Não gostei. Tem elementos interessantes, o roteiro é bom, a atuação das crianças também. Mas da metade pro final, dá impressão que tá se vendo um outro filme. Uma viagem atrás de outra.
Espero que a pretensão do filme não tenha sido ser um filme assustador, porque isso não foi nem de longe. Mas gostei da história. Achei o final inusitado :)
Que filme gostoso de se ver. As lembranças, a nostalgia, os sentimentos brotando novamente, a confusão. E A VONTADE DE DAR UM TABEFE NAQUELE VELHO. Que cara chato que não dava valor pra esposa, hunf.
Olha, o filme é bom, a fotografia é boa e a trilha sonora melhor ainda. Mas não precisava de quase três horas pra contar uma história que em pouco mais de uma hora e meia tava contada e arrematada
E muita raiva da mãe dela, completamente negligente. Tudo bem que ser mãe solteira de três filhos não é fácil, mas convenhamos...a mulher não tava nem aí pra menina. Ela foge pra passar três dias com o tio, e a mãe não diz nem um "a". O irmão mais velho constantemente desrespeita ela, e a mãe nem intervém, chega a mostrar predileção pelos outros dois à ela. A menina tenta se matar e a mãe chega toda calma e fica com aquela cara de paisagem no hospital, não se vê nem um traço de culpa ou exasperação maior. A menina passa praticamente o filme todo sem dar um sorriso, e a mãe nem desconfia que há algo acontecendo? Esse tá longe de ser o jeito ideal de tratar uma adolescente de 12 anos,
Filme poético, e ao mesmo tempo cru. Cru não num sentido negativo. No sentido de que contou a história pura e simplesmente, sem precisar de floreios hollywoodianos.
Lamentável é que a inteligência de algumas pessoas que comentam aqui seja apenas suficiente pra fazer piadinhas de quinta série sobre o nome da personagem.
A sinopse diz que é um filme sobre uma mulher que fica viúva e descobre que seu marido tinha um relacionamento homossexual, mas o filme é bem mais que isso. É uma história sobre o amor, e como ele pode ser “bagunçado” e confuso e perturbador e surpreendente a depender de quem o sente.
O filme parece ser aquelas produções bobinhas que só querem explorar um pouco de humor, mas traz uma mensagem muito pertinente sobre família e preconceitos.Scot, é quase um Kurt Hummel criança, só que ainda mais afeminado. E a complexidade do filme já começa aí, já que o debate sobre as “causas” da homossexualidade persistem até hoje e os argumentos variam entre idéias behavioristas e genéticas. Como definir “o que fez” um garoto em tão tenra idade “virar gay”, né sociedade? A lente da inocência e da simplicidade que nos é proporcionada a partir do olhar ingênuo de Scot é um choque com a lente social que estamos acostumados. Rosa é só mais uma cor. Roupas são simples acessórios. Maquiagem é apenas um ornamento. Por que tudo isso precisa de rótulos “masculinos” ou “femininos”? Outra questão pertinente é a do auto-preconceito, que fica muito claro a partir do personagem Eric. Infelizmente muita gente ainda tem o modo de pensar “tudo bem ser gay, apenas não se comporte como tal” e esse preconceito estava tão grudado em Eric que ele acabava se tornando escravo dele mesmo, já que boa parte das pessoas de quem ele tentava esconder sua sexualidade, já a conheciam. Ah, e claro, os desafio a assistir esse filme sem vomitar arco íris com e pelo Scot.
Se vocês procuram um filme lésbico “alegrinho”, não é em What Makes a Family que vocês encontrarão. Ele é um filme PESADO. Pesado por causa dos dois assuntos em que ele foca, a falta de reconhecimento da união de pessoas do mesmo sexo e as consequências que ela traz, e a perda de um parceiro e as dificuldades de lidar com o que se segue. Isso somado ao fato de ser baseado numa história real, torna as coisas ainda mais tensas. Tenho verdadeira aflição de ver a personagem Sandy definhando aos poucos e “brigando” com todas as forças, recusando-se aceitar a derrota, e mais aflição ainda quando Neen tem sua filhinha arrancada dos braços. Mas infelizmente filmes felizes nem sempre tem o impacto que dramas como essa causam, e esse impacto é necessário pra gerar comoção e REAÇÃO a um sistema. Reação como a de Neen, que como uma verdadeira leoa protegendo o filhote, declarou guerra à constituição de um estado todo e com ajuda da advogada, interpretada belissimamente pela grande Whoopi, conseguindo algo antes inédito.
Que filme agradável! História tocante, sensível, com a dose certa de humor e fundo educativo. O estilo Road Movie do filme nos permite acompanhar mais do que a jornada de viagem, mas também a jornada emocional de Bree Osbourne, interpretada dignissimamente por Felicity Huffman que faz um trabalho todo especial com postura e voz, pra dar vida a essa personagem atormentada pela angústia de não conseguir “se encontrar” no corpo certo. A questão da identidade de gênero ainda é assunto causador de dúvidas e julgamentos errados na nossa sociedade, principalmente no que diz respeito aos “tons de cinza” (e não, eu não me refiro a aquele livro infeliz). Definir gays e lésbicas provavelmente a maioria sabe (ainda que existam definições errôneas carregadas de estereótipos), mas o conceito de transsexual, travesti, crossdresser, genderqueer ainda é um mistério para muitos, e o filme tem sucesso ao mostrar que nem todos os transsexuais são “bees espalhafatosas, emplumadas e cheias de glamour” como algumas produções sugerem. Enfim, um ótimo filme, dramático, mas de certa forma feliz, emocionante e comovente.
A então desconhecida Hillary Swank deu tudo de si nessa produção ganhadora de Oscars que apesar de ser uma história sufocante e brutal, foi necessária no contexto do final da década de 1999, justamente para EDUCAR uma sociedade que de modo geral não tinha muito conhecimento sobre essa questão apresentada: a crise de identidade de gênero. Não é um filme fácil de ser assistido, ainda mais ao pensarmos que tudo isso de fato ocorreu na vida real e que existiu realmente um Brandon Teena que teve seus sonhos abreviados por causa da ignorância e do preconceito, mas apesar dessa densidade toda, é encantador ver a alegria do personagem principal no momento em que “se encontra”, sentindo a liberdade que o corpo que nasceu não lhe permitia completamente. Outro ponto encantador é o romance entre Brandon e Lana Tisdel, duas pessoas com o mesmo desejo de liberdade, ainda que essa liberdade fosse de natureza diferente, que encontraram conforto uma na outra mostrando que o amor verdadeiro sempre encontra espaço para que entendamos o que nos é desconhecido e possamos superar pensamentos fossilizados.
Pra quem assistiu “I can’t think straight” é uma surpresa ver as mesmas atrizes interpretando papéis tão diferentes.Acredito que o filme não agrade a todos, em parte porque seu foco não é a relação das protagonistas, mas sim como elas lidam com suas individualidades num contexto social de repressão e violência.
A retratação do Apartheid e como ele afetou a vida das pessoas independente de sua etnia, muitas vezes roubando sua subjetividade, é digna de reflexão.Há quem se limite a chamar o filme de fraco porque esperou o filme todo pela pegação sáfica quente, e se frustrou. Não era a proposta do filme, isso ficou óbvio desde o início. A proposta era falar do desejo por libertação, libertação essa de diversas naturezas. O final aberto deixa aquela reticências da esperança, esta que sentimos até hoje, por uma sociedade mais justa e mais equalitária.
Um filme bastante perturbador, como não poderia deixar de ser, tratando do tema da pedofilia, mas que traz à tona uma realidade triste e existente, tanto ao tratar das marcas permanentes que esse ato repulsivo causa nas crianças...
quanto ao fato de mostrar que infelizmente, muitos criminosos saem impunes. Colocando Neil e Brian paralelamente, vemos o modo como os dois escolhem lidar com essa tragédia – seja pela fuga fantasiosa de Brian ou pela busca da desmitificação do sexo de Neil- e como a vida de cada um foi afetada diferentemente. Não é um filme bonito e feliz. Aborda um assunto que espinha, incomoda, e sufoca, mas nos chama para o mundo real, portanto acaba fazendo o papel de educar. Pais, prestem atenção em suas crianças. Pais, compreendam o silencioso e inconsciente grito por socorro. É óbvio que não dá pra deixar de falar da atuação espetacular de Joseph Gordon-Levitt, que consegue passar através do mero olhar de Neil a alma cheia de cicatrizes desse jovem. Contudo, existe um ponto que acho preocupante. Uma interpretação errada do enredo pode contribuir para a perpetuação do pensamento que “a pessoa que vira homossexual” o faz porque sofreu traumas, abusos, etc. O filme tenta impedir a idéia deixando claro que a identidade sexual de Neil começava a se formar já antes da fatalidade, mas infelizmente nem todo mundo tem cabeça pra entender a mensagem e diferenciar as coisas.
É uma vergonha eu não ter visto esse filme antes. Poucos filmes me deixaram com tantas sensações diversas depois de assistir. O filme consegue misturar fatos muito psicodélicos, uma bela pitada de “WTF”, poesia, filosofia, humor e drama, trazendo toda essa mistura embalada numa humanidade gritante. O filme celebra a diversidade sexual e sua fluidez, trazendo como estandarte uma personagem de força incrível. As músicas não foram compostas para serem “catchy songs”, mas nos conquistam por sua profundidade e poder. Diálogos muito bem trabalhados que nos fazem refletir até nas cenas mais escrachadas. Que delícia deve ser ver esse musical ao vivo!
Capitã Marvel
3.7 1,9K Assista AgoraO filme passa no Bechdel Test, no Furiosa Test e no Male Tears Test. Só por isso já vale cinco estrelas.
Mama
3.0 2,8K Assista AgoraNão gostei. Tem elementos interessantes, o roteiro é bom, a atuação das crianças também. Mas da metade pro final, dá impressão que tá se vendo um outro filme. Uma viagem atrás de outra.
A Mulher de Preto
3.0 2,9KEspero que a pretensão do filme não tenha sido ser um filme assustador, porque isso não foi nem de longe. Mas gostei da história. Achei o final inusitado :)
80 Dias
3.9 24Que filme gostoso de se ver. As lembranças, a nostalgia, os sentimentos brotando novamente, a confusão. E A VONTADE DE DAR UM TABEFE NAQUELE VELHO. Que cara chato que não dava valor pra esposa, hunf.
Laurence Anyways
4.1 551 Assista AgoraOlha, o filme é bom, a fotografia é boa e a trilha sonora melhor ainda. Mas não precisava de quase três horas pra contar uma história que em pouco mais de uma hora e meia tava contada e arrematada
A Guarda Costas
2.8 11Quase dormi vendo D: Só dá uma afliçãozinha na hora que se pensa que os cara podiam tá lá, mexendo com o filho dela.
Meu amigo de Faro
3.4 22Passei o filme inteiro pensando "vai dar m*****". Não chega a ser ruim, mas levemente sem sal.
La Robe du soir
3.7 12Filme simples mas ao mesmo tempo psicologicamente intenso. Dá pra sentir a aflição da menina em cada cena.
E muita raiva da mãe dela, completamente negligente. Tudo bem que ser mãe solteira de três filhos não é fácil, mas convenhamos...a mulher não tava nem aí pra menina. Ela foge pra passar três dias com o tio, e a mãe não diz nem um "a". O irmão mais velho constantemente desrespeita ela, e a mãe nem intervém, chega a mostrar predileção pelos outros dois à ela. A menina tenta se matar e a mãe chega toda calma e fica com aquela cara de paisagem no hospital, não se vê nem um traço de culpa ou exasperação maior. A menina passa praticamente o filme todo sem dar um sorriso, e a mãe nem desconfia que há algo acontecendo? Esse tá longe de ser o jeito ideal de tratar uma adolescente de 12 anos,
Desejo e Reparação
4.1 1,5K Assista AgoraO enredo é ótimo, a fotografia é ótima, mas o James McAvoy e a Keira tem a química de dois pastéis de palmito.
Poesia
4.1 189Filme poético, e ao mesmo tempo cru. Cru não num sentido negativo. No sentido de que contou a história pura e simplesmente, sem precisar de floreios hollywoodianos.
Lamentável é que a inteligência de algumas pessoas que comentam aqui seja apenas suficiente pra fazer piadinhas de quinta série sobre o nome da personagem.
Café da Manhã em Plutão
4.0 188 Assista AgoraQue filme gostoso de assistir! Trilha sonora perfeita, humor perfeito, figurinos lindos!
Um Amor Quase Perfeito
3.8 42 Assista AgoraA sinopse diz que é um filme sobre uma mulher que fica viúva e descobre que seu marido tinha um relacionamento homossexual, mas o filme é bem mais que isso. É uma história sobre o amor, e como ele pode ser “bagunçado” e confuso e perturbador e surpreendente a depender de quem o sente.
Uma Família Bem Diferente
3.6 192O filme parece ser aquelas produções bobinhas que só querem explorar um pouco de humor, mas traz uma mensagem muito pertinente sobre família e preconceitos.Scot, é quase um Kurt Hummel criança, só que ainda mais afeminado. E a complexidade do filme já começa aí, já que o debate sobre as “causas” da homossexualidade persistem até hoje e os argumentos variam entre idéias behavioristas e genéticas. Como definir “o que fez” um garoto em tão tenra idade “virar gay”, né sociedade? A lente da inocência e da simplicidade que nos é proporcionada a partir do olhar ingênuo de Scot é um choque com a lente social que estamos acostumados. Rosa é só mais uma cor. Roupas são simples acessórios. Maquiagem é apenas um ornamento. Por que tudo isso precisa de rótulos “masculinos” ou “femininos”?
Outra questão pertinente é a do auto-preconceito, que fica muito claro a partir do personagem Eric. Infelizmente muita gente ainda tem o modo de pensar “tudo bem ser gay, apenas não se comporte como tal” e esse preconceito estava tão grudado em Eric que ele acabava se tornando escravo dele mesmo, já que boa parte das pessoas de quem ele tentava esconder sua sexualidade, já a conheciam. Ah, e claro, os desafio a assistir esse filme sem vomitar arco íris com e pelo Scot.
À Prova de Morte
3.9 2,0K Assista Agoratrês palavras: Zoe Fucking Bell.
Que orgulho dessa guria!
Pó
3.8 11#
Do que é Feito uma Família
4.1 70Eu tinha assistido esse filme há uns 5 anos, numa madrugada da Globo, mas desde lá (apesar da dublagem e do meu sono) ele me chamou atenção.
Se vocês procuram um filme lésbico “alegrinho”, não é em What Makes a Family que vocês encontrarão. Ele é um filme PESADO. Pesado por causa dos dois assuntos em que ele foca, a falta de reconhecimento da união de pessoas do mesmo sexo e as consequências que ela traz, e a perda de um parceiro e as dificuldades de lidar com o que se segue. Isso somado ao fato de ser baseado numa história real, torna as coisas ainda mais tensas.
Tenho verdadeira aflição de ver a personagem Sandy definhando aos poucos e “brigando” com todas as forças, recusando-se aceitar a derrota, e mais aflição ainda quando Neen tem sua filhinha arrancada dos braços.
Mas infelizmente filmes felizes nem sempre tem o impacto que dramas como essa causam, e esse impacto é necessário pra gerar comoção e REAÇÃO a um sistema. Reação como a de Neen, que como uma verdadeira leoa protegendo o filhote, declarou guerra à constituição de um estado todo e com ajuda da advogada, interpretada belissimamente pela grande Whoopi, conseguindo algo antes inédito.
Transamerica
4.1 746 Assista AgoraQue filme agradável! História tocante, sensível, com a dose certa de humor e fundo educativo. O estilo Road Movie do filme nos permite acompanhar mais do que a jornada de viagem, mas também a jornada emocional de Bree Osbourne, interpretada dignissimamente por Felicity Huffman que faz um trabalho todo especial com postura e voz, pra dar vida a essa personagem atormentada pela angústia de não conseguir “se encontrar” no corpo certo.
A questão da identidade de gênero ainda é assunto causador de dúvidas e julgamentos errados na nossa sociedade, principalmente no que diz respeito aos “tons de cinza” (e não, eu não me refiro a aquele livro infeliz). Definir gays e lésbicas provavelmente a maioria sabe (ainda que existam definições errôneas carregadas de estereótipos), mas o conceito de transsexual, travesti, crossdresser, genderqueer ainda é um mistério para muitos, e o filme tem sucesso ao mostrar que nem todos os transsexuais são “bees espalhafatosas, emplumadas e cheias de glamour” como algumas produções sugerem.
Enfim, um ótimo filme, dramático, mas de certa forma feliz, emocionante e comovente.
Os Vingadores
4.0 6,9K Assista AgoraJoss Whedon que me perdoe, mas não achei toda essa sensação que a mídia anunciou não.
Meninos Não Choram
4.2 1,4K Assista AgoraReassisti esse filme que tinha visto há anos e durante o processo me lembrei de o quanto ele consegue ser SUFOCANTE.
A então desconhecida Hillary Swank deu tudo de si nessa produção ganhadora de Oscars que apesar de ser uma história sufocante e brutal, foi necessária no contexto do final da década de 1999, justamente para EDUCAR uma sociedade que de modo geral não tinha muito conhecimento sobre essa questão apresentada: a crise de identidade de gênero. Não é um filme fácil de ser assistido, ainda mais ao pensarmos que tudo isso de fato ocorreu na vida real e que existiu realmente um Brandon Teena que teve seus sonhos abreviados por causa da ignorância e do preconceito, mas apesar dessa densidade toda, é encantador ver a alegria do personagem principal no momento em que “se encontra”, sentindo a liberdade que o corpo que nasceu não lhe permitia completamente. Outro ponto encantador é o romance entre Brandon e Lana Tisdel, duas pessoas com o mesmo desejo de liberdade, ainda que essa liberdade fosse de natureza diferente, que encontraram conforto uma na outra mostrando que o amor verdadeiro sempre encontra espaço para que entendamos o que nos é desconhecido e possamos superar pensamentos fossilizados.
The World Unseen
3.5 31Pra quem assistiu “I can’t think straight” é uma surpresa ver as mesmas atrizes interpretando papéis tão diferentes.Acredito que o filme não agrade a todos, em parte porque seu foco não é a relação das protagonistas, mas sim como elas lidam com suas individualidades num contexto social de repressão e violência.
A retratação do Apartheid e como ele afetou a vida das pessoas independente de sua etnia, muitas vezes roubando sua subjetividade, é digna de reflexão.Há quem se limite a chamar o filme de fraco porque esperou o filme todo pela pegação sáfica quente, e se frustrou. Não era a proposta do filme, isso ficou óbvio desde o início. A proposta era falar do desejo por libertação, libertação essa de diversas naturezas. O final aberto deixa aquela reticências da esperança, esta que sentimos até hoje, por uma sociedade mais justa e mais equalitária.
Mistérios da Carne
4.1 974Um filme bastante perturbador, como não poderia deixar de ser, tratando do tema da pedofilia, mas que traz à tona uma realidade triste e existente, tanto ao tratar das marcas permanentes que esse ato repulsivo causa nas crianças...
quanto ao fato de mostrar que infelizmente, muitos criminosos saem impunes.
Colocando Neil e Brian paralelamente, vemos o modo como os dois escolhem lidar com essa tragédia – seja pela fuga fantasiosa de Brian ou pela busca da desmitificação do sexo de Neil- e como a vida de cada um foi afetada diferentemente.
Não é um filme bonito e feliz. Aborda um assunto que espinha, incomoda, e sufoca, mas nos chama para o mundo real, portanto acaba fazendo o papel de educar. Pais, prestem atenção em suas crianças. Pais, compreendam o silencioso e inconsciente grito por socorro.
É óbvio que não dá pra deixar de falar da atuação espetacular de Joseph Gordon-Levitt, que consegue passar através do mero olhar de Neil a alma cheia de cicatrizes desse jovem.
Contudo, existe um ponto que acho preocupante. Uma interpretação errada do enredo pode contribuir para a perpetuação do pensamento que “a pessoa que vira homossexual” o faz porque sofreu traumas, abusos, etc. O filme tenta impedir a idéia deixando claro que a identidade sexual de Neil começava a se formar já antes da fatalidade, mas infelizmente nem todo mundo tem cabeça pra entender a mensagem e diferenciar as coisas.
Hedwig: Rock, Amor e Traição
4.2 255É uma vergonha eu não ter visto esse filme antes. Poucos filmes me deixaram com tantas sensações diversas depois de assistir. O filme consegue misturar fatos muito psicodélicos, uma bela pitada de “WTF”, poesia, filosofia, humor e drama, trazendo toda essa mistura embalada numa humanidade gritante. O filme celebra a diversidade sexual e sua fluidez, trazendo como estandarte uma personagem de força incrível.
As músicas não foram compostas para serem “catchy songs”, mas nos conquistam por sua profundidade e poder. Diálogos muito bem trabalhados que nos fazem refletir até nas cenas mais escrachadas.
Que delícia deve ser ver esse musical ao vivo!
The Mountain
3.1 8Acho que não havia assistido um filme tão parado desde "Como terminei esse verão". Mas isso não faz ele ser ruim. Só diferente.
Mistérios da Carne
4.1 974Perturbador, mas muito bem feito!