só fiquei preocupado com a integridade física do Rancor. O resto eu não ligava para o destino. E tinha certeza que nada de ruim aconteceria com Mano e Baby Yoda. Pois eles tem uma terceira temporada de Mandalorian pela frente. O resto não me importa nem um pouco.
Toda a temporada foi como um filme, só que com duração maior. Piadas e situações repetidas mais vezes. O lado bom é que trouxeram personagens novos. Os personagens já conhecidos se tornaram secundários. Fora isso, é um remix de situações dos dois filmes anteriores.
Gostei do documentário. Mostra boa parte da trajetória do Afeganistão desde a vinda dos soviéticos na década de 80. E como isso foi a semente dos ataques do 11 de setembro. Ao atrapalhar os russos, fortaleceram a Al Qaeda. Não tinham planos 100% precisos sobre o que exatamente fariam no Afeganistão. Dinheiro do contribuinte escoou livremente durante anos e anos. Sendo desperdiçado, desviado ou usado para enriquecimento de alguns norte-americanos/ afegãos. Decisões erradas como invadir o Iraque também prolongaram o que agora é a guerra mais longa da história dos EUA. Julgando pelo pouco que eu sei, o Afeganistão contém o mesmo potencial para abrigar terroristas do que no final do século XX. Outra coisa curiosa é algo que o próprio documentário não comenta tanto. Osama Bin Laden vem de uma família rica da Arábia Saudita. Um país com forte influência dos EUA há décadas. O projeto de "construção de democracias" em países remotos tem sido feito há décadas. Alguns sucessos (Japão, Coréia do Sul, Alemanha) e muitos fracassos.
Quando a Disney comprou a Pixar, Steve Jobs se tornou diretor desta. E afirmou em uma entrevista que esse evento poderia ser benéfico para ambas as empresas. Ele tinha a preocupação que o "modo Pixar" de se fazer as coisas não fosse comprometido. E que também parte dessa filosofia poderia agora "vazar" para outras áreas da própria Disney, de maneira gradual. Agora eu noto que Steve Jobs estava extremamente otimista nesse pensamento. É o mesmo tipo de esperança que surge nas relações entre Hong Kong e China. Dois pares muito distintos, com tamanhos e capacidades inteiramente diferentes. Algum político de Hong Kong poderia imaginar que, gradualmente, parte da maneira aberta e democrática poderia "vazar" para a China. O que vejo na prática é justamente o contrário, nos dois cenários. Tem alguns seriados da Pixar disponíveis no Disney+. Até agora eu já vi "Monstros no Trabalho" e "A vida de Doug". E ambos deixaram a mesma impressão sobre a maneira como a Pixar tem andado ultimamente. O Doug se parece muito nesse seriado com um Pluto que fala. Os gestos, ações e motivações. Parece aquele desenho dos anos 90, que tinha justamente o Pluto como protagonista. Carl Friedricksen é basicamente uma moldura, e se comporta como um tipo de Mickey mais velho. Sem sal e vazio. Aí inventam o tal do esquilo, para esticar uma situação bem específica do filme "Up". E o transformam em uma versão consolidada do Tico e Teco. Para resumir uma avaliação já longa, a sensação é que estou vendo novamente os desenhos da Disney da TV CRUJ. E isso não seria nada demais, pois seria a Disney sendo Disney. A diferença é que usam agora os conceitos da Pixar. Quando "Toy Story" se mostrou um baita sucesso, a Disney queria lançar "Toy Story 2" direto em VHS, pois era a tradição. Toda continuação da Disney sempre era lançada em fitas. A Pixar na época quis fazer diferente, e fez uma ótima continuação. Se isso ocorresse hoje, certamente o resultado seria diferente.
Faz todo o sentido a animação se chamar "Os Mestres do Universo" e não "He-man e Os Mestres do Universo". A protagonista é Teela. Colocaram referências que exigem um conhecimento "nerdístico" avançado na série, os tais "fan services". A impressão que eu tive é de que 80% do material é original, e poderia muito bem ser desenvolvido em uma série totalmente original, focando apenas na Teela, e mudando os nomes e conceitos originais. O grande problema é que não teria o apelo da série original. O roteiro é razoavelmente previsível, mas muito bem montado. A protagonista segue uma jornada arquetípica. O gancho atual da série foi muito bem desenvolvido. A proposta de alterar radicalmente um cenário de animação dos anos 80 não é inteiramente nova. Fizeram algo parecido numa série de HQs dos Thundercats em meados de 2004. Onde o mal tinha vencido, e com temas adultos. Eu gostava muito da série original, e não tenho muitos detalhes dela na memória. Uma exceção são as vozes dubladas. O saudoso Orlando Drummond por exemplo dublava o Pacato. A risada do Esqueleto na versão dublada também era única. Ver tudo legendado agora dá um estranhamento. Essa continuação até agora está se mantendo como uma continuação digna, mas não essencial.
A sacada que tiveram foi muito boa. Pegar o conceito de Itto Ogami, o ronin que andava por diversas regiões do Japão do período feudal. Ele andava sempre com seu filho Daigoro. E mistura com a história do Western. Com o cowboy misterioso que chega em uma pacata cidade que está sendo atacada por malfeitores. E, para fechar a receita, coloca esses elementos no universo Star Wars. Um Walker ali, uns stormtroopers acolá. Quase como um tempero final. O resultado ficou muito bom. A maioria dos episódios são auto contidos, de uma maneira parecida com seriados antigos, tipo do Incrível Hulk ou Star Trek. O Mandaloriano chega com Baby Yoda em um planeta novo. Existe uma situação específica que demanda os trabalhos de um caçador de recompensas. O final da temporada indica que essa dinâmica poderia se alterar um pouco. Ainda não vi a outra temporada para confirmar isso.
O máximo que eu conhecia a história de Cômodo era por meio de duas fontes. A primeira é o sensacional filme O Gladiador. Era o vilão interpretado pelo Joaquin Fenix, e absolutamente maligno no filme. A outra fonte é a "obra" do Marco Aurélio, chamada de Meditações. Eram textos que ele escrevia para si mesmo. Nunca teve planos para publicar nada. Era parte da prática do estoicismo. Sabe-se lá como, os documentos foram retirados das posses do Imperador, e passado a diante durante séculos.
O seriado mostra como o Império Romano era feito de extremos. Uma única pessoa influenciava a vida de milhões de cidadãos. Mostra também o eterno dilema entre o "egoísmo" de querer sempre o melhor para os filhos e a "solidariedade" de sempre pensar no bem comum. Marco Aurélio deve ter vivido isso na pele, enquanto via Cômodo crescendo. Longe de querer aplicar algum tipo de moralismo, tento imaginar como cada pessoa passaria por um dilema desse nível. Nomear outra pessoa e quase condenar o seu filho à morte, ou entregar um império gigantesco nas mãos de alguém sem competência, mas sangue do seu sangue? Outra questão interessante é o contraste entre o Marco Aurélio filósofo e o Imperador do dia a dia. Que era corneado pela esposa. Que permitia que o filho se tornasse um frouxo mimado. Que teve uma filha nada confiável. Os estoicos pareciam praticar tudo aquilo que não era romano. Tudo o que era esperado de um romano, eles não necessitavam de praticar. Creio que isso explique o enfoque que as páginas de Meditações mostram, e o que Marco Aurélio fazia diariamente em suas ações. Com relação a Cômodo, ele sempre viveu à sombra do pai. Se tivesse uma infância tipo a do Calígula, talvez pudesse estar melhor preparado. Mas o império parece sempre criar pessoas paranoicas. Aquelas que, por medo de serem traídas, acabam sendo empurradas na direção da traição. Dá para notar que Maximus do filme é uma mistura de personagens reais que antagonizaram Cômodo. E que os atos do imperador no filme foram uma caricatura dos principais atos dele na vida real. Outro paralelo que me ocorreu foi a questão dele ter amigos "da plebe", por assim dizer. Me lembra o Dom Pedro I no Brasil, com seu amigo Chalaça. Ambos tem uma grande fama de, quando jovens, se entregarem a inúmeras diversões.
O máximo que eu conhecia desse período eram os estereótipos. Que teve um Asterix da vida real. Que Júlio César se arruinou por conta da Cleópatra. E que Marco seria o próximo. E a frase "et tu brute".
Dá para notar como o Júlio César sempre foi "tudo ou nada" em praticamente toda a sua vida. Se lançava nas batalhas assim. Em qualquer decisão a ser tomada, sempre se arriscava. E isso o beneficiou muito em sua rápida ascensão ao poder. Não é a toa que ele é tido como um grande estrategista militar. Era hiper criativo para sair de situações que pareciam derrotas claras. Foi também interessante notar que o tal "triunvirato" era resultado da estagnação política da República romana. Um sistema corrupto que não conseguia nem contar os meses direito. Se não fosse o César, outra figura surgiria, cedo ou tarde. O sistema estava capenga. Era questão de tempo até que colapsasse. Outra passagem interessante foi o turbilhão em Alexandria. Os romanos apenas reagiram ao que ocorria. E parece ter um padrão com Júlio César e mulheres com forte influência política. Cleópatra e Servília Cepião, no caso. Outro aspecto que parece orquestrado como uma tragédia grega é a reação do Senado. Ao tentarem salvar a República, acabaram eliminando-a de vez. Sem o ditador César, veio eventualmente a era dos Imperadores. Senti a falta de Pórcia, esposa de Bruto. Ela era filha de Catão, o Jovem. Que por sinal, Catão era irmão de Servília. Esse lado da família era ligado com o estoicismo. Eram filósofos, mas também atuavam politicamente. Pórcia recebeu ensinamentos filosóficos, e dizem que pode ter tido um papel nas ações de Bruto. Por fim, o papel de Vercingetórix foi interessante. A pressão pela sobrevivência levaria uma tribo desunida a se unificarem em nome de uma ameaça em comum. E Vercingetórix desempenhou esse papel de fundador de uma federação.
Eu ouvi pouca coisa desse imperador. Apenas a parte dele ser um tarado e maluco. Mas, vendo esse contexto, é possível compreender como tudo aconteceu daquela forma. Sofreu vários traumas em uma idade nova. Conviveu com pessoas maquiavélicas e sem moral. Tal como uma tragédia grega, tornou-se seu maior receio, e seu maior adversário. Um tipo de Darth Vader da vida real.
O seriado já começa meio esquisito. Um narrador fala sobre a vida do pobre camponês oprimido pelos nobres na Espanha do século XIV. Era quase como se o camponês fosse um escravo ou prisioneiro do senhor feudal. Os registros históricos não mostram isso. O que ocorria na verdade era um nível complexo de contratos entre as duas partes, com direitos e deveres de cada parte. O nobre por exemplo tinha a função de defender todos os seus vassalos em caso de ataque externo. E cada região e cada época teve grau maior ou menor nas obrigações do vassalo. Mas quem sabe eu não sabia do cenário específico retratado. Quem sabe era um tipo de exceção. Aí logo nos primeiros minutos,
me jogam um "primae noctis", estilo Coração Valente. Esse é uma lenda, e não ocorreu. Para detalhes, vide artigo da Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_da_primeira_noite
Eu imaginei que o seriado mostraria pelo menos alguns detalhes do cotidiano medieval. Mas todo o começo focou apenas em deixar mais do que claro o
tanto que o nobre era maligno. Não demora muito para solicitarem a moça como ama de leite. E, para deixar tudo mais estranho, fazem questão de levar a criança. E parece que esse ato foi motivado por uma provocação dos distintos colegas nobres. É muito bizarro, pois não faz sentido algum. Uma das informações que eu imaginei que veria era o uso de servos muçulmanos. O reino de Aragão e Valência compravam ou capturavam escravos muçulmanos. E os punham para trabalhar no campo, nas cidades, limpando fossas e banheiros ou como servos em residências de nobres. Sei que isso era prática comum no século XV, e imagino que isso ocorria também no século anterior. Para mais informações, tem esse link: https://en.wikipedia.org/wiki/Slavery_in_medieval_Europe#Slavery_in_Christian_Iberia
Muitos filmes bons de terror ou de suspense tem uma regra bem estabelecida.É como no filme "Sexto Sentido". As peças estão lá para quem for atento. Esse seriado foi feito por um fã de terror, pois segue bem essa divertida regra. Enquanto eu via essa temporada, eu tive isso em mente. Usei como premissa investigativa a famosa frase do Batman. "Quem se beneficia?". E também já descartava da lista de suspeitos qualquer personagem que fosse alvo claro de suspeita por qualquer outro personagem do elenco.
A situação mudou no episódio 6. Assim que o trio sai do parque de diversões, o assassino some e, segundos depois, Kieran aparece. Aguardei para ver se essa situação seria citada em algum momento. Kieran ficou alto na lista nesse momento. Na cena em que vão visitar a professora no hospital, também dá para ver bem claramente algo. Ela acorda e, quando vê a moça, fica tranquila. Ela começa a surtar quando Kristen fica visível. Zoe chegou a entrar na lista de suspeitos. Pois ela tinha passado misterioso, e não tinha motivações tão claras. No episódio 9, eu a descartei da lista. Pois estavam suspeitando dela. Outro que estava na minha lista era o misterioso primo do Kieran. Mas ele era óbvio demais. O filho do xerife, idem. Ambos se tornaram suspeitos, e também saíram da lista. Outro item importante para achar o culpado foi a informação que o assassino tinha. A partir do episódio 5, Kieran ficou bem íntimo do xerife. Poderia usar isso a seu favor, obtendo informações. A outra pessoa que tinha acesso fácil ao material da polícia era o filho do xerife. Mas, uma vez mais, ele era um suspeito óbvio demais. O pai da protagonista também era óbvio demais. Ele também não teria como obter a maioria das informações que o assassino tinha à disposição. Na série de filmes do Pânico, teve um dos filmes (creio que o 1 ou 2) onde o assassino era justamente o namorado da protagonista. Eles meio que se repetiram nessa. Outra parte importante para a confirmação de que Kieran era o assassino era a parte final. Ele queria saber onde ela estava. Ela não falou. Ele apareceu ali de repente. E deu uma desculpa esfarrapada de que pediu para rastrear o celular. Confesso que o penúltimo episódio foi sim surpreendente. Um outro assassino surgindo foi bem surreal. Pensei que era um gancho para uma próxima temporada. E aí veio o último episódio. Que me pareceu o desenho do Scooby-Doo. Onde a turminha vai até um local que parece mal assombrado. E investigam as coisas que acontecem por ali. Só que com mais sangue e violência. Nesse foi mais complicado de tentar identificar quem era o assassino. Pois o ritmo foi bem mais rápido. E nessa hora os roteiristas tem uma vantagem boa. Quando é em formato de seriado, têm-se mais tempo para pensar sobre os suspeitos.
O seriado meio que está chegando em uma encruzilhada.
O grupo está sobrevivendo à massacres demais. E a protagonista está se tornando um imã de psicopatas. As soluções para continuar a história dessa maneira seriam desafiadoras
. Como eles curtem referências a filmes de terror, eles poderiam seguir na linha do Freddy Kruger. A vila pacata iria proibir durante anos o tema dos assassinatos. Seria proibido qualquer referência aos dois incidentes que aconteceram no passado. E, aos poucos, a verdade viria à tona, muito tempo depois. Eu gostei também de boa parte da solução tecnológica que eles deram. Pois as histórias de hoje contam com smartphones. Antes o Jason apenas cortava o fio do telefone, e pronto. Todo o acampamento estava incomunicável. Agora, todo mundo tem um chip 3G e lanterna no celular. Nos filmes do Pânico era ligações para o telefone das residências. E agora tem a tecnologia miraculosa de ligação anônima para celulares que distorce a voz. Creio que não seja muito necessário comentar também do Noah. Um personagem bem interessante. A série Pânico sempre fazia amplas referências aos outros filmes de terror. Criar um nerd de filmes de terror é apenas continuar essa característica interessante dessa série.
Como eu imaginava, o tema da temporada foi outro feriado. A páscoa, nesse caso. Conseguem novos rumos para os personagens. Achei que foram hábeis ao aprofundar os temas da primeira temporada. Fizeram uma ligação com praticamente tudo que parecia anormal e desconexo. Mostraram algumas cenas que são impressionantes. O que poderia resumir bem a série são cenas comuns que se tornam hiper violetas, gráficas e surreais de repente. O final já dá um indício de qual poderá ser o próximo feriado.
O diálogo dos dois amigos imaginários foi bem criativo. E parte dessa conversa já deixa claro quais serão os próximos desafios da próxima temporada. Me lembrou inclusive o final da temporada de Rick e Morty, onde o Rick comenta sobre o que pode vir na próxima temporada. Eu fico na dúvida sobre uma possível terceira temporada.
A série ainda está com certo gás. Mas uma hora a decadência da história chega. Seria necessário uma tempestade perfeita de roteiristas, diretores e atores para que acontecesse o contrário. A fórmula dos feriados poderia ficar gasta.
O seriado mostra como a Lava Jato mudou de rumo. Utiliza recortes e simplificações. O depoimento do lula originalmente durou algumas horas. No seriado, foi resumido em poucas frases. As reuniões para tramar o impeachment devem ter sido diversas. Foram apenas algumas. Frases que surgiram de outro contexto foram postas na boca de outros.
O seriado dá a entender que o Janot, o índio das flechas de bambu, só recebeu as informações quando o quarteto conspiratório assim o quis. Mas a própria atitude de colocar as plantas no Jaburu foi por conta do PGR já estar no cangote do Temer também. Atribuem ao Aécio Neves um papel maior do que a realidade.
Quando uma obra é baseada em fatos reais, eu acho legal quando há a tentativa de manter os fatos coerentes. E até mesmo narrar fatos que até parecem ficção, mas são reais. Mas no caso de O Mecanismo, o direcionamento está demais. O diretor/roteirista claramente tomou um lado. O de crítico da própria Operação Lava-jato. O tempo dirá se a abordagem está correta.
Pela reta final, já deu para ver como será o Bolsonaro.
Toda a terceira temporada já parece clara para mim. Resumida, panfletária, e com poucas surpresas. Uma parte positiva foi mostrar como o mecanismo se adapta. Mas essa temporada dá a entender que um dois naipes (o de copas) foi vítima dos outros. E isso é simplificar demais a situação.
A premissa é completamente aleatória. Um cara que conversa com um unicórnio imaginário. Como poderia ser feito um seriado a partir disso? Eu descobri esse seriado ao pesquisar sobre Grant Morrison. O cara é uma lenda das Histórias em Quadrinhos. E esse tipo de premissa me parece aquele tipo de ideia que ele colocaria em no máximo dois quadros, enquanto outras histórias se desenrolavam em paralelo. Somente depois de ver a primeira temporada que eu pesquisei um tanto. Morrison fez a HQ com a mesma trama apresentada na série. Toda a temporada parece um filme longo. Onde o que parecia simples e aleatório se conecta de maneiras absurdas. E todos os episódios ocorrem bem próximos do natal. Como eu sei que terá continuação, imagino que teriam de pensar em outro tipo de moldura narrativa. Talvez mudar o feriado. Fazer algo focado no carnaval, por exemplo.
O seriado do Pânico foi algo interessante de se acompanhar. É como um filme ampliado de terror. Com muitas reviravoltas, para manter o suspense. Um tipo de montanha russa, onde os culpados sempre oscilam. Ele consegue rir do próprio gênero, tal como o primeiro filme. Usa a metalinguagem na figura do nerd de filmes de terror ao explicar, por exemplo, por que um seriado de terror não tem como dar certo. Eu tratei o processo de uma maneira objetiva. Tentei emular um misto de Sherlock Holmes com o Batman. Esse sempre tem uma frase que diz "Quem se beneficia?" Essa é uma pergunta chave para obter a motivação de um assassino.
Nos primeiros capítulos, eu tentei apontar como culpado alguém que aparecia, mas não tinha muita história desenvolvida. Era o sósia do jogador Alan Kardec, o jogador de basquete. Era o menos óbvio, e no começo, não era citado como suspeito. Isso para mim era uma prova óbvia de que um suspeito óbvio no filme geralmente não é o real culpado. Depois veio toda a trama da chantagem, e eu o descartei. Achei que seria meio sacanagem, mas o meu segundo suspeito fez muito sentido. Era justamente o lendário único sobrevivente. O assassino conhecia muitos detalhes sobre os crimes de 94. Quem mais poderia saber disso, exceto alguém que esteve lá? Não citaram como ele estava, mas uma hipótese dele ter ficado abalado com tudo o que aconteceu era provável. Durante um bom tempo, eu o acusei. Todas as circunstâncias se encaixavam nessa narrativa. Não poderia ser alguém que sabia apenas o básico sobre os casos anteriores. Eu apenas o descartei quando ele apareceu em um sonho. Antes, eu já duvidei da hipótese, quando lembraram que ele existe. Que tinha tirado licença antes das mortes, e que estava próximo. Então, ele era um suspeito em potencial. Descartado da minha lista. A revelação sobre uma criança, e sobre o relacionamento entre a Daisy (acho que era esse o nome) e o assassino foram meio que a chave para a solução. Eu então sabia que o assassino poderia ser basicamente qualquer um. Mas, obviamente, eu deveria buscar alguém que não foi incriminado até então, e que poderia demonstrar alguma motivação para tal. Como num clique, a resposta veio. Era óbvio. A repórter apareceu do nada. Nas conversas com a protagonista, ela revelou que, desde que aprendeu a falar, sempre perguntava as coisas, e nunca parou. O assassino, em uma das ligações, falou que ela precisava de saber da verdade. Quem mais teria a determinação de investigar, se não uma repórter? Além disso, ela aparecia e sumia sem explicação. E NUNCA a culpa caiu sobre ela. Acho que temos um caso fechado, senhores. Ah, claro que tem a cena onde ela é atacada pelo assassino. E tem apenas um corte superficial. Quanto a isso, ela certamente tem um cúmplice. Os diretores quiseram fazer igual Pânico 2, onde tinham dois assassinos. Ah, e também quebraram outra regra, citada pela Clarice Starling, de que uma grande porcentagem dos assassinos seriais são homens. Quem seria o outro? Obviamente, teria de ser alguém que foi acusado. Eu olhei o caso, e qualquer outra pessoa me parecia ser o assassino. Chutei então que seria o professor misterioso, o culpado mais recente. Quando, no capítulo final, a máscara foi retirada, eu estava ao mesmo tempo satisfeito, e empolgado. Era realmente ela! As regras do filme de terror/suspense, onde as pistas necessárias para a solução estão lá, foram seguidas. Esse tipo de coisa é seguida, por exemplo, no filme "O sexto sentido". Resolução da trama, e, até então, um seriado bom, que me surpreendeu. Acima da média, e tal. O ponto baixo foi aquele final. Para explicarem a breve cena dela sendo atacada, colocaram alguém meio que de maneira aleatória. Como se quisessem falar "você até pode ter descoberto parte da verdade, mas eu ainda surpreendi vocês. Há!". Achei meio forçado isso.
Coisas como tecnologia altamente hackeável (digitais lidas por programa de celular? Isso não existe!), psicopata que explica o plano inteiro no final, e outros mais, eu considero apenas um tipo de auto-sátira, onde eles brincam com esses elementos tão usados em filmes de terror. Fora o final, curti, e veria uma nova temporada.
O que não me agradou foi a involução mostrada, no caso do Barney. Ele era alguém imaturo, que, graças à um conselho da própria Tracy, decide fazer o seu último jogo. Dessa vez para ganhar. Ele consegue superar uma parte dos traumas dele. Ele consegue até mesmo sair do esquema do P.L.E.A.S.E., que enfim foi explicado. Aí, no final, eles decidem desfazer tudo. Matam a Mother, acabam com o casamento da Robin. Dão uns 80 filhos pro casal Marshmallow e Lillypad. E Barney volta a ser um coroa, que dá encima das mulheres. A lógica que ele explicita é a seguinte: Robin era a THE ONE. Não deu certo com ela, não daria mais certo com ninguém. Ao meu ver, essa lógica é falha. Afinal, notem como o próprio Ted passa por uma montanha russa, entre esperança e desilusão. E, como Lilly bem nota, ele é uma das pessoas com mais esperança de que dias melhores virão. Parece que Robin, Barney, Tracy, e todos a galera do Booth foram apenas um estepe. Imaginaram que Robin e Ted iriam ficar no final, e jogaram isso lá para longe.
Fora isso, eu aproveitei bem o trajeto. Eu tento imaginar o seriado até a parte antes
O Livro de Boba Fett (1ª Temporada)
3.5 207 Assista AgoraNesse úttimo episódio,
só fiquei preocupado com a integridade física do Rancor. O resto eu não ligava para o destino. E tinha certeza que nada de ruim aconteceria com Mano e Baby Yoda. Pois eles tem uma terceira temporada de Mandalorian pela frente. O resto não me importa nem um pouco.
O Livro de Boba Fett (1ª Temporada)
3.5 207 Assista AgoraA série B do Mandalorian.
Monstros no Trabalho (1ª Temporada)
3.6 30Toda a temporada foi como um filme, só que com duração maior. Piadas e situações repetidas mais vezes. O lado bom é que trouxeram personagens novos. Os personagens já conhecidos se tornaram secundários. Fora isso, é um remix de situações dos dois filmes anteriores.
Ponto de Virada: 11/9 e a Guerra contra o Terror
4.3 38 Assista AgoraGostei do documentário. Mostra boa parte da trajetória do Afeganistão desde a vinda dos soviéticos na década de 80. E como isso foi a semente dos ataques do 11 de setembro.
Ao atrapalhar os russos, fortaleceram a Al Qaeda. Não tinham planos 100% precisos sobre o que exatamente fariam no Afeganistão. Dinheiro do contribuinte escoou livremente durante anos e anos. Sendo desperdiçado, desviado ou usado para enriquecimento de alguns norte-americanos/ afegãos. Decisões erradas como invadir o Iraque também prolongaram o que agora é a guerra mais longa da história dos EUA.
Julgando pelo pouco que eu sei, o Afeganistão contém o mesmo potencial para abrigar terroristas do que no final do século XX.
Outra coisa curiosa é algo que o próprio documentário não comenta tanto. Osama Bin Laden vem de uma família rica da Arábia Saudita. Um país com forte influência dos EUA há décadas.
O projeto de "construção de democracias" em países remotos tem sido feito há décadas. Alguns sucessos (Japão, Coréia do Sul, Alemanha) e muitos fracassos.
A Vida de Dug (1ª Temporada)
4.2 15 Assista AgoraQuando a Disney comprou a Pixar, Steve Jobs se tornou diretor desta. E afirmou em uma entrevista que esse evento poderia ser benéfico para ambas as empresas. Ele tinha a preocupação que o "modo Pixar" de se fazer as coisas não fosse comprometido. E que também parte dessa filosofia poderia agora "vazar" para outras áreas da própria Disney, de maneira gradual.
Agora eu noto que Steve Jobs estava extremamente otimista nesse pensamento. É o mesmo tipo de esperança que surge nas relações entre Hong Kong e China. Dois pares muito distintos, com tamanhos e capacidades inteiramente diferentes. Algum político de Hong Kong poderia imaginar que, gradualmente, parte da maneira aberta e democrática poderia "vazar" para a China.
O que vejo na prática é justamente o contrário, nos dois cenários.
Tem alguns seriados da Pixar disponíveis no Disney+. Até agora eu já vi "Monstros no Trabalho" e "A vida de Doug". E ambos deixaram a mesma impressão sobre a maneira como a Pixar tem andado ultimamente.
O Doug se parece muito nesse seriado com um Pluto que fala. Os gestos, ações e motivações. Parece aquele desenho dos anos 90, que tinha justamente o Pluto como protagonista. Carl Friedricksen é basicamente uma moldura, e se comporta como um tipo de Mickey mais velho. Sem sal e vazio. Aí inventam o tal do esquilo, para esticar uma situação bem específica do filme "Up". E o transformam em uma versão consolidada do Tico e Teco.
Para resumir uma avaliação já longa, a sensação é que estou vendo novamente os desenhos da Disney da TV CRUJ. E isso não seria nada demais, pois seria a Disney sendo Disney. A diferença é que usam agora os conceitos da Pixar.
Quando "Toy Story" se mostrou um baita sucesso, a Disney queria lançar "Toy Story 2" direto em VHS, pois era a tradição. Toda continuação da Disney sempre era lançada em fitas. A Pixar na época quis fazer diferente, e fez uma ótima continuação. Se isso ocorresse hoje, certamente o resultado seria diferente.
Mestres do Universo (1ª Temporada - Salvando Eternia: Parte 1)
3.3 143 Assista AgoraFaz todo o sentido a animação se chamar "Os Mestres do Universo" e não "He-man e Os Mestres do Universo". A protagonista é Teela. Colocaram referências que exigem um conhecimento "nerdístico" avançado na série, os tais "fan services". A impressão que eu tive é de que 80% do material é original, e poderia muito bem ser desenvolvido em uma série totalmente original, focando apenas na Teela, e mudando os nomes e conceitos originais. O grande problema é que não teria o apelo da série original.
O roteiro é razoavelmente previsível, mas muito bem montado. A protagonista segue uma jornada arquetípica. O gancho atual da série foi muito bem desenvolvido.
A proposta de alterar radicalmente um cenário de animação dos anos 80 não é inteiramente nova. Fizeram algo parecido numa série de HQs dos Thundercats em meados de 2004. Onde o mal tinha vencido, e com temas adultos.
Eu gostava muito da série original, e não tenho muitos detalhes dela na memória. Uma exceção são as vozes dubladas. O saudoso Orlando Drummond por exemplo dublava o Pacato. A risada do Esqueleto na versão dublada também era única. Ver tudo legendado agora dá um estranhamento. Essa continuação até agora está se mantendo como uma continuação digna, mas não essencial.
Rick and Morty (5ª Temporada)
4.2 101Paradoxos, referências a filmes, seriados e questionamentos existenciais.
Brinca com expectativas de roteiros e clichês de seriados.
O Mandaloriano: Star Wars (1ª Temporada)
4.4 532 Assista AgoraA sacada que tiveram foi muito boa. Pegar o conceito de Itto Ogami, o ronin que andava por diversas regiões do Japão do período feudal. Ele andava sempre com seu filho Daigoro. E mistura com a história do Western. Com o cowboy misterioso que chega em uma pacata cidade que está sendo atacada por malfeitores. E, para fechar a receita, coloca esses elementos no universo Star Wars. Um Walker ali, uns stormtroopers acolá. Quase como um tempero final. O resultado ficou muito bom. A maioria dos episódios são auto contidos, de uma maneira parecida com seriados antigos, tipo do Incrível Hulk ou Star Trek. O Mandaloriano chega com Baby Yoda em um planeta novo. Existe uma situação específica que demanda os trabalhos de um caçador de recompensas.
O final da temporada indica que essa dinâmica poderia se alterar um pouco. Ainda não vi a outra temporada para confirmar isso.
Império Romano: Império de Sangue (1ª Temporada)
3.7 48 Assista AgoraO máximo que eu conhecia a história de Cômodo era por meio de duas fontes. A primeira é o sensacional filme O Gladiador. Era o vilão interpretado pelo Joaquin Fenix, e absolutamente maligno no filme.
A outra fonte é a "obra" do Marco Aurélio, chamada de Meditações. Eram textos que ele escrevia para si mesmo. Nunca teve planos para publicar nada. Era parte da prática do estoicismo. Sabe-se lá como, os documentos foram retirados das posses do Imperador, e passado a diante durante séculos.
O seriado mostra como o Império Romano era feito de extremos. Uma única pessoa influenciava a vida de milhões de cidadãos. Mostra também o eterno dilema entre o "egoísmo" de querer sempre o melhor para os filhos e a "solidariedade" de sempre pensar no bem comum. Marco Aurélio deve ter vivido isso na pele, enquanto via Cômodo crescendo. Longe de querer aplicar algum tipo de moralismo, tento imaginar como cada pessoa passaria por um dilema desse nível. Nomear outra pessoa e quase condenar o seu filho à morte, ou entregar um império gigantesco nas mãos de alguém sem competência, mas sangue do seu sangue?
Outra questão interessante é o contraste entre o Marco Aurélio filósofo e o Imperador do dia a dia. Que era corneado pela esposa. Que permitia que o filho se tornasse um frouxo mimado. Que teve uma filha nada confiável. Os estoicos pareciam praticar tudo aquilo que não era romano. Tudo o que era esperado de um romano, eles não necessitavam de praticar. Creio que isso explique o enfoque que as páginas de Meditações mostram, e o que Marco Aurélio fazia diariamente em suas ações.
Com relação a Cômodo, ele sempre viveu à sombra do pai. Se tivesse uma infância tipo a do Calígula, talvez pudesse estar melhor preparado. Mas o império parece sempre criar pessoas paranoicas. Aquelas que, por medo de serem traídas, acabam sendo empurradas na direção da traição. Dá para notar que Maximus do filme é uma mistura de personagens reais que antagonizaram Cômodo. E que os atos do imperador no filme foram uma caricatura dos principais atos dele na vida real.
Outro paralelo que me ocorreu foi a questão dele ter amigos "da plebe", por assim dizer. Me lembra o Dom Pedro I no Brasil, com seu amigo Chalaça. Ambos tem uma grande fama de, quando jovens, se entregarem a inúmeras diversões.
Império Romano: O Senhor de Roma (2ª Temporada)
4.1 29 Assista AgoraO máximo que eu conhecia desse período eram os estereótipos. Que teve um Asterix da vida real. Que Júlio César se arruinou por conta da Cleópatra. E que Marco seria o próximo. E a frase "et tu brute".
Dá para notar como o Júlio César sempre foi "tudo ou nada" em praticamente toda a sua vida. Se lançava nas batalhas assim. Em qualquer decisão a ser tomada, sempre se arriscava. E isso o beneficiou muito em sua rápida ascensão ao poder.
Não é a toa que ele é tido como um grande estrategista militar. Era hiper criativo para sair de situações que pareciam derrotas claras. Foi também interessante notar que o tal "triunvirato" era resultado da estagnação política da República romana. Um sistema corrupto que não conseguia nem contar os meses direito. Se não fosse o César, outra figura surgiria, cedo ou tarde. O sistema estava capenga. Era questão de tempo até que colapsasse.
Outra passagem interessante foi o turbilhão em Alexandria. Os romanos apenas reagiram ao que ocorria. E parece ter um padrão com Júlio César e mulheres com forte influência política. Cleópatra e Servília Cepião, no caso.
Outro aspecto que parece orquestrado como uma tragédia grega é a reação do Senado. Ao tentarem salvar a República, acabaram eliminando-a de vez. Sem o ditador César, veio eventualmente a era dos Imperadores.
Senti a falta de Pórcia, esposa de Bruto. Ela era filha de Catão, o Jovem. Que por sinal, Catão era irmão de Servília. Esse lado da família era ligado com o estoicismo. Eram filósofos, mas também atuavam politicamente. Pórcia recebeu ensinamentos filosóficos, e dizem que pode ter tido um papel nas ações de Bruto.
Por fim, o papel de Vercingetórix foi interessante. A pressão pela sobrevivência levaria uma tribo desunida a se unificarem em nome de uma ameaça em comum. E Vercingetórix desempenhou esse papel de fundador de uma federação.
Império Romano: Calígula - O Imperador Louco (3ª Temporada)
3.7 20 Assista AgoraEu ouvi pouca coisa desse imperador. Apenas a parte dele ser um tarado e maluco. Mas, vendo esse contexto, é possível compreender como tudo aconteceu daquela forma. Sofreu vários traumas em uma idade nova. Conviveu com pessoas maquiavélicas e sem moral. Tal como uma tragédia grega, tornou-se seu maior receio, e seu maior adversário. Um tipo de Darth Vader da vida real.
A Catedral do Mar
3.9 35 Assista AgoraO seriado já começa meio esquisito. Um narrador fala sobre a vida do pobre camponês oprimido pelos nobres na Espanha do século XIV. Era quase como se o camponês fosse um escravo ou prisioneiro do senhor feudal. Os registros históricos não mostram isso. O que ocorria na verdade era um nível complexo de contratos entre as duas partes, com direitos e deveres de cada parte. O nobre por exemplo tinha a função de defender todos os seus vassalos em caso de ataque externo. E cada região e cada época teve grau maior ou menor nas obrigações do vassalo. Mas quem sabe eu não sabia do cenário específico retratado. Quem sabe era um tipo de exceção.
Aí logo nos primeiros minutos,
me jogam um "primae noctis", estilo Coração Valente. Esse é uma lenda, e não ocorreu. Para detalhes, vide artigo da Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_da_primeira_noite
Eu imaginei que o seriado mostraria pelo menos alguns detalhes do cotidiano medieval. Mas todo o começo focou apenas em deixar mais do que claro o
tanto que o nobre era maligno. Não demora muito para solicitarem a moça como ama de leite. E, para deixar tudo mais estranho, fazem questão de levar a criança. E parece que esse ato foi motivado por uma provocação dos distintos colegas nobres. É muito bizarro, pois não faz sentido algum.
Uma das informações que eu imaginei que veria era o uso de servos muçulmanos. O reino de Aragão e Valência compravam ou capturavam escravos muçulmanos. E os punham para trabalhar no campo, nas cidades, limpando fossas e banheiros ou como servos em residências de nobres. Sei que isso era prática comum no século XV, e imagino que isso ocorria também no século anterior. Para mais informações, tem esse link: https://en.wikipedia.org/wiki/Slavery_in_medieval_Europe#Slavery_in_Christian_Iberia
Sandman (1ª Temporada)
4.1 590 Assista AgoraLOCATIONS
EXTERIORS
THE SPACE BETWEEN UNIVERSES
FAWNEY RIG
Esse é, aparentemente, o começo do roteiro de Sandman. Certamente terá a história de "Prelúdios e Noturnos".
The Boys (1ª Temporada)
4.3 820 Assista AgoraGarth Ennis, senhoras e senhores.
Pânico (2ª Temporada)
3.6 538Muitos filmes bons de terror ou de suspense tem uma regra bem estabelecida.É como no filme "Sexto Sentido". As peças estão lá para quem for atento. Esse seriado foi feito por um fã de terror, pois segue bem essa divertida regra. Enquanto eu via essa temporada, eu tive isso em mente. Usei como premissa investigativa a famosa frase do Batman. "Quem se beneficia?". E também já descartava da lista de suspeitos qualquer personagem que fosse alvo claro de suspeita por qualquer outro personagem do elenco.
A situação mudou no episódio 6. Assim que o trio sai do parque de diversões, o assassino some e, segundos depois, Kieran aparece. Aguardei para ver se essa situação seria citada em algum momento. Kieran ficou alto na lista nesse momento.
Na cena em que vão visitar a professora no hospital, também dá para ver bem claramente algo. Ela acorda e, quando vê a moça, fica tranquila. Ela começa a surtar quando Kristen fica visível.
Zoe chegou a entrar na lista de suspeitos. Pois ela tinha passado misterioso, e não tinha motivações tão claras. No episódio 9, eu a descartei da lista. Pois estavam suspeitando dela.
Outro que estava na minha lista era o misterioso primo do Kieran. Mas ele era óbvio demais. O filho do xerife, idem. Ambos se tornaram suspeitos, e também saíram da lista.
Outro item importante para achar o culpado foi a informação que o assassino tinha. A partir do episódio 5, Kieran ficou bem íntimo do xerife. Poderia usar isso a seu favor, obtendo informações. A outra pessoa que tinha acesso fácil ao material da polícia era o filho do xerife. Mas, uma vez mais, ele era um suspeito óbvio demais.
O pai da protagonista também era óbvio demais. Ele também não teria como obter a maioria das informações que o assassino tinha à disposição.
Na série de filmes do Pânico, teve um dos filmes (creio que o 1 ou 2) onde o assassino era justamente o namorado da protagonista. Eles meio que se repetiram nessa.
Outra parte importante para a confirmação de que Kieran era o assassino era a parte final. Ele queria saber onde ela estava. Ela não falou. Ele apareceu ali de repente. E deu uma desculpa esfarrapada de que pediu para rastrear o celular.
Confesso que o penúltimo episódio foi sim surpreendente. Um outro assassino surgindo foi bem surreal. Pensei que era um gancho para uma próxima temporada.
E aí veio o último episódio. Que me pareceu o desenho do Scooby-Doo. Onde a turminha vai até um local que parece mal assombrado. E investigam as coisas que acontecem por ali. Só que com mais sangue e violência. Nesse foi mais complicado de tentar identificar quem era o assassino. Pois o ritmo foi bem mais rápido. E nessa hora os roteiristas tem uma vantagem boa. Quando é em formato de seriado, têm-se mais tempo para pensar sobre os suspeitos.
O seriado meio que está chegando em uma encruzilhada.
O grupo está sobrevivendo à massacres demais. E a protagonista está se tornando um imã de psicopatas. As soluções para continuar a história dessa maneira seriam desafiadoras
Eu gostei também de boa parte da solução tecnológica que eles deram. Pois as histórias de hoje contam com smartphones. Antes o Jason apenas cortava o fio do telefone, e pronto. Todo o acampamento estava incomunicável. Agora, todo mundo tem um chip 3G e lanterna no celular. Nos filmes do Pânico era ligações para o telefone das residências. E agora tem a tecnologia miraculosa de ligação anônima para celulares que distorce a voz.
Creio que não seja muito necessário comentar também do Noah. Um personagem bem interessante. A série Pânico sempre fazia amplas referências aos outros filmes de terror. Criar um nerd de filmes de terror é apenas continuar essa característica interessante dessa série.
Feliz! (2ª Temporada)
3.6 31 Assista AgoraComo eu imaginava, o tema da temporada foi outro feriado. A páscoa, nesse caso. Conseguem novos rumos para os personagens. Achei que foram hábeis ao aprofundar os temas da primeira temporada. Fizeram uma ligação com praticamente tudo que parecia anormal e desconexo. Mostraram algumas cenas que são impressionantes. O que poderia resumir bem a série são cenas comuns que se tornam hiper violetas, gráficas e surreais de repente.
O final já dá um indício de qual poderá ser o próximo feriado.
O diálogo dos dois amigos imaginários foi bem criativo. E parte dessa conversa já deixa claro quais serão os próximos desafios da próxima temporada. Me lembrou inclusive o final da temporada de Rick e Morty, onde o Rick comenta sobre o que pode vir na próxima temporada.
Eu fico na dúvida sobre uma possível terceira temporada.
A série ainda está com certo gás. Mas uma hora a decadência da história chega. Seria necessário uma tempestade perfeita de roteiristas, diretores e atores para que acontecesse o contrário. A fórmula dos feriados poderia ficar gasta.
E estão indo para uma linha hiper mística. Com bruxas, zumbis e tudo mais.
Eles poderão ficar tentados a inserir novos personagens e tramas que ficarão fracos. Ou serão cópias mal feitas dos adversários que já morreram.
O Mecanismo (2ª Temporada)
3.5 101O seriado mostra como a Lava Jato mudou de rumo. Utiliza recortes e simplificações. O depoimento do lula originalmente durou algumas horas. No seriado, foi resumido em poucas frases. As reuniões para tramar o impeachment devem ter sido diversas. Foram apenas algumas. Frases que surgiram de outro contexto foram postas na boca de outros.
O seriado dá a entender que o Janot, o índio das flechas de bambu, só recebeu as informações quando o quarteto conspiratório assim o quis. Mas a própria atitude de colocar as plantas no Jaburu foi por conta do PGR já estar no cangote do Temer também. Atribuem ao Aécio Neves um papel maior do que a realidade.
Quando uma obra é baseada em fatos reais, eu acho legal quando há a tentativa de manter os fatos coerentes. E até mesmo narrar fatos que até parecem ficção, mas são reais. Mas no caso de O Mecanismo, o direcionamento está demais. O diretor/roteirista claramente tomou um lado. O de crítico da própria Operação Lava-jato. O tempo dirá se a abordagem está correta.
Pela reta final, já deu para ver como será o Bolsonaro.
Feliz! (1ª Temporada)
4.1 79 Assista AgoraA premissa é completamente aleatória. Um cara que conversa com um unicórnio imaginário. Como poderia ser feito um seriado a partir disso? Eu descobri esse seriado ao pesquisar sobre Grant Morrison. O cara é uma lenda das Histórias em Quadrinhos. E esse tipo de premissa me parece aquele tipo de ideia que ele colocaria em no máximo dois quadros, enquanto outras histórias se desenrolavam em paralelo. Somente depois de ver a primeira temporada que eu pesquisei um tanto. Morrison fez a HQ com a mesma trama apresentada na série.
Toda a temporada parece um filme longo. Onde o que parecia simples e aleatório se conecta de maneiras absurdas. E todos os episódios ocorrem bem próximos do natal. Como eu sei que terá continuação, imagino que teriam de pensar em outro tipo de moldura narrativa. Talvez mudar o feriado. Fazer algo focado no carnaval, por exemplo.
Californication (5ª Temporada)
4.0 93Hank Moody meets Jay Z e Rihanna. Ou algo do tipo.
Pânico (1ª Temporada)
3.6 759O seriado do Pânico foi algo interessante de se acompanhar. É como um filme ampliado de terror. Com muitas reviravoltas, para manter o suspense. Um tipo de montanha russa, onde os culpados sempre oscilam. Ele consegue rir do próprio gênero, tal como o primeiro filme. Usa a metalinguagem na figura do nerd de filmes de terror ao explicar, por exemplo, por que um seriado de terror não tem como dar certo. Eu tratei o processo de uma maneira objetiva. Tentei emular um misto de Sherlock Holmes com o Batman. Esse sempre tem uma frase que diz "Quem se beneficia?" Essa é uma pergunta chave para obter a motivação de um assassino.
Nos primeiros capítulos, eu tentei apontar como culpado alguém que aparecia, mas não tinha muita história desenvolvida. Era o sósia do jogador Alan Kardec, o jogador de basquete. Era o menos óbvio, e no começo, não era citado como suspeito. Isso para mim era uma prova óbvia de que um suspeito óbvio no filme geralmente não é o real culpado. Depois veio toda a trama da chantagem, e eu o descartei.
Achei que seria meio sacanagem, mas o meu segundo suspeito fez muito sentido. Era justamente o lendário único sobrevivente. O assassino conhecia muitos detalhes sobre os crimes de 94. Quem mais poderia saber disso, exceto alguém que esteve lá? Não citaram como ele estava, mas uma hipótese dele ter ficado abalado com tudo o que aconteceu era provável. Durante um bom tempo, eu o acusei. Todas as circunstâncias se encaixavam nessa narrativa. Não poderia ser alguém que sabia apenas o básico sobre os casos anteriores. Eu apenas o descartei quando ele apareceu em um sonho. Antes, eu já duvidei da hipótese, quando lembraram que ele existe. Que tinha tirado licença antes das mortes, e que estava próximo. Então, ele era um suspeito em potencial. Descartado da minha lista. A revelação sobre uma criança, e sobre o relacionamento entre a Daisy (acho que era esse o nome) e o assassino foram meio que a chave para a solução. Eu então sabia que o assassino poderia ser basicamente qualquer um. Mas, obviamente, eu deveria buscar alguém que não foi incriminado até então, e que poderia demonstrar alguma motivação para tal.
Como num clique, a resposta veio. Era óbvio. A repórter apareceu do nada. Nas conversas com a protagonista, ela revelou que, desde que aprendeu a falar, sempre perguntava as coisas, e nunca parou. O assassino, em uma das ligações, falou que ela precisava de saber da verdade. Quem mais teria a determinação de investigar, se não uma repórter? Além disso, ela aparecia e sumia sem explicação. E NUNCA a culpa caiu sobre ela. Acho que temos um caso fechado, senhores. Ah, claro que tem a cena onde ela é atacada pelo assassino. E tem apenas um corte superficial. Quanto a isso, ela certamente tem um cúmplice. Os diretores quiseram fazer igual Pânico 2, onde tinham dois assassinos. Ah, e também quebraram outra regra, citada pela Clarice Starling, de que uma grande porcentagem dos assassinos seriais são homens. Quem seria o outro? Obviamente, teria de ser alguém que foi acusado. Eu olhei o caso, e qualquer outra pessoa me parecia ser o assassino. Chutei então que seria o professor misterioso, o culpado mais recente.
Quando, no capítulo final, a máscara foi retirada, eu estava ao mesmo tempo satisfeito, e empolgado. Era realmente ela! As regras do filme de terror/suspense, onde as pistas necessárias para a solução estão lá, foram seguidas. Esse tipo de coisa é seguida, por exemplo, no filme "O sexto sentido". Resolução da trama, e, até então, um seriado bom, que me surpreendeu. Acima da média, e tal. O ponto baixo foi aquele final. Para explicarem a breve cena dela sendo atacada, colocaram alguém meio que de maneira aleatória. Como se quisessem falar "você até pode ter descoberto parte da verdade, mas eu ainda surpreendi vocês. Há!". Achei meio forçado isso.
Fora o final, curti, e veria uma nova temporada.
Como Eu Conheci Sua Mãe (9ª Temporada)
4.1 1,3K Assista AgoraEu revi a temporada final, agora pelo Netflix. Vamos lá, tirar isso do coração:
O que não me agradou foi a involução mostrada, no caso do Barney. Ele era alguém imaturo, que, graças à um conselho da própria Tracy, decide fazer o seu último jogo. Dessa vez para ganhar. Ele consegue superar uma parte dos traumas dele. Ele consegue até mesmo sair do esquema do P.L.E.A.S.E., que enfim foi explicado.
Aí, no final, eles decidem desfazer tudo. Matam a Mother, acabam com o casamento da Robin. Dão uns 80 filhos pro casal Marshmallow e Lillypad. E Barney volta a ser um coroa, que dá encima das mulheres.
A lógica que ele explicita é a seguinte: Robin era a THE ONE. Não deu certo com ela, não daria mais certo com ninguém. Ao meu ver, essa lógica é falha. Afinal, notem como o próprio Ted passa por uma montanha russa, entre esperança e desilusão. E, como Lilly bem nota, ele é uma das pessoas com mais esperança de que dias melhores virão.
Parece que Robin, Barney, Tracy, e todos a galera do Booth foram apenas um estepe. Imaginaram que Robin e Ted iriam ficar no final, e jogaram isso lá para longe.
Fora isso, eu aproveitei bem o trajeto. Eu tento imaginar o seriado até a parte antes
da Tracy ficar doente e morrer
A história fica com um melhor fechamento assim. That's the dream.
Dinotopia: A Terra dos Dinossauros
3.1 164Filme surreal. Dinossauros falantes!