Doce, simples e tocante. Me identifiquei tantas vezes, em tantos aspectos. Nas relações tóxicas, no medo de se abrir, ou mesmo do crescimento e abertura pro mundo com um ritmo um pouco diferente do dos outros. Todos temos nossos Sebastians e, como já disseram aqui, se até o Charlie deixou de ser Alice, eu também tenho esperança.
Definitivamente me surpreendeu. Embora eu saiba que muita gente não entendeu nada e por isso mesmo julgou o filme como ruim. Mas é uma trama muito bem assentada no discurso puritano sobre as bruxas na Nova Inglaterra, portanto caminha entre o fanatismo e a fé pura, o real e o sobrenatural, a loucura e a sensatez. Assistirei mais vezes, mas fiquei muito satisfeito com a fidelidade histórica sobre os relatos de bruxas datados do século XVI.
Todos esses anos e eu sempre deixei "The Village" para depois. Mas acho que foi por cansar de me decepcionar com os enredos inconclusivos de M. Night Shyamalan, mas eu estou aqui me perguntando porque é que muita gente me falou mal de A Vila e choramingando por não ter visto antes. Terminei o filme há pouco e só por uma trilha sonora incrível como essa já merece uma atenção especial. Na verdade, penso agora que me questiono muito mais por não ter assistido no cinema e já até posso formular porque tanto falatório sobre o filme ser chato e meio sem nexo. O problema é que, na época, venderam a história como um filme de suspense. O público foi ao cinema esperando um novo Sexto Sentido e saiu com uma crítica à civilização ocidental. Fazer o que, não é? Mas, de verdade, atuação incrível de Bryce Dallas Howard me arrebatou. Cinco estrelas sim, e com louvor!
Está aqui uma nota no Filmow que não entendo de jeito nenhum. Para mim, o Castelo Rá-Tim-Bum está entre uma das melhores e mais cálidas lembranças da infância, povoou meus sonhos e brincadeiras por muito tempo. O filme é tao mágico quanto a série. Revi hoje depois de anos e me encantei com força de novo. Caprichadíssimo, requintado, de um esmero inédito nas produções brasileiras. Lembro que quando vi ainda criança, fiquei um pouco triste por não rever nas telonas os nossos amigos Biba, Pedro e Zeca, ou mesmo o Nino já adulto do Cássio, com aquele jeito meninão, mas o roteiro me fez esquecer toda e qualquer decepção, pois é, de fato, encantador demais. Às vezes as pessoas parecem não entender que a proposta da série era outra e que obras para a TV e o cinema são e têm de ser bastante antagônicas no formato. Ênfase na trilha sonora forte, genial e, como já disse, requintada, que me faz cantarolar "Ópera Arepó" até hoje. Fim de semana nostálgico. Melhor reencontro? Impossível!
São justamente esses os adjetivos que caracterizam esse filme: Simples, amável, carismático e real. Vi tanta gente que conheci na minha vida retratada nesse filme, tanta mulher brasileira, nordestina e trabalhadora, que acima de tudo luta com a dignidade acima de tudo. Foi a crítica social mais escrachadamente amável que eu já vi! Magnífico! Estaremos muito bem representados no Oscar e bom, confesso que fiz as pazes com minhas concepções sobre a Regina Casé. Que atuação, gente!
Fui para o cinema sem nem saber de nada do enredo, nem trailer tinha visto. Me surpreendeu de um jeito! Eu adorei! Amei o sarcasmo e a zoação eterna dos personagens, além do elenco maravilhoso. Já quero a continuação!
Claro que eu criei expectativas com relação ao filme, mas fui cauteloso porque enfim, às vezes tudo desanda quando chega as telonas. Mas "Malévola" me deixou muitíssimo satisfeito, devo dizer. Quem antes foi associado à personificação do recalque, teve sua história recontada e advinda do mundo das fadas. Angelina Jolie interpretou, de forma muitíssimo digna, um personagem que é um retrato complexo que muitas vezes não funcionaria dentro dos estúdios da Disney. Embora isso seja uma prerrogativa para tramas mais consistentes, julgo que isso não foi algo inesperado, justamente por conta da recente explosão na mídia de narrativas de contos de fadas antigos para criar histórias decididamente modernas, trazendo até mesmo assuntos mais libidinosos e discussões sobre mau comportamento. Eu gostei muito, de verdade. Achei bonito, instigante e muitíssimo válido no que se relaciona - principalmente - ao fato de que a Disney está se libertando cada vez mais dos grilhões do machismo. Há algumas reviravoltas bem mais interessantes que fizeram uma ponte genial com a história original e que consequentemente dão a esta versão, apesar de toda sua violência dirigida às mulheres, uma intrigante sobreposição feminista. É algo paulatino, mas gradativo. Apesar de muita gente ter achado algo abaixo de suas expectativas, eu digo que foi algo devidamente intenso, inteligente e das melhores releituras dentre as últimas que temos visto.
Um retrato lindo e sensível à angústia do outro frente às perdas e emoldurado pela arte. Inovador, introspectivo, demasiada e pesadamente poético. Uma busca pela própria identidade, um aprendizado visto do espelho da própria alma. "Vem, estou adoecida de amor... Põe a mão em mim, que eu viro água. Volta, me escolhe, me leva."
Uma estrela e meia para o contexto da intolerância que foi bem explorado. O resto, não souberam desenvolver. Atuações inexpressivas, efeitos over. Pronto, falei.
A questão é que os cardiologistas podem prever um ataque cardíaco através de exames no sangue. Mas quem pode prever as mentiras, ou o passado, ou as tristezas? Sabe a melhor maneira de prever o comportamento futuro? É observar o comportamento passado.
Para mim foi uma decepção. Eu esperei muito do filme, justamente pela direção de Andres Muschietti que já tinha se mostrado muito boa no curta e pela apresentação do Del Toro. Um fator que não posso descartar: fotografia belíssima e a atuação não menos esforçada de Jessica Chastain. Mas infelizmente o uso exagerado do CGI prejudicou em muito a película. Tinha tudo para ser um filme muito belo em todos os aspectos, mas o enredo é cheio de pontas soltas, fatores que não chegam a lugar nenhum e muitos clichês, uma reunião de mais do mesmo. A história não conseguiu me cativar, a não ser pelos últimos minutos de filme que estes eu até voltei para rever. Eu queria realmente ter gostado mais, ter me envolvido mais, só que muitas coisas não contribuíram para isso de jeito nenhum. Uma pena, queria realmente tê-lo entre os meus favoritos, mas não pretendo rever tão cedo.
Assisti ao filme com os olhos marejados do começo ao fim, justamente porque toda vez que uma adaptação cinematográfica é anunciada, é de praxe que eu torça o nariz e espere a pior versão possível. Felizmente não foi isso o que aconteceu, de verdade. Muito fiel ao livro, o filme emocionou com delicadeza. Além disso, os detalhes que fazem de "As Vantagens" uma adaptação impar, é justamente a excelente escolha da trilha sonora e as cálidas atuações dos três. Quando li o livro eu sempre dava um longo suspiro quando as bandas que eu mais ouvi na minha adolescência eram citadas. The Smiths me encantou mais uma vez; Cocteau Twins me embalou como sempre o fez; Sonic Youth me levou às tardes introspectivas tentando aprender violão (o que nunca deu resultado) e David Bowie me chamou para ser herói, como o fez por muitas vezes enquanto eu escrevia longas cartas para desconhecidos, assim como Charlie. Eu me atrevo a dizer que "As Vantagens de Ser Invisível" pode ter para os jovens de hoje a mesma importância que o "Clube dos Cinco" - de John Hughes - teve para a geração dos anos 80, justamente por mostrar de forma bem elaborada o caminho da adolescência, alternando sombra e luz, silêncio e balbúrdia e ao mesmo misturando tudo, numa faina que só esta fase de mudanças e intempéries apresenta. É sem dúvida uma história infinita e sem dúvida eu me sinto infinito agora. E acho que daqui em diante é para sempre, na melhor significação da palavra.
Finalmente assisti este filme que "trouxe ao mundo" o diretor australiano Peter Weir. Felizmente estou muito, muito satisfeito, embora eu deva ressalvar que não é um filme indicado para o grande público. Alguns podem se incomodar com seu desenvolvimento lento e diálogos declamados. Simplesmente adorei o fato de que por meio de imagens que mais parecem um quadro pintado, o espectador é conduzido a um jogo de informações que, à medida que a história avança, vai ficando cada vez mais intrigante. Considero meio difícil de explicar, mas, durante a projeção, há insistentes e alternados trechos que nos mostram a força das árvores, a imponência dos rochedos, a destreza dos pequenos bichos, coisas que nos fazem acreditar que há uma força maior e oculta na natureza, algo que os humanos não podem controlar. Soma-se a isso o som que parece ribombar de dentro das rochas, chegando a quase incomodar, como se denotasse força própria para Hanging Rock. À aura meio mágica, sobrenatural e pagã também devemos atribuir a inquietantes fatos que repetem-se: o relinchar dos cavalos ao chegar ao local, um bando de aves fazendo barulho no céu, o som de uma flauta de Pã (tocada por Gheorghe Zamphir) que mais parece um grito de angústia. Também há o fato de que o desaparecimento ter acontecido no Dias dos Namorados, sugerindo assim um possível crime passional, fortalecido com a curiosidade das adolescentes sobre o mundo adulto. Seria insinuação para o desejo sexual reprimido? O diretor conseguiu o que queria: incomodar o espectador. Imaginem aqueles que saíram do cinema, após uma forte revelação nos minutos finais, com a notícia plantada de que o longa se baseava em fatos reais. Foram discussões e mais discussões. Não existia Google naquela época, o que deve ter deixado o público sedento por debates e esclarecimentos. Ainda me reportando às palavras de Gilvan Martello: Não procurem muitas informações sobre o filme. Vejam e se deixem seduzir por esta composição magnífica, mas fiquem certos de que, muito provavelmente, será uma experiência mágica e perturbadora.
Para deixar claro: vi as pessoas falando nos comentários sobre o livro e sobre um capítulo póstumo. Me interessei por demais e uma amiga o conseguiu. Está todo em inglês, ainda vou ler, mas ele explica que fim as garotas levaram (se é que houve um fim para elas). Joan Lindsay simplesmente deu uma sacada de mestre no enredo! Acho digno comentar isso, também: anos atrás ganhei um mangá escrito e desenhado pela coreana Queenie Chan e que contava a história de garotas que moravam num internato na Austrália, afastado de tudo e de todos e era envolto em mistérios. Principalmente pelo desaparecimento de garotas na floresta, que nunca mais foram encontradas. Já ouviram essa história? Eu também! Lembro que o final era um tanto perturbador e que li comentários a respeito desse capítulo póstumo de "Picnic at Hanging Rock" que dizem que o final é tão bizarro que ficaria difícil colocá-lo num filme daquela época. De fato, estou ansioso para ler!
Elen sila lumenn omentielvo! Assim que cheguei em casa, depois da sessão, baixei a trilha sonora e simplesmente voltei pra Terra Média... Foi lindo, esperava pelo filme há 8 anos! Enquanto estava na sala e os primeiros minutos de filme começaram, o meu coração acelerou e meus olhos se encheram de lágrimas e eu disse: "Deuses, se o Tolkien visse isso..." "Ok, mas uma adaptação de três filmes para um livro de menos de 300 páginas não é um exagero?", eu confesso que pensei antes de assistir. A gente pensa também na arrecadação das bilheterias e é óbvio que tem muito intere$$e envolvido. Mas também sabemos muito bem que assunto para preencher 166 minutos é o que não falta... Bom, sobre as questões técnicas... O Hobbit não perdeu EM NADA no quesito figurino e trilha sonora. Apesar de não ser Ngila Dickson na parte do vestuário, os novos figurinistas não deixaram a desejar de modo algum. Howard Shore retorna com uma trilha sonora que parece realmente emanar do universo de Tolkien, no mínimo fascinante! Eu confesso que não gostei muito do fato de que os orcs foram todos feitos por computador, o que deu um ar bastante comercial para a franquia. Enquanto em O Senhor dos Anéis aquela aura de sonho e misticismo era presente em todos os segundos do filme, n'O Hobbit isso se limitou a Valfenda e não mais. Cate Blanchett sempre me faz arrepiar interpretando Galadriel, sem dúvida o meu personagem favorito! E é óbvio que o filme não é fiel ao livro e tal, isso se explica muito bem em qualquer franquia baseada em livros: o mundo de Tolkien é complicado e intrincado demais, isso sem falar que a Terra-Média é uma gambiarra. “O Hobbit” foi lançado em 1937 e “A Sociedade do Anel”, em 1954. Entre um e outro, nosso Tolkien começou a desenvolver um universo com geografia, história e até cosmologia próprias. Ele criou novos idiomas, raças, hábitos culturais, guerras. São milênios de histórias. Simplesmente NÃO DÁ PRA FAZER ISSO, PESSOAL! Mas, de qualquer forma eu também estou ansiosíssimo pelas próximas seis horas da franquia! A Terra Média está no meu coração de um modo que nunca conseguirei explicar, isso é um fato irrevogável. Namärie!
O que tenho a dizer é que sim, essa adaptação segue um bom ritmo, entretanto o roteiro não é profundo e explora seus personagens de forma mínima. Atentos a estória, podemos entender o que motiva cada um e certas frases feitas contribuem para isso. A questão das relações amorosas, embora ínfimas, cabem no contexto e conseguem dar mais cadência à trama. Particularmente eu gostei bastante da inserção do passado dos personagens fora da fortaleza e do reino. Sabe, eu sinceramente não criticarei a Kristen Stewart pelo desempenho, mas sim pelas inevitáveis caras e bocas. Bem que ela tenta dar alguma dignidade à protagonista, mas, se entrega àqueles vícios irritantemente comuns a ela: lábios semi abertos, olhar cerrado. Nesse ponto (e em todos os outros) ela perde em dramaticidade até para Thor, ou melhor, Chris Hemsworth. Mas, meus caros, enquanto tudo isso acontece, Charlize Theron simplesmente nos mantém extasiados, em catarse, mesmo. Fiquei impressionado com a beleza da atuação da mesma, que dá uma veracidade linda ao conto. Não nos esqueçamos também da trilha sonora, que tendo Florence and The Machine torna-se ainda mais bela, forte e bem cadenciada. Enfim, a beleza visual de “Branca de Neve e o Caçador” é indiscutível e esta é uma atraente versão, ainda que pobre, da fascinante obra dos irmãos Grimm.
E repito aqui, balbuciando pra não perder a magia do momento:
Você é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse te dar só um presente para o resto da sua vida seria este. Confiança. Seria o presente da Confiança. Ou isso ou uma vela perfumada.
De uma sensibilidade impressionante. As atuações são belíssimas em sua simplicidade e tudo é extremamente bem cadenciado. Voltei a muitos aspectos e manias de minha infância, formas de expressar que lembram muito essa época e que estão representados no filme de forma tão natural. É calcado na simplicidade, mas aborda questões delicadas com uma maestria que se vê em poucos filmes. Desde já, um dos meus favoritos. Bravo!
Sem dúvida uma das adaptações mais lindas que já vi. Não sei, mas ela tem um cuidado de captar a essência da época de modo fascinante. Ali sim está uma fábula dos Irmãos Grimm contada da mesma forma que lá, no começo, ainda quando passava de boca a boca nos vilarejos que existiam a boca das grandes florestas. Vemos a fome, a crueldade da Igreja, as intempéries de um tempo obscuro como fora o medievo.
Lindas atuações, trilha sonora igualmente linda, figurino extremamente bem cadenciado, fotografia muito bela. É o tipo de filme que não repercute demais justamente porque quem gosta dele é um público realmente seleto. O suspense convence, aquela velha, Deus do céu, que coisa tensa.
Juro, vi uma vez na TV mas já faz muito, muito tempo, e eu jurava que era um sonho (bem assustador, por assim dizer). Topei com a página dele sem querer e então procurei até achar pra baixar. Me esbaldei de novo!
O livro é ainda mais emocionante, apesar de curtinho. Mas o conjunto das atuações e da trilha sonora do filme deram um toque todo especial, sensível e delicado a estória. Sem falar que representa uma fase pra lá de icônica da minha vida. Filme de cabeceira, mesmo.
É só fechar os olhos, mas manter a mente bem aberta.
A sua traição me feriu mais do que ouso transparecer. Mas perdoarei, e irei me curar em segredo. Nossa reserva mútua nos inibiu, mas agora se manifestou um reconhecimento espiritual. É preciso coragem para ver o real ao invés do conveniente. É uma característica estranha do privilegiado: intimidade imediata, descuidado. A pessoa deve fazer um esforço quando recebe um convite. Mas o segredo é parecer que não fez... Uma pessoa infeliz. Infeliz.
Simplesmente sensacional. Sempre me impressiono com a força das atuações, independentemente de quantas vezes eu o assista. Lindo, forte, tocante, perturbador, indignador. Impressionante!
Those People
3.3 179Doce, simples e tocante. Me identifiquei tantas vezes, em tantos aspectos.
Nas relações tóxicas, no medo de se abrir, ou mesmo do crescimento e abertura pro mundo com um ritmo um pouco diferente do dos outros.
Todos temos nossos Sebastians e, como já disseram aqui, se até o Charlie deixou de ser Alice, eu também tenho esperança.
A Bruxa
3.6 3,4K Assista AgoraDefinitivamente me surpreendeu.
Embora eu saiba que muita gente não entendeu nada e por isso mesmo julgou o filme como ruim.
Mas é uma trama muito bem assentada no discurso puritano sobre as bruxas na Nova Inglaterra, portanto caminha entre o fanatismo e a fé pura, o real e o sobrenatural, a loucura e a sensatez.
Assistirei mais vezes, mas fiquei muito satisfeito com a fidelidade histórica sobre os relatos de bruxas datados do século XVI.
A Vila
3.3 1,6KTodos esses anos e eu sempre deixei "The Village" para depois.
Mas acho que foi por cansar de me decepcionar com os enredos inconclusivos de M. Night Shyamalan, mas eu estou aqui me perguntando porque é que muita gente me falou mal de A Vila e choramingando por não ter visto antes.
Terminei o filme há pouco e só por uma trilha sonora incrível como essa já merece uma atenção especial.
Na verdade, penso agora que me questiono muito mais por não ter assistido no cinema e já até posso formular porque tanto falatório sobre o filme ser chato e meio sem nexo.
O problema é que, na época, venderam a história como um filme de suspense. O público foi ao cinema esperando um novo Sexto Sentido e saiu com uma crítica à civilização ocidental. Fazer o que, não é?
Mas, de verdade, atuação incrível de Bryce Dallas Howard me arrebatou.
Cinco estrelas sim, e com louvor!
Castelo Rá-Tim-Bum, O Filme
2.9 305Está aqui uma nota no Filmow que não entendo de jeito nenhum.
Para mim, o Castelo Rá-Tim-Bum está entre uma das melhores e mais cálidas lembranças da infância, povoou meus sonhos e brincadeiras por muito tempo.
O filme é tao mágico quanto a série. Revi hoje depois de anos e me encantei com força de novo. Caprichadíssimo, requintado, de um esmero inédito nas produções brasileiras.
Lembro que quando vi ainda criança, fiquei um pouco triste por não rever nas telonas os nossos amigos Biba, Pedro e Zeca, ou mesmo o Nino já adulto do Cássio, com aquele jeito meninão, mas o roteiro me fez esquecer toda e qualquer decepção, pois é, de fato, encantador demais. Às vezes as pessoas parecem não entender que a proposta da série era outra e que obras para a TV e o cinema são e têm de ser bastante antagônicas no formato.
Ênfase na trilha sonora forte, genial e, como já disse, requintada, que me faz cantarolar "Ópera Arepó" até hoje.
Fim de semana nostálgico. Melhor reencontro? Impossível!
!muB-miT-áR oletsaC
!muB-miT-áR oletsaC
Bum, bum, bum, bum!
Rá-Tim-Bum!
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraSão justamente esses os adjetivos que caracterizam esse filme: Simples, amável, carismático e real.
Vi tanta gente que conheci na minha vida retratada nesse filme, tanta mulher brasileira, nordestina e trabalhadora, que acima de tudo luta com a dignidade acima de tudo. Foi a crítica social mais escrachadamente amável que eu já vi!
Magnífico! Estaremos muito bem representados no Oscar e bom, confesso que fiz as pazes com minhas concepções sobre a Regina Casé. Que atuação, gente!
O Agente da U.N.C.L.E.
3.6 536 Assista AgoraFui para o cinema sem nem saber de nada do enredo, nem trailer tinha visto. Me surpreendeu de um jeito! Eu adorei! Amei o sarcasmo e a zoação eterna dos personagens, além do elenco maravilhoso. Já quero a continuação!
Malévola
3.7 3,8K Assista AgoraClaro que eu criei expectativas com relação ao filme, mas fui cauteloso porque enfim, às vezes tudo desanda quando chega as telonas.
Mas "Malévola" me deixou muitíssimo satisfeito, devo dizer.
Quem antes foi associado à personificação do recalque, teve sua história recontada e advinda do mundo das fadas.
Angelina Jolie interpretou, de forma muitíssimo digna, um personagem que é um retrato complexo que muitas vezes não funcionaria dentro dos estúdios da Disney. Embora isso seja uma prerrogativa para tramas mais consistentes, julgo que isso não foi algo inesperado, justamente por conta da recente explosão na mídia de narrativas de contos de fadas antigos para criar histórias decididamente modernas, trazendo até mesmo assuntos mais libidinosos e discussões sobre mau comportamento.
Eu gostei muito, de verdade. Achei bonito, instigante e muitíssimo válido no que se relaciona - principalmente - ao fato de que a Disney está se libertando cada vez mais dos grilhões do machismo. Há algumas reviravoltas bem mais interessantes que fizeram uma ponte genial com a história original e que consequentemente dão a esta versão, apesar de toda sua violência dirigida às mulheres, uma intrigante sobreposição feminista. É algo paulatino, mas gradativo.
Apesar de muita gente ter achado algo abaixo de suas expectativas, eu digo que foi algo devidamente intenso, inteligente e das melhores releituras dentre as últimas que temos visto.
Elena
4.2 1,3K Assista AgoraUm retrato lindo e sensível à angústia do outro frente às perdas e emoldurado pela arte. Inovador, introspectivo, demasiada e pesadamente poético.
Uma busca pela própria identidade, um aprendizado visto do espelho da própria alma.
"Vem, estou adoecida de amor... Põe a mão em mim, que eu viro água. Volta, me escolhe, me leva."
Frida
4.1 1,2K Assista Agora"Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar." - Frida Kahlo
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista AgoraSe, mesmo sabendo quem eu procuro, não consigo achar... Como vou achar quem eu procuro se nem sei como é?
Dezesseis Luas
2.6 1,4K Assista AgoraUma estrela e meia para o contexto da intolerância que foi bem explorado.
O resto, não souberam desenvolver. Atuações inexpressivas, efeitos over.
Pronto, falei.
Terapia de Risco
3.6 1,0K Assista AgoraA questão é que os cardiologistas podem prever um ataque cardíaco através de exames no sangue. Mas quem pode prever as mentiras, ou o passado, ou as tristezas?
Sabe a melhor maneira de prever o comportamento futuro?
É observar o comportamento passado.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraCresci olhando a fama sob o viés de "O Show de Truman". Juro que acho esquisito quando algum ator enaltece o fato de ser famoso.
Mama
3.0 2,8K Assista AgoraPara mim foi uma decepção.
Eu esperei muito do filme, justamente pela direção de Andres Muschietti que já tinha se mostrado muito boa no curta e pela apresentação do Del Toro.
Um fator que não posso descartar: fotografia belíssima e a atuação não menos esforçada de Jessica Chastain.
Mas infelizmente o uso exagerado do CGI prejudicou em muito a película.
Tinha tudo para ser um filme muito belo em todos os aspectos, mas o enredo é cheio de pontas soltas, fatores que não chegam a lugar nenhum e muitos clichês, uma reunião de mais do mesmo.
A história não conseguiu me cativar, a não ser pelos últimos minutos de filme que estes eu até voltei para rever.
Eu queria realmente ter gostado mais, ter me envolvido mais, só que muitas coisas não contribuíram para isso de jeito nenhum. Uma pena, queria realmente tê-lo entre os meus favoritos, mas não pretendo rever tão cedo.
Os Olhos de Júlia
3.7 825 Assista Agora"Não querer, não significa que não vai acontecer."
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraAssisti ao filme com os olhos marejados do começo ao fim, justamente porque toda vez que uma adaptação cinematográfica é anunciada, é de praxe que eu torça o nariz e espere a pior versão possível. Felizmente não foi isso o que aconteceu, de verdade. Muito fiel ao livro, o filme emocionou com delicadeza. Além disso, os detalhes que fazem de "As Vantagens" uma adaptação impar, é justamente a excelente escolha da trilha sonora e as cálidas atuações dos três. Quando li o livro eu sempre dava um longo suspiro quando as bandas que eu mais ouvi na minha adolescência eram citadas.
The Smiths me encantou mais uma vez; Cocteau Twins me embalou como sempre o fez; Sonic Youth me levou às tardes introspectivas tentando aprender violão (o que nunca deu resultado) e David Bowie me chamou para ser herói, como o fez por muitas vezes enquanto eu escrevia longas cartas para desconhecidos, assim como Charlie.
Eu me atrevo a dizer que "As Vantagens de Ser Invisível" pode ter para os jovens de hoje a mesma importância que o "Clube dos Cinco" - de John Hughes - teve para a geração dos anos 80, justamente por mostrar de forma bem elaborada o caminho da adolescência, alternando sombra e luz, silêncio e balbúrdia e ao mesmo misturando tudo, numa faina que só esta fase de mudanças e intempéries apresenta.
É sem dúvida uma história infinita e sem dúvida eu me sinto infinito agora. E acho que daqui em diante é para sempre, na melhor significação da palavra.
Picnic na Montanha Misteriosa
3.8 176 Assista AgoraFinalmente assisti este filme que "trouxe ao mundo" o diretor australiano Peter Weir.
Felizmente estou muito, muito satisfeito, embora eu deva ressalvar que não é um filme indicado para o grande público. Alguns podem se incomodar com seu desenvolvimento lento e diálogos declamados.
Simplesmente adorei o fato de que por meio de imagens que mais parecem um quadro pintado, o espectador é conduzido a um jogo de informações que, à medida que a história avança, vai ficando cada vez mais intrigante.
Considero meio difícil de explicar, mas, durante a projeção, há insistentes e alternados trechos que nos mostram a força das árvores, a imponência dos rochedos, a destreza dos pequenos bichos, coisas que nos fazem acreditar que há uma força maior e oculta na natureza, algo que os humanos não podem controlar. Soma-se a isso o som que parece ribombar de dentro das rochas, chegando a quase incomodar, como se denotasse força própria para Hanging Rock. À aura meio mágica, sobrenatural e pagã também devemos atribuir a inquietantes fatos que repetem-se: o relinchar dos cavalos ao chegar ao local, um bando de aves fazendo barulho no céu, o som de uma flauta de Pã (tocada por Gheorghe Zamphir) que mais parece um grito de angústia.
Também há o fato de que o desaparecimento ter acontecido no Dias dos Namorados, sugerindo assim um possível crime passional, fortalecido com a curiosidade das adolescentes sobre o mundo adulto. Seria insinuação para o desejo sexual reprimido?
O diretor conseguiu o que queria: incomodar o espectador. Imaginem aqueles que saíram do cinema, após uma forte revelação nos minutos finais, com a notícia plantada de que o longa se baseava em fatos reais. Foram discussões e mais discussões. Não existia Google naquela época, o que deve ter deixado o público sedento por debates e esclarecimentos.
Ainda me reportando às palavras de Gilvan Martello: Não procurem muitas informações sobre o filme. Vejam e se deixem seduzir por esta composição magnífica, mas fiquem certos de que, muito provavelmente, será uma experiência mágica e perturbadora.
Para deixar claro: vi as pessoas falando nos comentários sobre o livro e sobre um capítulo póstumo. Me interessei por demais e uma amiga o conseguiu. Está todo em inglês, ainda vou ler, mas ele explica que fim as garotas levaram (se é que houve um fim para elas). Joan Lindsay simplesmente deu uma sacada de mestre no enredo!
Acho digno comentar isso, também: anos atrás ganhei um mangá escrito e desenhado pela coreana Queenie Chan e que contava a história de garotas que moravam num internato na Austrália, afastado de tudo e de todos e era envolto em mistérios. Principalmente pelo desaparecimento de garotas na floresta, que nunca mais foram encontradas.
Já ouviram essa história? Eu também!
Lembro que o final era um tanto perturbador e que li comentários a respeito desse capítulo póstumo de "Picnic at Hanging Rock" que dizem que o final é tão bizarro que ficaria difícil colocá-lo num filme daquela época.
De fato, estou ansioso para ler!
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
4.1 4,7K Assista AgoraElen sila lumenn omentielvo!
Assim que cheguei em casa, depois da sessão, baixei a trilha sonora e simplesmente voltei pra Terra Média... Foi lindo, esperava pelo filme há 8 anos! Enquanto estava na sala e os primeiros minutos de filme começaram, o meu coração acelerou e meus olhos se encheram de lágrimas e eu disse: "Deuses, se o Tolkien visse isso..."
"Ok, mas uma adaptação de três filmes para um livro de menos de 300 páginas não é um exagero?", eu confesso que pensei antes de assistir. A gente pensa também na arrecadação das bilheterias e é óbvio que tem muito intere$$e envolvido. Mas também sabemos muito bem que assunto para preencher 166 minutos é o que não falta...
Bom, sobre as questões técnicas... O Hobbit não perdeu EM NADA no quesito figurino e trilha sonora. Apesar de não ser Ngila Dickson na parte do vestuário, os novos figurinistas não deixaram a desejar de modo algum. Howard Shore retorna com uma trilha sonora que parece realmente emanar do universo de Tolkien, no mínimo fascinante!
Eu confesso que não gostei muito do fato de que os orcs foram todos feitos por computador, o que deu um ar bastante comercial para a franquia. Enquanto em O Senhor dos Anéis aquela aura de sonho e misticismo era presente em todos os segundos do filme, n'O Hobbit isso se limitou a Valfenda e não mais. Cate Blanchett sempre me faz arrepiar interpretando Galadriel, sem dúvida o meu personagem favorito!
E é óbvio que o filme não é fiel ao livro e tal, isso se explica muito bem em qualquer franquia baseada em livros: o mundo de Tolkien é complicado e intrincado demais, isso sem falar que a Terra-Média é uma gambiarra. “O Hobbit” foi lançado em 1937 e “A Sociedade do Anel”, em 1954. Entre um e outro, nosso Tolkien começou a desenvolver um universo com geografia, história e até cosmologia próprias. Ele criou novos idiomas, raças, hábitos culturais, guerras. São milênios de histórias. Simplesmente NÃO DÁ PRA FAZER ISSO, PESSOAL!
Mas, de qualquer forma eu também estou ansiosíssimo pelas próximas seis horas da franquia!
A Terra Média está no meu coração de um modo que nunca conseguirei explicar, isso é um fato irrevogável.
Namärie!
Branca de Neve e o Caçador
3.0 4,3K Assista AgoraO que tenho a dizer é que sim, essa adaptação segue um bom ritmo, entretanto o roteiro não é profundo e explora seus personagens de forma mínima. Atentos a estória, podemos entender o que motiva cada um e certas frases feitas contribuem para isso. A questão das relações amorosas, embora ínfimas, cabem no contexto e conseguem dar mais cadência à trama. Particularmente eu gostei bastante da inserção do passado dos personagens fora da fortaleza e do reino.
Sabe, eu sinceramente não criticarei a Kristen Stewart pelo desempenho, mas sim pelas inevitáveis caras e bocas. Bem que ela tenta dar alguma dignidade à protagonista, mas, se entrega àqueles vícios irritantemente comuns a ela: lábios semi abertos, olhar cerrado. Nesse ponto (e em todos os outros) ela perde em dramaticidade até para Thor, ou melhor, Chris Hemsworth.
Mas, meus caros, enquanto tudo isso acontece, Charlize Theron simplesmente nos mantém extasiados, em catarse, mesmo. Fiquei impressionado com a beleza da atuação da mesma, que dá uma veracidade linda ao conto.
Não nos esqueçamos também da trilha sonora, que tendo Florence and The Machine torna-se ainda mais bela, forte e bem cadenciada.
Enfim, a beleza visual de “Branca de Neve e o Caçador” é indiscutível e esta é uma atraente versão, ainda que pobre, da fascinante obra dos irmãos Grimm.
Um Dia
3.9 3,5K Assista AgoraE repito aqui, balbuciando pra não perder a magia do momento:
Você é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse
te dar só um presente
para o resto da sua vida seria este.
Confiança.
Seria o presente da Confiança.
Ou isso ou uma vela perfumada.
Sempre Dex e Em, Em e Dex.
Tomboy
4.2 1,6K Assista AgoraDe uma sensibilidade impressionante.
As atuações são belíssimas em sua simplicidade e tudo é extremamente bem cadenciado.
Voltei a muitos aspectos e manias de minha infância, formas de expressar que lembram muito essa época e que estão representados no filme de forma tão natural.
É calcado na simplicidade, mas aborda questões delicadas com uma maestria que se vê em poucos filmes.
Desde já, um dos meus favoritos.
Bravo!
Floresta Negra
3.4 111 Assista AgoraSem dúvida uma das adaptações mais lindas que já vi. Não sei, mas ela tem um cuidado de captar a essência da época de modo fascinante. Ali sim está uma fábula dos Irmãos Grimm contada da mesma forma que lá, no começo, ainda quando passava de boca a boca nos vilarejos que existiam a boca das grandes florestas.
Vemos a fome, a crueldade da Igreja, as intempéries de um tempo obscuro como fora o medievo.
Lindas atuações, trilha sonora igualmente linda, figurino extremamente bem cadenciado, fotografia muito bela.
É o tipo de filme que não repercute demais justamente porque quem gosta dele é um público realmente seleto.
O suspense convence, aquela velha, Deus do céu, que coisa tensa.
Juro, vi uma vez na TV mas já faz muito, muito tempo, e eu jurava que era um sonho (bem assustador, por assim dizer). Topei com a página dele sem querer e então procurei até achar pra baixar.
Me esbaldei de novo!
Lindo, de verdade.
Ponte para Terabítia
3.9 1,6KO livro é ainda mais emocionante, apesar de curtinho. Mas o conjunto das atuações e da trilha sonora do filme deram um toque todo especial, sensível e delicado a estória. Sem falar que representa uma fase pra lá de icônica da minha vida. Filme de cabeceira, mesmo.
É só fechar os olhos, mas manter a mente bem aberta.
Notas Sobre um Escândalo
4.0 538 Assista AgoraA sua traição me feriu mais do que ouso transparecer. Mas perdoarei, e irei me curar em segredo.
Nossa reserva mútua nos inibiu, mas agora se manifestou um reconhecimento espiritual.
É preciso coragem para ver o real ao invés do conveniente.
É uma característica estranha do privilegiado: intimidade imediata, descuidado.
A pessoa deve fazer um esforço quando recebe um convite. Mas o segredo é parecer que não fez...
Uma pessoa infeliz. Infeliz.
Simplesmente sensacional. Sempre me impressiono com a força das atuações, independentemente de quantas vezes eu o assista. Lindo, forte, tocante, perturbador, indignador. Impressionante!