O filme começa bem, com um clima pós apocalítico que à priori pode lembrar Mad Max 2, mas acaba se transformado em uma espécie de road movie de curta distância com um vai e vem sem muito sentido.
O fato de ser excessivamente longo atrapalha demais e deve fazer muitos desistirem de ir até o final. Algumas coisas mal explicadas também não ajudam em nada
como por exemplo a falta de explicação de como a garota consegue dinheiro, visto que ela compra macarrão, compra coelho, consegue uma arma e mora aparentemente sozinha em uma casa.
É um filme interessante se for visto com paciência, tem uma dupla de protagonistas que são personagens marcantes, mas que deixa um gosto de oportunidade perdida. O plot dos canibais e do The Dream por exemplo, poderiam ter rendido muito mais.
O filme é um terror adolescente interessante e que tem um ar de anos 80 que deixa a experiência ainda melhor.
Com boas atuações, principalmente do protagonista e bons efeitos, certamente irá agradar quem não estiver procurando algo incrivelmente assustador ou sanguinolento.
Uma bruxa milenar devoradora de crianças que usa o corpo de mulheres jovens e faz os familiares esquecerem delas como se nada houvesse ocorrido. Quem estiver ligado vai perceber o momento quando na mercearia a mãe liga para o garoto e diz que estava com saudades de seus rapazes ou quando o vizinho se esconde no quarto do irmão protagonista.
Em suma é um ótimo passatempo, mas que poderia ter ousado um pouco mais no gore.
Pyewacket é um exemplo de um bom filme de horror realizado com baixo orçamento. Uma jovem orfã com problemas com a mãe que desenvolve interesse por ocultismo e decide passar da teoria para a prática.
O seu desenvolvimento é lento mas a tensão é crescente e como qualquer filme realizado com poucos recursos ele foca no mistério e em causar a mesma dúvida no espectador e na protagonista, será que é tudo real ou são coisas da sua cabeça.
O diretor faz um trabalho competente, mas poderia ter ousado um pouco mais. E a mensagem "Cuidado com o que você deseja" é sempre bem vinda.
Como dirigia Nelson Rodrigues: "O jovem tem que acabar".
O filme definitivamente não me agradou e posso chamar até de desperdício de talentos. Além da exagerada duração que certamente vai espantar muitos espectadores, não acertaram a mão no humor.
O filme foi escrito e realizado como forma de critica ao dito desprezo de autoridades com o chamado Aquecimento Global (evento muito criticado por vários especialistas e cuja imensa maioria das previsões foram frustradas até o momento), depois de finalizado foi comprado pela Netflix no começo de 2020, mas ficou na geladeira por conta da pandemia de Covid.
Primeiramente é preciso afirmar que o filme não se trata de uma comédia, embora tenha boas sacadas quem estiver procurando rir possivelmente irá se decepcionar.
O filme tem uma proposta interessante, mas deixaram o ritmo cair bastante ao logo da produção, principalmente depois que o espectador percebe o que o filme está tentando fazer e isso vai pesar na avaliação de muitos.
Infelizmente deixaram a produção se tornar uma série de esquetes praticamente desconexas, onde os narradores são praticamente o único elo de ligação entre elas e também os responsáveis por carregar o filme nas costas.
O elenco é excelente e a verdadeira dupla de protagonistas e também narradores seguram bem as pontas, mas poderiam ter tido mais ajuda para isso. Infelizmente os roteiristas pisaram na bola.
Na primeira hora senti um certo cansaço, mas considerei algo normal devido a necessidade de explicações a serem dadas, então aguardei que na segunda algo fosse mudar e não. Aliás acho que até piorou. Algo que me incomoda no filme é uma sensação de que faltaram recursos financeiros, pois os efeitos são incrivelmente inferiores aos do filme original que já tem mais de 20 anos.
Infelizmente não são só os efeitos que não agradam, isto podemos relevar, mas aqui não é só isso, pois os elementos narrativos são fracos. Certas coisas como o novo Morpheus são caricaturais em excesso. O personagem de Jonathan Groff também soa desnecessário e sua aparição final é tão mal explicada, porém o filme nos deixa tão interessados em chegarmos em seu final (no mau sentido) que já nem ligamos muito para isso.
A sensação final é que havia um contrato elaborado que exigia que alguém sem o menor interesse fizesse algo e isto foi realizado de qualquer forma. A Warner poderia ter entregue o filme a outros realizadores e talvez esquecido boa parte dos personagens do passado.
Não sei o que deve achar aqueles que nunca viram nada a respeito de Matrix, talvez haja neles algum efeito positivo. Mas para mim este filme soa apenas como um arrependimento de um dia ter feito um filme
O filme definitivamente não me pegou. Sim, é mais um filme pipoca feito para os fãs e também para fazer uma adequação de rumos do personagem, mas existem muitas coisas apressadas e desnecessárias que derrubam a experiência. Achei que a produção foi preguiçosa e decidiu muitas coisas de forma errada em prol de facilitar a própria vida. O segundo filme já havia deixado um gosto ruim e este não conseguiu reverter as coisas.
É incrível mas está provado que o Homem Aranha é o herói mais popular do mundo, o mesmo desbancou e deixou os mais famosos heróis da DC e da própria Marvel comendo poeira.
Faziam mais de dois anos que este filme estava na minha lista de favoritos da Netflix e somente este final de semana tive o prazer de vê-lo. E como me arrependo de ter demorado tanto.
O filme é mais um exemplo de como o cinema argentino é fantástico e consegue fazer filmes simples se tornarem tão interessantes. Contar uma história é algo que os hermanos dominam com maestria. Um roteiro excelente, dotado de um humor simples e provocador, meu estilo favorito. É uma reflexão sobre o ser humano e como cada um entende a si mesmo.
O discurso sobre cultura feito é perfeito para o que ocorre no Brasil atualmente.
Eis mais um filme asiático que deve ganhar remake nos EUA em breve. Confesso que fazia muito tempo que um filme não me dava aquele frio na barriga e a sensação de me perguntar o motivo de estar assistindo.
O filme é um horror competente que consegue estabelecer um clima de tensão desde o seu inicio e mantê-lo pela quase totalidade da projeção. Aliás, a longa duração não atrapalha, pois o tempo passa sem percebermos. O roteiro apesar de simples é bem construído e o desenvolvimento dos personagens idem.
A atuação de Narilya Gulmongkolpech é sem dúvidas a melhor atuação de uma possuída na história do cinema, ainda mais se observarmos que o foco está sempre nela e são usadas poucas soluções técnicas para tentar potencializar seu desempenho. O elenco de apoio também se sai bem.
The Medium é um filme para se assistir com tranquilidade, preferencialmente a noite e com áudio original, favorecendo o clima e intensificando a experiência.
Único erro do filme é a mudança de perspectiva do final, no meu entendimento transformar um filme tenso de possessão demoníaca em quase um filme de zumbis quebrou um pouco a magia da trama e o deixou mais banalizado.
Apesar do roteiro não ser inovador, o antigo Supercine mostrava filmes parecidos, Imperdoável é um longa competente e que entrega o que se espera dele.
No filme passamos todo o tempo acompanhando de perto o drama da protagonista Ruth, a ponto de andarmos quase "montados em suas costas". Sandra Bullock faz um grande trabalho, possivelmente o melhor de sua carreira.
As atuações são de fato o ponto alto do filme, o que já era esperado considerando o elenco de peso, aliás a produção se dá ao luxo de possuir Vincent D'Onofrio e Viola Davies em personagens que pouco aparecem na trama.
Em que pese o fato da segunda metade da produção apresentar uma certa queda de qualidade, o resultado final é bem acima da média e vai sim levar as lagrimas aqueles que se deixarem levar pela estória. É certo que não fosse um filme da Netflix, o mesmo seria muito mais badalado pelo marketing.
Um filme muito bonito visualmente, principalmente no quesito figurino. O Último Duelo é um épico bem montado e que possui ótimas cenas de batalha.
Apesar da longa duração e da repetição de várias cenas, algumas até sem muita necessidade dadas as sutis diferenças, a trama não cansa, assisti suas 2,5 horas sem dificuldades. E considero este o maior mérito do filme, pois apostar em mostrar três pontos de vista sobre o mesmo assunto/período sem se tornar repetitivo foi uma aposta bem sucedida da produção.
A direção de Scott como de costume é muito boa e o trio de protagonistas também se sai muito bem, apesar de algumas cenas de Adam Driver parecerem pouco inspiradas.
Destaque para a cena de duelo do final que conseguiu entregar um resultado muito acima das expectativas.
Lançado apenas um ano após o sucesso Rambo, Rhinestone é uma comédia com a cara dos anos 80, o que por si só já deve causar estranheza para quem for assistir atualmente. Apesar de possuir algumas cenas legais, o filme conta com um roteiro fraco e caricato em demasia.
Bem acompanhado pela divertida e porque não dizer competente Dolly Parton que faz bem sua parte, Stallone começa demasiado caricato mas aos poucos com a mudança do personagem vai achando um tom conveniente. É difícil assisti-lo e não fazer um paralelo com Rocky fazendo suas piadinhas sem graça.
Em resumo, apesar da qualidade duvidosa o filme é uma diversão descompromissada que serve como passatempo para dias chuvosos e nada mais.
Uma mistura de Atividade Paranormal com REC, o filme não trás nada de novo, mas felizmente deixa para trás alguns elementos que eram usados em exagero na franquia como barulhos estranhos e coisas caindo. Com um roteiro ligeiramente melhor que os outros filmes e também beneficiado pelo clima de isolamento criado pela comunidade "Amish" confesso que achei esta a sequencia mais interessante da franquia.
Fato que muitos reclamarão da falta de confecção com os outros filmes e com certa demora para iniciarem os acontecimentos sombrios que são deixados para os últimos 25 minutos. Para mim outras coisas me incomodam, exatamente por serem difíceis de explicar como:
as cenas em câmera lenta, a velocidade com que os personagens transitam a noite entre sede da fazenda e a igreja e a sequencia do rapaz descendo sozinho no poço pela corda, mesmo estando longe da manivela de operação.
O fato dos protagonistas terem sobrevivido no final já é uma mudança em relação aos demais que sempre acabavam em tom de desesperança.
Em resumo, não se deve esperar muito do filme que certamente se apropriou do nome da franquia para ganhar divulgação, mas poderia facilmente ter sido lançado sem esta vinculação.
Finalizado em 2019 o filme permaneceu na geladeira devido a pandemia e acabou sendo usado para o lançamento do streaming da Disney, não sei se este foi o caso mas parece que alguns efeitos visuais são inferiores ao que poderiam ter sido. Até o filme Mogli (2016) da própria Disney tem um acabamento melhor principalmente para os animais digitais. Ainda sobre os efeitos muitas sequências desnecessariamente feitas em estúdio são fracas e até soam falsas.
O filme é uma aventura muito parecida com filmes oitentistas como Indiana Jones ou Alan Quatermain mas sem o mesmo brilho e que não empolga, além de ser excessivamente longa. Aliás se tem algo que agradava nos filmes acima era justamente as tiradas que fogem e muito do atualmente definido como politicamente correto. Aqui o roteiro muito carregado dos atuais maneirismos que a Disney tentar impor em suas obras nos últimos anos soa forçado e só atrapalha, talvez este seja um dos motivos de sua fraca recepção.
Fato é que exceto pelas lutas com personagens digitais (os exploradores) todo o resto só se sustenta mesmo pelo carisma de The Rock. Outro problema é a falta de cuidado com a produção, falar em floresta amazônica e citar elefantes, ou usar avisos em inglês e não ouvir se quer uma palavra em Português é algo difícil de se perdoar.
É aquele filme pipoca padrão recheado de cenas de ação sem noção dignas da franquia Velozes e Furiosos no qual infelizmente não temos grandes coisas que saltem aos olhos. Porém fez tanto sucesso que já garantiu duas sequencias.
O filme é levado nas costas pelo carisma do trio de protagonistas, mas o roteiro na minha opinião exagera um pouco em determinadas piadas, principalmente algumas de cunho sexual, que acabam sendo repetitivas e podem incomodar alguns.
Por fim, deixa a impressão de que o valor gasto poderia ter sido melhor aplicado se houvesse um esmero maior com o roteiro.
Como fazem muitos anos que não assisto aos filmes antigos, não consigo comparar, sei que este foi muito decepcionante. Além de bobo é completamente sem graça. Uma narrativa ruim que não prende, o plot da musica então no final é fraco.
Alex Winter é o melhorzinho em tela, já os demais e incluo Keanu Reeves estão muito mal. Se você é muito fã dos filmes e não tem medo de estragar suas memórias assista, caso contrário nem perca tempo.
O filme é uma passagem de bastão entre os protagonistas do cinema e da tv. Aparentemente além de substituir um já velho e cansado Lambert, neste caso impressiona que sua diferença de idade para Adrian Paul seja de apenas 2 anos, houve uma tentativa de continuar o sucesso da serie de tv agora nos cinemas. Infelizmente o resultado não foi bom o suficiente para manter o gás da franquia nos cinemas.
O destaque do filme é o fato de que agora temos o melhor vilão de toda a franquia, corrigindo uma de suas maiores falhas, finalmente vemos alguém que possui uma motivação real para acabar com Connor Macleod. Porém, a aliança entre um grupo de imortais e até mesmo a forma como esta termina é um grave ponto falho na estória.
O retorno de Kate no final então é algo vergonhoso, ainda que não tenhamos presenciado sua morte on screen.
Considerando a data de lançamento, vemos que poderiam ter caprichado mais nos efeitos especiais, estes não fogem muito do nível dos filmes anteriores. Porém, podemos dizer que temos aqui um fim digno à franquia, excluindo claro o ridículo telefilme de 2007, pensado originalmente para ser uma trilogia que felizmente nunca saiu do papel.
O filme, como admitido pelo próprio Lambert em entrevistas, é uma tentativa de apagar o fracasso do segundo filme e tentar voltar as origens do primeiro filme. Aqui retomamos o que de fato é o maior atrativo da saga, a dor de ser um imortal e ver as pessoas amadas morrendo. De fato isto ocorre, porém muito do mesmo parece uma simples reedição do filme original, até mesmo o vilão Kane é praticamente uma versão de Kruger, o vilão do primeiro.
Alguns efeitos visuais são ruins e pior, extremamente desnecessários, como várias das ilusões criadas por Kane, como aquela em que o mesmo é cortado ao meio e suas pernas andam sozinhas e depois retornam ao corpo.
Em suma, este terceiro filme ajusta repara a bobagem feita no segundo, mas perde a oportunidade de ser algo diferente de tudo que já havíamos visto.
Nunca li o livro, mas obviamente vi o filme de 1984 e tentei ao máximo evitar comparações. Fato que por ter a possibilidade em contar a história em mais de um filme, sem falar nos recursos financeiros e na evolução dos efeitos especiais era de se esperar que a produção superasse em muito o original. Trata-se de um bom filme, mas na minha visão faltou explorar um pouco mais o universo politico de Duna, as casas existentes e a relação entre elas, até império é deixado de lado. Justamente pelo filme possuir tempo de desenvolver mais a trama do livro, acredito que perdeu-se uma boa oportunidade.
O visual e os planos abertos são belíssimos, aliás a fotografia é um dos trunfos do longa, mas achei que faltou um capricho maior com a vista externa das edificações. Enquanto os cenários internos são belíssimos no que se refere aos detalhes, a mistura de algo meio egípcio com algo pós moderno deu muito certo, mas não vi a mesma preocupação com as áreas externas.
Esta versão do Baron Harkonnen confesso me decepcionou um pouco em relação ao original que a mim parecia mais ameaçador. Aliás, não notei nada de marcante entre os vilões. Outra coisa que também incomoda muito é a facilidade com que os Atreides são atacados em Arrakis.
Oscar Isaac e Jason Momoa são os destaques, mas Timothée Chalamet, assim como o protagonista do original, não conseguiu dar um peso ao personagem e não acredito que o fará na continuação. Torço para que o próximo filme consiga explorar mais as questões politicas de Duna que são o mais interessante da obra.
Ainda que possamos achar desnecessária sua realização, não há como negar que o filme é um presente para os fãs da série. Além podermos relembrar os bons personagens da serie, pudemos conhecer melhor a história de Dickie Moltisanti, o homem que inspirou Tony Soprano. Diga-se de passagem muito bem interpretado por Alessandro Nivola.
Porém, enquanto produto isolado, o filme deixa um tanto a desejar em matéria de história e obviamente aqueles espectadores que não viram a série e portanto não tem um background sobre os personagens e também não irão compreender se tratar de um filme de origem certamente tecerão criticas com razão.
Se o maior medo do fã em relação ao filme era quanto a memória de Tony Soprano, não há o que temer, Michael Gandolfini é um acerto, apesar do pouco tempo de tela, já que divide o tempo com outro ator mais jovem. O mesmo não se pode dizer de outros personagens, a interpretação de Silvio Dante, por exemplo, é caricata em demasia, ainda que a interpretação original de Steven Van Zandt tenha sido estereotipada, não acho que faze-lo andar como um pinguim tenha sido justo ao personagem. Também não gostei de Livia Soprano, apesar da ótima Vera Farmiga.
Já Corey Stoll acerta em cheio no tom ao interpretar Junior, durante toda a exibição consegui enxergar nitidamente o Junior de Dominc Chianese, uma semelhança que chega a ser assustadora.
Tecnicamente o filme é bem feito e conta com um roteiro ágil e interessante, portanto para os fãs da produção original é um trabalho válido e que não irá desponta-los. Mas que deixa a impressão de haver algo faltando, logo os espectadores que não viram a série não irão enxergar o fechamento de um arco.
Este é mais um daqueles filmes que devem ser vistos sem informações sobre a trama e sem assistir o trailer.
O maior mérito do filme é tentar algo diferente e brincar com o espectador mudando a perspectiva da trama e transitando entre um suspense investigativo e uma trama sobrenatural, mas ao menos em mim não funcionou bem.
A primeira metade do filme é interessante, mas a segunda é um tanto decepcionante e algumas conveniências de roteiro também desagradam,
como o fato de personagens circularem vitimas por aí, ao invés de tentar se livrar deles, ou pior como traze-los de volta para casa. Em suma, a partir do home invasion o filme perde muita força.
O ritmo do filme acaba sendo um tanto cansativo, o que não é bom sinal, considerando a duração curta e o final também não surpreende, como não causa o impacto que talvez tenha sido imaginado. As atuações também não são instigantes e praticamente todas são robóticas.
Por fim, permanece um sentimento de potencial desperdiçado.
Tempo tem uma ideia interessante, um tanto mal aproveitada, mas o que mais incomoda é nos deixar a impressão de já tê-la visto anteriormente e isto não é atoa. O filme remete muito a outras obras do diretor como os filmes A Vila e A Dama na Água, mais especificamente com o primeiro.
Shyamalan é um excelente diretor e tem ótimas ideias para suas produções, mas a cada obra nova sua temos a impressão de que tudo gira dentro do mesmo universo e não existem muitas novidades. Fica uma certa sensação de mesmice que acaba gerando pouca expectativa para a próxima.
O roteiro aqui deixa a desejar em alguns aspectos, principalmente por fazer alguns personagens explicar demais determinadas coisas e talvez por perder a oportunidade de explorar mais os personagens.
Em suma, o filme é um passatempo interessante, mas que deixa a sensação de ter perdido a oportunidade de ser melhor.
O filme é um drama que aos poucos se transforma em um thriller psicológico. Apesar de possuir algumas boa cenas, em vários momentos o roteiro se arrasta em demasia ou foca em pontos sem grande relevância, mesmo assim a trama consegue nos manter atentos até o final que por sua vez pode desagradar alguns. O entendimento da mensagem do filme pode ser um fator crucial para uma boa avaliação.
No meu entender o filme é uma metáfora para a depressão. Não houve assassinato algum praticado pelo marido, apenas traição por parte de um homem que se esforçava para viver ao lado da esposa que era doente. Após o suicídio do marido a situação se agrava, levando a protagonista a imaginar coisas.
Enquanto o anterior prometia um certo sopro de frescor na franquia, apesar de possuir suas falhas, aqui temos uma verdadeira decepção. Sinceramente achei um grande desperdício ir ao cinema assisti-lo, mesmo pagando barato.
Eu não aguentava mais ouvir a mesma frase sendo repetida a exaustão. A ideia de fazer a cidade inteira caçar Myers beira o ridículo e o final sobrenatural também foi outra enorme bola fora.
Embora ache que este segundo filme existiu apenas para conseguirem vender uma trilogia, confesso que estou com medo do que poderá vir no derradeiro filme. Salva-se aqui algumas mortes marcantes e os flashbacks bem produzidos.
Amores Canibais
2.4 393 Assista AgoraO filme começa bem, com um clima pós apocalítico que à priori pode lembrar Mad Max 2, mas acaba se transformado em uma espécie de road movie de curta distância com um vai e vem sem muito sentido.
O fato de ser excessivamente longo atrapalha demais e deve fazer muitos desistirem de ir até o final. Algumas coisas mal explicadas também não ajudam em nada
como por exemplo a falta de explicação de como a garota consegue dinheiro, visto que ela compra macarrão, compra coelho, consegue uma arma e mora aparentemente sozinha em uma casa.
É um filme interessante se for visto com paciência, tem uma dupla de protagonistas que são personagens marcantes, mas que deixa um gosto de oportunidade perdida. O plot dos canibais e do The Dream por exemplo, poderiam ter rendido muito mais.
A Bruxa da Casa ao Lado
2.7 150O filme é um terror adolescente interessante e que tem um ar de anos 80 que deixa a experiência ainda melhor.
Com boas atuações, principalmente do protagonista e bons efeitos, certamente irá agradar quem não estiver procurando algo incrivelmente assustador ou sanguinolento.
O plot do filme é bastante interessante
Uma bruxa milenar devoradora de crianças que usa o corpo de mulheres jovens e faz os familiares esquecerem delas como se nada houvesse ocorrido. Quem estiver ligado vai perceber o momento quando na mercearia a mãe liga para o garoto e diz que estava com saudades de seus rapazes ou quando o vizinho se esconde no quarto do irmão protagonista.
Em suma é um ótimo passatempo, mas que poderia ter ousado um pouco mais no gore.
Pyewacket: Entidade Maligna
2.9 96 Assista AgoraPyewacket é um exemplo de um bom filme de horror realizado com baixo orçamento. Uma jovem orfã com problemas com a mãe que desenvolve interesse por ocultismo e decide passar da teoria para a prática.
O seu desenvolvimento é lento mas a tensão é crescente e como qualquer filme realizado com poucos recursos ele foca no mistério e em causar a mesma dúvida no espectador e na protagonista, será que é tudo real ou são coisas da sua cabeça.
O diretor faz um trabalho competente, mas poderia ter ousado um pouco mais. E a mensagem "Cuidado com o que você deseja" é sempre bem vinda.
Como dirigia Nelson Rodrigues: "O jovem tem que acabar".
A aparição da bruxa no final é muito bem feita, a ponto de lamentarmos que ela não tenha mais tempo de tela.
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraO filme definitivamente não me agradou e posso chamar até de desperdício de talentos. Além da exagerada duração que certamente vai espantar muitos espectadores, não acertaram a mão no humor.
O filme foi escrito e realizado como forma de critica ao dito desprezo de autoridades com o chamado Aquecimento Global (evento muito criticado por vários especialistas e cuja imensa maioria das previsões foram frustradas até o momento), depois de finalizado foi comprado pela Netflix no começo de 2020, mas ficou na geladeira por conta da pandemia de Covid.
A Lavanderia
3.3 246Primeiramente é preciso afirmar que o filme não se trata de uma comédia, embora tenha boas sacadas quem estiver procurando rir possivelmente irá se decepcionar.
O filme tem uma proposta interessante, mas deixaram o ritmo cair bastante ao logo da produção, principalmente depois que o espectador percebe o que o filme está tentando fazer e isso vai pesar na avaliação de muitos.
Infelizmente deixaram a produção se tornar uma série de esquetes praticamente desconexas, onde os narradores são praticamente o único elo de ligação entre elas e também os responsáveis por carregar o filme nas costas.
O elenco é excelente e a verdadeira dupla de protagonistas e também narradores seguram bem as pontas, mas poderiam ter tido mais ajuda para isso. Infelizmente os roteiristas pisaram na bola.
A teatralização do final para mim não funcionou bem e só fez o filme perder pontos.
Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista AgoraNa primeira hora senti um certo cansaço, mas considerei algo normal devido a necessidade de explicações a serem dadas, então aguardei que na segunda algo fosse mudar e não. Aliás acho que até piorou. Algo que me incomoda no filme é uma sensação de que faltaram recursos financeiros, pois os efeitos são incrivelmente inferiores aos do filme original que já tem mais de 20 anos.
Infelizmente não são só os efeitos que não agradam, isto podemos relevar, mas aqui não é só isso, pois os elementos narrativos são fracos. Certas coisas como o novo Morpheus são caricaturais em excesso. O personagem de Jonathan Groff também soa desnecessário e sua aparição final é tão mal explicada, porém o filme nos deixa tão interessados em chegarmos em seu final (no mau sentido) que já nem ligamos muito para isso.
A sensação final é que havia um contrato elaborado que exigia que alguém sem o menor interesse fizesse algo e isto foi realizado de qualquer forma. A Warner poderia ter entregue o filme a outros realizadores e talvez esquecido boa parte dos personagens do passado.
Não sei o que deve achar aqueles que nunca viram nada a respeito de Matrix, talvez haja neles algum efeito positivo. Mas para mim este filme soa apenas como um arrependimento de um dia ter feito um filme
em que um homem era o "escolhido."
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
4.2 1,8K Assista AgoraO filme definitivamente não me pegou. Sim, é mais um filme pipoca feito para os fãs e também para fazer uma adequação de rumos do personagem, mas existem muitas coisas apressadas e desnecessárias que derrubam a experiência. Achei que a produção foi preguiçosa e decidiu muitas coisas de forma errada em prol de facilitar a própria vida. O segundo filme já havia deixado um gosto ruim e este não conseguiu reverter as coisas.
É incrível mas está provado que o Homem Aranha é o herói mais popular do mundo, o mesmo desbancou e deixou os mais famosos heróis da DC e da própria Marvel comendo poeira.
O Cidadão Ilustre
4.0 198 Assista AgoraFaziam mais de dois anos que este filme estava na minha lista de favoritos da Netflix e somente este final de semana tive o prazer de vê-lo. E como me arrependo de ter demorado tanto.
O filme é mais um exemplo de como o cinema argentino é fantástico e consegue fazer filmes simples se tornarem tão interessantes. Contar uma história é algo que os hermanos dominam com maestria. Um roteiro excelente, dotado de um humor simples e provocador, meu estilo favorito. É uma reflexão sobre o ser humano e como cada um entende a si mesmo.
O discurso sobre cultura feito é perfeito para o que ocorre no Brasil atualmente.
Oscar Martínez incrível como Daniel.
A Médium
3.4 345 Assista AgoraEis mais um filme asiático que deve ganhar remake nos EUA em breve. Confesso que fazia muito tempo que um filme não me dava aquele frio na barriga e a sensação de me perguntar o motivo de estar assistindo.
O filme é um horror competente que consegue estabelecer um clima de tensão desde o seu inicio e mantê-lo pela quase totalidade da projeção. Aliás, a longa duração não atrapalha, pois o tempo passa sem percebermos. O roteiro apesar de simples é bem construído e o desenvolvimento dos personagens idem.
A atuação de Narilya Gulmongkolpech é sem dúvidas a melhor atuação de uma possuída na história do cinema, ainda mais se observarmos que o foco está sempre nela e são usadas poucas soluções técnicas para tentar potencializar seu desempenho. O elenco de apoio também se sai bem.
The Medium é um filme para se assistir com tranquilidade, preferencialmente a noite e com áudio original, favorecendo o clima e intensificando a experiência.
Único erro do filme é a mudança de perspectiva do final, no meu entendimento transformar um filme tenso de possessão demoníaca em quase um filme de zumbis quebrou um pouco a magia da trama e o deixou mais banalizado.
Imperdoável
3.6 521 Assista AgoraApesar do roteiro não ser inovador, o antigo Supercine mostrava filmes parecidos, Imperdoável é um longa competente e que entrega o que se espera dele.
No filme passamos todo o tempo acompanhando de perto o drama da protagonista Ruth, a ponto de andarmos quase "montados em suas costas". Sandra Bullock faz um grande trabalho, possivelmente o melhor de sua carreira.
As atuações são de fato o ponto alto do filme, o que já era esperado considerando o elenco de peso, aliás a produção se dá ao luxo de possuir Vincent D'Onofrio e Viola Davies em personagens que pouco aparecem na trama.
Em que pese o fato da segunda metade da produção apresentar uma certa queda de qualidade, o resultado final é bem acima da média e vai sim levar as lagrimas aqueles que se deixarem levar pela estória. É certo que não fosse um filme da Netflix, o mesmo seria muito mais badalado pelo marketing.
O Último Duelo
3.9 326Um filme muito bonito visualmente, principalmente no quesito figurino.
O Último Duelo é um épico bem montado e que possui ótimas cenas de batalha.
Apesar da longa duração e da repetição de várias cenas, algumas até sem muita necessidade dadas as sutis diferenças, a trama não cansa, assisti suas 2,5 horas sem dificuldades. E considero este o maior mérito do filme, pois apostar em mostrar três pontos de vista sobre o mesmo assunto/período sem se tornar repetitivo foi uma aposta bem sucedida da produção.
A direção de Scott como de costume é muito boa e o trio de protagonistas também se sai muito bem, apesar de algumas cenas de Adam Driver parecerem pouco inspiradas.
Destaque para a cena de duelo do final que conseguiu entregar um resultado muito acima das expectativas.
Rhinestone: Um Brilho na Noite
2.3 13Lançado apenas um ano após o sucesso Rambo, Rhinestone é uma comédia com a cara dos anos 80, o que por si só já deve causar estranheza para quem for assistir atualmente. Apesar de possuir algumas cenas legais, o filme conta com um roteiro fraco e caricato em demasia.
Bem acompanhado pela divertida e porque não dizer competente Dolly Parton que faz bem sua parte, Stallone começa demasiado caricato mas aos poucos com a mudança do personagem vai achando um tom conveniente. É difícil assisti-lo e não fazer um paralelo com Rocky fazendo suas piadinhas sem graça.
Em resumo, apesar da qualidade duvidosa o filme é uma diversão descompromissada que serve como passatempo para dias chuvosos e nada mais.
Atividade Paranormal: Ente Próximo
2.5 192 Assista AgoraUma mistura de Atividade Paranormal com REC, o filme não trás nada de novo, mas felizmente deixa para trás alguns elementos que eram usados em exagero na franquia como barulhos estranhos e coisas caindo. Com um roteiro ligeiramente melhor que os outros filmes e também beneficiado pelo clima de isolamento criado pela comunidade "Amish" confesso que achei esta a sequencia mais interessante da franquia.
Fato que muitos reclamarão da falta de confecção com os outros filmes e com certa demora para iniciarem os acontecimentos sombrios que são deixados para os últimos 25 minutos. Para mim outras coisas me incomodam, exatamente por serem difíceis de explicar como:
as cenas em câmera lenta, a velocidade com que os personagens transitam a noite entre sede da fazenda e a igreja e a sequencia do rapaz descendo sozinho no poço pela corda, mesmo estando longe da manivela de operação.
O fato dos protagonistas terem sobrevivido no final já é uma mudança em relação aos demais que sempre acabavam em tom de desesperança.
Em resumo, não se deve esperar muito do filme que certamente se apropriou do nome da franquia para ganhar divulgação, mas poderia facilmente ter sido lançado sem esta vinculação.
Jungle Cruise
3.1 352 Assista AgoraFinalizado em 2019 o filme permaneceu na geladeira devido a pandemia e acabou sendo usado para o lançamento do streaming da Disney, não sei se este foi o caso mas parece que alguns efeitos visuais são inferiores ao que poderiam ter sido. Até o filme Mogli (2016) da própria Disney tem um acabamento melhor principalmente para os animais digitais. Ainda sobre os efeitos muitas sequências desnecessariamente feitas em estúdio são fracas e até soam falsas.
O filme é uma aventura muito parecida com filmes oitentistas como Indiana Jones ou Alan Quatermain mas sem o mesmo brilho e que não empolga, além de ser excessivamente longa. Aliás se tem algo que agradava nos filmes acima era justamente as tiradas que fogem e muito do atualmente definido como politicamente correto. Aqui o roteiro muito carregado dos atuais maneirismos que a Disney tentar impor em suas obras nos últimos anos soa forçado e só atrapalha, talvez este seja um dos motivos de sua fraca recepção.
Fato é que exceto pelas lutas com personagens digitais (os exploradores) todo o resto só se sustenta mesmo pelo carisma de The Rock. Outro problema é a falta de cuidado com a produção, falar em floresta amazônica e citar elefantes, ou usar avisos em inglês e não ouvir se quer uma palavra em Português é algo difícil de se perdoar.
Alerta Vermelho
3.1 529É aquele filme pipoca padrão recheado de cenas de ação sem noção dignas da franquia Velozes e Furiosos no qual infelizmente não temos grandes coisas que saltem aos olhos. Porém fez tanto sucesso que já garantiu duas sequencias.
O filme é levado nas costas pelo carisma do trio de protagonistas, mas o roteiro na minha opinião exagera um pouco em determinadas piadas, principalmente algumas de cunho sexual, que acabam sendo repetitivas e podem incomodar alguns.
Por fim, deixa a impressão de que o valor gasto poderia ter sido melhor aplicado se houvesse um esmero maior com o roteiro.
Bill & Ted: Encare a Música
2.8 147 Assista AgoraComo fazem muitos anos que não assisto aos filmes antigos, não consigo comparar,
sei que este foi muito decepcionante. Além de bobo é completamente sem graça. Uma narrativa ruim que não prende, o plot da musica então no final é fraco.
Alex Winter é o melhorzinho em tela, já os demais e incluo Keanu Reeves estão muito mal. Se você é muito fã dos filmes e não tem medo de estragar suas memórias assista, caso contrário nem perca tempo.
Highlander: A Batalha Final
2.7 61O filme é uma passagem de bastão entre os protagonistas do cinema e da tv. Aparentemente além de substituir um já velho e cansado Lambert, neste caso impressiona que sua diferença de idade para Adrian Paul seja de apenas 2 anos, houve uma tentativa de continuar o sucesso da serie de tv agora nos cinemas. Infelizmente o resultado não foi bom o suficiente para manter o gás da franquia nos cinemas.
O destaque do filme é o fato de que agora temos o melhor vilão de toda a franquia, corrigindo uma de suas maiores falhas, finalmente vemos alguém que possui uma motivação real para acabar com Connor Macleod. Porém, a aliança entre um grupo de imortais e até mesmo a forma como esta termina é um grave ponto falho na estória.
O retorno de Kate no final então é algo vergonhoso, ainda que não tenhamos presenciado sua morte on screen.
Considerando a data de lançamento, vemos que poderiam ter caprichado mais nos efeitos especiais, estes não fogem muito do nível dos filmes anteriores. Porém, podemos dizer que temos aqui um fim digno à franquia, excluindo claro o ridículo telefilme de 2007, pensado originalmente para ser uma trilogia que felizmente nunca saiu do papel.
Highlander 3: O Feiticeiro
2.8 66O filme, como admitido pelo próprio Lambert em entrevistas, é uma tentativa de apagar o fracasso do segundo filme e tentar voltar as origens do primeiro filme. Aqui retomamos o que de fato é o maior atrativo da saga, a dor de ser um imortal e ver as pessoas amadas morrendo. De fato isto ocorre, porém muito do mesmo parece uma simples reedição do filme original, até mesmo o vilão Kane é praticamente uma versão de Kruger, o vilão do primeiro.
Alguns efeitos visuais são ruins e pior, extremamente desnecessários, como várias das ilusões criadas por Kane, como aquela em que o mesmo é cortado ao meio e suas pernas andam sozinhas e depois retornam ao corpo.
Em suma, este terceiro filme ajusta repara a bobagem feita no segundo, mas perde a oportunidade de ser algo diferente de tudo que já havíamos visto.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraNunca li o livro, mas obviamente vi o filme de 1984 e tentei ao máximo evitar comparações. Fato que por ter a possibilidade em contar a história em mais de um filme, sem falar nos recursos financeiros e na evolução dos efeitos especiais era de se esperar que a produção superasse em muito o original. Trata-se de um bom filme, mas na minha visão faltou explorar um pouco mais o universo politico de Duna, as casas existentes e a relação entre elas, até império é deixado de lado. Justamente pelo filme possuir tempo de desenvolver mais a trama do livro, acredito que perdeu-se uma boa oportunidade.
O visual e os planos abertos são belíssimos, aliás a fotografia é um dos trunfos do longa, mas achei que faltou um capricho maior com a vista externa das edificações. Enquanto os cenários internos são belíssimos no que se refere aos detalhes, a mistura de algo meio egípcio com algo pós moderno deu muito certo, mas não vi a mesma preocupação com as áreas externas.
Esta versão do Baron Harkonnen confesso me decepcionou um pouco em relação ao original que a mim parecia mais ameaçador. Aliás, não notei nada de marcante entre os vilões. Outra coisa que também incomoda muito é a facilidade com que os Atreides são atacados em Arrakis.
Oscar Isaac e Jason Momoa são os destaques, mas Timothée Chalamet, assim como o protagonista do original, não conseguiu dar um peso ao personagem e não acredito que o fará na continuação. Torço para que o próximo filme consiga explorar mais as questões politicas de Duna que são o mais interessante da obra.
Os Muitos Santos de Newark: Uma História Soprano
3.3 109 Assista AgoraAinda que possamos achar desnecessária sua realização, não há como negar que o filme é um presente para os fãs da série. Além podermos relembrar os bons personagens da serie, pudemos conhecer melhor a história de Dickie Moltisanti, o homem que inspirou Tony Soprano. Diga-se de passagem muito bem interpretado por Alessandro Nivola.
Porém, enquanto produto isolado, o filme deixa um tanto a desejar em matéria de história e obviamente aqueles espectadores que não viram a série e portanto não tem um background sobre os personagens e também não irão compreender se tratar de um filme de origem certamente tecerão criticas com razão.
Se o maior medo do fã em relação ao filme era quanto a memória de Tony Soprano, não há o que temer, Michael Gandolfini é um acerto, apesar do pouco tempo de tela, já que divide o tempo com outro ator mais jovem. O mesmo não se pode dizer de outros personagens, a interpretação de Silvio Dante, por exemplo, é caricata em demasia, ainda que a interpretação original de Steven Van Zandt tenha sido estereotipada, não acho que faze-lo andar como um pinguim tenha sido justo ao personagem. Também não gostei de Livia Soprano, apesar da ótima Vera Farmiga.
Já Corey Stoll acerta em cheio no tom ao interpretar Junior, durante toda a exibição consegui enxergar nitidamente o Junior de Dominc Chianese, uma semelhança que chega a ser assustadora.
Tecnicamente o filme é bem feito e conta com um roteiro ágil e interessante, portanto para os fãs da produção original é um trabalho válido e que não irá desponta-los. Mas que deixa a impressão de haver algo faltando, logo os espectadores que não viram a série não irão enxergar o fechamento de um arco.
À Espreita do Mal
3.6 899Este é mais um daqueles filmes que devem ser vistos sem informações sobre a trama e sem assistir o trailer.
O maior mérito do filme é tentar algo diferente e brincar com o espectador mudando a perspectiva da trama e transitando entre um suspense investigativo e uma trama sobrenatural, mas ao menos em mim não funcionou bem.
A primeira metade do filme é interessante, mas a segunda é um tanto decepcionante e algumas conveniências de roteiro também desagradam,
como o fato de personagens circularem vitimas por aí, ao invés de tentar se livrar deles, ou pior como traze-los de volta para casa. Em suma, a partir do home invasion o filme perde muita força.
O ritmo do filme acaba sendo um tanto cansativo, o que não é bom sinal, considerando a duração curta e o final também não surpreende, como não causa o impacto que talvez tenha sido imaginado. As atuações também não são instigantes e praticamente todas são robóticas.
Por fim, permanece um sentimento de potencial desperdiçado.
Tempo
3.1 1,1K Assista AgoraTempo tem uma ideia interessante, um tanto mal aproveitada, mas o que mais incomoda é nos deixar a impressão de já tê-la visto anteriormente e isto não é atoa. O filme remete muito a outras obras do diretor como os filmes A Vila e A Dama na Água, mais especificamente com o primeiro.
Shyamalan é um excelente diretor e tem ótimas ideias para suas produções, mas a cada obra nova sua temos a impressão de que tudo gira dentro do mesmo universo e não existem muitas novidades. Fica uma certa sensação de mesmice que acaba gerando pouca expectativa para a próxima.
O roteiro aqui deixa a desejar em alguns aspectos, principalmente por fazer alguns personagens explicar demais determinadas coisas e talvez por perder a oportunidade de explorar mais os personagens.
Em suma, o filme é um passatempo interessante, mas que deixa a sensação de ter perdido a oportunidade de ser melhor.
A Casa Sombria
3.3 394 Assista AgoraO filme é um drama que aos poucos se transforma em um thriller psicológico. Apesar de possuir algumas boa cenas, em vários momentos o roteiro se arrasta em demasia ou foca em pontos sem grande relevância, mesmo assim a trama consegue nos manter atentos até o final que por sua vez pode desagradar alguns. O entendimento da mensagem do filme pode ser um fator crucial para uma boa avaliação.
No meu entender o filme é uma metáfora para a depressão. Não houve assassinato algum praticado pelo marido, apenas traição por parte de um homem que se esforçava para viver ao lado da esposa que era doente. Após o suicídio do marido a situação se agrava, levando a protagonista a imaginar coisas.
Halloween Kills: O Terror Continua
3.0 684 Assista AgoraEnquanto o anterior prometia um certo sopro de frescor na franquia, apesar de possuir suas falhas, aqui temos uma verdadeira decepção. Sinceramente achei um grande desperdício ir ao cinema assisti-lo, mesmo pagando barato.
Eu não aguentava mais ouvir a mesma frase sendo repetida a exaustão. A ideia de fazer a cidade inteira caçar Myers beira o ridículo e o final sobrenatural também foi outra enorme bola fora.
Embora ache que este segundo filme existiu apenas para conseguirem vender uma trilogia, confesso que estou com medo do que poderá vir no derradeiro filme. Salva-se aqui algumas mortes marcantes e os flashbacks bem produzidos.