Simples, sensível e eficaz. Nos faz refletir sobre qual seria nossa postura se estivéssemos no lugar da Sandra, a irretocável Marion Cotillard, ou de qualquer um dos seus companheiros de trabalho. A conclusão é de que não há como saber ao certo, há sempre muitos fatores a considerar. O melhor mesmo é fazer como ela e não julgar ninguém.
Relutei bastante para assistir a Sniper Americano porque eu meio que já sabia o que esperar. Já vi trezentos filmes do gênero e eles quase sempre caem no mesmo erro, visão tendenciosa e excesso de patriotismo. Sabia também que, sendo um filme de Clint Eastwood, seria de uma qualidade ímpar do ponto de vista técnico e por isso, talvez, agradasse. Acontece que o maior erro desse filme não é só o patriotismo exacerbado comum no cinema americano, mas a tentativa inadmissível de justificar uma guerra. Cheguei a me animar achando que o filme seguiria um viés mais psicológico mostrando os danos que uma guerra pode causar a cada indivíduo, direta ou indiretamente envolvido, mas logo ficou claro que não era isso. O que prevalece é a glorificação de um homem que se voluntaria nas forças armadas - aparentemente motivado pela possibilidade de vingança ao 11 de setembro - e se torna um mito. O motivo? Ele é o mais letal dos atiradores de elite. Sua primeira vítima é uma criança de não mais que 11 anos. Essa morte, como todas as outras, é justificada, nesse caso porque o menino carregava uma granada. É claro que numa guerra se espera que cada parte se defenda como pode, cada um por si. Intragável é a vilanização constante do outro para se justificar, é dizer que suas motivações são mais legítimas, quando, na verdade, ninguém tem razão e nenhum dos dois pode sair vencedor.
O filme é muito bom, forte, comovente, traz de volta uma reflexão muito importante, mas o que me impressionou mesmo foi o trabalho de David Oyelowo, ator que vi algumas vezes em outros filmes, mas nunca num papel tão importante e marcante quanto Martin Luther King. Bom, já que o choro é livre, vou chorar, sim: Oyelowo foi o maior injustiçado no Oscar de 2015. Merecia ao menos a indicação, não só para representar a raça negra como alguns clamam, mas por ter feito uma das melhores atuações do ano.
Nada que já não tenhamos visto antes, isso é um fato. Mas quem disse que todo filme tem a obrigação de inovar em alguma coisa? A execução desse é perfeita, o que já o torna um grande filme, e ele ainda é coroado com atuações brilhantes de Eddie Redmayne e Felicity Jones (<3).
Quando pessoas competentes se juntam para fazer cinema dá nisso, filmaço, vontade de não mais sair da sala de exibição. O fato de ser baseado em fatos reais deixa tudo ainda mais bonito. Benedict Cumberbatch - impossível não dar destaque a sua atuação - nunca esteve não entregue, tão incrível!
Uma proposta simples e ao mesmo tempo grandiosa e ousada de um projeto (muito) arriscado. São quase três horas de uma narrativa que se propõe apenas a acompanhar o crescimento de Mason, sem clímax, sem pretensão, de modo tão real que é difícil acreditar que seja cinema, e que nem por isso é chato ou cansativo. Na verdade, foi até difícil para mim desgrudar os olhos da tela. Tecnicamente impecável, as passagens bruscas de tempo são tão naturais que dificilmente se terá a impressão de ter perdido algo. Caso contrário, caso falte algo, basta preencher as lacunas com trechos de nossas próprias vidas e a obra estará completa.
Lindo e eficiente em todos os aspectos. Uma grata surpresa do cinema estoniano, até então desconhecido para mim. Uma reflexão sobre a ignorância que cega ambos os lados envolvidos em uma guerra e também sobre igualdade. Roteiro incrível, fotografia deslumbrante e um baita time de atores! Cinco estrelas porque não é possível dar mais.
Até aqui, o segundo melhor filme a que assisti em 2015, só perde mesmo para Relatos Selvagens (meu xodó, não tem jeito!). Esse roteiro e esse texto são um presentão para qualquer ator, que bom que todos souberam aproveitar. Edward Norton,inclusive, tá perdoado pelo pior Hulk da história(?)!
Achei bastante divertido e tem uma mensagem super legal, pena que perde o ritmo no final. O elenco todo é fantástico, mas o solo da Meryl Streep destrói carreiras e vale, sim, a indicação ao Oscar, haters gonna hate! O dueto dos príncipes também é genial. Para mim, valeu a pena.
Filmaço! Daqueles que agradam a (quase) todo o mundo. Os que dizem não gostar estão mentindo, certeza! Rosamund Pike está excelente e David Fincher mantém o alto padrão de direção ao qual estamos acostumados. Recomendo.
Aqui fica claro por que Julianne Moore é uma das minhas atrizes favoritas no mundo. Não dá pra dizer que ela carrega o filme nas costas porque o enredo é super consistente, tudo foi feito nos conformes. E também porque seria injusto com os colegas, que deram suporte de muita qualidade (até a Kristen Stewart!). O filme acabou e me deixou de coração partido, querendo dizer para a Alice que eu também não queria que isso estivesse acontecendo com ela e para a Julianne que VAI TER OSCAR, SIM!
Poderia ser mais um filme em que a personagem principal sai em busca de sua história e no caminho acaba descobrindo a si mesma. Acontece que Ida não é só isso. Ela se descobre para se redescobrir. Experimenta uma vida nova e conclui que é a antiga a que quer viver. Logo no começo de sua viagem nós, Ida e eu, conhecemos sua única parente viva e a melhor surpresa do filme: sua tia. Agata Kulesza, numa performance irretocável, entrega a melhor versão de uma mulher que apenas pensava ter aprendido a seguir em frente com as marcas da guerra. Vale ainda mais pelas belíssimas fotografia e trilha sonora.
Elogiar a fotografia, o elenco, a direção e todo o trabalho técnico nem é preciso, já que somos quase todos unânimes nesse ponto. Infelizmente, para mim, o enredo não cativa. Parece que há muitos elementos e personagens para pouco tempo e o resultado final acaba ficando corrido, desesperadamente, a ponto de sentirmos a pressão do tempo para o desfecho e a falta de desenvolvimento de algumas partes.
Difícil prestar atenção em mais alguma coisa quando tem a beleza da Jessica Chastain pra distrair, né? Mas tudo em O Desaparecimento de Eleanor Rigby (me recuso a aceitar o título amador em português) é tão envolvente que isso é só um detalhe. Eis a prova de que um ritmo lento não necessariamente torna o filme cansativo. Basta ter em mãos um roteiro envolvente e um elenco super sintonizado (confesso que não entendi Isabelle Huppert(!) num papel tão pequeno e desinteressante). A trilha é excelente e a edição é tão bem feita que fiquei curioso pra ver as versões Him e Her.
Deixei o preconceito no primeiro filme e não me arrependo. Não é pecado gostar de blockbuster, ainda mais quando bem feito! Jennifer Lawrence, além de excelente atriz, tem um carisma que não é deste mundo! Quero ver o próximo com certeza.
A intenção é ótima e o resultado é até bem agradável, mas as atuações continuam forçadas, com falas mais marcadas que peça de escola. O trio principal melhorou muito desde o curta, não nego, mas poderia ter dado mais naturalidade à coisa.
Uma Jessica Tandy adorável e um Morgan Freeman impecável(como sempre) nos fazendo refletir sobre velhice e amizade. Não sei por que demorei tanto pra ver essa coisa linda!
O Sal da Terra
4.6 450 Assista AgoraNem precisa gostar de documentários para cair de amores. Filme lindo, história inspiradora, ser humano digno da vida.
Anna Karenina
3.7 1,2K Assista AgoraUm trabalho primoroso! Acho que nunca assisti a um filme tão bonito esteticamente.
Dois Dias, Uma Noite
3.9 542Simples, sensível e eficaz. Nos faz refletir sobre qual seria nossa postura se estivéssemos no lugar da Sandra, a irretocável Marion Cotillard, ou de qualquer um dos seus companheiros de trabalho. A conclusão é de que não há como saber ao certo, há sempre muitos fatores a considerar. O melhor mesmo é fazer como ela e não julgar ninguém.
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraBom. Mas o destaque fica mesmo por conta da atuação consistente e, por vezes, impressionante do Jake Gyllenhaal.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraSabe aquele meme "Olho para o teclado e não sei o que escrever, só sentir."? Então...
Sniper Americano
3.6 1,9K Assista AgoraRelutei bastante para assistir a Sniper Americano porque eu meio que já sabia o que esperar. Já vi trezentos filmes do gênero e eles quase sempre caem no mesmo erro, visão tendenciosa e excesso de patriotismo. Sabia também que, sendo um filme de Clint Eastwood, seria de uma qualidade ímpar do ponto de vista técnico e por isso, talvez, agradasse. Acontece que o maior erro desse filme não é só o patriotismo exacerbado comum no cinema americano, mas a tentativa inadmissível de justificar uma guerra. Cheguei a me animar achando que o filme seguiria um viés mais psicológico mostrando os danos que uma guerra pode causar a cada indivíduo, direta ou indiretamente envolvido, mas logo ficou claro que não era isso. O que prevalece é a glorificação de um homem que se voluntaria nas forças armadas - aparentemente motivado pela possibilidade de vingança ao 11 de setembro - e se torna um mito. O motivo? Ele é o mais letal dos atiradores de elite. Sua primeira vítima é uma criança de não mais que 11 anos. Essa morte, como todas as outras, é justificada, nesse caso porque o menino carregava uma granada. É claro que numa guerra se espera que cada parte se defenda como pode, cada um por si. Intragável é a vilanização constante do outro para se justificar, é dizer que suas motivações são mais legítimas, quando, na verdade, ninguém tem razão e nenhum dos dois pode sair vencedor.
Selma: Uma Luta Pela Igualdade
4.2 794O filme é muito bom, forte, comovente, traz de volta uma reflexão muito importante, mas o que me impressionou mesmo foi o trabalho de David Oyelowo, ator que vi algumas vezes em outros filmes, mas nunca num papel tão importante e marcante quanto Martin Luther King. Bom, já que o choro é livre, vou chorar, sim: Oyelowo foi o maior injustiçado no Oscar de 2015. Merecia ao menos a indicação, não só para representar a raça negra como alguns clamam, mas por ter feito uma das melhores atuações do ano.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraNada que já não tenhamos visto antes, isso é um fato. Mas quem disse que todo filme tem a obrigação de inovar em alguma coisa? A execução desse é perfeita, o que já o torna um grande filme, e ele ainda é coroado com atuações brilhantes de Eddie Redmayne e Felicity Jones (<3).
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraQuando pessoas competentes se juntam para fazer cinema dá nisso, filmaço, vontade de não mais sair da sala de exibição. O fato de ser baseado em fatos reais deixa tudo ainda mais bonito. Benedict Cumberbatch - impossível não dar destaque a sua atuação - nunca esteve não entregue, tão incrível!
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraUma proposta simples e ao mesmo tempo grandiosa e ousada de um projeto (muito) arriscado. São quase três horas de uma narrativa que se propõe apenas a acompanhar o crescimento de Mason, sem clímax, sem pretensão, de modo tão real que é difícil acreditar que seja cinema, e que nem por isso é chato ou cansativo. Na verdade, foi até difícil para mim desgrudar os olhos da tela. Tecnicamente impecável, as passagens bruscas de tempo são tão naturais que dificilmente se terá a impressão de ter perdido algo. Caso contrário, caso falte algo, basta preencher as lacunas com trechos de nossas próprias vidas e a obra estará completa.
Tangerinas
4.3 243Lindo e eficiente em todos os aspectos. Uma grata surpresa do cinema estoniano, até então desconhecido para mim. Uma reflexão sobre a ignorância que cega ambos os lados envolvidos em uma guerra e também sobre igualdade. Roteiro incrível, fotografia deslumbrante e um baita time de atores! Cinco estrelas porque não é possível dar mais.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraAté aqui, o segundo melhor filme a que assisti em 2015, só perde mesmo para Relatos Selvagens (meu xodó, não tem jeito!). Esse roteiro e esse texto são um presentão para qualquer ator, que bom que todos souberam aproveitar. Edward Norton,inclusive, tá perdoado pelo pior Hulk da história(?)!
Caminhos da Floresta
2.9 1,7K Assista AgoraAchei bastante divertido e tem uma mensagem super legal, pena que perde o ritmo no final. O elenco todo é fantástico, mas o solo da Meryl Streep destrói carreiras e vale, sim, a indicação ao Oscar, haters gonna hate! O dueto dos príncipes também é genial. Para mim, valeu a pena.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraFilmaço! Daqueles que agradam a (quase) todo o mundo. Os que dizem não gostar estão mentindo, certeza! Rosamund Pike está excelente e David Fincher mantém o alto padrão de direção ao qual estamos acostumados. Recomendo.
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraAqui fica claro por que Julianne Moore é uma das minhas atrizes favoritas no mundo. Não dá pra dizer que ela carrega o filme nas costas porque o enredo é super consistente, tudo foi feito nos conformes. E também porque seria injusto com os colegas, que deram suporte de muita qualidade (até a Kristen Stewart!). O filme acabou e me deixou de coração partido, querendo dizer para a Alice que eu também não queria que isso estivesse acontecendo com ela e para a Julianne que VAI TER OSCAR, SIM!
Ida
3.7 439Poderia ser mais um filme em que a personagem principal sai em busca de sua história e no caminho acaba descobrindo a si mesma. Acontece que Ida não é só isso. Ela se descobre para se redescobrir. Experimenta uma vida nova e conclui que é a antiga a que quer viver. Logo no começo de sua viagem nós, Ida e eu, conhecemos sua única parente viva e a melhor surpresa do filme: sua tia. Agata Kulesza, numa performance irretocável, entrega a melhor versão de uma mulher que apenas pensava ter aprendido a seguir em frente com as marcas da guerra. Vale ainda mais pelas belíssimas fotografia e trilha sonora.
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0KElogiar a fotografia, o elenco, a direção e todo o trabalho técnico nem é preciso, já que somos quase todos unânimes nesse ponto. Infelizmente, para mim, o enredo não cativa. Parece que há muitos elementos e personagens para pouco tempo e o resultado final acaba ficando corrido, desesperadamente, a ponto de sentirmos a pressão do tempo para o desfecho e a falta de desenvolvimento de algumas partes.
Dois Lados do Amor
3.4 244Difícil prestar atenção em mais alguma coisa quando tem a beleza da Jessica Chastain pra distrair, né? Mas tudo em O Desaparecimento de Eleanor Rigby (me recuso a aceitar o título amador em português) é tão envolvente que isso é só um detalhe. Eis a prova de que um ritmo lento não necessariamente torna o filme cansativo. Basta ter em mãos um roteiro envolvente e um elenco super sintonizado (confesso que não entendi Isabelle Huppert(!) num papel tão pequeno e desinteressante). A trilha é excelente e a edição é tão bem feita que fiquei curioso pra ver as versões Him e Her.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraPequenas selvagerias humanas relatadas com um humor finíssimo que só reforça a qualidade do cinema argentino. Excelente!
Meninos Não Choram
4.2 1,4K Assista AgoraMais um da série "Por que demorei tanto pra assistir?"
Jogos Vorazes: Em Chamas
4.0 3,3K Assista AgoraDeixei o preconceito no primeiro filme e não me arrependo. Não é pecado gostar de blockbuster, ainda mais quando bem feito! Jennifer Lawrence, além de excelente atriz, tem um carisma que não é deste mundo! Quero ver o próximo com certeza.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraA intenção é ótima e o resultado é até bem agradável, mas as atuações continuam forçadas, com falas mais marcadas que peça de escola. O trio principal melhorou muito desde o curta, não nego, mas poderia ter dado mais naturalidade à coisa.
Taxi Driver
4.2 2,6K Assista AgoraTravis tem um je ne sais quoi de Raskólnikov que eu amo. De Niro sempre arrasador, impressionante...
Conduzindo Miss Daisy
3.9 415 Assista AgoraUma Jessica Tandy adorável e um Morgan Freeman impecável(como sempre) nos fazendo refletir sobre velhice e amizade. Não sei por que demorei tanto pra ver essa coisa linda!