabeça que Red Sparrow, Atômica, Anna e até Salt geram ninguém nunca vai curar. Não sei mais qual filme é qual.
A Ilha da Fantasia
2.3 341 Assista AgoraNada de mais, nada de menos. Filme previsível e divertido. Legal ver um elenco conhecido majoritariamente por séries em um filme menor.
As únicas críticas que não consegui relevar foi a falta a mudança repentina no núcleo do filme - uma hora estamos vendo A Ilha da Fantasia, noutra vemos A Volta dos Mortos-Vivos - e a participação inexplicável do personagem do Michael Rooker.