A humanidade tem uma coisa com homenagens aos nossos ídolos muito interessante, geralmente só aparecem com essas coisas depois que as pessoas já se foram. Depois de morto, todo mundo é santo e digno de admiração. Por isso mesmo, esse filme é algo incrível, admirável e belo. Uma obra encantadora, uma carta de amor a um dos artistas mais admirados (para o bem ou para o mal) da indústria hollywoodiana. Nicolas Cage tem um histórico nada convencional em sua carreira e uma vida bem conturbada e é engraçado, um pouco, como ambas coisas são justamente por causa da excentricidade e exageros do ator. Nicolas Cage já é um personagem e esse filme ter aceitado isso é magnífico.
O roteiro é bem engraçado, tanto pela comédia inerente à ele, quanto a metalinguagem - com Cage tentando reinventar sua carreira, desejando papéis mais "sóbrios". A amizade entre Cage e Javi é tão natural, é fácil acreditar que o Pedro Pascal é um super fã do Cage, mas também alguém que deseja muito ser seu parceiro de trabalho. Simplesmente adoro o desespero dele quando descobre que Cage está planejando uma aposentadoria! Além disso, o Javi é bem construído, como ele é tido como o vilão, pelo serviço americano, o filme trabalha muito bem a dubiedade de todas as suas falas e decisões, tudo nele grita desconfiança, mas quando explicado é muito engraçado, porque é sempre a resposta mais absurda possível! Minha cena favorita é a viagem de ácido e a fuga dos "espiões", foi hilário.
Tal como Nicolas Cage, já nasceu aclamado e memorável.
Eu acho completamente INÚTIL existir uma trama de dinossauros soltos pelo mundo inteiro e ao invés de desenvolver isso, os roteiristas acharam de bom tom inserir - mais uma vez - a trama do empresário golpista (que deu super certo no filme anterior, né?!).
Todo marketing do filme foi desenvolvido justamente do ponto em que o filme anterior terminou, com a ideia de que agora o foco é na convivência, não há mais retorno. Cinco minutos de filme, jogam aquele artifício de roteiro vagabund* de telejornais e documentários, descrevendo como todos os animais mais periogosos já foram retirados do mundo exterior, alocados em uma ilha isolada, mas controlada por uma corporação. Além disso, mais uma vez o filme insiste na trama de armas militares, que simplesmente não leva a lugar algum e só serve para entregar uma cena de ação bobinha e vazia, pois sabemos que ninguém vai morrer. RUIM, RUIM, RUIM, RUIM DE DOER O FÍGADO. Sabe uma boa cena de ação, aliás duas, a cena da Bryce Dallas fugindo do dino em um laguinho e a de Chris Pratt com a piloto de avião fugindo do dino na neve. Fim. São as melhores cenas, são cenas coerentes pois envolvem dinossauros fazendo algo normal de dinossauros.
Sobre o elenco, foi um grande acerto e um grande erro trazer de volta o trio original. A dinâmica entre os originais é tão orgânica, divertida e gostosa, que faz o casal da nova trilogia parecer uma piada de mal gosto. Ao mesmo tempo, aqui não teve história para ninguém, não é mesmo? Jeff Goldblum ganhou cachê para brincar de loira burra, não me recordo de ele ser assim no primeiro filme - era sexy e sedutor, mas não burro. Todos os novos personagens são um desperdício, simplesmente não levam a lugar algum e não acrescentam em nada para a trama.
Compreendo a importância histórica, mas achei chaterrímo, passei mais da metade da trama checando o celular. Fora que eu precisei de dois dias para concluir a obra.
Gostei bastante do filme, é realmente um grande filme da sessão da tarde. Acho que a trama funciona, tem um objetivo ali, a reviravolta funciona bastante para o arco do personagem do Tom Cruise. Porém, tive um problema imenso com as cenas de ação: não entendi nada. Os personagens falando "ah, fulano fez tal manobra" e eu estava pensando: quando ele fez? Qual desses caças é o desse fulano? Complicado. E ainda me deu um tiquinho de labirintite.
Grande fã de Downton que sou, me bastou 5 minutos de rodagem alinhada à trilha sonora para me levar de volta para esse universo, bem como me levar às lágrimas ao perceber o quanto eu senti saudade desses personagens. Gostei da trama do filme, o protagonismo ficou bem dividido - como sempre -, várias tramas interessantes, sendo a minha favorita a da Violet Crawley. Sendo esse o filme de despedida da old Lady Gratham, fez jus a sua persona, até mesmo nos momentos finais, ainda em seu pedestal de senhora de Downton Abbey, bem como trouxeram mais um pouco do passado da mulher que ela foi, em sua juventude. E olha, eu ri bastante, pois associando essa história àquilo que aconteceu com o príncipe russo, Violet Crawley foi uma grande heartbreaker de seu tempo. Minha outra história favorita foi a da Mary. Apesar de não gostar de ter sumido com o personagem do Matthew Goode (não sei bem o que houve para ele não aparecer no filme), sinto que a Mary se beneficiou dessa ausência. Ela teve o espaço necessário para se mostrar como a nova senhora de Downton, bem como uma excelente administradora. Porém, o aspecto mais importante foi ela ter assumido a sua melhor versão, como uma mulher que não mais cede aos seus impulsos, tão diferente daquela moça da primeira temporada. Mary Crawley é uma mulher magnífica, desenrolada, inteligente. Além de compreensiva, se um dia Mary foi extremamente egoísta, agora ela é paciente com os desejos alheios que não envolvem ela diretamente.
É, oficialmente, um filme. E certamente não dos melhores. Se o primeiro Venom já não era uma das melhores produções, esse aqui abraçou a galhofa mesmo, mas de maneira não satisfatória, pois o vilão do filme foi extremamente infeliz.
Se o objetivo do filme era simplesmente humor e piadas, poderiam não ter trazido o Carnificina, poderiam não ter prometido uma carnificina, foi o marketing mais mentiroso que vi recentemente. O Carnificina mesmo nem mata ninguém interessante, de valor, que acrescenta à trama um perigo real, além disso demora imensamente para existir o combate que todos esperam. Ao invés disso, temos de suportar uma boa parte da trama sendo um bromance dramático entre o Eddie e o Venom, que estão se estranhando depois de um bom tempo de sinergia. O argumento para essas desavenças é bem preguiçoso, só serve mesmo ao propósito de atrasar a batalha de interesse e inserir um arco na dinâmica dos dois personagens, mas nem precisa ir muito longe pra saber que isso não funciona. Michelle Williams ganhou cachê para passear no estúdio, Naomie Harris ganhou dinheiros para simular a Tia Dalma dos super heróis. Simplesmente tedioso.
GOSTEI AMEI CHOREI QUE COISA LINDAAAA! Juro que investi cada minuto de duração em me apaixonar por esses seres, por esse casal e pela trama. Certamente errei em ter adiado assistir por tanto tempo.
JOE KEERY DOIDÃO! Eu adorei! Admito que demorou um pouco para chegar no melhor do filme, para entregar aquilo que eu realmente estava esperando, mas compreendo que a construção foi importante para chegar lá. Eu gosto da ideia de uma pessoa tentando fazer fama na internet, ao ponto de buscar isso das maneiras mais duvidosas possíveis, além das pessoas se recusando a acreditar no que estavam vendo… ou pior, incentivando o pior deles apenas pelo fator diversão. E a crítica ao final, com a reunião dos vídeos e filmes produzidos pelo protagonista: tudo aquilo que A Classic Horror Story (2021) tentou ser e não conseguiu.
Grata surpresa! Fui assistir sem pretensões, não sabia o que esperar, não li sinopse, nunca vi o trailer, apenas decidi assistir e foi muito, muito divertido. Estive completamente focada na trama, desligada do mundo (mais especificamente do celular), foi uma ótima experiência. É um suspense explorando erros e desejos dos personagens, enquanto eles se atrapalham tentando ser os mais espertos da sala, ao mesmo tempo que tudo gira em torno de salvar a própria pele. Simplesmente maravilhoso! A direção é muito boa, simples, mas como é o primeiro filme de Graham Moore, apostar no seguro garantiu uma ótima obra para ele, ele teve um ótimo controle e conseguiu extrair mais que o suficiente da maioria do elenco. E só digo maioria porque acho o Dylan O'Brien um pouco limitado, embora imagine que seja muito mais sobre o ator que o diretor. Mark Rylance é a melhor coisa desse filme, o homem conduz toda a trama com uma voz mansa, algumas conversas ameaçadoras e outras tão submissas que dificulta entender quem ele está enganando, afinal.
Com certeza é um filme. Com personagens chatos, trapalhões, que não fazem NADA de interessante ou que mereçam uma identificação e que tal hora eu tava gritando pra tela "BUZZ! EI BUZZ! LARGA ESSE BANDO DE ENERGÚMENO E VAI RESOLVER A PARADA SOZINHO". O que é uma loucura! Visto que parte do drama do Buzz é que ele não sabe trabalhar em equipe, lidando pior ainda com novatos no ramo. Como que ele vai aprender alguma coisa com uma trupe de imprestáveis?
Tive um mês para pensar no que escrever sobre esse filme e continuo sem saber muito bem o que explorar. A verdade é que quanto mais eu penso sobre a trama, mais eu sinto ela se esvaziar de significados e não consigo identificar se a culpa é minha ou do próprio filme. Desde o começo não gostei da história, não me apeguei aos personagens, achei meio qualquer coisa; por isso, quanto mais penso sobre, menor me parece a obra. O que me carregou até o fim do filme foram os simbolismos estabelecidos na trama, o real e o imaginário entrelaçados de maneira tão natural, uma estética bem construída e muito muito bela, um floreio que me chamou muito mais atenção que todo o resto. A mim, caiu como um filme de imagens, no sentido de que eu me deliciei com belas cenas, com jogos de câmera interessantes, com composição, mas pouco ou quase nada com a trama que eu deveria acompanhar.
Oficialmente as duas horas mais longas da minha vida. Meu sem or me ajuda por favor. Falando sério, que coisa pavorosa. Ironicamente são 2 horas em que nada acontece! Que coisa mais chata!
Patrick Wilson não poderia estar mais no automático do que nesse filme, o personagem dele deveria ser um bêbado, destruído pelo fato de ter sido dispensado do seu grande trabalho e nunca ter superado isso… e ele está apenas sendo um homem de jaqueta de couro. Sabe a vibe do boy underground cético? Pronto, é o máximo que ele entrega. E com esforço, porque por ele era cara de paisagem pra sempre. A Halle Berry tem uma cena que evidencia o quanto ela estava gostando de estar por ali; ela está no carro e tem um perigo chegando e alguém vai morrer, e você consegue ver as engrenagens na cabeça dela funcionando em potência máxima para soltar 1 mísera lágrima… e FALHANDO! Quanta a roteiro? Não temos. No máximo, tem um papel aí meio rabiscado, que alguém pensou que já estava muito bom e entregou de qualquer jeito. Direção? Piloto automático com defeito. Efeitos visuais? Questionáveis. Me recuso a gastar mais tempo falando sobre isso.
Já tinha ouvido falar sobre esse filme, já tinha me sido indicado em muitos momentos (por pessoas e de maneira aleatória por serviço de streaming) e mesmo assim segui adiando, por nenhuma razão específica. Porém, finalmente decidi assistir e nossa… que pecado ter guardado isso por todos esses anos. Ao mesmo tempo, fico feliz de ter guardado tanto tempo, é necessário estar num bom momento mentalmente para assistir. A solidão explorada nesse filme é sufocante e aterrorizante, pode esquecer os zumbis. Na verdade, a parte mais divertida desse filme é quando os zumbis aparecem, o senso de urgência é um alívio perto daquilo que é estar completamente sozinho e refém da própria mente.
Medíocre. Não conhecia a vida de Sonja Wilgert e ao pesquisar mais sobre foi decepcionante perceber como uma mulher com uma história tão interessante, rica, única e dolorosa, foi diminuída a uma trama romântica mediana; e por romântica não falo de romances românticos, mas de romantizar uma existência miserável. Porque sim, ela foi uma grande atriz no seu tempo, mas quando a Guerra chegou se viu presa num jogo do qual não entendia (de acordo com o filme), ao mesmo tempo em que, de acordo com a História, passou anos sendo jogada de um lado ao outro, com homens poderosos usufruindo de suas habilidades eternamente, sem nunca oferecer reais gratificações à ela. Terminou a vida caída no esquecimento, pois foi incapaz de reaver sua credibilidade e nenhum governo se esforçou para devolver aquilo que ela mais queria, demorando décadas para revelar sua participação; mas tarde demais, pois ela já tinha partido dessa vida.
Quase um mês depois de assistir essa belíssima obra e ainda não sou capaz de formular um comentário coerente e digno da trama. O ponto é que filmes que me tocam verdadeira e profundamente se tornam impossíveis de transformar em texto, nenhuma palavra - ou conjunto delas - vai ser capaz de definir tudo que senti; ainda mais nesse filme! Senti tudo que a história se propôs a me mostrar; eu ri, chorei, questionei toda a minha existência nesse universo e todas as decisões que já tomei e as que não tomei também. O que eu me lembro é que terminei em prantos e com uma vontade gigantesca de rever, o que pretendo fazer assim que lançar nos cinemas brasileiros.
As coisas que consigo comentar de maneira mais direta e limpa é sobre as atuações, Michelle Yeoh como sempre entregando tudo e mais um pouco, a mulher é um poço de carisma, mesmo antes de se mostrar uma grande protagonista. Assim, como Stephanie Hsu não se deixa apagar e é MARAVILHOSA, a mulher é capaz de roubar a cena sempre que aparece, e acredito que além da atuação dela ser fantástica, também é auxiliada pelo figurino de sua personagem. Trabalho lindo de design de produção, com cenários simples, mas tão interessantes, tumultuados e confortáveis correspondendo exatamente àquilo que se passa na mente dessas duas personagens, mãe e filha. quanto ao roteiro, lindo né?! Não tem muito mais que discutir, porque é lindo demais e profundo. E fez um uso singular, belo e bem construído do conceito de multiverso.
Alguém disse no Letterboxd que se sentiu tão impactado por esse filme que em algum momento vai passar a odiá-lo, pois vai estragar qualquer experiência que venha depois; e eu não poderia elaborar nada mais verdadeiro que isso.
Simplesmente não fazia ideia de que esse filme existia, e aparentemente foi um grande fenômeno nos anos 2000. O que me surpreende é o tanto de gente famosa nesse elenco, tem um batalhão de grandes atores nesse filme: o Frodo, a Jean Grey, a Salma Hayek com resfriado, o Josh Hartnett (o que finalmente me confirmou que ele era mesmo uma grande estrelinha na época). Ao mesmo tempo, outra coisa que me deixou surpresa foi o quanto esses atores, durante as entrevistas, estavam desesperados para se distanciar ao máximo da criação de Wes Craven, Pânico. Tão desesperados que estavam praticamente diminuindo o que Craven fez ao lançar Pânico. Gente? Tudo bom, com vocês?! Qual a necessidade de fazer isso? O melhor foi a loirinha chamando esse filme de sci-fi, "com certeza, 100% de certeza, não é um filme de horror". Corta para: é sim um filme de horror. É um tanto hilário como eles tentaram tanto fugir, fingir que era algo super grandioso e "meu deus do céu, revolucionário". No dia que eu tiver um projeto, quero que as pessoas acreditem nele tanto quanto esse elenco acreditou no que estava fazendo e falando.
Falando sobre a trama, é um filme divertido. A subtrama é bem interessante também, o medo que os adolescentes têm dos adultos, a falta de confiança e como eles sempre escolhem se apoiar em si mesmos, ao invés de procurar ajuda em figuras de autoridade. Enquanto entre eles mesmos há uma desconfiança sobre quem já foi infectado e quem não, afinal nenhum deles gostavam muito um do outro. É meio óbvio quem está infectado, e quem é a causa de tudo, mas eu me deixei enganar pelo bem da narrativa, fingi que não vi e funcionou. Gosto bastante enquanto ainda está na trama parasitária, mas a cena de monstrão na piscina também é excelente.
Depois de assistir duas vezes, posso afirmar que é realmente um dos filmes já feitos pela Marvel. Porém, gostei sim! Acho que esse é o longa que a Marvel se permitiu ir mais longe, investigou novas possibilidades e deu um tanto mais de liberdade para um diretor autoral. E isso definitivamente é muito bom! Porque é a direção do Sam Raimi que salva esse filme, porque o roteiro… eu não sei. Algumas coisas me pareceram tão aceleradas, sem peso, ao mesmo tempo que as coisas que eu queria que passasse logo me pareciam demorar uma eternidade. Como diria Jack o Estripador, vamos por partes.
Sam Raimi é, definitivamente, a melhor coisa que poderia ter acontecido no MCU nesse momento. O homem é perfeito, né?! Entende de horror e entende de heróis. É fácil perceber que ele teve muito mais liberdade que diretores anteriores, ainda é possível ver a mãozinha dos produtores com as suas piadocas obrigatórias e sempre puxando o filme para conectar com o MCU, mas onde o Raimi pôde se colocar à frente, ele fez. E é muito, muito claro que o terceiro ato deste filme foi todo moldado para o Raimi fazer o que ele quisesse. A primeira parte lembra um pouco, tem ali alguma coisa, mas não vai longe. O segundo ato claramente é coisa de Zé Boné, porque tem todo um "professor enredo", em que o filme simplesmente precisa parar para dizer que esse conceito significa isso, esse outro é isso aqui, você tá aqui por causa disso e ainda me arranjaram um flashback safado para contar algo importante acerca do universo. Compreendo a necessidade? Sim. Achei interessante a solução apresentada? Não mesmo, não poderia ser mais tediosa. O fato é que Raimi deu início a uma nova era no MCU, que espero que dure bastante e que os diretores tenham cada vez mais liberdade para explorar esse multiverso riquíssimo. O CGI não está dos melhores, mas acho que é possível perdoar só pela ideia mesmo. Como a Wanda saindo do reflexo, é um CGI bem ruinzinho, mas a ideia é tão boa, os gestos e o comportamento corporal dela é o suficiente para evocar o medo. A melhor parte realmente é o final! Não tem como. Certamente foi nessa hora que o Raimi segurou o orçamento para ser todo aplicado nesses minutos finais, em CGI, maquiagem e afins. Porque não tem do que reclamar! É belíssimo, é diferente, tem toques de horror. Sério, foram os melhores momentos do filme, o momento de destaque de Doutor Estranho e é brilhante. (estou me sentindo aquele gif da Lady Gaga rasgando elogios, mas é que é muito bom mesmo; ainda destaco a cena da batalha musical como a minha favorita do filme, muito muito divertida!).
Sobre o roteiro, eu gosto, ao mesmo tempo em que eu sinto que ele é muito apressado. A America é introduzida ali naqueles minutos iniciais e é bom porque você já pega a urgência da jornada dela, porém logo em seguida não há um desenvolvimento real da personagem, uma boa apresentação da personalidade dela, o filme apenas confia no charme e carisma da atriz para nos convencer de que é um crime tentarem matá-la. E esse é o traço de personalidade dela. Enquanto isso, a Wanda nos é apresentada em uma estágio avançado de dominação do Darkhold e nós devemos acreditar que ela foi tomada pelo poder, pois essa é ela agora. E aí, isso me entristece, porque o mais próximo que nós chegamos de entender como ela se deixou levar pelo livro dos condenados, é na cena do "every night the same dream, and every morning the same nightmare", porém ela é introduzida tão depois, e num momento de urgência que me pareceu que só na hora eles lembraram que precisavam dar uma justificativa para o que ela se tornou. Ao mesmo tempo, eu gosto da Wanda nesse filme, eu compro facilmente a jogada "razoável" dela, a loucura, a obsessão, tudo isso a Elizabeth Olsen nos entrega tanto em força de diálogo, quanto em trejeitos da personagem. Nunca achei que um olhar louco fosse algo bom, mas a Olsen me entregou algo que me deu medo! Porém, acho que a maior contribuição da Wanda/Scarlet Witch para a trama é justamente por ela ser a posição contrária de Stephen Strange. Enquanto Wanda se deixa levar por sua obsessão, Stephen ainda está em tempo de controlar a sua sede por poder. E eu adoro isso, em todos os universos mostrados pela Wanda, ela é uma boa pessoa, uma pessoa feliz (comentário esse que rodeia todo o filme), enquanto na nossa realidade, Wanda cedeu a seus vícios. Ao contrário de Strange, ele é sempre uma pessoa perigosa, não necessariamente a todos os momentos, mas em algum momento de sua vida ele se torna um perigo para os outros; mas em nosso universo, ele é uma pessoa boa, que faz as escolhas mais difíceis, mas que sabe e compreende ser o certo. O que nos leva ao tema principal do filme a compreensão de felicidade e o que significa estar feliz. Wanda Maximoff não consegue ser feliz pois está em luto por seu amor e em desespero pela perda de seus filhos. Stephen Strange também não consegue ser feliz pois precisa lidar com as consequências de suas escolhas heróicas, dos sacrifícios feitos. A questão é que a felicidade aqui não é algo a ser alcançado, mas reconhecido e acho que o discurso do Wong no final é uma síntese da discussão aberta aqui. Ainda falando sobre a pressa existente nesse roteiro, o filme está sempre correndo para nos oferecer o máximo de fanservice, conexões e novas informações possíveis, é um tanto desesperador. Como uma pessoa lerda, admito que só fui entender o que diabos era uma incursão na segunda vez que assisti, pois na primeira o conceito passou batido por mim. Até nas soluções de conflitos isso fica claro, America simplesmente aprende como usar seu poder em um estalar de dedos - o que é bem triste, visto que a gente tem uma leve amostra disso quando ela está presa no aquário, mas é um momento que não se desenvolve, apenas pula para a parte em que ela já sabe -, a solução de tudo é o poder do amor - e isso é tão preguiçoso, nossa senhora -, e o final do filme quase me deu esperanças de algo interessante seria colocado em pauta nas próximas produções em que Doctor Strange aparecesse… mas veio a cena pós-crédito e a situação colocada ali já tinha sido resolvida e controlada.
Em resumo, eu gostei, me diverti bastante e assim é um passo importante no MCU, espero que eles tenham resultados favoráveis o suficiente para fornecer essa liberdade a outros diretores e também para se arriscarem cada vez mais nessas novas produções.
Resolvi assistir esse clássico no meu "ritual" de Sexta-Feira 13. E não me arrependo, inclusive me surpreendi bastante pois meu conhecimento dessa franquia era de era um tanto galhofa, com bons efeitos mas com uma história de cunho duvidoso… ledo engano. Pois em alguns momentos realmente me assustei com os elementos em tela.
The Evil Dead é um ótimo filme de horror e uma ótima maneira de mostrar como é possível fazer horror apenas com um pastel de feira e um copo de cana. Tem umas atuações questionáveis? Com certeza! Mas é divertido e isso compensa. A história é muito boa, claramente um airbnb que deu errado, antes do airbnb existir. Também é bem inteligente como eles colocam os personagens para ouvir o encantamento, meio que por acidente, mas fruto da curiosidade jovem também - bem coisa de jovem ficar contando historinhas de horror durante a noite. O verdadeiro terror começa com a saída da Vela para a floresta (chamarei de Vela pois não lembro o nome dela, assim como ela é a única que não está de casal), por estar ouvindo vozes. Não gosto da cena de estupro, é meio desnecessária. Assim, existem muitos meios de um demônio entrar no seu corpo, de parasitar também, e temos inúmeros exemplos disso em ficção científica e outros filmes de terror: tem como vomitar na boca, arranhar e entrar um treco em você, ou só umas reviradas de olhos e dores excruciantes, sei lá… várias maneiras que não necessariamente violam o corpo feminino. Tirando isso, eu fico feliz demais com essa produção. E depois dessa ida à floresta é só dor e sofrimento. E eu adorei! Aquela cena de adivinhação de cartas que começa super divertida, com a menina mentindo para a outra dizendo que ela acertou a carta e então a Vela começa a dar todas as cartas corretas e as seguintes também e enfim demonstrando que já não é mais alguém normal é MUITO BOA! Simples, sim. Mas a maneira que se desenrola, que é filmada, é excelente. Os personagens convencem bastante, admiro especialmente Bruce Campbell como Ash, pois ele não é um sobrevivente muito comum. Ele é muito medroso, não sabe o que fazer por boa parte da trama e se fosse num horror convencional dos últimos tempos, seria o primeiro a morrer, só pela falta de ação quando o pau tá comendo. Mesmo assim é compreensível que ele fique desnorteado em um primeiro momento. Os efeitos especiais são ótimos, eu já comecei a me contorcer toda na cena do lápis (agora vejo de onde John Wick retirou sua ideia) e tudo é muito bom, bem executado.
Estou surpresa com o quanto gostei e me diverti com esse filme, assim como com o fato de que nunca o tinha visto antes. Esse título é tão vívido em minha memória, nem lembro porquê, mas eu nunca tinha parado para assistir ao filme e foi uma experiência maravilhosa. Fiquei muito chocada quando fui checar a lista de créditos e descobri que Mike Nichols é também diretor de Closer, um dos meus filmes favoritos, o que me deixou mais felizinha ainda por ter gostado desse filme; é uma conexão frágil e pequena entre as duas obras, mas é alguma coisa.
The Birdcage é um filme muito divertido, sobre uma situação tão possível, mas que da maneira em que é conduzida beira o absurdo, um bom absurdo. Minha parte favorita desse roteiro é como ele leva seu tempo para desenvolver a dinâmica das duas famílias e seus personagens, a função de cada personagem e nos dá possibilidades de como eles irão reagir caso o jantar fracasse. Gosto especialmente da relação entre Robin Williams e Nathan Lane, comprei facilmente que esse é um casal que está junto há anos, que se conhecem e sabem das fragilidades um do outro, bem como seus humores e temperamento. É fantástico como Lane dá vida a um homem tão frágil mentalmente, que está sempre na vontade agradar aqueles que o cercam, como ele quer tanto fazer parte dessa família e dessa relação que exagera, sempre na vontade de acertar. De estar presente e fazer parte. Assim, como também compreendo a vida do personagem de Williams, que precisa cuidar de um clube, assim como precisa estar sempre de olho em seu amor. Bem como tem a necessidade de agradar o seu filho, por mais que ele não concorde com o que precisa fazer, que se orgulhe de quem é e de como vive, pelo filho ele é capaz de fingir uma mentira, de viver por uma noite uma vida que não lhe pertence. Enquanto do outro lado, nós temos um deputado super conservador, completamente transtornado por ver sua imagem pública ruir rapidamente, derretendo na sua frente sem que se possa fazer nada; ao mesmo tempo em que tem uma esposa que só deseja fazê-lo se sentir melhor e acreditar em uma reviravolta política que parece impossível. Adoro demais porque ela é muito mais pé no chão, coerente e esperta do que o marido político. Ela tem a aparência frágil diante dele, mas na verdade ela é bem esperta; é ela quem entende o que um casamento pode fazer pela imagem do marido, mas também é a primeira a notar as atitudes da outra família e como eles são estranhos, tudo isso enquanto o senador se derrete de amor pela "mãe" do seu futuro genro. Fiquei muito engajada durante todo o filme, me diverti horrores, bem como dei uma choradinha também.
Desconfortável, nossa senhora! O pior é que: em dado momento, no começo, eu até simpatizei com a esquisitice do Josef; a cena deles no laguinho, na pedra em formato de coração, eu estava muito "awn, que fofo". Mas meu medo foi crescendo aos poucos, fui me sentindo cada vez mais incomodada e da cena da ligação no banheiro em diante eu ENTREI EM PÂNICO COMPLETO. Muito bem feito, bem conduzido e aterrorizante dentro da proposta.
Resolvi assistir esse filme depois de assistir a X e ouvir que esse também era de Ti West e bem quisto pelo público do horror… não sei o que dizer. Não é que o filme seja ruim, na verdade eu acho que ele foi bem executado; os fantasmas são um tanto toscos, mas como tem uma direção interessante é possível ignorar isso. A questão para mim é que eu estive muito mais confortável e concentrada nos momentos em que não havia horror em tela, nas conversas da protagonista com seu colega de trabalho. O que deveria realmente me interessar, que era o terror, foram as partes em que eu mais me senti dispersa; tanto que quando enfim chegou o horror desenfreado, eu já tinha entregue na mão de Deus e estava com o celular na mão.
Não sei o que comentar e por isso vou optar por colocar aqui meu sentimento pessoal com a ideia principal: aterrorizante. A coisa que eu mais tenho medo nessa vida é gravidez. Não por causa do meme, mas por ter medo mesmo. A estética da gravidez me assusta. A barriga esticada, a ideia de que há alguém (um corpo estranho) crescendo dentro de mim ou de qualquer outra pessoa é algo que me deixa em pânico. E o cinema adora explorar essa ideia, especialmente em filmes satânicos - o que provavelmente, deve ter entrado na minha cabeça -, mas aqui é explorada de maneira tão palpável (?), por mais lúdico e esquisito que seja, o medo que a Alexia sente do próprio corpo, como ela odeia essa coisa crescendo dentro dela e tem até uma disforia conforme o corpo vai se modificando é angustiante. Passei o filme inteiro me sentindo sufocada.
O Peso do Talento
3.4 256 Assista AgoraA humanidade tem uma coisa com homenagens aos nossos ídolos muito interessante, geralmente só aparecem com essas coisas depois que as pessoas já se foram. Depois de morto, todo mundo é santo e digno de admiração. Por isso mesmo, esse filme é algo incrível, admirável e belo. Uma obra encantadora, uma carta de amor a um dos artistas mais admirados (para o bem ou para o mal) da indústria hollywoodiana. Nicolas Cage tem um histórico nada convencional em sua carreira e uma vida bem conturbada e é engraçado, um pouco, como ambas coisas são justamente por causa da excentricidade e exageros do ator. Nicolas Cage já é um personagem e esse filme ter aceitado isso é magnífico.
O roteiro é bem engraçado, tanto pela comédia inerente à ele, quanto a metalinguagem - com Cage tentando reinventar sua carreira, desejando papéis mais "sóbrios". A amizade entre Cage e Javi é tão natural, é fácil acreditar que o Pedro Pascal é um super fã do Cage, mas também alguém que deseja muito ser seu parceiro de trabalho. Simplesmente adoro o desespero dele quando descobre que Cage está planejando uma aposentadoria! Além disso, o Javi é bem construído, como ele é tido como o vilão, pelo serviço americano, o filme trabalha muito bem a dubiedade de todas as suas falas e decisões, tudo nele grita desconfiança, mas quando explicado é muito engraçado, porque é sempre a resposta mais absurda possível! Minha cena favorita é a viagem de ácido e a fuga dos "espiões", foi hilário.
Tal como Nicolas Cage, já nasceu aclamado e memorável.
Jurassic World: Domínio
2.8 555 Assista AgoraEu acho completamente INÚTIL existir uma trama de dinossauros soltos pelo mundo inteiro e ao invés de desenvolver isso, os roteiristas acharam de bom tom inserir - mais uma vez - a trama do empresário golpista (que deu super certo no filme anterior, né?!).
Todo marketing do filme foi desenvolvido justamente do ponto em que o filme anterior terminou, com a ideia de que agora o foco é na convivência, não há mais retorno. Cinco minutos de filme, jogam aquele artifício de roteiro vagabund* de telejornais e documentários, descrevendo como todos os animais mais periogosos já foram retirados do mundo exterior, alocados em uma ilha isolada, mas controlada por uma corporação. Além disso, mais uma vez o filme insiste na trama de armas militares, que simplesmente não leva a lugar algum e só serve para entregar uma cena de ação bobinha e vazia, pois sabemos que ninguém vai morrer. RUIM, RUIM, RUIM, RUIM DE DOER O FÍGADO.
Sabe uma boa cena de ação, aliás duas, a cena da Bryce Dallas fugindo do dino em um laguinho e a de Chris Pratt com a piloto de avião fugindo do dino na neve. Fim. São as melhores cenas, são cenas coerentes pois envolvem dinossauros fazendo algo normal de dinossauros.
Sobre o elenco, foi um grande acerto e um grande erro trazer de volta o trio original. A dinâmica entre os originais é tão orgânica, divertida e gostosa, que faz o casal da nova trilogia parecer uma piada de mal gosto. Ao mesmo tempo, aqui não teve história para ninguém, não é mesmo? Jeff Goldblum ganhou cachê para brincar de loira burra, não me recordo de ele ser assim no primeiro filme - era sexy e sedutor, mas não burro. Todos os novos personagens são um desperdício, simplesmente não levam a lugar algum e não acrescentam em nada para a trama.
Benedetta
3.5 199 Assista AgoraCompreendo a importância histórica, mas achei chaterrímo, passei mais da metade da trama checando o celular. Fora que eu precisei de dois dias para concluir a obra.
Top Gun: Ases Indomáveis
3.5 922 Assista AgoraGostei bastante do filme, é realmente um grande filme da sessão da tarde. Acho que a trama funciona, tem um objetivo ali, a reviravolta funciona bastante para o arco do personagem do Tom Cruise. Porém, tive um problema imenso com as cenas de ação: não entendi nada. Os personagens falando "ah, fulano fez tal manobra" e eu estava pensando: quando ele fez? Qual desses caças é o desse fulano? Complicado. E ainda me deu um tiquinho de labirintite.
Downton Abbey: Uma Nova Era
4.0 48Grande fã de Downton que sou, me bastou 5 minutos de rodagem alinhada à trilha sonora para me levar de volta para esse universo, bem como me levar às lágrimas ao perceber o quanto eu senti saudade desses personagens. Gostei da trama do filme, o protagonismo ficou bem dividido - como sempre -, várias tramas interessantes, sendo a minha favorita a da Violet Crawley.
Sendo esse o filme de despedida da old Lady Gratham, fez jus a sua persona, até mesmo nos momentos finais, ainda em seu pedestal de senhora de Downton Abbey, bem como trouxeram mais um pouco do passado da mulher que ela foi, em sua juventude. E olha, eu ri bastante, pois associando essa história àquilo que aconteceu com o príncipe russo, Violet Crawley foi uma grande heartbreaker de seu tempo.
Minha outra história favorita foi a da Mary. Apesar de não gostar de ter sumido com o personagem do Matthew Goode (não sei bem o que houve para ele não aparecer no filme), sinto que a Mary se beneficiou dessa ausência. Ela teve o espaço necessário para se mostrar como a nova senhora de Downton, bem como uma excelente administradora. Porém, o aspecto mais importante foi ela ter assumido a sua melhor versão, como uma mulher que não mais cede aos seus impulsos, tão diferente daquela moça da primeira temporada. Mary Crawley é uma mulher magnífica, desenrolada, inteligente. Além de compreensiva, se um dia Mary foi extremamente egoísta, agora ela é paciente com os desejos alheios que não envolvem ela diretamente.
Venom: Tempo de Carnificina
2.7 637 Assista AgoraÉ, oficialmente, um filme. E certamente não dos melhores. Se o primeiro Venom já não era uma das melhores produções, esse aqui abraçou a galhofa mesmo, mas de maneira não satisfatória, pois o vilão do filme foi extremamente infeliz.
Se o objetivo do filme era simplesmente humor e piadas, poderiam não ter trazido o Carnificina, poderiam não ter prometido uma carnificina, foi o marketing mais mentiroso que vi recentemente. O Carnificina mesmo nem mata ninguém interessante, de valor, que acrescenta à trama um perigo real, além disso demora imensamente para existir o combate que todos esperam. Ao invés disso, temos de suportar uma boa parte da trama sendo um bromance dramático entre o Eddie e o Venom, que estão se estranhando depois de um bom tempo de sinergia. O argumento para essas desavenças é bem preguiçoso, só serve mesmo ao propósito de atrasar a batalha de interesse e inserir um arco na dinâmica dos dois personagens, mas nem precisa ir muito longe pra saber que isso não funciona. Michelle Williams ganhou cachê para passear no estúdio, Naomie Harris ganhou dinheiros para simular a Tia Dalma dos super heróis. Simplesmente tedioso.
Doentes de Amor
3.7 379 Assista AgoraGOSTEI AMEI CHOREI QUE COISA LINDAAAA! Juro que investi cada minuto de duração em me apaixonar por esses seres, por esse casal e pela trama. Certamente errei em ter adiado assistir por tanto tempo.
Uma Noite Alucinante 2
3.8 712 Assista AgoraAchei chatíssimo, não sei se assisti num dia ruim ou se o filme é cansativo mesmo. Irei rever em outros tempos.
Spree
3.0 124JOE KEERY DOIDÃO! Eu adorei! Admito que demorou um pouco para chegar no melhor do filme, para entregar aquilo que eu realmente estava esperando, mas compreendo que a construção foi importante para chegar lá. Eu gosto da ideia de uma pessoa tentando fazer fama na internet, ao ponto de buscar isso das maneiras mais duvidosas possíveis, além das pessoas se recusando a acreditar no que estavam vendo… ou pior, incentivando o pior deles apenas pelo fator diversão. E a crítica ao final, com a reunião dos vídeos e filmes produzidos pelo protagonista: tudo aquilo que A Classic Horror Story (2021) tentou ser e não conseguiu.
O Alfaiate
3.7 71 Assista AgoraGrata surpresa! Fui assistir sem pretensões, não sabia o que esperar, não li sinopse, nunca vi o trailer, apenas decidi assistir e foi muito, muito divertido. Estive completamente focada na trama, desligada do mundo (mais especificamente do celular), foi uma ótima experiência. É um suspense explorando erros e desejos dos personagens, enquanto eles se atrapalham tentando ser os mais espertos da sala, ao mesmo tempo que tudo gira em torno de salvar a própria pele. Simplesmente maravilhoso!
A direção é muito boa, simples, mas como é o primeiro filme de Graham Moore, apostar no seguro garantiu uma ótima obra para ele, ele teve um ótimo controle e conseguiu extrair mais que o suficiente da maioria do elenco. E só digo maioria porque acho o Dylan O'Brien um pouco limitado, embora imagine que seja muito mais sobre o ator que o diretor. Mark Rylance é a melhor coisa desse filme, o homem conduz toda a trama com uma voz mansa, algumas conversas ameaçadoras e outras tão submissas que dificulta entender quem ele está enganando, afinal.
Contra o Relógio
1.9 27 Assista AgoraA única razão para ter assistido do começo ao fim foi porque não tava prestando atenção
Lightyear
3.2 391 Assista AgoraCom certeza é um filme. Com personagens chatos, trapalhões, que não fazem NADA de interessante ou que mereçam uma identificação e que tal hora eu tava gritando pra tela "BUZZ! EI BUZZ! LARGA ESSE BANDO DE ENERGÚMENO E VAI RESOLVER A PARADA SOZINHO". O que é uma loucura! Visto que parte do drama do Buzz é que ele não sabe trabalhar em equipe, lidando pior ainda com novatos no ramo. Como que ele vai aprender alguma coisa com uma trupe de imprestáveis?
O Homem do Norte
3.7 954 Assista AgoraTive um mês para pensar no que escrever sobre esse filme e continuo sem saber muito bem o que explorar. A verdade é que quanto mais eu penso sobre a trama, mais eu sinto ela se esvaziar de significados e não consigo identificar se a culpa é minha ou do próprio filme. Desde o começo não gostei da história, não me apeguei aos personagens, achei meio qualquer coisa; por isso, quanto mais penso sobre, menor me parece a obra. O que me carregou até o fim do filme foram os simbolismos estabelecidos na trama, o real e o imaginário entrelaçados de maneira tão natural, uma estética bem construída e muito muito bela, um floreio que me chamou muito mais atenção que todo o resto. A mim, caiu como um filme de imagens, no sentido de que eu me deliciei com belas cenas, com jogos de câmera interessantes, com composição, mas pouco ou quase nada com a trama que eu deveria acompanhar.
Moonfall: Ameaça Lunar
2.4 553 Assista AgoraOficialmente as duas horas mais longas da minha vida. Meu sem or me ajuda por favor. Falando sério, que coisa pavorosa. Ironicamente são 2 horas em que nada acontece! Que coisa mais chata!
Patrick Wilson não poderia estar mais no automático do que nesse filme, o personagem dele deveria ser um bêbado, destruído pelo fato de ter sido dispensado do seu grande trabalho e nunca ter superado isso… e ele está apenas sendo um homem de jaqueta de couro. Sabe a vibe do boy underground cético? Pronto, é o máximo que ele entrega. E com esforço, porque por ele era cara de paisagem pra sempre. A Halle Berry tem uma cena que evidencia o quanto ela estava gostando de estar por ali; ela está no carro e tem um perigo chegando e alguém vai morrer, e você consegue ver as engrenagens na cabeça dela funcionando em potência máxima para soltar 1 mísera lágrima… e FALHANDO! Quanta a roteiro? Não temos. No máximo, tem um papel aí meio rabiscado, que alguém pensou que já estava muito bom e entregou de qualquer jeito. Direção? Piloto automático com defeito. Efeitos visuais? Questionáveis. Me recuso a gastar mais tempo falando sobre isso.
A Noite Devorou o Mundo
3.2 363 Assista AgoraJá tinha ouvido falar sobre esse filme, já tinha me sido indicado em muitos momentos (por pessoas e de maneira aleatória por serviço de streaming) e mesmo assim segui adiando, por nenhuma razão específica. Porém, finalmente decidi assistir e nossa… que pecado ter guardado isso por todos esses anos. Ao mesmo tempo, fico feliz de ter guardado tanto tempo, é necessário estar num bom momento mentalmente para assistir. A solidão explorada nesse filme é sufocante e aterrorizante, pode esquecer os zumbis. Na verdade, a parte mais divertida desse filme é quando os zumbis aparecem, o senso de urgência é um alívio perto daquilo que é estar completamente sozinho e refém da própria mente.
A Espiã
3.2 11 Assista AgoraMedíocre. Não conhecia a vida de Sonja Wilgert e ao pesquisar mais sobre foi decepcionante perceber como uma mulher com uma história tão interessante, rica, única e dolorosa, foi diminuída a uma trama romântica mediana; e por romântica não falo de romances românticos, mas de romantizar uma existência miserável. Porque sim, ela foi uma grande atriz no seu tempo, mas quando a Guerra chegou se viu presa num jogo do qual não entendia (de acordo com o filme), ao mesmo tempo em que, de acordo com a História, passou anos sendo jogada de um lado ao outro, com homens poderosos usufruindo de suas habilidades eternamente, sem nunca oferecer reais gratificações à ela. Terminou a vida caída no esquecimento, pois foi incapaz de reaver sua credibilidade e nenhum governo se esforçou para devolver aquilo que ela mais queria, demorando décadas para revelar sua participação; mas tarde demais, pois ela já tinha partido dessa vida.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraQuase um mês depois de assistir essa belíssima obra e ainda não sou capaz de formular um comentário coerente e digno da trama. O ponto é que filmes que me tocam verdadeira e profundamente se tornam impossíveis de transformar em texto, nenhuma palavra - ou conjunto delas - vai ser capaz de definir tudo que senti; ainda mais nesse filme! Senti tudo que a história se propôs a me mostrar; eu ri, chorei, questionei toda a minha existência nesse universo e todas as decisões que já tomei e as que não tomei também. O que eu me lembro é que terminei em prantos e com uma vontade gigantesca de rever, o que pretendo fazer assim que lançar nos cinemas brasileiros.
As coisas que consigo comentar de maneira mais direta e limpa é sobre as atuações, Michelle Yeoh como sempre entregando tudo e mais um pouco, a mulher é um poço de carisma, mesmo antes de se mostrar uma grande protagonista. Assim, como Stephanie Hsu não se deixa apagar e é MARAVILHOSA, a mulher é capaz de roubar a cena sempre que aparece, e acredito que além da atuação dela ser fantástica, também é auxiliada pelo figurino de sua personagem. Trabalho lindo de design de produção, com cenários simples, mas tão interessantes, tumultuados e confortáveis correspondendo exatamente àquilo que se passa na mente dessas duas personagens, mãe e filha. quanto ao roteiro, lindo né?! Não tem muito mais que discutir, porque é lindo demais e profundo. E fez um uso singular, belo e bem construído do conceito de multiverso.
Alguém disse no Letterboxd que se sentiu tão impactado por esse filme que em algum momento vai passar a odiá-lo, pois vai estragar qualquer experiência que venha depois; e eu não poderia elaborar nada mais verdadeiro que isso.
Prova Final
3.2 404 Assista AgoraSimplesmente não fazia ideia de que esse filme existia, e aparentemente foi um grande fenômeno nos anos 2000. O que me surpreende é o tanto de gente famosa nesse elenco, tem um batalhão de grandes atores nesse filme: o Frodo, a Jean Grey, a Salma Hayek com resfriado, o Josh Hartnett (o que finalmente me confirmou que ele era mesmo uma grande estrelinha na época). Ao mesmo tempo, outra coisa que me deixou surpresa foi o quanto esses atores, durante as entrevistas, estavam desesperados para se distanciar ao máximo da criação de Wes Craven, Pânico. Tão desesperados que estavam praticamente diminuindo o que Craven fez ao lançar Pânico. Gente? Tudo bom, com vocês?! Qual a necessidade de fazer isso? O melhor foi a loirinha chamando esse filme de sci-fi, "com certeza, 100% de certeza, não é um filme de horror". Corta para: é sim um filme de horror. É um tanto hilário como eles tentaram tanto fugir, fingir que era algo super grandioso e "meu deus do céu, revolucionário". No dia que eu tiver um projeto, quero que as pessoas acreditem nele tanto quanto esse elenco acreditou no que estava fazendo e falando.
Falando sobre a trama, é um filme divertido. A subtrama é bem interessante também, o medo que os adolescentes têm dos adultos, a falta de confiança e como eles sempre escolhem se apoiar em si mesmos, ao invés de procurar ajuda em figuras de autoridade. Enquanto entre eles mesmos há uma desconfiança sobre quem já foi infectado e quem não, afinal nenhum deles gostavam muito um do outro. É meio óbvio quem está infectado, e quem é a causa de tudo, mas eu me deixei enganar pelo bem da narrativa, fingi que não vi e funcionou. Gosto bastante enquanto ainda está na trama parasitária, mas a cena de monstrão na piscina também é excelente.
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
3.5 1,2K Assista AgoraDepois de assistir duas vezes, posso afirmar que é realmente um dos filmes já feitos pela Marvel. Porém, gostei sim! Acho que esse é o longa que a Marvel se permitiu ir mais longe, investigou novas possibilidades e deu um tanto mais de liberdade para um diretor autoral. E isso definitivamente é muito bom! Porque é a direção do Sam Raimi que salva esse filme, porque o roteiro… eu não sei. Algumas coisas me pareceram tão aceleradas, sem peso, ao mesmo tempo que as coisas que eu queria que passasse logo me pareciam demorar uma eternidade. Como diria Jack o Estripador, vamos por partes.
Sam Raimi é, definitivamente, a melhor coisa que poderia ter acontecido no MCU nesse momento. O homem é perfeito, né?! Entende de horror e entende de heróis. É fácil perceber que ele teve muito mais liberdade que diretores anteriores, ainda é possível ver a mãozinha dos produtores com as suas piadocas obrigatórias e sempre puxando o filme para conectar com o MCU, mas onde o Raimi pôde se colocar à frente, ele fez. E é muito, muito claro que o terceiro ato deste filme foi todo moldado para o Raimi fazer o que ele quisesse. A primeira parte lembra um pouco, tem ali alguma coisa, mas não vai longe. O segundo ato claramente é coisa de Zé Boné, porque tem todo um "professor enredo", em que o filme simplesmente precisa parar para dizer que esse conceito significa isso, esse outro é isso aqui, você tá aqui por causa disso e ainda me arranjaram um flashback safado para contar algo importante acerca do universo. Compreendo a necessidade? Sim. Achei interessante a solução apresentada? Não mesmo, não poderia ser mais tediosa. O fato é que Raimi deu início a uma nova era no MCU, que espero que dure bastante e que os diretores tenham cada vez mais liberdade para explorar esse multiverso riquíssimo. O CGI não está dos melhores, mas acho que é possível perdoar só pela ideia mesmo. Como a Wanda saindo do reflexo, é um CGI bem ruinzinho, mas a ideia é tão boa, os gestos e o comportamento corporal dela é o suficiente para evocar o medo. A melhor parte realmente é o final! Não tem como. Certamente foi nessa hora que o Raimi segurou o orçamento para ser todo aplicado nesses minutos finais, em CGI, maquiagem e afins. Porque não tem do que reclamar! É belíssimo, é diferente, tem toques de horror. Sério, foram os melhores momentos do filme, o momento de destaque de Doutor Estranho e é brilhante. (estou me sentindo aquele gif da Lady Gaga rasgando elogios, mas é que é muito bom mesmo; ainda destaco a cena da batalha musical como a minha favorita do filme, muito muito divertida!).
Sobre o roteiro, eu gosto, ao mesmo tempo em que eu sinto que ele é muito apressado. A America é introduzida ali naqueles minutos iniciais e é bom porque você já pega a urgência da jornada dela, porém logo em seguida não há um desenvolvimento real da personagem, uma boa apresentação da personalidade dela, o filme apenas confia no charme e carisma da atriz para nos convencer de que é um crime tentarem matá-la. E esse é o traço de personalidade dela. Enquanto isso, a Wanda nos é apresentada em uma estágio avançado de dominação do Darkhold e nós devemos acreditar que ela foi tomada pelo poder, pois essa é ela agora. E aí, isso me entristece, porque o mais próximo que nós chegamos de entender como ela se deixou levar pelo livro dos condenados, é na cena do "every night the same dream, and every morning the same nightmare", porém ela é introduzida tão depois, e num momento de urgência que me pareceu que só na hora eles lembraram que precisavam dar uma justificativa para o que ela se tornou. Ao mesmo tempo, eu gosto da Wanda nesse filme, eu compro facilmente a jogada "razoável" dela, a loucura, a obsessão, tudo isso a Elizabeth Olsen nos entrega tanto em força de diálogo, quanto em trejeitos da personagem. Nunca achei que um olhar louco fosse algo bom, mas a Olsen me entregou algo que me deu medo! Porém, acho que a maior contribuição da Wanda/Scarlet Witch para a trama é justamente por ela ser a posição contrária de Stephen Strange. Enquanto Wanda se deixa levar por sua obsessão, Stephen ainda está em tempo de controlar a sua sede por poder. E eu adoro isso, em todos os universos mostrados pela Wanda, ela é uma boa pessoa, uma pessoa feliz (comentário esse que rodeia todo o filme), enquanto na nossa realidade, Wanda cedeu a seus vícios. Ao contrário de Strange, ele é sempre uma pessoa perigosa, não necessariamente a todos os momentos, mas em algum momento de sua vida ele se torna um perigo para os outros; mas em nosso universo, ele é uma pessoa boa, que faz as escolhas mais difíceis, mas que sabe e compreende ser o certo. O que nos leva ao tema principal do filme a compreensão de felicidade e o que significa estar feliz. Wanda Maximoff não consegue ser feliz pois está em luto por seu amor e em desespero pela perda de seus filhos. Stephen Strange também não consegue ser feliz pois precisa lidar com as consequências de suas escolhas heróicas, dos sacrifícios feitos. A questão é que a felicidade aqui não é algo a ser alcançado, mas reconhecido e acho que o discurso do Wong no final é uma síntese da discussão aberta aqui. Ainda falando sobre a pressa existente nesse roteiro, o filme está sempre correndo para nos oferecer o máximo de fanservice, conexões e novas informações possíveis, é um tanto desesperador. Como uma pessoa lerda, admito que só fui entender o que diabos era uma incursão na segunda vez que assisti, pois na primeira o conceito passou batido por mim. Até nas soluções de conflitos isso fica claro, America simplesmente aprende como usar seu poder em um estalar de dedos - o que é bem triste, visto que a gente tem uma leve amostra disso quando ela está presa no aquário, mas é um momento que não se desenvolve, apenas pula para a parte em que ela já sabe -, a solução de tudo é o poder do amor - e isso é tão preguiçoso, nossa senhora -, e o final do filme quase me deu esperanças de algo interessante seria colocado em pauta nas próximas produções em que Doctor Strange aparecesse… mas veio a cena pós-crédito e a situação colocada ali já tinha sido resolvida e controlada.
Em resumo, eu gostei, me diverti bastante e assim é um passo importante no MCU, espero que eles tenham resultados favoráveis o suficiente para fornecer essa liberdade a outros diretores e também para se arriscarem cada vez mais nessas novas produções.
Uma Noite Alucinante: A Morte do Demônio
3.8 1,4K Assista AgoraResolvi assistir esse clássico no meu "ritual" de Sexta-Feira 13. E não me arrependo, inclusive me surpreendi bastante pois meu conhecimento dessa franquia era de era um tanto galhofa, com bons efeitos mas com uma história de cunho duvidoso… ledo engano. Pois em alguns momentos realmente me assustei com os elementos em tela.
The Evil Dead é um ótimo filme de horror e uma ótima maneira de mostrar como é possível fazer horror apenas com um pastel de feira e um copo de cana. Tem umas atuações questionáveis? Com certeza! Mas é divertido e isso compensa. A história é muito boa, claramente um airbnb que deu errado, antes do airbnb existir. Também é bem inteligente como eles colocam os personagens para ouvir o encantamento, meio que por acidente, mas fruto da curiosidade jovem também - bem coisa de jovem ficar contando historinhas de horror durante a noite. O verdadeiro terror começa com a saída da Vela para a floresta (chamarei de Vela pois não lembro o nome dela, assim como ela é a única que não está de casal), por estar ouvindo vozes. Não gosto da cena de estupro, é meio desnecessária. Assim, existem muitos meios de um demônio entrar no seu corpo, de parasitar também, e temos inúmeros exemplos disso em ficção científica e outros filmes de terror: tem como vomitar na boca, arranhar e entrar um treco em você, ou só umas reviradas de olhos e dores excruciantes, sei lá… várias maneiras que não necessariamente violam o corpo feminino. Tirando isso, eu fico feliz demais com essa produção. E depois dessa ida à floresta é só dor e sofrimento. E eu adorei! Aquela cena de adivinhação de cartas que começa super divertida, com a menina mentindo para a outra dizendo que ela acertou a carta e então a Vela começa a dar todas as cartas corretas e as seguintes também e enfim demonstrando que já não é mais alguém normal é MUITO BOA! Simples, sim. Mas a maneira que se desenrola, que é filmada, é excelente. Os personagens convencem bastante, admiro especialmente Bruce Campbell como Ash, pois ele não é um sobrevivente muito comum. Ele é muito medroso, não sabe o que fazer por boa parte da trama e se fosse num horror convencional dos últimos tempos, seria o primeiro a morrer, só pela falta de ação quando o pau tá comendo. Mesmo assim é compreensível que ele fique desnorteado em um primeiro momento.
Os efeitos especiais são ótimos, eu já comecei a me contorcer toda na cena do lápis (agora vejo de onde John Wick retirou sua ideia) e tudo é muito bom, bem executado.
A Gaiola das Loucas
3.6 224 Assista AgoraEstou surpresa com o quanto gostei e me diverti com esse filme, assim como com o fato de que nunca o tinha visto antes. Esse título é tão vívido em minha memória, nem lembro porquê, mas eu nunca tinha parado para assistir ao filme e foi uma experiência maravilhosa. Fiquei muito chocada quando fui checar a lista de créditos e descobri que Mike Nichols é também diretor de Closer, um dos meus filmes favoritos, o que me deixou mais felizinha ainda por ter gostado desse filme; é uma conexão frágil e pequena entre as duas obras, mas é alguma coisa.
The Birdcage é um filme muito divertido, sobre uma situação tão possível, mas que da maneira em que é conduzida beira o absurdo, um bom absurdo. Minha parte favorita desse roteiro é como ele leva seu tempo para desenvolver a dinâmica das duas famílias e seus personagens, a função de cada personagem e nos dá possibilidades de como eles irão reagir caso o jantar fracasse. Gosto especialmente da relação entre Robin Williams e Nathan Lane, comprei facilmente que esse é um casal que está junto há anos, que se conhecem e sabem das fragilidades um do outro, bem como seus humores e temperamento. É fantástico como Lane dá vida a um homem tão frágil mentalmente, que está sempre na vontade agradar aqueles que o cercam, como ele quer tanto fazer parte dessa família e dessa relação que exagera, sempre na vontade de acertar. De estar presente e fazer parte. Assim, como também compreendo a vida do personagem de Williams, que precisa cuidar de um clube, assim como precisa estar sempre de olho em seu amor. Bem como tem a necessidade de agradar o seu filho, por mais que ele não concorde com o que precisa fazer, que se orgulhe de quem é e de como vive, pelo filho ele é capaz de fingir uma mentira, de viver por uma noite uma vida que não lhe pertence. Enquanto do outro lado, nós temos um deputado super conservador, completamente transtornado por ver sua imagem pública ruir rapidamente, derretendo na sua frente sem que se possa fazer nada; ao mesmo tempo em que tem uma esposa que só deseja fazê-lo se sentir melhor e acreditar em uma reviravolta política que parece impossível. Adoro demais porque ela é muito mais pé no chão, coerente e esperta do que o marido político. Ela tem a aparência frágil diante dele, mas na verdade ela é bem esperta; é ela quem entende o que um casamento pode fazer pela imagem do marido, mas também é a primeira a notar as atitudes da outra família e como eles são estranhos, tudo isso enquanto o senador se derrete de amor pela "mãe" do seu futuro genro.
Fiquei muito engajada durante todo o filme, me diverti horrores, bem como dei uma choradinha também.
Creep
3.1 507 Assista AgoraDesconfortável, nossa senhora! O pior é que: em dado momento, no começo, eu até simpatizei com a esquisitice do Josef; a cena deles no laguinho, na pedra em formato de coração, eu estava muito "awn, que fofo". Mas meu medo foi crescendo aos poucos, fui me sentindo cada vez mais incomodada e da cena da ligação no banheiro em diante eu ENTREI EM PÂNICO COMPLETO. Muito bem feito, bem conduzido e aterrorizante dentro da proposta.
Hotel da Morte
2.0 342 Assista AgoraResolvi assistir esse filme depois de assistir a X e ouvir que esse também era de Ti West e bem quisto pelo público do horror… não sei o que dizer. Não é que o filme seja ruim, na verdade eu acho que ele foi bem executado; os fantasmas são um tanto toscos, mas como tem uma direção interessante é possível ignorar isso. A questão para mim é que eu estive muito mais confortável e concentrada nos momentos em que não havia horror em tela, nas conversas da protagonista com seu colega de trabalho. O que deveria realmente me interessar, que era o terror, foram as partes em que eu mais me senti dispersa; tanto que quando enfim chegou o horror desenfreado, eu já tinha entregue na mão de Deus e estava com o celular na mão.
Titane
3.5 393 Assista AgoraNão sei o que comentar e por isso vou optar por colocar aqui meu sentimento pessoal com a ideia principal: aterrorizante. A coisa que eu mais tenho medo nessa vida é gravidez. Não por causa do meme, mas por ter medo mesmo. A estética da gravidez me assusta. A barriga esticada, a ideia de que há alguém (um corpo estranho) crescendo dentro de mim ou de qualquer outra pessoa é algo que me deixa em pânico. E o cinema adora explorar essa ideia, especialmente em filmes satânicos - o que provavelmente, deve ter entrado na minha cabeça -, mas aqui é explorada de maneira tão palpável (?), por mais lúdico e esquisito que seja, o medo que a Alexia sente do próprio corpo, como ela odeia essa coisa crescendo dentro dela e tem até uma disforia conforme o corpo vai se modificando é angustiante. Passei o filme inteiro me sentindo sufocada.