Filme infantil. Tem uma história mínima. Algumas piadas foram feitas para adultos, pois tinham até mesmo palavrões censurados. Escolha estranha, ao meu ver. Como deram o foco para animais usados como "pets", não apareceram os animais relativamente famosos da DC: Cometa, o cavalo da Supergirl e também Hoppy, o Coelho Capitão Marvel.
Thor: Amor e Trovão foi melhor do que eu imaginava. Eu pensei que seria um filme onde Poderosa Thor ganharia os poderes sem contexto algum. Que deixaria o Thor largado de lado como um mero coadjuvante. Taika está mais solto nesse filme. É piada atrás de piada atrás de piada. Aí ele tenta criar algum momento com emoção. Mas aí tome piada novamente. Alguns conflitos são utilizados como preparação para mais piadas.
Como por exemplo Thor não demonstrando tanto interesse pela sua arma, a StormBreaker.
Aí no final isso é posto de lado. Pois tem mais piadas a serem feitas. Essa estrutura é muito semelhante a usada no filme anterior, Thor Ragnarok. Onde literalmente Asgard foi destruída, Thor ficou sem martelo. Mas a lembrança é do Goldblum com roupas coloridas e piadas envolvendo o Hulk. Foi importante mostrarem
o dilema da Jane, pois é algo que veio das HQs originais. Um herói (ou heróina) com um conflito desse tipo pode ser bem interessante. O estabelecimento rápido no começo do filme ficou apropriado.
a mini origem do Gorr ficou curta demais. Em poucos minutos ele sai de devoto, encontra o deus 100% babaca e já usa uma espada conveniente e zas, temos o vilão. E, no final do filme, ele tem uma mudança radical novamente por conta do poder da Positividade do Thor. "All you need is love".
relacionamento da Jane e Thor ficou com ritmo confuso. Esse não parece ser o ponto forte do diretor. Tudo fica diluído pelas situações bizarras e pela tentativa constante de gerar humor.
a ação do Thor no final. Após quatro filmes, ele finalmente demonstrou um pouco de maturidade. Atuou como um mentor para aquele grupo de crianças assustadas. E inclusive compartilhou parte de seu próprio poder. E isso se encaixou bem com a cena final, onde Thor agora é responsável por uma garota muito peculiar.
enfim ver a Eternidade em um filme da Marvel. Essa entidade é um quase símbolo de todo o Universo Marvel. Eu a vi na HQ LJA x Vindadores, onde ele estava entrelaçado com a Kismet, que tem o mesmo papel, só que na DC.
Top Gun: Maverick é uma boa continuação. E conta com um roteiro bem amarrado. As cenas de voo parecem bem realistas agora. A tecnologia hoje permite que uma câmera cinematográfica seja fixada em um painel de um avião ou caça. O tema do primeiro filme é basicamente sobre juventude. O do segundo filme é sobre ser responsável, sobre ser um tutor adequado.
Lá perto do terceiro ato, tudo indicava que Maverick iria morrer. A frase do filho do Goose sobre Maverick não ter ninguém. E a preocupação do instrutor não ter nenhuma baixa. Isso apontava claramente para um sacrifício do piloto mais experiente. E, se acabasse assim, faria todo o sentido. Seria muito ousado e terminaria de maneira negativa, mas encerraria o arco do personagem, e finalizaria a "saga" Top Gun no seu auge. Mas o final escolhido é claramente positivo, e leva o protagonista para uma nova situação de equilíbrio.
O ideal seria não pensarem em um terceiro filme, pois a chance de fazer algo inferior é muito alta. O filme, contudo, está dando retorno financeiro. Então os estúdios de filmes já devem estar pensando em umas 5 continuações, 4 seriados derivados em streaming e 7 videogames.
Eu achei que o filme seria apenas uma chuva de referências baseado apenas no "lembra disso?". Mas não foi o caso. Tem uma história básica, e uma tentativa de arco para os dois protagonistas. Tem um conceito de meta linguagem que tenta servir à história. As regras do mundo lembram bastante o filme do Roger Rabbit. Filme razoável, e olha que eu assistia (e gostava) da série original.
Esse filme tem a cara do Sam Raimi, o que é positivo. O primeiro filme da Marvel com cara de terror. A Marvel anda soltando informações muito importantes em trailers oficiais.
Em um deles aparece a frase "Os Iluminati o verão agora", ou algo parecido. Então confirma que terá sim os Iluminati. Outra cena mostra claramente a cadeira do Prof. Xavier. Outro trailer mostra a voz do Patrick Stewart. Já outro trailer mostra com detalhes o escudo da Capitã Carter. Todos esses detalhes teriam uma surpresa maior, e não foram publicados por meio de vazamentos. Tive essa surpresa boa quando apareceu o Reed Richards, interpretado pelo Jim do The Office. E o Raio Negro, que é um bom personagem, mas ninguém conhece. E também a Capitã Marvel, mas não sei se alguém se importa.
A aparição do Bruce Campbel foi um bom easter egg, para quem acompanha os filmes do Sam Raimi. Os enquadramentos e técnicas peculiares de fotografia também são usadas pelo famoso diretor. A Marvel acertou ao deixa-lo mais à vontade nesse filme.
Gostei também da primeira cena pós créditos. A Clea enfim apareceu. A sobrinha do Dormammu e ex esposa de Strange nos quadrinhos. Wanda encerrou a sua participação de maneira trágica. Se redimiu no final, ao menos.
eram quando os CGIs ruins mostravam as "faces vampiricas". Estava bem claro que o amigo do Morbius também se tornaria vampiro. Quando Michael fez três frascos, também era evidente quem seriam os destinatários de cada ampola: Morbius, seu amigo e sua namorada. Não é complicado de deduzir isso, pois tem uma quantidade ínfima de personagens relacionados diretamente com Morbius. Um conceito muito usado em filmes de super-heróis é um confronto final entre o protagonista e uma versão maligna do protagonista. Exemplos? Homem de Ferro x Obadiah em Homem de Ferro 1, Pantera Negra x Killmonger em Pantera Negra 1, Venom x Riot em Venom 1. Eu vi o filme imaginando que seria um novo Venom. Do tipo que é engraçado de maneiras não intencionais. Mas Morbius apenas se mostrou sem graça nas partes de deveriam ser engraçadas e sem sal nas cenas "sérias". As cenas pós creditos foram muito, muito confusas. Não faz sentido nenhum o Abutre sair de sua realidade em consequência do feitiço do Dr. Estranho no final do filme do Homem-aranha.
Filme natalino, com interpretação anos 80 do Scroodge, três fantasmas, etc. Tudo isso como uma tentativa de ser um condutor para o humorista Bill Murray. No final das contas, não ficou bom.
O enquadramento da câmera dá a entender que o tripé da câmera está quebrada, pois vez ou outra fica em um ângulo inclinado. Tem também a câmera giratória quando algum personagem explica algum detalhe da trama. E ainda tem aquele efeito flare, com uma luz que invade parte da tela como um raio solar. A personagem socorrista lembra um pouco (fisicamente) a Megan Fox. O piloto da ambulância parece uma versão suavizada do Shia LaBeouf. As motivações dos personagens nem sempre são constantes ou coerentes. Parece que atendem ao propósito do que Michael Bay quer que ocorra. Lembra por vezes quando uma criança está brincando com bonequinhos e carrinhos. Fazendo com a boca os barulhos de tiros e explosões. A maioria das cenas parece ter sido feita com pouco CGI, o que é positivo. E a maioria das cenas de ação são boas, embora falte um pouco de elaboração no roteiro. Por exemplo, não entendi como era feito o monitoramento da ambulância pela polícia. Me parece elementar que eles acompanhariam qual é a placa do veículo. Mesmo se tivessem 5 ambulâncias, eventualmente eles identificariam qual é a ambulância correta. Os ferimentos que os personagens sofriam pareciam acidentes que ocorriam apenas porque o roteiro assim o pedia.
O resultado final é simplesmente Michael Bay. Fui ver o filme já sabendo como seria, e não me decepcionei.
o Batman detetive. Para mim esse filme está no mesmo nível de "Cavaleiro Das Trevas". Claro que conta com muitas diferenças e seria necessário rever o filme mais antigo para tirar essa dúvida. Os pontos positivos do "The Batman" são a trilha sonora, o tom dado para a cidade, sempre escura, as escolhas de fotografia, as tomadas de longa duração. A história toda usa um conceito cliché das HQs (O Thomas Wayne fez merda no passado), mas a execução ficou muito boa, por conta da participação do Charada. Eu só considero que faltou uma "charada final", que exigisse a avaliação em conjunto de todas as pistas. Isso foi feito meio apressado naquela hora do chão pintado com palavras e setas. Nas HQs o Charada sempre fazia esse conjunto que sempre levava para a sua prisão. No filme, foi o detalhe (criativo) da peça do fim e do começo como elemento chave. O filme é todo em tom sombrio, pessimista, sujo, áspero. Deu margem para uma continuação facilmente. Não com o Coringa, pois ele já está mais do que exposto recentemente. Pode ir para um Vagalume da vida ou até mesmo pensar em como seria a estreia do Robin em um cenário tão sombrio.
O primeiro filme Pânico usava referências aos filmes de terror já existentes. Inovou com o uso de dois assassinos, que até então era coisa rara. Na continuação usou a metalinguagem, ao criar um filme dentro de um filme. E daí em diante foi ladeira abaixo. Fizeram um seriado que ficou bom, pois é basicamente um filme que dura uma temporada inteira. E dá mais tempo para se pensar em quem pode ser o assassino. Para esse novo filme usaram a metalinguagem de maneira abundante. Fazem referências aos reboots constantes e a falta de criatividade atual para os filmes. Apenas pegam filmes do passado e os lançam. Por vezes com o mesmo nome do original, e tentam fazer um "soft reboot". Igual o fracasso (financeiro) do Caça-Fantasmas de 2016, ou Jurassic World. Ou podem ignorar todas as continuações infinitas e tentar recriar uma continuação, com a protagonista já velha. Tipo Haloween e Exterminador do Futuro. Quem sabem não tentem isso com Aliens? Nesse filme mais recente, porém,
as referências eram para a própria série de terror, e não mais aos outros filmes de terror. Isso para mim tira um pouco da graça. Outro detalhe importante é que não se tratava apenas de referências. Tinha um conceito original. O traje do assassino, a ligação telefônica, o uso de facas, e tudo mais. No seriado, o assassino também era um tipo de hacker telefônico, pois hoje as ligações sempre mostram o número de origem. Nos anos 90 poucas pessoas pagavam pelo serviço de identificação de chamadas. No filme atual não ficou claro se o assassino utilizava essas técnicas para impedir que o encontrassem. A própria protagonista original disse no final do filme que apagaram os vestígios dos assassinatos atuais, para que não tivessem continuações. Acredito também que esse novo Pânico não vai gerar novas continuações.
É do mesmo diretor de "Drive". Mas dessa vez, parece que faltou algo mais. Filme ficou simbólico demais, mas os personagens em si parecem vazios. Uma exceção é a tal mãe. Já o tal protagonista não faz muitas ações que demonstrariam seu estado interno. Ele fica muito tempo parado, sentado num sofá. O lado positivo é o uso criativo das cores e dos cenários da Tailândia.
Achei que o filme seria pior. Que apenas fariam uma cópia do primeiro filme com qualidade inferior. Felizmente não foi o que a diretora tinha em mente. Claramente ela usou meta-linguagem, falando sobre a trilogia original e a necessidade de fazer referências ao material original. Ela recebeu a notícia que teria um novo Matrix, com ou sem ela. Então ela optou por contar uma história de amor. Essa situação toda me lembra Gremlins 2. O diretor não queria muito fazer uma sequência. Mas teve pressão, pois o filme anterior foi um baita sucesso. Ele então fez o filme inteiro como um tipo de sátira do filme anterior e também de seu sucesso comercial. Já no caso de Matrix, mais um pouco teria embarcado num caos absoluto. A diretora optou por deixar bem claro e explícito quem eram os alvos. Eu teria achado mais interessante algo mais sutil, mas compreendo a decisão dela. Afinal, ela notou o que os estúdios estão fazendo com os clássicos do passado.
[talking about Deadpool 2] Wade Wilson: It lives up to the hype, *plus plus.* Weasel: Fuck it. They probably won't even make a 3. Wade Wilson: Yeah, why would they? Stop at 2, ya killed it! [they both laugh]
Acho engraçado com o Will Smith gosta do mesmo tipo de papel ultimamente. Do pai imperfeito, complexo, que faz tudo por sua família. Foi assim no primeiro Esquadrão Suicida, no Em Busca da Felicidade e no Depois da Terra.
O ator fez um bom trabalho em "King Richard" na parte do sotaque. Ao ver o filme, notei como o sotaque era bem específico. Tinha também outras cenas, como das irmãs se apresentando levantando as mãos, que pareciam específicas demais. As cenas pós créditos mostram que muitos detalhes do filme são recriações bem detalhadas. O ritmo do filme não ficou tão bom. Tentaram apresentar diversos momentos de tensão emocional, um seguido do outro. O tal plano parecia ser tão perfeito quanto o de Hari Seldon da saga A Fundação. A única tensão que tem no filme é se o King dará um pouco de autonomia para Venus, que se considerava pronta para competir. A partida final foi bem parecida com Rocky 1, entre um amplo favorito e um novato. A diferença é que (pelo que me lembro) Apolo não usou "táticas sujas" no confronto. Outra diferença é que a Venus tinha certeza que iria ganhar. E uma parte interessante do filme foi tentar explorar como ela iria lidar com esse desalinhamento da realidade, ao perder a partida. O filme todo teve uma maneira rasa de passar o seu contexto social. Me lembrou a maneira como os filmes nacionais costumam lidar com temas semelhantes.
Fazia um tempo que eu não via uma história original. "Encanto" tem diversos temas e padrões das histórias antigas, mas apresentados de uma maneira nova e diferente. As escolhas das canções por exemplo vão por vários estilos diferentes, se distanciando das músicas tradicionais da Disney.
E para mim, a protagonista da história na verdade é a avó, e não Mirabela. É ela que sofre o maior processo rumo a um novo centro. Os outros personagens se comportam quase sempre da mesma maneira, com mudanças de menor impacto.
Clint simplesmente não para. O cinema parece ser a vida dele. O roteiro de "Cry Macho" é básico, porém decente. O papel parece ser para um cowboy uns 20 anos mais novo que o Clint, mas sem problema.
A longa espera valeu a pena. Acredito que 80% do livro foi mantido no filme. É algo incrível, considerando a maneira como o livro se desenrola. Pensamentos, estratégias, sinais sutis e troca de pontos de vista. Tudo isso foi traduzido de uma maneira visual e sonora bem adequada. A especialidade do diretor é mostrar cenários futuristas vastos, com naves de mundos distantes em uma trilha sonora minimalista. Esse tipo de coisa não é geralmente mostrado no livro, mas foi um ótimo complemento visual de como funciona a sociedade mostrada em Duna. Outro recurso utilizado foi de alternar os momentos de exposição com o andamento da trama. Pois tem muita informação que deve ser passada, e seria cansativo se isso fosse tudo despejado logo no começo (tipo com a princesa Irulan no filme de 1984).
Mostraram os dois Mentats com uma tatuagem de um quadrado no lábio inferior. E mostraram ambos revirando os olhos para cima quando faziam uma computação Mentat. Não conseguiram explicar a função das escolas Bene Gesserit, Mentat, dos navegadores e da CHOAM, em consequência da Jihad Butleriana. Mas está claro que os dois Mentat tem algo a mais.
A trilha sonora está muito bem feita. Com clara inspiração na cultura islâmica. Complementa muito bem o que se passa visualmente, em um deserto vasto e inóspito. Desenvolveram um pouco mais o personagem da Jessica no filme, em comparação com o livro.
Nesse ela estava muito mais dividida entre os deveres com a irmandade Bene Gesserit e os Atreides. Não teve a cena do jantar em Arrakis, onde quase todos os personagens se analisaram, pois havia a certeza de que um deles era um traidor. De conversas com subcontextos ocultos, determinados apenas por escolha de palavras específicas. Jessica se destacou bastante nessa parte. Isso seria desafiador de ser apresentado em um filme, e vejo todo o sentido de seu corte. Outra cena cortada foi a da Jessica inspecionando a estufa, com diversas plantas de vários planetas que consumiam muita água. Ela encontrou uma mensagem codificada em uma folha, escrita por uma colega Bene Gesserit, alertando dos perigos por vir. Essa cena foi trocada pelo Paul conversando com o jardineiro, que cuidava das palmeiras sob sol intenso.
Outro aspecto positivo do filme foi a representação visual dos elementos mostrados no livro.
Os soldados da casa Atreides são mostrados como sendo quase oficiais da Aeronáutica norte americana. Pilotando o equivalente a caças futuristas e com macacões. Já os Harkonen são mostrados todos carecas, gigantescos e deformados. Os Sardukar são mostrados como um tipo de guerreiros cruzados misturado com Vikings. Já os Fremen tem um tipo de ataque que supera o de qualquer ninja. Se escondem na areia. Quando menos se imagina, paf, uma multidão deles ataca, vindos do chão. Já a guilda dos navegadores foi mostrada como astronautas usando um aquário cor laranja na cabeça. Eles são viciados na especiaria, e é isso o que rodeia seus capacetes.
À media que o filme avançava, eu me perguntava qual foi o ponto escolhido para encerra-lo.
Eu sabia que seria logo depois do ataque dos Harkonen em Arrakis, a julgar pelo reencontro de Duncan com Paul. Eles poderiam acabar o filme logo por aí. Mas foram um pouco além. Mostraram de forma rápida o soterramento por areia, o kit para acampar no deserto. O encontro com um verme gigante. E aí continuaram até a despedida (temporária) de Dundan Idaho. Eles escolheram finalizar o filme no exato ponto onde Paul e Jessica decidem ficar no Sietch. Ainda tem muita história por vir. Na verdade, falta aproximadamente metade do primeiro livro ainda. Só essa parte dá outro ótimo filme também.
Quando o primeiro filme do Senhor dos Anéis acabou, algumas pessoas estranharam o final, pois meio que acabou do nada. Não tinha muito o que fazer, pois o livro original era meio que dessa forma. Já o segundo filme acaba em um ponto mais adequado para um filme. No caso de Duna, fazer um único filme do gigantesco primeiro livro o deixaria maior que a versão estendida de Senhor Dos Anéis. O que resta agora é aguardar o "gom jabbar" financeiro. Se esse filme gerar dinheiro suficiente, duas continuações podem ser garantidas. Mesmo que isso não aconteça, o filme por si só já vale a pena.
O diretor tem uma trajetória curiosa. Saiu de séries de filmes de terror diretamente para o filme Aquaman. Que gerou um resultado financeiro mais do que satisfatório. Esse filme agora parece ser um projeto mais pessoal dele. Tem alguns elementos dos filmes italianos antigos (giallo) e bastante do estilo de filmar dos filmes de horror modernos. Se destaca bastante por sua estranheza. Não parece que foi lançado em pleno 2021.
DC Liga dos Superpets
3.5 115Filme infantil. Tem uma história mínima. Algumas piadas foram feitas para adultos, pois tinham até mesmo palavrões censurados. Escolha estranha, ao meu ver. Como deram o foco para animais usados como "pets", não apareceram os animais relativamente famosos da DC: Cometa, o cavalo da Supergirl e também Hoppy, o Coelho Capitão Marvel.
Thor: Amor e Trovão
2.9 973Thor: Amor e Trovão foi melhor do que eu imaginava. Eu pensei que seria um filme onde Poderosa Thor ganharia os poderes sem contexto algum. Que deixaria o Thor largado de lado como um mero coadjuvante.
Taika está mais solto nesse filme. É piada atrás de piada atrás de piada. Aí ele tenta criar algum momento com emoção. Mas aí tome piada novamente. Alguns conflitos são utilizados como preparação para mais piadas.
Como por exemplo Thor não demonstrando tanto interesse pela sua arma, a StormBreaker.
Foi importante mostrarem
o dilema da Jane, pois é algo que veio das HQs originais. Um herói (ou heróina) com um conflito desse tipo pode ser bem interessante. O estabelecimento rápido no começo do filme ficou apropriado.
Considero que
a mini origem do Gorr ficou curta demais. Em poucos minutos ele sai de devoto, encontra o deus 100% babaca e já usa uma espada conveniente e zas, temos o vilão. E, no final do filme, ele tem uma mudança radical novamente por conta do poder da Positividade do Thor. "All you need is love".
O
relacionamento da Jane e Thor ficou com ritmo confuso. Esse não parece ser o ponto forte do diretor. Tudo fica diluído pelas situações bizarras e pela tentativa constante de gerar humor.
Já a parte que mais me chamou a atenção foi
a ação do Thor no final. Após quatro filmes, ele finalmente demonstrou um pouco de maturidade. Atuou como um mentor para aquele grupo de crianças assustadas. E inclusive compartilhou parte de seu próprio poder. E isso se encaixou bem com a cena final, onde Thor agora é responsável por uma garota muito peculiar.
Eu fiquei também impressionado por
enfim ver a Eternidade em um filme da Marvel. Essa entidade é um quase símbolo de todo o Universo Marvel. Eu a vi na HQ LJA x Vindadores, onde ele estava entrelaçado com a Kismet, que tem o mesmo papel, só que na DC.
Val
4.0 52Vi esse documentário depois de ter visto "Top Gun: Maverick", e
a participação do Iceman se tornou mais especial.
Top Gun: Maverick
4.1 1,1K Assista AgoraTop Gun: Maverick é uma boa continuação. E conta com um roteiro bem amarrado. As cenas de voo parecem bem realistas agora. A tecnologia hoje permite que uma câmera cinematográfica seja fixada em um painel de um avião ou caça. O tema do primeiro filme é basicamente sobre juventude. O do segundo filme é sobre ser responsável, sobre ser um tutor adequado.
Lá perto do terceiro ato, tudo indicava que Maverick iria morrer. A frase do filho do Goose sobre Maverick não ter ninguém. E a preocupação do instrutor não ter nenhuma baixa. Isso apontava claramente para um sacrifício do piloto mais experiente. E, se acabasse assim, faria todo o sentido. Seria muito ousado e terminaria de maneira negativa, mas encerraria o arco do personagem, e finalizaria a "saga" Top Gun no seu auge. Mas o final escolhido é claramente positivo, e leva o protagonista para uma nova situação de equilíbrio.
O ideal seria não pensarem em um terceiro filme, pois a chance de fazer algo inferior é muito alta. O filme, contudo, está dando retorno financeiro. Então os estúdios de filmes já devem estar pensando em umas 5 continuações, 4 seriados derivados em streaming e 7 videogames.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraO filme tem boa fotografia e um roteiro razoável. Mistura cenários históricos de guerra com humor, deixando a história com tons surreais.
O grande destaque para mim foi a cena final do "Capitain K".
Tico e Teco: Defensores da Lei
3.7 258Eu achei que o filme seria apenas uma chuva de referências baseado apenas no "lembra disso?". Mas não foi o caso. Tem uma história básica, e uma tentativa de arco para os dois protagonistas. Tem um conceito de meta linguagem que tenta servir à história. As regras do mundo lembram bastante o filme do Roger Rabbit. Filme razoável, e olha que eu assistia (e gostava) da série original.
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
3.5 1,2K Assista AgoraEsse filme tem a cara do Sam Raimi, o que é positivo. O primeiro filme da Marvel com cara de terror. A Marvel anda soltando informações muito importantes em trailers oficiais.
Em um deles aparece a frase "Os Iluminati o verão agora", ou algo parecido. Então confirma que terá sim os Iluminati. Outra cena mostra claramente a cadeira do Prof. Xavier. Outro trailer mostra a voz do Patrick Stewart. Já outro trailer mostra com detalhes o escudo da Capitã Carter. Todos esses detalhes teriam uma surpresa maior, e não foram publicados por meio de vazamentos. Tive essa surpresa boa quando apareceu o Reed Richards, interpretado pelo Jim do The Office. E o Raio Negro, que é um bom personagem, mas ninguém conhece. E também a Capitã Marvel, mas não sei se alguém se importa.
A aparição do Bruce Campbel foi um bom easter egg, para quem acompanha os filmes do Sam Raimi. Os enquadramentos e técnicas peculiares de fotografia também são usadas pelo famoso diretor. A Marvel acertou ao deixa-lo mais à vontade nesse filme.
Gostei também da primeira cena pós créditos. A Clea enfim apareceu. A sobrinha do Dormammu e ex esposa de Strange nos quadrinhos.
Wanda encerrou a sua participação de maneira trágica. Se redimiu no final, ao menos.
Morbius
2.3 521Filme monótono. As únicas partes divertidas
eram quando os CGIs ruins mostravam as "faces vampiricas". Estava bem claro que o amigo do Morbius também se tornaria vampiro. Quando Michael fez três frascos, também era evidente quem seriam os destinatários de cada ampola: Morbius, seu amigo e sua namorada. Não é complicado de deduzir isso, pois tem uma quantidade ínfima de personagens relacionados diretamente com Morbius.
Um conceito muito usado em filmes de super-heróis é um confronto final entre o protagonista e uma versão maligna do protagonista. Exemplos? Homem de Ferro x Obadiah em Homem de Ferro 1, Pantera Negra x Killmonger em Pantera Negra 1, Venom x Riot em Venom 1.
Eu vi o filme imaginando que seria um novo Venom. Do tipo que é engraçado de maneiras não intencionais. Mas Morbius apenas se mostrou sem graça nas partes de deveriam ser engraçadas e sem sal nas cenas "sérias".
As cenas pós creditos foram muito, muito confusas. Não faz sentido nenhum o Abutre sair de sua realidade em consequência do feitiço do Dr. Estranho no final do filme do Homem-aranha.
Os Fantasmas Contra Atacam
3.3 112 Assista AgoraFilme natalino, com interpretação anos 80 do Scroodge, três fantasmas, etc. Tudo isso como uma tentativa de ser um condutor para o humorista Bill Murray. No final das contas, não ficou bom.
Ambulância: Um Dia de Crime
2.9 200Ambulância é o Puro Suco de Michael Bay.
O enquadramento da câmera dá a entender que o tripé da câmera está quebrada, pois vez ou outra fica em um ângulo inclinado. Tem também a câmera giratória quando algum personagem explica algum detalhe da trama. E ainda tem aquele efeito flare, com uma luz que invade parte da tela como um raio solar.
A personagem socorrista lembra um pouco (fisicamente) a Megan Fox. O piloto da ambulância parece uma versão suavizada do Shia LaBeouf. As motivações dos personagens nem sempre são constantes ou coerentes. Parece que atendem ao propósito do que Michael Bay quer que ocorra. Lembra por vezes quando uma criança está brincando com bonequinhos e carrinhos. Fazendo com a boca os barulhos de tiros e explosões. A maioria das cenas parece ter sido feita com pouco CGI, o que é positivo. E a maioria das cenas de ação são boas, embora falte um pouco de elaboração no roteiro.
Por exemplo, não entendi como era feito o monitoramento da ambulância pela polícia. Me parece elementar que eles acompanhariam qual é a placa do veículo. Mesmo se tivessem 5 ambulâncias, eventualmente eles identificariam qual é a ambulância correta. Os ferimentos que os personagens sofriam pareciam acidentes que ocorriam apenas porque o roteiro assim o pedia.
O resultado final é simplesmente Michael Bay. Fui ver o filme já sabendo como seria, e não me decepcionei.
Terror no Estúdio 666
2.9 112Dave Grohl gosta de Evil Dead.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraFinalmente mostraram
o Batman detetive. Para mim esse filme está no mesmo nível de "Cavaleiro Das Trevas". Claro que conta com muitas diferenças e seria necessário rever o filme mais antigo para tirar essa dúvida. Os pontos positivos do "The Batman" são a trilha sonora, o tom dado para a cidade, sempre escura, as escolhas de fotografia, as tomadas de longa duração. A história toda usa um conceito cliché das HQs (O Thomas Wayne fez merda no passado), mas a execução ficou muito boa, por conta da participação do Charada. Eu só considero que faltou uma "charada final", que exigisse a avaliação em conjunto de todas as pistas. Isso foi feito meio apressado naquela hora do chão pintado com palavras e setas. Nas HQs o Charada sempre fazia esse conjunto que sempre levava para a sua prisão. No filme, foi o detalhe (criativo) da peça do fim e do começo como elemento chave. O filme é todo em tom sombrio, pessimista, sujo, áspero. Deu margem para uma continuação facilmente. Não com o Coringa, pois ele já está mais do que exposto recentemente. Pode ir para um Vagalume da vida ou até mesmo pensar em como seria a estreia do Robin em um cenário tão sombrio.
Pânico
3.4 1,1KO primeiro filme Pânico usava referências aos filmes de terror já existentes. Inovou com o uso de dois assassinos, que até então era coisa rara. Na continuação usou a metalinguagem, ao criar um filme dentro de um filme. E daí em diante foi ladeira abaixo. Fizeram um seriado que ficou bom, pois é basicamente um filme que dura uma temporada inteira. E dá mais tempo para se pensar em quem pode ser o assassino.
Para esse novo filme usaram a metalinguagem de maneira abundante. Fazem referências aos reboots constantes e a falta de criatividade atual para os filmes. Apenas pegam filmes do passado e os lançam. Por vezes com o mesmo nome do original, e tentam fazer um "soft reboot". Igual o fracasso (financeiro) do Caça-Fantasmas de 2016, ou Jurassic World. Ou podem ignorar todas as continuações infinitas e tentar recriar uma continuação, com a protagonista já velha. Tipo Haloween e Exterminador do Futuro. Quem sabem não tentem isso com Aliens?
Nesse filme mais recente, porém,
as referências eram para a própria série de terror, e não mais aos outros filmes de terror. Isso para mim tira um pouco da graça. Outro detalhe importante é que não se tratava apenas de referências. Tinha um conceito original. O traje do assassino, a ligação telefônica, o uso de facas, e tudo mais. No seriado, o assassino também era um tipo de hacker telefônico, pois hoje as ligações sempre mostram o número de origem. Nos anos 90 poucas pessoas pagavam pelo serviço de identificação de chamadas. No filme atual não ficou claro se o assassino utilizava essas técnicas para impedir que o encontrassem.
A própria protagonista original disse no final do filme que apagaram os vestígios dos assassinatos atuais, para que não tivessem continuações. Acredito também que esse novo Pânico não vai gerar novas continuações.
Apenas Deus Perdoa
3.0 632 Assista AgoraÉ do mesmo diretor de "Drive". Mas dessa vez, parece que faltou algo mais. Filme ficou simbólico demais, mas os personagens em si parecem vazios. Uma exceção é a tal mãe. Já o tal protagonista não faz muitas ações que demonstrariam seu estado interno. Ele fica muito tempo parado, sentado num sofá. O lado positivo é o uso criativo das cores e dos cenários da Tailândia.
Matrix Resurrections
2.8 1,3KAchei que o filme seria pior. Que apenas fariam uma cópia do primeiro filme com qualidade inferior. Felizmente não foi o que a diretora tinha em mente. Claramente ela usou meta-linguagem, falando sobre a trilogia original e a necessidade de fazer referências ao material original. Ela recebeu a notícia que teria um novo Matrix, com ou sem ela. Então ela optou por contar uma história de amor.
Essa situação toda me lembra Gremlins 2. O diretor não queria muito fazer uma sequência. Mas teve pressão, pois o filme anterior foi um baita sucesso. Ele então fez o filme inteiro como um tipo de sátira do filme anterior e também de seu sucesso comercial.
Já no caso de Matrix, mais um pouco teria embarcado num caos absoluto. A diretora optou por deixar bem claro e explícito quem eram os alvos. Eu teria achado mais interessante algo mais sutil, mas compreendo a decisão dela. Afinal, ela notou o que os estúdios estão fazendo com os clássicos do passado.
O Homem de Seis Bilhões de Dólares
51973 - The Six Million Dollar Man
2002 - O Terno de Dois Bilhões de Dólares
2023? - The Six Billion Dollar Man
Essa inflação está fogo.
Deadpool & Wolverine
27[talking about Deadpool 2]
Wade Wilson: It lives up to the hype, *plus plus.*
Weasel: Fuck it. They probably won't even make a 3.
Wade Wilson: Yeah, why would they? Stop at 2, ya killed it!
[they both laugh]
O Rei Leão II
4.1 3Aí já forçou a amizade, chapa
Duna: Parte 2
4.4 626Só vem!
King Richard: Criando Campeãs
3.8 409Acho engraçado com o Will Smith gosta do mesmo tipo de papel ultimamente. Do pai imperfeito, complexo, que faz tudo por sua família. Foi assim no primeiro Esquadrão Suicida, no Em Busca da Felicidade e no Depois da Terra.
O ator fez um bom trabalho em "King Richard" na parte do sotaque. Ao ver o filme, notei como o sotaque era bem específico. Tinha também outras cenas, como das irmãs se apresentando levantando as mãos, que pareciam específicas demais. As cenas pós créditos mostram que muitos detalhes do filme são recriações bem detalhadas. O ritmo do filme não ficou tão bom. Tentaram apresentar diversos momentos de tensão emocional, um seguido do outro. O tal plano parecia ser tão perfeito quanto o de Hari Seldon da saga A Fundação. A única tensão que tem no filme é se o King dará um pouco de autonomia para Venus, que se considerava pronta para competir. A partida final foi bem parecida com Rocky 1, entre um amplo favorito e um novato. A diferença é que (pelo que me lembro) Apolo não usou "táticas sujas" no confronto. Outra diferença é que a Venus tinha certeza que iria ganhar. E uma parte interessante do filme foi tentar explorar como ela iria lidar com esse desalinhamento da realidade, ao perder a partida. O filme todo teve uma maneira rasa de passar o seu contexto social. Me lembrou a maneira como os filmes nacionais costumam lidar com temas semelhantes.
Encanto
3.8 805Fazia um tempo que eu não via uma história original. "Encanto" tem diversos temas e padrões das histórias antigas, mas apresentados de uma maneira nova e diferente. As escolhas das canções por exemplo vão por vários estilos diferentes, se distanciando das músicas tradicionais da Disney.
E para mim, a protagonista da história na verdade é a avó, e não Mirabela. É ela que sofre o maior processo rumo a um novo centro. Os outros personagens se comportam quase sempre da mesma maneira, com mudanças de menor impacto.
Cry Macho: O Caminho para Redenção
3.0 179Clint simplesmente não para. O cinema parece ser a vida dele. O roteiro de "Cry Macho" é básico, porém decente. O papel parece ser para um cowboy uns 20 anos mais novo que o Clint, mas sem problema.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraA longa espera valeu a pena. Acredito que 80% do livro foi mantido no filme. É algo incrível, considerando a maneira como o livro se desenrola. Pensamentos, estratégias, sinais sutis e troca de pontos de vista. Tudo isso foi traduzido de uma maneira visual e sonora bem adequada.
A especialidade do diretor é mostrar cenários futuristas vastos, com naves de mundos distantes em uma trilha sonora minimalista. Esse tipo de coisa não é geralmente mostrado no livro, mas foi um ótimo complemento visual de como funciona a sociedade mostrada em Duna.
Outro recurso utilizado foi de alternar os momentos de exposição com o andamento da trama. Pois tem muita informação que deve ser passada, e seria cansativo se isso fosse tudo despejado logo no começo (tipo com a princesa Irulan no filme de 1984).
Um bom exemplo é a Dra. Keynes que explicava como os trajes funcionavam, enquanto ajustava os trajes de todo mundo, se surpreendendo com Paul.
O que a equipe não conseguiu adaptar ou explicar totalmente, mantiveram pelo menos sinais visuais de que existia algo ali.
Mostraram os dois Mentats com uma tatuagem de um quadrado no lábio inferior. E mostraram ambos revirando os olhos para cima quando faziam uma computação Mentat. Não conseguiram explicar a função das escolas Bene Gesserit, Mentat, dos navegadores e da CHOAM, em consequência da Jihad Butleriana. Mas está claro que os dois Mentat tem algo a mais.
A trilha sonora está muito bem feita. Com clara inspiração na cultura islâmica. Complementa muito bem o que se passa visualmente, em um deserto vasto e inóspito.
Desenvolveram um pouco mais o personagem da Jessica no filme, em comparação com o livro.
Nesse ela estava muito mais dividida entre os deveres com a irmandade Bene Gesserit e os Atreides. Não teve a cena do jantar em Arrakis, onde quase todos os personagens se analisaram, pois havia a certeza de que um deles era um traidor. De conversas com subcontextos ocultos, determinados apenas por escolha de palavras específicas. Jessica se destacou bastante nessa parte. Isso seria desafiador de ser apresentado em um filme, e vejo todo o sentido de seu corte. Outra cena cortada foi a da Jessica inspecionando a estufa, com diversas plantas de vários planetas que consumiam muita água. Ela encontrou uma mensagem codificada em uma folha, escrita por uma colega Bene Gesserit, alertando dos perigos por vir. Essa cena foi trocada pelo Paul conversando com o jardineiro, que cuidava das palmeiras sob sol intenso.
Outro aspecto positivo do filme foi a representação visual dos elementos mostrados no livro.
Os soldados da casa Atreides são mostrados como sendo quase oficiais da Aeronáutica norte americana. Pilotando o equivalente a caças futuristas e com macacões. Já os Harkonen são mostrados todos carecas, gigantescos e deformados. Os Sardukar são mostrados como um tipo de guerreiros cruzados misturado com Vikings. Já os Fremen tem um tipo de ataque que supera o de qualquer ninja. Se escondem na areia. Quando menos se imagina, paf, uma multidão deles ataca, vindos do chão. Já a guilda dos navegadores foi mostrada como astronautas usando um aquário cor laranja na cabeça. Eles são viciados na especiaria, e é isso o que rodeia seus capacetes.
À media que o filme avançava, eu me perguntava qual foi o ponto escolhido para encerra-lo.
Eu sabia que seria logo depois do ataque dos Harkonen em Arrakis, a julgar pelo reencontro de Duncan com Paul. Eles poderiam acabar o filme logo por aí. Mas foram um pouco além. Mostraram de forma rápida o soterramento por areia, o kit para acampar no deserto. O encontro com um verme gigante. E aí continuaram até a despedida (temporária) de Dundan Idaho. Eles escolheram finalizar o filme no exato ponto onde Paul e Jessica decidem ficar no Sietch. Ainda tem muita história por vir. Na verdade, falta aproximadamente metade do primeiro livro ainda. Só essa parte dá outro ótimo filme também.
Quando o primeiro filme do Senhor dos Anéis acabou, algumas pessoas estranharam o final, pois meio que acabou do nada. Não tinha muito o que fazer, pois o livro original era meio que dessa forma. Já o segundo filme acaba em um ponto mais adequado para um filme. No caso de Duna, fazer um único filme do gigantesco primeiro livro o deixaria maior que a versão estendida de Senhor Dos Anéis.
O que resta agora é aguardar o "gom jabbar" financeiro. Se esse filme gerar dinheiro suficiente, duas continuações podem ser garantidas. Mesmo que isso não aconteça, o filme por si só já vale a pena.
Maligno
3.3 1,2KO diretor tem uma trajetória curiosa. Saiu de séries de filmes de terror diretamente para o filme Aquaman. Que gerou um resultado financeiro mais do que satisfatório. Esse filme agora parece ser um projeto mais pessoal dele. Tem alguns elementos dos filmes italianos antigos (giallo) e bastante do estilo de filmar dos filmes de horror modernos.
Se destaca bastante por sua estranheza. Não parece que foi lançado em pleno 2021.