Ainda me encontro pensando sobre esse filme e o que falar sobre ele de maneira que não soe repetitivo, mas acho que tudo que poderia ser falado sobre o tema central já foi dito e discutido - o próprio filme fala muito e se repete até não poder mais, para que não reste dúvidas que o filme é sim sobre isso; e reitero, mais uma vez, é sobre isso (e tá tudo bem. O que me resta é focar em outros aspectos, como roteiro. Que é muito bom! Os personagens são simpáticos aos olhos, são jovens mas não daqueles que estamos acostumados; são estúpidos e com vontades idiotas, mas eles têm um propósito, por mais que a gente não concorde com tudo que eles almejam, é possível perceber que eles têm objetivos nessa vida (além de servir como carne para o abate). E isso é muito divertido, me fez gostar deles e ter pena de quando suas horas foram chegando. Além disso, é interessante como o roteiro muda o tropo narrativo da final girl, sendo ela interessante, diferente e nenhum pouco santinha. É uma mulher de garra, com uma visão clara do que deseja dessa vida, por mais que o caminho escolhido seja duvidoso, ela é a sobrevivente porque é aquela que faz o que pode para estar viva. E é tão bom poder viver isso, me surpreendeu positivamente. As mortes também são muito boas, elas realmente tinham de ser bem inventivas e partir de muita surpresa para pegar todos esses jovens. E eu adoro, de verdade, como eles vão na maciota, pegando os personagens de pouquinho. É divertido e curioso como eles vão dando cabo de cada personagem, gostei de todas as mortes, nenhuma me decepcionou de acordo com suas circunstâncias. A direção de Ti West também é excelente. Gostei bastante do slow burn e como ele vai carregando a gente pela jornada deste grupo, assim como nos fornece uma visão do casal de idosos que fuja um pouco do olhar de nojo da juventude. Em alguns momentos, me peguei com uma pena tremenda do casal. A nossa sociedade realmente celebra a juventude e esconde a velhice, assistir um pouco desses personagens me fez simpatizar com eles o suficiente para entender o seu lado e suas ações. Meu destaque é a primeira cena de morte: belíssima! Juro para você, se tem algo poético, estético e bonito na morte, está naquela cena. A tensão, a surpresa, a movimentação de corpos, a luz e o filtro "natural", A DANÇA! Nossa, eu fiquei boquiaberta com tanta beleza, delicadeza (se assim posso chamar), violência e dor em uma única cena!
Há um tempo não me divertia tanto com uma obra de horror, não sei como explicar exatamente, mas foi uma jornada engraçada. Sebastian Stan é a estrela desse filme, com certeza, conseguiu dar vida a um ótimo personagem, divertido na mesma medida em que é o vilão de tudo. Seus sorrisos, maneirismos controlados, seu entretenimento com os atos hediondos é contagiante; não ao ponto de me fazer torcer por ele, mas pelo menos não odiá-lo completamente. Porém, não acho que Daisy Edgar-Jones fique atrás, ela é uma ótima protagonista e uma bem inteligente, quando ela entende o truque que pode ser usado para escapar, ela vai fundo e mantém um plano em sua cabeça. A primeira cena de jantar, em que ela avalia todas as saídas possíveis, mas sem fazer nenhuma tentativa é ótima. Além disso, gostei como Steve não é um canibal genérico. Ele é alguém controlado, ciente de seus métodos, como eles são importantes e melhor ainda: o cara controla um mercado, é ótimo. O que também mostra como ele se mantém tão bem todo esse tempo. E ele é normal (?), tem uma família, uma esposa - que é meio perturbada também, possível síndrome de estocolmo. O fato de ser tudo limpinho, organizado também ajuda muito quando chega o final e vemos a verdadeira confusão se iniciar. Fresh também me desbloqueou um novo medo: perder a bunda.
Já começo por esse título em português que está completamente errado, mas sabemos que não faz diferença nenhuma pra indústria brasileira, contanto que chame o máximo de atenção possível. Bug é uma boa produção de horror, mas tinha potencial para ser muito melhor, caso fosse menos penoso para chegar no ponto. O quarto de motel meio sujo, isolado, claustrofóbico foi ideal para estabelecer a atmosfera do filme, como um paralelo entre o ambiente e a mente dos envolvidos, que não era das mais saudáveis. Também gosto como rapidamente é estabelecido o medo que a protagonista tem de seu ex-namorado e como isso afeta a vida dela, o que faz parecer a participação dele completamente dispensável - afinal, ele só aparece para reafirmar algo que já vimos nos minutos iniciais e não acrescenta nada, tanto que em pouco tempo vai embora do filme, para não voltar mais. Michael Shannon está muito bem no papel de soldado desmiolado, é interessante como o personagem cresce conforme se sente confortável naquele quarto; além de começar a contaminar sua parceira de cena, com ambos ficando mais e mais desequilibrados - e a Ashley Judd segurando aquele fiapinho de sanidade, é muito boa! Ela enlouquecendo aos poucos e se deixando levar pelo isolamento é doloroso, performance fantástica. O problema para mim foi que demorou demais para apresentar todos os envolvidos e o meio do filme me perdeu, nem estava mais em ponto de apresentação, mas também ainda não tinha começado a paranoia. Logo no começo eu estava muito envolvida, esperando o momento em que as coisas iriam mudar. A questão é que isso se arrasta demais, pelo menos eu senti assim, mesmo sendo um filme curto. O miolo me perdeu, me deixou inquieta e impaciente. Mas quando o ponto de virada chega ele é absoluto. A ambientação azul, com o papel alumínio por todos os lados, é enlouquecedora. A cena mais chocante, para mim, foi a da extração de dente. Tenho poucos medos e terrores quando se trata de horror, e dentes são, definitivamente, um dos meus pontos fracos. E o modo como ela acontece no filme é desesperador. Muito bom! O final de tudo, aquele diálogo final, conforme as peças da teoria da conspiração vão se juntando, é que se percebe que eles perderam toda e qualquer conexão com a realidade. Vale à pena.
Escolhi assistir o filme meramente pelo enredo, sendo esse a Cate Blanchett e a mulher me demorou uma hora para aparecer em tela, além de ter aparecido justamente na parte mais desinteressante do filme. Guillermo del Toro tu me prometeu!
Sobre a trama, ela começa tão bem, tão interessante. É divertido e sombrio ver o funcionamento do circo, conhecer as relações que envolvem esses personagens, seus passados e como chegaram naquele ponto. Adorei a relação que envolvia o Stan, Neeva e Pete; é um triângulo amoroso perigoso e inofensivo, ao mesmo tempo. E quando a gente percebe que a Molly também está por ali, transformando em um quadrado, fica mais legal ainda, mesmo assim DO NADA a trama corta justamente no momento em que as coisas estão prestes a se desenvolver, a se tornar algo, uma relação de substância. E então, o filme muda completamente e se torna chato. Eu estava entediada, porque vi tudo que iria acontecer em dois segundos. E claro, isso não é um defeito incorrigível, o problema maior é que mesmo sabendo tudo que estaria para acontecer, o filme ainda finge algum mistério, além de ter uma condução bem convencional dos acontecimentos seguintes. É só olhar para a Cate Blanchett e já sabemos o seu jogo, ouvir uma fala de Molly e sabemos seu destino, e o pior de todos: Stan. Stan que nem precisa falar muito para sabermos que é um grandessíssimo ganancioso filho da p*ta (usei essa expressão tantas vezes enquanto comentava o filme, porque é exatamente o que o roteiro faz questão de exaltar, que ele não passa disso - um ganancioso filho da p*ta). E no meio dessa bagunça, tem cenas ótimas que se perdem, como Neeva lendo cartas para o Stan - se as coisas não fossem tão estampadas na nossa cara, essa cena teria um peso completamente diferente. Porém, contudo, todavia, a cena final é excelente! Bradley Cooper entregou tudo naquela risada e quase me fez esquecer o perrengue que passei para terminar o longa. Quase.
Eu me sinto hipócrita por ter detestado esse filme. Sou uma grande fã da franquia Mercenários e acho que tudo lá é ótimo, porém esse filme me assombra. É brega demais, cada artifício, cada conversa, narrativa é de uma cafonice sem fim; e o pior é que o filme jura que está indo super bem, "vamos mulheres! Girl Power, porra". Já dizia boca rosa né, o que é isso, um filme? Sim e não é dos melhores.
A proposta aqui é bem simples: um grupo de mulheres treinadas, de diferentes nações, com diferentes interesses, mas que precisam se unir para um bem comum. Com algo tão simples, é triste que o filme tenha se saído tão mal em estabelecer toda a trama. É claro que Jessica Chastain é a protagonista e fica até feio para as outras quando tentam roubar o mínimo de tela que seja, porque o texto não ajuda, a direção de arte então tripudia das outras, e a direção então só tem olhos pra uma pessoa. Por mais que o roteiro finja que Diane Kruger é tão importante quanto Chastain, não há um esforço real para desenvolver sua narrativa que é simplesmente jogada lá (ela não confia em ninguém, por causa de um passado sombrio) e o espectador que lute pra aceitar que é assim porque sim. A comunicação entre elas é tão artificial, parece muito que está faltando alguma coisa. E assim, a sororidade surge de onde a gente menos espera, às vezes, mas aqui parece que elas só estão juntas por obrigação, sendo que dá entender em alguns momentos que elas vão umas com as caras das outras, mas isso nunca é explicitado. Minto! Acho que o momento que chega mais próximo disso é na surra que a Chastain leva e aí todas aparecem para consolar ela, foi o mais próximo que o filme chegou de (quase) criar um laço real entre essas personagens. É muito triste também como um filme que tem um momento tão corajoso, em que coloca suas personagens em cheque, falha terrivelmente em levar isso adiante.
Mais uma coisa, não faz sentido nenhum que a personagem da Penélope Cruz esteja no meio dessa confusão. Como uma agente de escritório é levada a campo sem nenhum treinamento? NÃO FAZ SENTIDO! [entra Felipe Neto]. Se o objetivo era apenas convencer o cara lá a entregar o treco, mandasse um agente de campo com lábia, ué. Muito mais fácil e conveniente. Por último: que cafonice é aquela na cena final? Mulher do céu, ninguém fala assim. Ninguém faz essas poses todas - a não ser num filme de super herói. Não. Chega. Paciência tem limite.
Finalmente assisti essa obra (depois de muito enrolar, não intencionalmente). E estou muitíssima feliz com o que vi; embora já soubesse tudo que iria acontecer, inclusive o grande plot twist, adorei a experiência. Terminei o longa já planejando quando iria rever. A ideia inicial é boa, conversa com muita gente e é um pensamento muito natural de quase toda geração, e aqui é muito bem desenvolvida. A protagonista, Eloise, é uma moça que vive um pouco no mundo da lua, dentro da própria cabeça, e a decoração de ambos os espaços remete à década de 1960 - e não é uma década aleatória, escolhida numa roleta russa, o que também contribui para a ligação emocional que ela tem com esse tempo. É muito divertido quando ela começa a ter as visões/sonhos com Sandie, porque a primeira coisa que ela faz (depois de já ter sido rechaçada por suas colegas de curso) é adquirir os trejeitos de sua nova amiga, o visual também; porque Sandie, ao contrário de Eloise, exala confiança, beleza, ela sempre sabe o que dizer. E essa conexão é confiável e plausível. Aos poucos é que Eloise vai entrando no submundo da Londes sessentista, acompanhando a jornada de Sandie - que não foi todo o glamour que a segunda planejou e a primeira imaginou ser. E tudo isso é importante de dizer, pois as personagens nunca se encontram, elas não são capazes de se comunicar, a Eloise é apenas uma telespectadora da vida de Sandie… e mesmo assim, é muito boa a conexão entre elas, esse relacionamento que a Eloise constrói, se importando com tudo, tentando salvar a Sandie (mesmo sabendo que essa comunicação é impossível). E dou muito desse crédito à McKenzie, do ponto de roteiro é obrigação dela fazer isso parecer real, afinal apenas uma das moças está consciente dessa ligação, e do ponto de vista de atuação a atriz faz um ótimo trabalho, convence bastante como essa mocinha que está tentando se encaixar, com um passado complicado sem ser piegas. Anya Taylor-Joy, como sempre, não erra né?! A cena que mais me aterrorizou foi justamente protagonizada por ela, e apesar do objetivo não ter sido o horror - sabendo que existem outras cenas muito mais assustadoras -, a maneira como ela vai levando as cenas, as caras que faz e o desespero constante e crescente em seu olhar é tenebroso. E não tem pra mais ninguém nesse longa, o filme é delas e só! Ainda falando em elenco, achei de tamanha perspicácia chamar a Diana Rigg para o projeto, embora seja uma participação pequena levando em conta o tempo de tela, ela ainda é muito boa! Gosto do desenvolvimento de roteiro, como tudo vai caminhando bem e ok até que de repente tudo muda e vira do avesso e a podridão é jogada em tela e nunca mais é retirada, só vai piorando conforme a trama avança e Eloise passa a ser aterrorizada no seu tempo atual. E a direção do filme e de arte é igualmente fantástica, gosto das luzes vermelhas piscantes, o neon envolvente que permeia quase todas as cenas noturnas do filme, tanto antes quanto agora. O recurso narrativo do espelhamento é bem utilizado e deixa o filme mais estiloso.
Minha parte favorita sobre esse filme é como ele é uma experiência coletiva que ressoa com todo mundo. Talvez você não se identifique com tudo, ou apenas com as situações contadas, ou ainda somente com a ideia de "se preocupar justamente com o que não necessita de preocupação"; porém, alguma coisa é capaz de ser retirada dessa experiência. A direção é muito boa, meus momentos favoritos foram justamente aqueles mais lúdicos, bem colocados e conversando com os personagens e os momentos vivenciados. Gosto do roteiro, da separação de capítulos. Particularmente amei como a personagem é apresentada, sempre em transição, até chegarmos no verdadeiro start da história - foi bem engraçadinho e divertido. O capítulo sobre a traição é supra sumo da sensualidade, flerte, paquera como nunca vi antes. Adorável. Eu gosto como a Julie é uma personagem inconstante, inquieta e volúvel - e tudo isso no pior e no melhor dos sentidos. Sendo essa a vida, não há herói ou vilão, apenas pessoas. Vivendo. Me encontro apaixonada por esse filme e espero revê-lo em breve.
O que aconteceu aqui? Eu não sei. Mas foi um desastre de grandes proporções. A começar por esse roteiro "fuleragi" (como dizem na minha terra): preguiça, desleixo, desimaginoso e tudo que há de ruim - está nesse roteiro. Parece que ninguém queria estar ali, nenhum dos atores, nem mesmo o Matthew Vaughn. Nem sei mais o que dizer, porque… o que posso falar desse filme que vi agora e já considero tão pouco?! Falando sério mesmo, muito triste que uma franquia que até o momento estava indo muito bem tenha lançado algo tão pobre. Pobre de personagens, de narrativas, de interpretações e tem muitos defeitos, muitos mesmo. O vilão é pequeno, tem uma motivação fraca e uma força que apenas diz ter; não era nenhum pouco influente para ter na palma de sua mão Rasputin, um personagem que tem características vilanescas, visual e um ar típico e mesmo assim é desperdiçado em uma participação miserável, além de ser diminuído sem razão aparente. Rasputin também é o dono da melhor (e única) sequência de ação, é fantástica a coreografia dançante da luta - o comentário sobre o balé, vindo a calhar. Todas as sequências posteriores são preguiçosas e falta inventividade, exceto uma coisa: a câmera na espada, na luta final, é uma perspectiva legal, pena que dura 3 segundos. Ralph Fiennes como protagonista é uma tristeza, só não é pior que o ator que interpreta o filho dele (porque o menino tem cara de ameba, não tem uma expressão facial além de fingir de morto). E o resto então nem se fala. Ainda trouxeram o Aaron Johnson para uma participação mixuruca, tomara que tenha ganhado bem para decorar 3 linhas de fala.
Por último: mas que ideia de girico foi essa em transformar o Lenin num joguete vilanesco, além de colocar o Hitler - sem responsabilidade nenhuma - para continuar essa guerra. Não tinha uma pessoa nessa produção que achou isso problemático? E digo mais, quem escreveu não prestou atenção no primeiro filme? O Merlin, tecnicamente, é um agente de escritório, um cara de documentos, fatos e investigação local. Então, a decisão mais lógica seria que a Gemma Arterton ficasse com o codinome, e o Djimon Hounsou ficasse com o título de Galahad.
Ainda me encontro em estado de sem palavras. Com certeza não esperava nada medíocre de Matt Reeves, na verdade sabia que teria excelência… mas isso aqui, isso aqui é bom demais! Não é um filme perfeito, tem defeitos, tem situações que poderiam ser melhoradas; porém, é muito mais importante o que foi feito de bom, os acertos são muito maiores.
Com uma narrativa certeira, Matt Reeves nos leva para um outro lado de Bruce Wayne. Dizer que o filme é sombrio é chover no molhado, porém afirmar que é violento é algo novo. Batman é um anti herói em sua nova jornada, não há equilíbrio entre suas personas, há apenas a "vingança" e aquilo que ela pode proporcionar. Robert Pattinson ainda entrega uma ótima performance, um trabalho de voz incrível e eu adoro como ele consegue comunicar tanto por olhares e trejeitos, é muito interessante ter um Batman tão calado, mas que diz tanto. Zoe Kravitz também faz seu ótimo trabalho em ser uma mulher sorrateira e igualmente vingativa, mas que não tem o treinamento para lidar completamente com as situações que venham a acontecer - não que isso a impeça, pois a vontade ela tem! O resto do elenco também está muito bom, meu destaque é Colin Farrell e Paul Dano. O primeiro desaparece completamente atrás da maquiagem, entrega um gângster barato, mas com desejos de ser maior do que pode ser, além de cínico. Gosto bastante desse tom que deram ao personagem. Sobre Paul Dano, o cara nasceu para fazer grandes filhos da p*ta, não é mesmo? Ele tem o dom! Gosto especialmente do diálogo final, onde seu grandioso plano é revelado (e achei muitíssimo astuto, adoro um trocadilho). Dano convence como vilão e aguardo muito mais dele - ao mesmo tempo me preocupa, sua performance foi grandiosa e megalomaníaca, o que será proposto ao Coringa de Barry Keoghan? Visualmente, esse filme é um deleite. A combinação de azul e laranja é simplesmente a coisa mais linda que já vi - além do vermelho, que eventualmente pisca em tela. Me encontrei encantada com a escolha da fotografia também, cada frame poderia ser discutido por horas (sobre luz e sombra, enquadramento, composição), perfeição é o que se encontra aqui, atenção aos detalhes. Uma coisa que eu achei super interessante foi Bruce Wayne usar uma sombra ao redor dos olhos, como continuidade da máscara por motivos de: sabemos que nos quadrinhos e nos desenhos, um dos recursos utilizados são os olhos brancos do herói. E o fato da fotografia ser escura, juntando com a fantasia e a sombra ao redor dos olhos, por muitos momentos é apenas possível ver o branco do olho de Pattinson… foi a coisa mais linda que eu já vi na minha vida. A trilha sonora é uma coisa maravilhosa também, gostosa de ouvir e me empolgou bastante quando casou imagem e som.
Falando sobre os defeitos, apesar de achar que as (quase) 3 horas se justificam, 15 minutos a menos fariam diferença na agilidade do filme, certamente. Além disso, há recursos de roteiro que poderiam ser melhorados. Assim como algumas sequências não se justificam (por mais que sejam interessantes e arrepiantes de assistir), há mais de um momento em que a solução é muito simples e os personagens fazem um preâmbulo desnecessário, quando o telespectador já sabe o quê e como vai acontecer o próximo passo. São defeitos pequenos, dentro de tantos acertos, e sabendo que Matt Reeves teve uma trajetória crescente com a trilogia Planet of Apes, a confiança no que ele pode oferecer continua intacta.
Começo esse comentário fazendo uma observação pessoal sobre filmes e obras que retratam tiroteios escolares: não gosto. Pessoalmente, sinto que a temática vem sendo constantemente esvaziada de significado. Ano passado tive o infortúnio de assistir um longa que tratava uma sobrevivente de massacre, como uma heroína fazendo justiça com as próprias mãos. É uma situação muito real, trágica e dolorosa para se fazer nada menos do que excelente roteiro e dramatização dos eventos, com muito respeito, claro. O que não é o caso desse filme! Já começo elogiando por como foi tratada a situação, não é sobre o evento, não há apelo emocional pelas vítimas sendo massacradas em tela; é sobre o depois, como ficam os sobreviventes? Como lidar com o medo de ir à escola, a insegurança e o trauma são as perguntas que esse filme busca responder. Não acho que o filme vá muito longe nessa tentativa, pois todo seu segundo ato é bem dividido entre o romance e o trauma; creio que são coisas que se complementam, dado como a protagonista lida com esse limbo - entre o medo e o resgate desse espaço. Jenna Ortega dá um show de atuação, é o destaque do filme, exatamente como o texto permite, Maddie Ziegler é uma boa companheira de cena mas não vai muito longe. O relacionamento entre a protagonista e sua irmã é muito interessante também, embora secundário, é um desenvolvimento constante e importante para a conclusão da jornada. Conclusão entre muitas aspas, pois não há como superar tudo isso em um estalar de dedos. Meu elogio também vai para o roteiro e direção, ambos de Megan Park - que eu só conhecia de A Nova Cinderela 3 (risos). Me surpreendeu bastante que em sua primeira tentativa em ambas funções, tenha se saído tão bem, muito equilibrada e trazendo uma perspectiva bem íntima da história e pessoal.
Me sinto na obrigação de ovacionar por 10 minutos a atuação de Jessica Chastain nesse longa, pois essa mulher é simplesmente tudo! Não é o filme mais inventivo do mundo, não está aqui para inventar a roda e muito menos fornecer uma visão poética ou barroca do que foi a vida de Tammy Faye, apenas contar o que aconteceu de seu ponto de vista, daquilo que ela viveu e enfrentou. Ascensão e queda. E Jessica Chastain faz um trabalho magnífico. É quase impossível enxergar a atriz por trás da performance, os trejeitos de Faye são muito ressaltados e realistas, o trabalho de voz é impecável, o amadurecimento é notável conforme os anos passam. O que essa mulher fez aqui foi maravilhoso, um trabalho incrível e realmente faz jus ao que ela andou falando por aí, sobre o quanto Tammy Faye foi importante, forte e como ela admirava essa mulher; Chastain se entrega à personagem de tal maneira que ao mesmo tempo que a perdemos de vista, também é possível notar sua dedicação e devoção - se assim posso chamar - a essa grande personalidade. A equipe de maquiagem também é sensacional. O envelhecimento e maquiagem de Tammy Faye é um trabalho primoroso, ficou muitíssimo parecido com a pessoa original, ao mesmo tempo que é bem singular, até mesmo dentro da trama, dando destaque para ela acima de qualquer um. O envelhecimento do Andrew Garfield também é maravilhoso. Inclusive, palmas à ele também, embora esse filme seja sobre a Faye, o Bakker foi muito bem retratado.
Passei o filme inteiro apenas pensando na Alice Braga com desconto. Tirando isso, ruim, ruim, ruim de doer. Não serve como trama de ficção, nem de horror, nem de sobrevivência, é só fraco mesmo.
Que trama mais fofinha, mais amorzinha! Acerta demais em contar a história dos dois, mas sem tentar replicar cada mínimo acontecimento da letra da música; além de acrescentar pequenos elementos - como o saquinho de jujubas - e enriquecer a história com a vivência individual de ambos personagens, para além de serem um casal. A química dos protagonistas também foi excelente. Derramei mesmo umas lágrimas conforme foi chegando o final. E a exposição da Mônica foi um momento lúdico-musical muito bom! Acertaram demais nessa construção.
Mas que merda hein gente? Que merda. Adorei! A questão sobre esse filme é que… não havia nada que pudesse ser feito para salvá-lo. Não se pode salvar uma franquia que seja tão trasheira quanto essa, simplesmente é impossível. Seria até burrice, retirar aquilo que faz Texas Chainsaw ser essa coisa grandiosa e sempre gerar esse hype, que é pura e simplesmente ver o Leatherface e a família Sawyer passando a faca em todo mundo. Retirando o primeiro filme, todos os outros são versões requentadas do primeiro e nenhum funciona; por isso, não podemos fingir que estávamos mesmo esperando uma super produção aqui. Eu, pelo menos, não coloquei minha mão no fogo por esse filme em nenhum momento - talvez tenha tido um pouco de esperança com o nome de Fede Alvarez na produção, mas foi só. É hipócrita exigir tal coisa, o que eu queria ver eram boas mortes e o Leatherface matando geral, e foi isso que o filme entregou… mais ou menos, também. Além disso, também é impossível salvar uma produção tão problemática quanto essa. Diretores demitidos, inúmeras regravações e afins, estava fadada ao fracasso. Por outro lado, eu esperava só um pouquinho de coerência, mínima que fosse. Não queria nem gostar dos personagens, só não torcer para eles morrerem. A trama é ligeiramente diferente das anteriores, ao menos aqui fizeram um esforço para justificar a presença dos jovens - e companhia - na cidade fantasma, ao mesmo tempo que: que tipos de jovens idealistas são esses? Que compram uma cidade inteira para revitalizar?! Essa trama de gentrificação mirou no Candyman (2021) e acertou no filme do Relâmpago Marquinhos, versão horror. Os personagens são bem qualquer coisa, tirando a irmã mais jovem que tem um passado consistente e uma justificativa boa para ser tão esquisitona. Admiro terem tentado trazer uma trama sobre irmãs protagonistas, mas falharam bastante na comunicação entre as duas, parece sempre que a mais velha acha que a mais nova é um fardo que precisa ser carregado por aí (observe que eu não decorei o nome de ninguém, porque não poderiam ser mais esquecíveis), ela está sempre tratando a jovem igual um saco de bosta, com raiva de tudo e qualquer coisa que ela faz, por motivo nenhum exceto que… não sei, ela apenas briga. Também não curto como o filme gasta tanto tempo lançando uma luz na irmã mais velha, dando um enredo fraquíssimo para ela, simplesmente porque sim. Tirando esse desenvolvimento pífio, todos os personagens são caricaturas e muito, muito burros - coloca burrice nisso. Toda vez que algo acontece, os sujeitos fazem questão de escolher o caminho da morte, da decisão mais safada possível.
Como pode aquele homem texano saber que tinha alguma coisa errada e ter as chaves do ônibus e dos carros, e deliberadamente escolher mandar todos se esconderem no ônibus, sem devolver as chaves para que eles pudessem fugir? O que justifica ter uma arma e não atirar? Ter um carro e ter a chance de fugir e escolher atropelar um grandalhão com uma motosserra? Juro para vocês, em dado momento, muito cedo, inclusive, eu já estava torcendo para que Leatherface matasse logo todo mundo, para que eu não tivesse mais de lidar com aquelas pessoas. Minha cena favorita é justamente a do ônibus, porque todo mundo morreu em segundos!
E existem mais dois erros grotescos nesse filme, que me deixaram um tanto triste e verdadeiramente irritada (afinal, todo o resto, apesar de eu ter reclamado horrores, é possível relevar, sei que é um filme de e sobre mortes): a volta de Sally e a família Sawyer. Um dos recursos é desperdiçado e o outro é esquecido no churrasco. Sally é a grande promessa, é a Laurie Strode que Texas Chainsaw pode nos oferecer, mas aí chega o momento de ela ser parte ativa na trama e nada acontece. Nada mesmo! Eles me enfiam uma linha de diálogo onde a mulher afirma estar esperando por isso há anos e quando chega o momento tá igual um saco de batata. E a família Sawyer aqui nem é mencionada. Quer dizer, o Leatherface passou anos escondido num orfanato, ali do lado, ninguém nunca notou que pelo tamanho dele, pelo jeito dele, seria quem estavam procurando e de quebra a família dele não é mencionada em nenhum momento. Por nenhum personagem. E olha que as cidades dos arredores investem super no marketing do serial killer lenda urbana e ninguém fez uma investigaçãozinha que juntasse esses pontos? Mas o que esperar de uma trama como essa, não é mesmo?! Retirando todos esses problemas - e são muitos - o gore é muito bom, Leatherface é o herói que precisávamos! Go chainsaw!
Ainda não sei o que dizer sobre esse roteiro, ainda estou sentindo no meu coração. Narrativas familiares me pegam, porque minha família tem algumas confusões (qual família não tem, né?), mas sei lá… me pega num lugar particular demais. E tudo que acontece aqui, eu nem sei como dizer o quanto é confortável, familiar e desconfortável ao mesmo tempo. Parece que todo mundo está segurando alguma coisa, um sentimento, uma verdade e isso transparece em todos os momentos, em cada movimentação individual. E funciona demais com o espaço físico que eles escolheram, sendo um apartamento de dois andares que parece, de primeira, completamente aberto - mas pela falta de móveis - e conforme eles vão passeando pelos recintos e vivendo as situações, preenchendo esse lugar de memórias e sentimentos, vai melhorando, ao mesmo tempo que vai ficando cada vez mais claustrofóbico, justamente porque chega perto do jantar e todos devem estar reunidos na mesma mesa. Amo também o trabalho de mostrar as infiltrações do apartamento, os barulhos estranhos que eles ouvem. E o ato final é bombástico, poderoso.
Sobrecarregado, intenso, difícil. Há tantas palavras que poderiam ser utilizadas para essa narrativa e mesmo assim só consegui pensar nessas três e qualquer outra similar. É pesado, indigesto e como eu assisti sem saber do que se tratava - dos fatos -, passei por uma mistura de sentimentos ao final que me angustiou profundamente.
De agora em diante, nem sei para onde ir primeiro; é um filme trabalhoso, mas de alguma maneira também passa muito rápido. Os sentimentos que presenciamos, as relações entre os personagens, estão sempre pisando em ovos, ao mesmo tempo que parecem já ter chutado o balde há anos. Nitram é um jovem inconstante, rebelde e neuroatípico, que tem tremendas dificuldades em sua jornada de amadurecimento. Enquanto sua mãe desistiu há muito de mostrar-lhe qualquer afeto, o mantendo medicado por comodismo e seu pai… bem, ele ainda tenta alguma coisa na mesma proporção que simplesmente não tenta nada. Cada segundo de tela dessa família é carregada de um peso sufocante, conforme a trama anda só vai ficando pior e mais terrível. Quando atingimos o meio da trama, conseguimos acessar alguns dos comportamentos que o protagonista presenciou durante seu crescimento e é assustador! Apenas… me paralisou! O momento mais vivo, leve e saudável da vida dele é quando encontra a moça rica e mesmo assim não dura muito tempo. E depois é só ladeira abaixo. O personagem se torna obcecado, tem uma ideia torta de querer moldar sua imagem. Até atingir o ápice e conclusão de tudo. E foi nessa hora que entrei em choque, quando descobri que a história era baseada em fatos. Me conectei com o personagem, eu senti aquela dor dele, a incoerência e inconstância de seus atos. Saber que foi uma pessoa real, inspirado em uma, foi chocante. A direção é maravilhosa, o departamento de arte desse filme é o melhor - para mim -, além da fotografia também. A casa do Nitram tem uns tons alaranjados, sempre que a mãe dele está por perto também. Enquanto a casa da pessoa com quem ele se sente mais confortável é aberta, vazia, como se houvesse espaço amplo para ele e para o seus pensamentos e problemas; a fotografia também suaviza, tons de pastéis são adicionados, em um "safe space" natural.
Jesus. Maria. José. O que eu acabei de assistir? Já não tinha muita expectativa, peguei numa roleta russa, mas que m*rda hein? Ruim, ruim de doer. De sentir dó desse elenco, que até tem atores legais, dos quais já vi outros trabalhos. Mas simplesmente pavoroso. A fotografia feia, escura e suja, sem motivo - afinal se passa num estúdio, por mais que a ideia seja performar exorcismos, deveria ter uma iluminação melhor. Tu jura que eles arranjaram um super cenário e não conseguiram ajeitar uma luz? Não, meus amigos. Coerência é preciso. Enredo fraco, motivações pífias, até a assombração é absolutamente genérica. E isso me irrita profundamente, porque o plot twist é até bom, só não foi bem preparado (e muito menos executado).
Gente do céu… como é que fala alguma coisa sobre esse filme sem ser um monte de skdjairhweuiflrlathaeibglaeyrthalbgerhgtsrubtilgsirg seguido de AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA SURTO?! Eu não sei, sinceramente.
Nesse caso então podemos começar com o mais simples: adorei! Cada nova referência aos eventos anteriores, aos personagens antigos, cada pequena memória e referência foi válida e matou a saudade que eu tinha da franquia. A química e a parceria entre Keanu Reeves e (pesquisar nome da atriz) é impecável, o primeiro momento em que eles trocam um aperto de mão e de arrepiar, parece que nada mudou durante todos esses anos, desde que os vemos juntos pela última vez. Ainda falando sobre elenco, meu coração aqueceu demais quando reconheci tantos rostos de Sense8 (uma das séries, se não a maior, mais injustiçada da sra. Netflix); todos pareciam tão bem em seus papéis e super confortáveis. Passando para os aspectos visuais: show-stopping. Não tem termo melhor para definir o trabalho visual desse filme. O filtro azul, no lugar do verde, as rimas visuais, os reflexos bem trabalhos (discreta ou explicitamente), até mesmo o senso fashion da Matrix se modificou - abrindo os visuais para algo mais único e característico de cada personagem, apesar de ainda focar nas roupas pretas, agora temos tatuagens transportadas para a Matrix, cores de cabelo diversificadas, é apenas maravilhoso. A direção da Lana Wachowski é, como sempre, um deleite aos olhos, sempre bem conduzida, medida, focando naqueles pequenos detalhes que passariam despercebidos e ela faz questão de mostrar em um frame, para que não haja dúvidas, de onde que devemos focar em determinadas horas. E aqui eu acho que cabe falar um pouco do roteiro e como ele entra em confronto com a direção, causando uma certa briga. É certo que há muito tempo a Lana W. vinha demonstrando insatisfação com como o enredo de Matrix estava sendo utilizado por liberais de direita, como sequestraram a narrativa que as Wachowski criaram e modificaram para uma relação completamente despresível e digna de pena - visto tamanha falta de interpretação. Esse filme, nada mais é, que uma maneira de reaver a obra para si (não de maneira a encerrar as discussões que nos envolveram por tantos anos, elas são evolutivas e contínuas), e também de modificar o ponto de vista. Durante o primeiro filme, as discussões que foram abertas eram de classes filosóficas, sociológicas e tantas outras que partiram dessas primeiras; o que temos aqui é um resgate desse lugar inicial, mas com enfoque nos relacionamentos interpessoais. Mais especificamente no relacionamento de Neo e Trinity. É uma sacada genial, inexplorada, que apresenta um novo elemento que foi ignorado por anos (eu mesma nunca vi essa discussão quando se tratava de Matrix). Meu problema com essa narrativa é: o monólogo explicativo. Cha-ter-rí-mo. Todo o filme já vinha dando sinais de seu objetivo, tivemos inúmeras visualizações do poder de união desses dois e mesmo assim me enfiaram um monólogo de sei lá quantos minutos de duração, me explicando como se eu tivesse 6 anos de idade o enredo inteiro… Deus do céu. Me leva! E gastaram todo esse tempo nessa explicação - que já era visual, por conta da direção - e não deram 2 segundos para desenvolver personagens intrigantes como o Smith. Se juntar o tempo de tela dele, durante os três atos, é risível. E os próprios coadjuvantes, que não parecem ter motivações mais fortes do que "somos rebeldes" para ajudar o Neo. Tirando isso, resgata bons personagens, apresenta uma nova perspectiva e me convence, mais uma vez, que essa é uma das maiores franquias do cinema.
O filme foi tão divertido que mesmo os momentos mais repetitivos não foram suficientes para me tirar da narrativa. O humor negro está em boa dose, além de termos personagens bem loucos, cada um preocupado com o seu e ainda assim todos eles são interessantes (mesmo aqueles para quem torcemos para terem o pior). O gore aqui é FANTÁSTICO, eles seguram até que por muito tempo, mas vão soltando os efeitos aos poucos, até abrir completamente a portas e soltar aqueles litrões de sangue, é muito bom! Vai te preparando aos poucos para o ápice sem segurar tudo para aquele momento.
Noomi Rapace como sempre está belíssima e muito divertida. A dinâmica dela com o Hennie é maravilhosa, ambos são personalidades não confiáveis e mesmo assim conseguem se conversar.
Eu curti o filme, mas sinto que perdi 99% da narrativa por nunca ter visto a série hihihi. Mas assim, me deu vontade de começar a série, então serviu para alguma coisa.
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraAinda me encontro pensando sobre esse filme e o que falar sobre ele de maneira que não soe repetitivo, mas acho que tudo que poderia ser falado sobre o tema central já foi dito e discutido - o próprio filme fala muito e se repete até não poder mais, para que não reste dúvidas que o filme é sim sobre isso; e reitero, mais uma vez, é sobre isso (e tá tudo bem.
O que me resta é focar em outros aspectos, como roteiro. Que é muito bom! Os personagens são simpáticos aos olhos, são jovens mas não daqueles que estamos acostumados; são estúpidos e com vontades idiotas, mas eles têm um propósito, por mais que a gente não concorde com tudo que eles almejam, é possível perceber que eles têm objetivos nessa vida (além de servir como carne para o abate). E isso é muito divertido, me fez gostar deles e ter pena de quando suas horas foram chegando. Além disso, é interessante como o roteiro muda o tropo narrativo da final girl, sendo ela interessante, diferente e nenhum pouco santinha. É uma mulher de garra, com uma visão clara do que deseja dessa vida, por mais que o caminho escolhido seja duvidoso, ela é a sobrevivente porque é aquela que faz o que pode para estar viva. E é tão bom poder viver isso, me surpreendeu positivamente. As mortes também são muito boas, elas realmente tinham de ser bem inventivas e partir de muita surpresa para pegar todos esses jovens. E eu adoro, de verdade, como eles vão na maciota, pegando os personagens de pouquinho. É divertido e curioso como eles vão dando cabo de cada personagem, gostei de todas as mortes, nenhuma me decepcionou de acordo com suas circunstâncias. A direção de Ti West também é excelente. Gostei bastante do slow burn e como ele vai carregando a gente pela jornada deste grupo, assim como nos fornece uma visão do casal de idosos que fuja um pouco do olhar de nojo da juventude. Em alguns momentos, me peguei com uma pena tremenda do casal. A nossa sociedade realmente celebra a juventude e esconde a velhice, assistir um pouco desses personagens me fez simpatizar com eles o suficiente para entender o seu lado e suas ações.
Meu destaque é a primeira cena de morte: belíssima! Juro para você, se tem algo poético, estético e bonito na morte, está naquela cena. A tensão, a surpresa, a movimentação de corpos, a luz e o filtro "natural", A DANÇA! Nossa, eu fiquei boquiaberta com tanta beleza, delicadeza (se assim posso chamar), violência e dor em uma única cena!
Assassinato em Sparrow Creek
3.1 12 Assista AgoraSó valeu à pena pelo diálogo do ex-policial com o mudo do grupo.
Fresh
3.5 526 Assista AgoraHá um tempo não me divertia tanto com uma obra de horror, não sei como explicar exatamente, mas foi uma jornada engraçada. Sebastian Stan é a estrela desse filme, com certeza, conseguiu dar vida a um ótimo personagem, divertido na mesma medida em que é o vilão de tudo. Seus sorrisos, maneirismos controlados, seu entretenimento com os atos hediondos é contagiante; não ao ponto de me fazer torcer por ele, mas pelo menos não odiá-lo completamente. Porém, não acho que Daisy Edgar-Jones fique atrás, ela é uma ótima protagonista e uma bem inteligente, quando ela entende o truque que pode ser usado para escapar, ela vai fundo e mantém um plano em sua cabeça. A primeira cena de jantar, em que ela avalia todas as saídas possíveis, mas sem fazer nenhuma tentativa é ótima.
Além disso, gostei como Steve não é um canibal genérico. Ele é alguém controlado, ciente de seus métodos, como eles são importantes e melhor ainda: o cara controla um mercado, é ótimo. O que também mostra como ele se mantém tão bem todo esse tempo. E ele é normal (?), tem uma família, uma esposa - que é meio perturbada também, possível síndrome de estocolmo. O fato de ser tudo limpinho, organizado também ajuda muito quando chega o final e vemos a verdadeira confusão se iniciar.
Fresh também me desbloqueou um novo medo: perder a bunda.
Possuídos
3.0 220Já começo por esse título em português que está completamente errado, mas sabemos que não faz diferença nenhuma pra indústria brasileira, contanto que chame o máximo de atenção possível.
Bug é uma boa produção de horror, mas tinha potencial para ser muito melhor, caso fosse menos penoso para chegar no ponto. O quarto de motel meio sujo, isolado, claustrofóbico foi ideal para estabelecer a atmosfera do filme, como um paralelo entre o ambiente e a mente dos envolvidos, que não era das mais saudáveis. Também gosto como rapidamente é estabelecido o medo que a protagonista tem de seu ex-namorado e como isso afeta a vida dela, o que faz parecer a participação dele completamente dispensável - afinal, ele só aparece para reafirmar algo que já vimos nos minutos iniciais e não acrescenta nada, tanto que em pouco tempo vai embora do filme, para não voltar mais. Michael Shannon está muito bem no papel de soldado desmiolado, é interessante como o personagem cresce conforme se sente confortável naquele quarto; além de começar a contaminar sua parceira de cena, com ambos ficando mais e mais desequilibrados - e a Ashley Judd segurando aquele fiapinho de sanidade, é muito boa! Ela enlouquecendo aos poucos e se deixando levar pelo isolamento é doloroso, performance fantástica.
O problema para mim foi que demorou demais para apresentar todos os envolvidos e o meio do filme me perdeu, nem estava mais em ponto de apresentação, mas também ainda não tinha começado a paranoia. Logo no começo eu estava muito envolvida, esperando o momento em que as coisas iriam mudar. A questão é que isso se arrasta demais, pelo menos eu senti assim, mesmo sendo um filme curto. O miolo me perdeu, me deixou inquieta e impaciente. Mas quando o ponto de virada chega ele é absoluto. A ambientação azul, com o papel alumínio por todos os lados, é enlouquecedora. A cena mais chocante, para mim, foi a da extração de dente. Tenho poucos medos e terrores quando se trata de horror, e dentes são, definitivamente, um dos meus pontos fracos. E o modo como ela acontece no filme é desesperador. Muito bom! O final de tudo, aquele diálogo final, conforme as peças da teoria da conspiração vão se juntando, é que se percebe que eles perderam toda e qualquer conexão com a realidade. Vale à pena.
O Beco do Pesadelo
3.5 496 Assista AgoraEscolhi assistir o filme meramente pelo enredo, sendo esse a Cate Blanchett e a mulher me demorou uma hora para aparecer em tela, além de ter aparecido justamente na parte mais desinteressante do filme. Guillermo del Toro tu me prometeu!
Sobre a trama, ela começa tão bem, tão interessante. É divertido e sombrio ver o funcionamento do circo, conhecer as relações que envolvem esses personagens, seus passados e como chegaram naquele ponto. Adorei a relação que envolvia o Stan, Neeva e Pete; é um triângulo amoroso perigoso e inofensivo, ao mesmo tempo. E quando a gente percebe que a Molly também está por ali, transformando em um quadrado, fica mais legal ainda, mesmo assim DO NADA a trama corta justamente no momento em que as coisas estão prestes a se desenvolver, a se tornar algo, uma relação de substância. E então, o filme muda completamente e se torna chato. Eu estava entediada, porque vi tudo que iria acontecer em dois segundos. E claro, isso não é um defeito incorrigível, o problema maior é que mesmo sabendo tudo que estaria para acontecer, o filme ainda finge algum mistério, além de ter uma condução bem convencional dos acontecimentos seguintes. É só olhar para a Cate Blanchett e já sabemos o seu jogo, ouvir uma fala de Molly e sabemos seu destino, e o pior de todos: Stan. Stan que nem precisa falar muito para sabermos que é um grandessíssimo ganancioso filho da p*ta (usei essa expressão tantas vezes enquanto comentava o filme, porque é exatamente o que o roteiro faz questão de exaltar, que ele não passa disso - um ganancioso filho da p*ta). E no meio dessa bagunça, tem cenas ótimas que se perdem, como Neeva lendo cartas para o Stan - se as coisas não fossem tão estampadas na nossa cara, essa cena teria um peso completamente diferente. Porém, contudo, todavia, a cena final é excelente! Bradley Cooper entregou tudo naquela risada e quase me fez esquecer o perrengue que passei para terminar o longa. Quase.
Drive My Car
3.8 386 Assista AgoraA parte mais elegante desse filme é como ele ensina a ser um corno que aceita suas falhas. Belíssimo.
As Agentes 355
3.1 96 Assista AgoraEu me sinto hipócrita por ter detestado esse filme. Sou uma grande fã da franquia Mercenários e acho que tudo lá é ótimo, porém esse filme me assombra. É brega demais, cada artifício, cada conversa, narrativa é de uma cafonice sem fim; e o pior é que o filme jura que está indo super bem, "vamos mulheres! Girl Power, porra". Já dizia boca rosa né, o que é isso, um filme? Sim e não é dos melhores.
A proposta aqui é bem simples: um grupo de mulheres treinadas, de diferentes nações, com diferentes interesses, mas que precisam se unir para um bem comum. Com algo tão simples, é triste que o filme tenha se saído tão mal em estabelecer toda a trama. É claro que Jessica Chastain é a protagonista e fica até feio para as outras quando tentam roubar o mínimo de tela que seja, porque o texto não ajuda, a direção de arte então tripudia das outras, e a direção então só tem olhos pra uma pessoa. Por mais que o roteiro finja que Diane Kruger é tão importante quanto Chastain, não há um esforço real para desenvolver sua narrativa que é simplesmente jogada lá (ela não confia em ninguém, por causa de um passado sombrio) e o espectador que lute pra aceitar que é assim porque sim. A comunicação entre elas é tão artificial, parece muito que está faltando alguma coisa. E assim, a sororidade surge de onde a gente menos espera, às vezes, mas aqui parece que elas só estão juntas por obrigação, sendo que dá entender em alguns momentos que elas vão umas com as caras das outras, mas isso nunca é explicitado. Minto! Acho que o momento que chega mais próximo disso é na surra que a Chastain leva e aí todas aparecem para consolar ela, foi o mais próximo que o filme chegou de (quase) criar um laço real entre essas personagens. É muito triste também como um filme que tem um momento tão corajoso, em que coloca suas personagens em cheque, falha terrivelmente em levar isso adiante.
Mais uma coisa, não faz sentido nenhum que a personagem da Penélope Cruz esteja no meio dessa confusão. Como uma agente de escritório é levada a campo sem nenhum treinamento? NÃO FAZ SENTIDO! [entra Felipe Neto]. Se o objetivo era apenas convencer o cara lá a entregar o treco, mandasse um agente de campo com lábia, ué. Muito mais fácil e conveniente. Por último: que cafonice é aquela na cena final? Mulher do céu, ninguém fala assim. Ninguém faz essas poses todas - a não ser num filme de super herói. Não. Chega. Paciência tem limite.
Noite Passada em Soho
3.5 745 Assista AgoraFinalmente assisti essa obra (depois de muito enrolar, não intencionalmente). E estou muitíssima feliz com o que vi; embora já soubesse tudo que iria acontecer, inclusive o grande plot twist, adorei a experiência. Terminei o longa já planejando quando iria rever.
A ideia inicial é boa, conversa com muita gente e é um pensamento muito natural de quase toda geração, e aqui é muito bem desenvolvida. A protagonista, Eloise, é uma moça que vive um pouco no mundo da lua, dentro da própria cabeça, e a decoração de ambos os espaços remete à década de 1960 - e não é uma década aleatória, escolhida numa roleta russa, o que também contribui para a ligação emocional que ela tem com esse tempo. É muito divertido quando ela começa a ter as visões/sonhos com Sandie, porque a primeira coisa que ela faz (depois de já ter sido rechaçada por suas colegas de curso) é adquirir os trejeitos de sua nova amiga, o visual também; porque Sandie, ao contrário de Eloise, exala confiança, beleza, ela sempre sabe o que dizer. E essa conexão é confiável e plausível. Aos poucos é que Eloise vai entrando no submundo da Londes sessentista, acompanhando a jornada de Sandie - que não foi todo o glamour que a segunda planejou e a primeira imaginou ser. E tudo isso é importante de dizer, pois as personagens nunca se encontram, elas não são capazes de se comunicar, a Eloise é apenas uma telespectadora da vida de Sandie… e mesmo assim, é muito boa a conexão entre elas, esse relacionamento que a Eloise constrói, se importando com tudo, tentando salvar a Sandie (mesmo sabendo que essa comunicação é impossível). E dou muito desse crédito à McKenzie, do ponto de roteiro é obrigação dela fazer isso parecer real, afinal apenas uma das moças está consciente dessa ligação, e do ponto de vista de atuação a atriz faz um ótimo trabalho, convence bastante como essa mocinha que está tentando se encaixar, com um passado complicado sem ser piegas. Anya Taylor-Joy, como sempre, não erra né?! A cena que mais me aterrorizou foi justamente protagonizada por ela, e apesar do objetivo não ter sido o horror - sabendo que existem outras cenas muito mais assustadoras -, a maneira como ela vai levando as cenas, as caras que faz e o desespero constante e crescente em seu olhar é tenebroso. E não tem pra mais ninguém nesse longa, o filme é delas e só! Ainda falando em elenco, achei de tamanha perspicácia chamar a Diana Rigg para o projeto, embora seja uma participação pequena levando em conta o tempo de tela, ela ainda é muito boa!
Gosto do desenvolvimento de roteiro, como tudo vai caminhando bem e ok até que de repente tudo muda e vira do avesso e a podridão é jogada em tela e nunca mais é retirada, só vai piorando conforme a trama avança e Eloise passa a ser aterrorizada no seu tempo atual. E a direção do filme e de arte é igualmente fantástica, gosto das luzes vermelhas piscantes, o neon envolvente que permeia quase todas as cenas noturnas do filme, tanto antes quanto agora. O recurso narrativo do espelhamento é bem utilizado e deixa o filme mais estiloso.
A Pior Pessoa do Mundo
4.0 606 Assista AgoraMinha parte favorita sobre esse filme é como ele é uma experiência coletiva que ressoa com todo mundo. Talvez você não se identifique com tudo, ou apenas com as situações contadas, ou ainda somente com a ideia de "se preocupar justamente com o que não necessita de preocupação"; porém, alguma coisa é capaz de ser retirada dessa experiência.
A direção é muito boa, meus momentos favoritos foram justamente aqueles mais lúdicos, bem colocados e conversando com os personagens e os momentos vivenciados. Gosto do roteiro, da separação de capítulos. Particularmente amei como a personagem é apresentada, sempre em transição, até chegarmos no verdadeiro start da história - foi bem engraçadinho e divertido. O capítulo sobre a traição é supra sumo da sensualidade, flerte, paquera como nunca vi antes. Adorável. Eu gosto como a Julie é uma personagem inconstante, inquieta e volúvel - e tudo isso no pior e no melhor dos sentidos. Sendo essa a vida, não há herói ou vilão, apenas pessoas. Vivendo.
Me encontro apaixonada por esse filme e espero revê-lo em breve.
King's Man: A Origem
3.1 298 Assista AgoraO que aconteceu aqui? Eu não sei. Mas foi um desastre de grandes proporções. A começar por esse roteiro "fuleragi" (como dizem na minha terra): preguiça, desleixo, desimaginoso e tudo que há de ruim - está nesse roteiro. Parece que ninguém queria estar ali, nenhum dos atores, nem mesmo o Matthew Vaughn. Nem sei mais o que dizer, porque… o que posso falar desse filme que vi agora e já considero tão pouco?!
Falando sério mesmo, muito triste que uma franquia que até o momento estava indo muito bem tenha lançado algo tão pobre. Pobre de personagens, de narrativas, de interpretações e tem muitos defeitos, muitos mesmo. O vilão é pequeno, tem uma motivação fraca e uma força que apenas diz ter; não era nenhum pouco influente para ter na palma de sua mão Rasputin, um personagem que tem características vilanescas, visual e um ar típico e mesmo assim é desperdiçado em uma participação miserável, além de ser diminuído sem razão aparente. Rasputin também é o dono da melhor (e única) sequência de ação, é fantástica a coreografia dançante da luta - o comentário sobre o balé, vindo a calhar. Todas as sequências posteriores são preguiçosas e falta inventividade, exceto uma coisa: a câmera na espada, na luta final, é uma perspectiva legal, pena que dura 3 segundos.
Ralph Fiennes como protagonista é uma tristeza, só não é pior que o ator que interpreta o filho dele (porque o menino tem cara de ameba, não tem uma expressão facial além de fingir de morto). E o resto então nem se fala. Ainda trouxeram o Aaron Johnson para uma participação mixuruca, tomara que tenha ganhado bem para decorar 3 linhas de fala.
Por último: mas que ideia de girico foi essa em transformar o Lenin num joguete vilanesco, além de colocar o Hitler - sem responsabilidade nenhuma - para continuar essa guerra. Não tinha uma pessoa nessa produção que achou isso problemático? E digo mais, quem escreveu não prestou atenção no primeiro filme? O Merlin, tecnicamente, é um agente de escritório, um cara de documentos, fatos e investigação local. Então, a decisão mais lógica seria que a Gemma Arterton ficasse com o codinome, e o Djimon Hounsou ficasse com o título de Galahad.
Só quero o Eggsy de volta.
Batman
4.0 1,9K Assista AgoraAinda me encontro em estado de sem palavras. Com certeza não esperava nada medíocre de Matt Reeves, na verdade sabia que teria excelência… mas isso aqui, isso aqui é bom demais! Não é um filme perfeito, tem defeitos, tem situações que poderiam ser melhoradas; porém, é muito mais importante o que foi feito de bom, os acertos são muito maiores.
Com uma narrativa certeira, Matt Reeves nos leva para um outro lado de Bruce Wayne. Dizer que o filme é sombrio é chover no molhado, porém afirmar que é violento é algo novo. Batman é um anti herói em sua nova jornada, não há equilíbrio entre suas personas, há apenas a "vingança" e aquilo que ela pode proporcionar. Robert Pattinson ainda entrega uma ótima performance, um trabalho de voz incrível e eu adoro como ele consegue comunicar tanto por olhares e trejeitos, é muito interessante ter um Batman tão calado, mas que diz tanto. Zoe Kravitz também faz seu ótimo trabalho em ser uma mulher sorrateira e igualmente vingativa, mas que não tem o treinamento para lidar completamente com as situações que venham a acontecer - não que isso a impeça, pois a vontade ela tem! O resto do elenco também está muito bom, meu destaque é Colin Farrell e Paul Dano. O primeiro desaparece completamente atrás da maquiagem, entrega um gângster barato, mas com desejos de ser maior do que pode ser, além de cínico. Gosto bastante desse tom que deram ao personagem. Sobre Paul Dano, o cara nasceu para fazer grandes filhos da p*ta, não é mesmo? Ele tem o dom! Gosto especialmente do diálogo final, onde seu grandioso plano é revelado (e achei muitíssimo astuto, adoro um trocadilho). Dano convence como vilão e aguardo muito mais dele - ao mesmo tempo me preocupa, sua performance foi grandiosa e megalomaníaca, o que será proposto ao Coringa de Barry Keoghan?
Visualmente, esse filme é um deleite. A combinação de azul e laranja é simplesmente a coisa mais linda que já vi - além do vermelho, que eventualmente pisca em tela. Me encontrei encantada com a escolha da fotografia também, cada frame poderia ser discutido por horas (sobre luz e sombra, enquadramento, composição), perfeição é o que se encontra aqui, atenção aos detalhes. Uma coisa que eu achei super interessante foi Bruce Wayne usar uma sombra ao redor dos olhos, como continuidade da máscara por motivos de: sabemos que nos quadrinhos e nos desenhos, um dos recursos utilizados são os olhos brancos do herói. E o fato da fotografia ser escura, juntando com a fantasia e a sombra ao redor dos olhos, por muitos momentos é apenas possível ver o branco do olho de Pattinson… foi a coisa mais linda que eu já vi na minha vida. A trilha sonora é uma coisa maravilhosa também, gostosa de ouvir e me empolgou bastante quando casou imagem e som.
Falando sobre os defeitos, apesar de achar que as (quase) 3 horas se justificam, 15 minutos a menos fariam diferença na agilidade do filme, certamente. Além disso, há recursos de roteiro que poderiam ser melhorados. Assim como algumas sequências não se justificam (por mais que sejam interessantes e arrepiantes de assistir), há mais de um momento em que a solução é muito simples e os personagens fazem um preâmbulo desnecessário, quando o telespectador já sabe o quê e como vai acontecer o próximo passo. São defeitos pequenos, dentro de tantos acertos, e sabendo que Matt Reeves teve uma trajetória crescente com a trilogia Planet of Apes, a confiança no que ele pode oferecer continua intacta.
Hotel Transilvânia 4: Transformonstrão
3.2 112 Assista AgoraJesus, o que aconteceu com essa franquia???! Posso resumir essa experiência em uma palavra: insuportável.
A Vida Depois
3.4 159 Assista AgoraComeço esse comentário fazendo uma observação pessoal sobre filmes e obras que retratam tiroteios escolares: não gosto. Pessoalmente, sinto que a temática vem sendo constantemente esvaziada de significado. Ano passado tive o infortúnio de assistir um longa que tratava uma sobrevivente de massacre, como uma heroína fazendo justiça com as próprias mãos. É uma situação muito real, trágica e dolorosa para se fazer nada menos do que excelente roteiro e dramatização dos eventos, com muito respeito, claro.
O que não é o caso desse filme! Já começo elogiando por como foi tratada a situação, não é sobre o evento, não há apelo emocional pelas vítimas sendo massacradas em tela; é sobre o depois, como ficam os sobreviventes? Como lidar com o medo de ir à escola, a insegurança e o trauma são as perguntas que esse filme busca responder. Não acho que o filme vá muito longe nessa tentativa, pois todo seu segundo ato é bem dividido entre o romance e o trauma; creio que são coisas que se complementam, dado como a protagonista lida com esse limbo - entre o medo e o resgate desse espaço. Jenna Ortega dá um show de atuação, é o destaque do filme, exatamente como o texto permite, Maddie Ziegler é uma boa companheira de cena mas não vai muito longe. O relacionamento entre a protagonista e sua irmã é muito interessante também, embora secundário, é um desenvolvimento constante e importante para a conclusão da jornada. Conclusão entre muitas aspas, pois não há como superar tudo isso em um estalar de dedos.
Meu elogio também vai para o roteiro e direção, ambos de Megan Park - que eu só conhecia de A Nova Cinderela 3 (risos). Me surpreendeu bastante que em sua primeira tentativa em ambas funções, tenha se saído tão bem, muito equilibrada e trazendo uma perspectiva bem íntima da história e pessoal.
O Enigma do Horizonte
3.2 310 Assista AgoraHellraiser no espaço.
Os Olhos de Tammy Faye
3.3 177 Assista AgoraMe sinto na obrigação de ovacionar por 10 minutos a atuação de Jessica Chastain nesse longa, pois essa mulher é simplesmente tudo!
Não é o filme mais inventivo do mundo, não está aqui para inventar a roda e muito menos fornecer uma visão poética ou barroca do que foi a vida de Tammy Faye, apenas contar o que aconteceu de seu ponto de vista, daquilo que ela viveu e enfrentou. Ascensão e queda. E Jessica Chastain faz um trabalho magnífico. É quase impossível enxergar a atriz por trás da performance, os trejeitos de Faye são muito ressaltados e realistas, o trabalho de voz é impecável, o amadurecimento é notável conforme os anos passam. O que essa mulher fez aqui foi maravilhoso, um trabalho incrível e realmente faz jus ao que ela andou falando por aí, sobre o quanto Tammy Faye foi importante, forte e como ela admirava essa mulher; Chastain se entrega à personagem de tal maneira que ao mesmo tempo que a perdemos de vista, também é possível notar sua dedicação e devoção - se assim posso chamar - a essa grande personalidade.
A equipe de maquiagem também é sensacional. O envelhecimento e maquiagem de Tammy Faye é um trabalho primoroso, ficou muitíssimo parecido com a pessoa original, ao mesmo tempo que é bem singular, até mesmo dentro da trama, dando destaque para ela acima de qualquer um. O envelhecimento do Andrew Garfield também é maravilhoso. Inclusive, palmas à ele também, embora esse filme seja sobre a Faye, o Bakker foi muito bem retratado.
Doom: Aniquilação
1.6 74 Assista AgoraPassei o filme inteiro apenas pensando na Alice Braga com desconto. Tirando isso, ruim, ruim, ruim de doer. Não serve como trama de ficção, nem de horror, nem de sobrevivência, é só fraco mesmo.
Eduardo e Mônica
3.6 369Que trama mais fofinha, mais amorzinha! Acerta demais em contar a história dos dois, mas sem tentar replicar cada mínimo acontecimento da letra da música; além de acrescentar pequenos elementos - como o saquinho de jujubas - e enriquecer a história com a vivência individual de ambos personagens, para além de serem um casal. A química dos protagonistas também foi excelente. Derramei mesmo umas lágrimas conforme foi chegando o final. E a exposição da Mônica foi um momento lúdico-musical muito bom! Acertaram demais nessa construção.
O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface
2.2 697 Assista AgoraMas que merda hein gente? Que merda. Adorei!
A questão sobre esse filme é que… não havia nada que pudesse ser feito para salvá-lo. Não se pode salvar uma franquia que seja tão trasheira quanto essa, simplesmente é impossível. Seria até burrice, retirar aquilo que faz Texas Chainsaw ser essa coisa grandiosa e sempre gerar esse hype, que é pura e simplesmente ver o Leatherface e a família Sawyer passando a faca em todo mundo. Retirando o primeiro filme, todos os outros são versões requentadas do primeiro e nenhum funciona; por isso, não podemos fingir que estávamos mesmo esperando uma super produção aqui. Eu, pelo menos, não coloquei minha mão no fogo por esse filme em nenhum momento - talvez tenha tido um pouco de esperança com o nome de Fede Alvarez na produção, mas foi só. É hipócrita exigir tal coisa, o que eu queria ver eram boas mortes e o Leatherface matando geral, e foi isso que o filme entregou… mais ou menos, também. Além disso, também é impossível salvar uma produção tão problemática quanto essa. Diretores demitidos, inúmeras regravações e afins, estava fadada ao fracasso. Por outro lado, eu esperava só um pouquinho de coerência, mínima que fosse. Não queria nem gostar dos personagens, só não torcer para eles morrerem.
A trama é ligeiramente diferente das anteriores, ao menos aqui fizeram um esforço para justificar a presença dos jovens - e companhia - na cidade fantasma, ao mesmo tempo que: que tipos de jovens idealistas são esses? Que compram uma cidade inteira para revitalizar?! Essa trama de gentrificação mirou no Candyman (2021) e acertou no filme do Relâmpago Marquinhos, versão horror. Os personagens são bem qualquer coisa, tirando a irmã mais jovem que tem um passado consistente e uma justificativa boa para ser tão esquisitona. Admiro terem tentado trazer uma trama sobre irmãs protagonistas, mas falharam bastante na comunicação entre as duas, parece sempre que a mais velha acha que a mais nova é um fardo que precisa ser carregado por aí (observe que eu não decorei o nome de ninguém, porque não poderiam ser mais esquecíveis), ela está sempre tratando a jovem igual um saco de bosta, com raiva de tudo e qualquer coisa que ela faz, por motivo nenhum exceto que… não sei, ela apenas briga. Também não curto como o filme gasta tanto tempo lançando uma luz na irmã mais velha, dando um enredo fraquíssimo para ela, simplesmente porque sim. Tirando esse desenvolvimento pífio, todos os personagens são caricaturas e muito, muito burros - coloca burrice nisso. Toda vez que algo acontece, os sujeitos fazem questão de escolher o caminho da morte, da decisão mais safada possível.
Como pode aquele homem texano saber que tinha alguma coisa errada e ter as chaves do ônibus e dos carros, e deliberadamente escolher mandar todos se esconderem no ônibus, sem devolver as chaves para que eles pudessem fugir? O que justifica ter uma arma e não atirar? Ter um carro e ter a chance de fugir e escolher atropelar um grandalhão com uma motosserra? Juro para vocês, em dado momento, muito cedo, inclusive, eu já estava torcendo para que Leatherface matasse logo todo mundo, para que eu não tivesse mais de lidar com aquelas pessoas. Minha cena favorita é justamente a do ônibus, porque todo mundo morreu em segundos!
E existem mais dois erros grotescos nesse filme, que me deixaram um tanto triste e verdadeiramente irritada (afinal, todo o resto, apesar de eu ter reclamado horrores, é possível relevar, sei que é um filme de e sobre mortes): a volta de Sally e a família Sawyer. Um dos recursos é desperdiçado e o outro é esquecido no churrasco. Sally é a grande promessa, é a Laurie Strode que Texas Chainsaw pode nos oferecer, mas aí chega o momento de ela ser parte ativa na trama e nada acontece. Nada mesmo! Eles me enfiam uma linha de diálogo onde a mulher afirma estar esperando por isso há anos e quando chega o momento tá igual um saco de batata. E a família Sawyer aqui nem é mencionada. Quer dizer, o Leatherface passou anos escondido num orfanato, ali do lado, ninguém nunca notou que pelo tamanho dele, pelo jeito dele, seria quem estavam procurando e de quebra a família dele não é mencionada em nenhum momento. Por nenhum personagem. E olha que as cidades dos arredores investem super no marketing do serial killer lenda urbana e ninguém fez uma investigaçãozinha que juntasse esses pontos? Mas o que esperar de uma trama como essa, não é mesmo?!
Retirando todos esses problemas - e são muitos - o gore é muito bom, Leatherface é o herói que precisávamos! Go chainsaw!
The Humans
3.4 44 Assista AgoraAinda não sei o que dizer sobre esse roteiro, ainda estou sentindo no meu coração. Narrativas familiares me pegam, porque minha família tem algumas confusões (qual família não tem, né?), mas sei lá… me pega num lugar particular demais. E tudo que acontece aqui, eu nem sei como dizer o quanto é confortável, familiar e desconfortável ao mesmo tempo. Parece que todo mundo está segurando alguma coisa, um sentimento, uma verdade e isso transparece em todos os momentos, em cada movimentação individual. E funciona demais com o espaço físico que eles escolheram, sendo um apartamento de dois andares que parece, de primeira, completamente aberto - mas pela falta de móveis - e conforme eles vão passeando pelos recintos e vivendo as situações, preenchendo esse lugar de memórias e sentimentos, vai melhorando, ao mesmo tempo que vai ficando cada vez mais claustrofóbico, justamente porque chega perto do jantar e todos devem estar reunidos na mesma mesa. Amo também o trabalho de mostrar as infiltrações do apartamento, os barulhos estranhos que eles ouvem. E o ato final é bombástico, poderoso.
Nitram
3.7 32Sobrecarregado, intenso, difícil. Há tantas palavras que poderiam ser utilizadas para essa narrativa e mesmo assim só consegui pensar nessas três e qualquer outra similar. É pesado, indigesto e como eu assisti sem saber do que se tratava - dos fatos -, passei por uma mistura de sentimentos ao final que me angustiou profundamente.
De agora em diante, nem sei para onde ir primeiro; é um filme trabalhoso, mas de alguma maneira também passa muito rápido. Os sentimentos que presenciamos, as relações entre os personagens, estão sempre pisando em ovos, ao mesmo tempo que parecem já ter chutado o balde há anos. Nitram é um jovem inconstante, rebelde e neuroatípico, que tem tremendas dificuldades em sua jornada de amadurecimento. Enquanto sua mãe desistiu há muito de mostrar-lhe qualquer afeto, o mantendo medicado por comodismo e seu pai… bem, ele ainda tenta alguma coisa na mesma proporção que simplesmente não tenta nada. Cada segundo de tela dessa família é carregada de um peso sufocante, conforme a trama anda só vai ficando pior e mais terrível. Quando atingimos o meio da trama, conseguimos acessar alguns dos comportamentos que o protagonista presenciou durante seu crescimento e é assustador! Apenas… me paralisou! O momento mais vivo, leve e saudável da vida dele é quando encontra a moça rica e mesmo assim não dura muito tempo. E depois é só ladeira abaixo. O personagem se torna obcecado, tem uma ideia torta de querer moldar sua imagem. Até atingir o ápice e conclusão de tudo. E foi nessa hora que entrei em choque, quando descobri que a história era baseada em fatos. Me conectei com o personagem, eu senti aquela dor dele, a incoerência e inconstância de seus atos. Saber que foi uma pessoa real, inspirado em uma, foi chocante.
A direção é maravilhosa, o departamento de arte desse filme é o melhor - para mim -, além da fotografia também. A casa do Nitram tem uns tons alaranjados, sempre que a mãe dele está por perto também. Enquanto a casa da pessoa com quem ele se sente mais confortável é aberta, vazia, como se houvesse espaço amplo para ele e para o seus pensamentos e problemas; a fotografia também suaviza, tons de pastéis são adicionados, em um "safe space" natural.
A Hora do Exorcismo
2.7 76 Assista AgoraJesus. Maria. José. O que eu acabei de assistir? Já não tinha muita expectativa, peguei numa roleta russa, mas que m*rda hein? Ruim, ruim de doer. De sentir dó desse elenco, que até tem atores legais, dos quais já vi outros trabalhos. Mas simplesmente pavoroso. A fotografia feia, escura e suja, sem motivo - afinal se passa num estúdio, por mais que a ideia seja performar exorcismos, deveria ter uma iluminação melhor. Tu jura que eles arranjaram um super cenário e não conseguiram ajeitar uma luz? Não, meus amigos. Coerência é preciso. Enredo fraco, motivações pífias, até a assombração é absolutamente genérica. E isso me irrita profundamente, porque o plot twist é até bom, só não foi bem preparado (e muito menos executado).
Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista AgoraGente do céu… como é que fala alguma coisa sobre esse filme sem ser um monte de skdjairhweuiflrlathaeibglaeyrthalbgerhgtsrubtilgsirg seguido de AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA SURTO?! Eu não sei, sinceramente.
Nesse caso então podemos começar com o mais simples: adorei! Cada nova referência aos eventos anteriores, aos personagens antigos, cada pequena memória e referência foi válida e matou a saudade que eu tinha da franquia. A química e a parceria entre Keanu Reeves e (pesquisar nome da atriz) é impecável, o primeiro momento em que eles trocam um aperto de mão e de arrepiar, parece que nada mudou durante todos esses anos, desde que os vemos juntos pela última vez. Ainda falando sobre elenco, meu coração aqueceu demais quando reconheci tantos rostos de Sense8 (uma das séries, se não a maior, mais injustiçada da sra. Netflix); todos pareciam tão bem em seus papéis e super confortáveis. Passando para os aspectos visuais: show-stopping. Não tem termo melhor para definir o trabalho visual desse filme. O filtro azul, no lugar do verde, as rimas visuais, os reflexos bem trabalhos (discreta ou explicitamente), até mesmo o senso fashion da Matrix se modificou - abrindo os visuais para algo mais único e característico de cada personagem, apesar de ainda focar nas roupas pretas, agora temos tatuagens transportadas para a Matrix, cores de cabelo diversificadas, é apenas maravilhoso. A direção da Lana Wachowski é, como sempre, um deleite aos olhos, sempre bem conduzida, medida, focando naqueles pequenos detalhes que passariam despercebidos e ela faz questão de mostrar em um frame, para que não haja dúvidas, de onde que devemos focar em determinadas horas. E aqui eu acho que cabe falar um pouco do roteiro e como ele entra em confronto com a direção, causando uma certa briga.
É certo que há muito tempo a Lana W. vinha demonstrando insatisfação com como o enredo de Matrix estava sendo utilizado por liberais de direita, como sequestraram a narrativa que as Wachowski criaram e modificaram para uma relação completamente despresível e digna de pena - visto tamanha falta de interpretação. Esse filme, nada mais é, que uma maneira de reaver a obra para si (não de maneira a encerrar as discussões que nos envolveram por tantos anos, elas são evolutivas e contínuas), e também de modificar o ponto de vista. Durante o primeiro filme, as discussões que foram abertas eram de classes filosóficas, sociológicas e tantas outras que partiram dessas primeiras; o que temos aqui é um resgate desse lugar inicial, mas com enfoque nos relacionamentos interpessoais. Mais especificamente no relacionamento de Neo e Trinity. É uma sacada genial, inexplorada, que apresenta um novo elemento que foi ignorado por anos (eu mesma nunca vi essa discussão quando se tratava de Matrix). Meu problema com essa narrativa é: o monólogo explicativo. Cha-ter-rí-mo. Todo o filme já vinha dando sinais de seu objetivo, tivemos inúmeras visualizações do poder de união desses dois e mesmo assim me enfiaram um monólogo de sei lá quantos minutos de duração, me explicando como se eu tivesse 6 anos de idade o enredo inteiro… Deus do céu. Me leva! E gastaram todo esse tempo nessa explicação - que já era visual, por conta da direção - e não deram 2 segundos para desenvolver personagens intrigantes como o Smith. Se juntar o tempo de tela dele, durante os três atos, é risível. E os próprios coadjuvantes, que não parecem ter motivações mais fortes do que "somos rebeldes" para ajudar o Neo. Tirando isso, resgata bons personagens, apresenta uma nova perspectiva e me convence, mais uma vez, que essa é uma das maiores franquias do cinema.
The Trip
3.5 181 Assista AgoraO filme foi tão divertido que mesmo os momentos mais repetitivos não foram suficientes para me tirar da narrativa. O humor negro está em boa dose, além de termos personagens bem loucos, cada um preocupado com o seu e ainda assim todos eles são interessantes (mesmo aqueles para quem torcemos para terem o pior). O gore aqui é FANTÁSTICO, eles seguram até que por muito tempo, mas vão soltando os efeitos aos poucos, até abrir completamente a portas e soltar aqueles litrões de sangue, é muito bom! Vai te preparando aos poucos para o ápice sem segurar tudo para aquele momento.
Noomi Rapace como sempre está belíssima e muito divertida. A dinâmica dela com o Hennie é maravilhosa, ambos são personalidades não confiáveis e mesmo assim conseguem se conversar.
Os Muitos Santos de Newark: Uma História Soprano
3.3 109 Assista AgoraEu curti o filme, mas sinto que perdi 99% da narrativa por nunca ter visto a série hihihi. Mas assim, me deu vontade de começar a série, então serviu para alguma coisa.