Fique fã da Cheryl Strayed através do livro Pequenas Delicadezas. Depois, conheci a adaptação de Livre. É um filme que eu não consigo (e não quero) julgar tecnicamente. Nesse tipo de história, direção e outros fins cinematográficos servem apenas para ressaltar, mas o coração da história é... a história. Cru desse jeito. É por isso que Livre merece ser visto. Por causa do que quer falar. Ao contrário do pretensioso Na Natureza Selvagem, e deu se protagonista radical, a briga de Cheryl não é com o mundo, e sim com ela mesma. Livre fala sobre enfrentar os próprios fantasmas, olhar pra dentro de si e aceitar a imperfeição das coisas, até de si mesmo. A fotografia é linda, Reese foi sutil e não tentou chamar mais atenção do que deveria... e o roteiro foi humilde e, ao mesmo tempo, generoso em confiar na poder da história que tinha. Mas, isso não é importante. O legal do filme, e dos livros de Cheryl, é o que eles despertam: a aceitação que a vida é um caminho às vezes ruim, às vezes bom, prestes a acontecer. Mas, pra isso, você não pode deixar de caminhar.
Afinal, uma mulher pode ser princesa sem precisar de um príncipe e essa mensagem é sensacional para as meninas de hoje. Também é legal não dependermos de um beijo de amor de um príncipe para resolver todos os problemas da história. O amor pela irmã era muito mais importante de ser mostrado em um enredo como esse.
Além disso, o filme apresenta reviravoltas trazidas por um ritmo interessante que respeita a capacidade de entendimento do seu público (crianças não gostam só de pequenos animais divertidos, crianças gostam de história, também). Essa, por sinal, é capaz de nos fazer acompanhar um filme por quase 2 horas com a impressão de que se passou, no máximo, 20 minutos. Frozen tem ali e aqui suas falhas e seus clichês, mas no conceito geral, é um filme esforçado em fazer diferente. E o melhor: não tem medo de ser musical. As animações da Disney têm em seu DNA a música e acho coerente um filme como Frozen não ter medo de abraçar isso. Dizer que não gosta de Frozen porque é um musical é o mesmo do que ir assistir Moulin Rouge e não gostar porque tem música. Obvio que tem música, é um musical. E músicas bem encaixadas na história, não a deixam chata. Pelo contrário, a deixam mágica.
A Menina Que Roubava Livros é um livro difícil de ser transposto para o cinema, já que o seu forte justamente é a ironia e o ponto de vista peculiar da Morte. Nesse sentido, eles fizeram o possível, acrescentando a narração da Morte nos pontos possíveis. Achei a construção dos personagens tão boa quanto a do livro. Realmente acreditamos no amor entre a Liesel e Rudy e na relação que se constrói entre todos os personagens: sutil e verossímel. (e imaginem como isso é difícil num filme que precisa ter tempo para entreter, contar uma história e fazer uma panorama histórico, ainda!).
A direção é correta e junto com o roteiro escolhe focar na força de seus personagens e não exatamente nos fatos históricos. A estética das cenas é de tirar o fôlego e o humor surge na medida certa. Apesar da Liesel da minha imaginação ser bem diferente da apresentada pelo filme, acho que a atriz defendeu bem o papel: mostrando doçura e coragem numa bela mistura.
O problema é que toda a sutileza construída durante o filme foi destruída nos minutos finais. Junto com uma trilha sonora exagerada e dramática ao extremo, o roteiro quis arrancar lágrimas a qualquer custo nos minutos finais.
A morte de Rudy, no meio de um "eu te amo!", foi tão inverossímel e novelesca que pôs grande parte da sutileza da relação deles a se ruir.
Queria dizer ao roteirista (como se ele se preocupasse com a minha reles opinião) que as partes que me fizeram lacrimejar foram, exatamente, as mais simples, como a "guerra de neve" da família e as sutis e lindas conversas de Liesel e Max.
É um belo filme, em geral. A beleza da Morte, como a da história é que as coisas simples e duras podem ser as belas.
Se o filme tivesse apostado só nisso teria ganho nota máxima da minha parte.
Fargo é um filme que não tenta ser mais do que é. As atuações não tentam aparecer mais do que devem. O roteiro não tenta falar mais do que precisa. E a direção não tenta chamar a atenção mais do que o necessário. É um filme redondinho, redondinho. Simples e, por isso mesmo, ótimo.
Primeira vez que eu vi, tentei me identificar com um dos personagens. Mas com o tempo vi que todo mundo, com mais ou menos intensidade, tem um pouco dos quatro.
Achei frio e longo demais. Algumas atuações foram o brilho do filme. Algumas não tiveram tempo para ser. A direção foi correta. Não é um filme ruim, acho só que eu esperava mais.
Livre
3.8 1,2K Assista AgoraFique fã da Cheryl Strayed através do livro Pequenas Delicadezas. Depois, conheci a adaptação de Livre. É um filme que eu não consigo (e não quero) julgar tecnicamente. Nesse tipo de história, direção e outros fins cinematográficos servem apenas para ressaltar, mas o coração da história é... a história. Cru desse jeito. É por isso que Livre merece ser visto. Por causa do que quer falar. Ao contrário do pretensioso Na Natureza Selvagem, e deu se protagonista radical, a briga de Cheryl não é com o mundo, e sim com ela mesma. Livre fala sobre enfrentar os próprios fantasmas, olhar pra dentro de si e aceitar a imperfeição das coisas, até de si mesmo. A fotografia é linda, Reese foi sutil e não tentou chamar mais atenção do que deveria... e o roteiro foi humilde e, ao mesmo tempo, generoso em confiar na poder da história que tinha. Mas, isso não é importante. O legal do filme, e dos livros de Cheryl, é o que eles despertam: a aceitação que a vida é um caminho às vezes ruim, às vezes bom, prestes a acontecer. Mas, pra isso, você não pode deixar de caminhar.
Cinquenta Tons de Cinza
2.2 3,3K Assista AgoraPra mim o problema não é o tema em si. Mas, o machismo e a covardia com que ele foi conduzido.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraÉ interessante vermos uma animação apostar em personagens femininas de personalidade forte e donas de si.
Afinal, uma mulher pode ser princesa sem precisar de um príncipe e essa mensagem é sensacional para as meninas de hoje. Também é legal não dependermos de um beijo de amor de um príncipe para resolver todos os problemas da história. O amor pela irmã era muito mais importante de ser mostrado em um enredo como esse.
A Menina que Roubava Livros
4.0 3,4K Assista AgoraA Menina Que Roubava Livros é um livro difícil de ser transposto para o cinema, já que o seu forte justamente é a ironia e o ponto de vista peculiar da Morte. Nesse sentido, eles fizeram o possível, acrescentando a narração da Morte nos pontos possíveis. Achei a construção dos personagens tão boa quanto a do livro. Realmente acreditamos no amor entre a Liesel e Rudy e na relação que se constrói entre todos os personagens: sutil e verossímel. (e imaginem como isso é difícil num filme que precisa ter tempo para entreter, contar uma história e fazer uma panorama histórico, ainda!).
A direção é correta e junto com o roteiro escolhe focar na força de seus personagens e não exatamente nos fatos históricos. A estética das cenas é de tirar o fôlego e o humor surge na medida certa. Apesar da Liesel da minha imaginação ser bem diferente da apresentada pelo filme, acho que a atriz defendeu bem o papel: mostrando doçura e coragem numa bela mistura.
O problema é que toda a sutileza construída durante o filme foi destruída nos minutos finais. Junto com uma trilha sonora exagerada e dramática ao extremo, o roteiro quis arrancar lágrimas a qualquer custo nos minutos finais.
A morte de Rudy, no meio de um "eu te amo!", foi tão inverossímel e novelesca que pôs grande parte da sutileza da relação deles a se ruir.
É um belo filme, em geral. A beleza da Morte, como a da história é que as coisas simples e duras podem ser as belas.
Se o filme tivesse apostado só nisso teria ganho nota máxima da minha parte.
Álbum de Família
3.9 1,4K Assista AgoraPra quem gosta de drama, no melhor sentido da palavra... Não. Pra quem gosta de CINEMA, no melhor sentido da palavra.
Além da obviamente perfeita Meryl Streep, fiquei babando pela atuação da Margo Martindale e do Chris Cooper!!
Fargo: Uma Comédia de Erros
3.9 921 Assista AgoraFargo é um filme que não tenta ser mais do que é. As atuações não tentam aparecer mais do que devem. O roteiro não tenta falar mais do que precisa. E a direção não tenta chamar a atenção mais do que o necessário. É um filme redondinho, redondinho. Simples e, por isso mesmo, ótimo.
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraPrimeira vez que eu vi, tentei me identificar com um dos personagens. Mas com o tempo vi que todo mundo, com mais ou menos intensidade, tem um pouco dos quatro.
Shortbus
3.7 547Me arrepio com aquele final meio vibrante, meio apoteótico :)
O Impossível
4.1 3,1K Assista AgoraFiquei impressionado com a atuação do elenco infantil!
Para Roma Com Amor
3.4 1,3K Assista AgoraO mediano de Woody Allen é muito mais interessante do que o melhor de muitos outros. Fato.
360
3.4 928 Assista AgoraAchei frio e longo demais. Algumas atuações foram o brilho do filme. Algumas não tiveram tempo para ser. A direção foi correta. Não é um filme ruim, acho só que eu esperava mais.
A Malvada
4.4 660 Assista AgoraBette Davis DIVA como sempre!
21 Gramas
4.0 888 Assista AgoraNaomi Watts em atuação antológica!
A Incrível Jornada
3.3 281 Assista AgoraFoi esse filme que me levou a escrever minha primeira histórinha *.*
Irmão Urso
3.9 623 Assista AgoraUm dos últimos suspiros de qualidade da Disney em animação 2D =)
Nine
3.0 859 Assista AgoraDesperdício de talentos, define. E tenho certa (muita!) implicância com Rob Marshall.