O reencontro de dois amigos que traz inquietação e o questionamento de viver a vida do jeito que lhe foi imposta. É a dor do passado e o medo desse ciclo, do mundo que dá voltas não saindo do lugar
Não é preciso muito tempo de filme para nos apaixonarmos pelos personagens e nos sentirmos íntimos deles, isso se deve ao fato de todos eles terem sempre sua intimidade muito exposta, nos pegamos ouvindo diálogos orgânicos que mostram o afeto na relação entre eles e então nossa identificação se torna inevitável.
Com imagens belas que constrói uma atmosfera sofridamente bonita de pessoas presas a uma realidade, mas sempre sonhando, Boi Neon nada mais é que a oportunidade de acompanhar pessoas reais, vivendo conflitos reais, sem precisar de uma reviravolta no roteiro, pois somos testemunha da realidade deles e acabamos desejando o que desejam. Se isso não é um começo, meio e fim, não saberia dizer o que é.
Não tem nem uma premissa boa como alguns defendem, tudo aqui é desperdício total, a forma cafona de tentar trazer drama pra história de personagens desinteressantes construídos em cima de clichês, o suspense mal conduzido resultando em cenas vergonhosas, a reviravolta final ficando totalmente alheia à mitologia de terror que o filme tenta abordar diversas vezes, mas nunca com êxito e prefiro não falar das atuações, elas são um reflexo do filme, horríveis.
É fácil ser pego pela nostalgia nessa renovação da franquia, é quase impossível não se deixar levar pela agilidade da narrativa, mesmo que use como base uma estrutura óbvia de história de ascensão, mas essa nunca é falha quando a intenção é ser de fácil identificação com seu público.
Basta alguns minutos em cena e Michael B. Jordan já ganha a confiança de quem o assiste, fazendo todos torcerem arduamente para que o personagem alcance seu objetivo, acompanhado de dois outros ótimos personagens, o já conhecido Rocky (Stallone arrasador) e de Bianca (Tessa Thompson.)
O fato de sermos apresentados a uma personagem encantadora, interpretada com todo o carisma de Thompson e obrigados a vê-la sendo usada apenas como ponte pro arco dramático do personagem principal é o que incomoda, já que a personagem instiga muito mais interesse que ser apenas um mero par romântico, então quando o roteiro nos apresenta algum drama interno da garota e o deixa em segundo plano posteriormente isso atrapalha a narrativa. Mesmo que o título do filme carregue o nome do protagonista, haveria tempo em cena o suficiente para desenvolver três personagens, sendo um deles já conhecido por todos.
Falta um pouco mais de cuidado na hora de desenvolver os conflitos entre os personagens, mesmo sabendo que isso não é tão importante perto da revisitação de cenas emblemáticas ou da competência do diretor ao conduzir o clímax.
Se é pra ver homem de meia idade machista fazendo careta, piada ruim e rosnando eu entrava numa discussão com aquele tio que diz que vai votar no bolsonaro pra presidente.
É incrível como J.J. Abrams passa o primeiro ato conduzindo a história por cima da linha construída no episódio IV, afinal não tem erro, apresentar o universo a uma nova geração de crianças e ao mesmo tempo conquistar os fãs a base da nostalgia é sacada genial e respeitosa, que só faz aumentar a força que tem o roteiro.
O elenco é ótimo, em especial os que vivem novos personagens, Oscar Isaac (Poe) carrega o espirito heroico de um rebelde nos olhos, é perceptível o potencial e a química no casal de protagonistas Rey (Daisy Ridley) e Finn (John Boyega) e sem contar o show à parte que é BB8.
Adam Driver se mostra o melhor no elenco, interpretando um vilão que poderia facilmente cair na armadilha de tentar reviver o que foi Darth Vader, mas que se mostra muito mais impulsivo, já que é o que sabiamente exige o roteiro.
No fim das contas o filme entende o universo e respeita tudo o que já foi contado anteriormente e a partir disso constrói cenas de ação muito bem conduzidas, numa coreografia sempre coesa, sem problema de mise-en-scène, com tudo o que a atual tecnologia pode fornecer para a franquia pioneira no uso de efeitos especiais.
Embora em meio tantas cenas simbólicas, sendo a maioria delas marcada por nostalgia, é numa simples cena que J.J. Abrams e os quatro roteiristas provam que sabem o que estão fazendo, é ao conduzirem uma cena de reencontro bela e legitima entre Poe e Finn (dois personagens novos) que nos fazem lembrar do exato momento no qual Luke, Han e Leia, apesar de mal se conhecerem, comemoram felizes após sobreviverem na lixeira no episódio IV, provando que a essência da franquia sempre será a empatia que ocorre com tanta pureza quando se luta lado a lado pelo que é certo.
A diferença dessa para as outras séries adolescentes é o fato dela não se levar a sério, o que torna qualquer absurdo muito mais aceitável, de qualquer forma me incomodou o excesso de personagens e o desperdício do talento de uma verdadeira Scream Queen que é Jamie Lee Curtis.
Com uma sensibilidade ímpar pra lidar com os problemas dos personagens, tendo os três tempo necessário em cena para desenvolver seus conflitos internos, Louis faz bonito na estreia na direção, além de escrever pra si mesmo um personagem (Abel) que brinca com sua postura de galã da vida real e nunca é isento de julgamentos do público, já que vira e mexe demonstra atitudes tolas em relação aos conflitos.
Vincent mostra a fragilidade no olhar desde o primeiro minuto de projeção e Mona carrega com ela toda a carga emocional do filme, sendo Golshifteh a coisa mais incrível de todos os 100 minutos de projeção.
No final das contas Dois Amigos é a dramédia francesa de 2015, O Samba (2014) desse ano, com atuações impecáveis em personagens encantadores, com um roteiro que não poupa julgamentos ao comportamento masculino imaturo e na maioria das vezes machista, com uma direção segura, que proporcionou uma das cenas mais marcantes do cinema nesse ano, onde Mona dança Easy Easy de King Krule num restaurante em uma coreografia libertadora, feita por uma personagem que sempre se diz livre, mesmo sabendo que no fim do dia só há um destino a esperando.
É incrível a sensibilidade que o filme tem e a comunicação através do silêncio, apresentando personagens complexos e interpretados por atores que carregam a mágoa necessária nos olhos.
Registros maravilhosos que nos fazem imergir na época dos acontecimentos e assim poder ter uma ideia de quão caótico e genial era Kurt. Um filme emocionante, que só decepciona quem foi vê-lo na esperança de achar teorias conspiratórias sobre a morte dele, finalmente um filme que foca na vida e com uma sensibilidade quase tão grande quanto a de Kurt.
Mais do que tentar decifrar o porque dos acontecimentos, aprecie a atmosfera tensa e carregada de David Robert Mitchell, a atuação incrível de Maika Monroe e se contente com o espaço aberto que foi deixado, afinal tudo quando explicado perde o clima de suspense (Paranormal Activity tá aí pra provar que enquanto misterioso foi sucesso, quando decidiu explicar o porque das atividades, desceu ladeira abaixo).
Assuma que tudo ali funciona, que seu coração apertou durante a sessão e que no fim, você só ficou com preguiça de ligar os pontos, pois a tradução do título já indica o que rola com os personagens.
Assim como no primeiro filme o grande triunfo é a ação (quase interrupta), o que prejudica quando o filme tenta passar de forma natural algum conflito pessoal entre os personagens, que são muitos, por isso pouco desenvolvidos.
Dylan da a vida a um Thomas muito menos interessante e cativante, numa óbvia tentativa de trazer uma carga emocional ao personagem que não tem tempo para isso, o tornando apenas em um herói chato, daqueles que acha que pode fazer tudo sozinho.
Mesmo assim, os personagens numerosos e com pouco tempo em cena não prejudicam as sequencias de ação muito bem conduzidas por Wes, que com sua direção firme sempre nos deixa a par dos acontecimentos, numa coreografia clara, nunca deixando o telespectador confuso ou perdido.
Anna Muylaert é genial quando faz questão de colocar o telespectador para ver pela fresta da porta da cozinha, enquanto os personagens mostram a incapacidade de manter qualquer relação humana na mesa de jantar, Fabinho responde secamente seus pais quando perguntado sobre sua vida pessoal, o que reforça a ideia de que a relação mais familiar e afetiva do filme é a dele com Val, e aqui a química entre Regina e Michel é cativante.
Jéssica (Camila Márdila) vem para tirar todos da zona de conforto, mas nunca trazendo antipatia, pelo contrário, ganhando o publico toda vez que se mostra questionadora e determinada, sempre demonstrando o desconforto em relação a sua estadia na casa dos patrões de sua mãe e a relação mantida entre eles.
Da direção ao roteiro, passando pelo trio mais encantador (Regina, Camila e Michel) mostrando sua importância social e acima de tudo, com a sensibilidade que o roteiro exige e merece.
É extremamente triste ver um projeto desse porte, com um diretor promissor e um elenco excepcional se perder por falta de ambição, castigados por um roteiro preguiçoso e por uma narrativa arrastada, que insiste em adiar seus acontecimentos para que fiquem mais próximos do clímax, que por si só não tem força para segurar a atenção do público.
O maior acerto do longa é o fato do ganho dos poderes terem sido tratados a principio como anomalias, e isso ter gerado um desconforto (até mesmo desespero) em quem assistia, ou seja, é o momento que o filme traz alguma sensação ao telespectador que não seja a vergonha alheia, essa que logo vem a tona quando focamos muito em qualquer efeito (visual e especial) em tela.
A sensação que dá depois dessa determinada sequencia é que o intuito do projeto era puxar para esse lado experimental, de ficção cientifica, que parece ser mais a praia de Trank e acredito que se o filme tivesse se aprofundado nessa atmosfera e todos os diálogos não soassem superficiais, com frases de efeitos que tentam trazer uma grandiosidade que a estética do filme não exigia, tudo teria sido melhor.
É bacana ver a junção do grupo do inicio, mas não se o desenvolvimento for raso a ponto de juntar situações nada verossímeis, como Johnny (Tocha Humana) dizer dois minutos depois de entrar em cena a frase "Eu conserto qualquer coisa" só confirmando a preguiça do roteirista em desenvolver os personagens e suas habilidades em cena ou em desenvolver qualquer relação humana que se propôs a acrescentar ao arco dramático, como o interesse do vilão Victor pela jovem Sue ou a relação conturbada da própria com seu irmão Johnny, conflitos deixados para trás e que poderiam trazer a aproximação do telespectador aos heróis que o clímax tanto precisou, pois em momento algum realmente nos importamos com o bem-estar deles, pois cai entre nós, o vilão até se mostrou uma forte ameaça em determinada cena, mas sua motivação para a revolta nunca esteve clara, e sua caracterização não ajuda nem um pouco.
O diretor perde a oportunidade de construir uma atmosfera claustrofóbica que poderia ter sido a única qualidade do filme, mas nem isso ele consegue, o resultado final é tão ruim quanto a construção dos personagens.
Ver essas lendas do skate atuando tão mal (ou nem atuando, pouco se importavam) nesse filme que mais parece uma abertura de uma hora de The Fresh Prince of Bel-Air não poderia ser melhor. Tem algo divertidíssimo nessa aventura horrível, e é dessa mesma aventura que podemos aproveitar cenas sensacionais dessas lendas fazendo o que sabem fazer de melhor.
Os personagens de Michael Cera e Juno Temple (que está bem no papel) são tão bizarros em sua construção que fica difícil saber o que é imaginação e o que é real, e apostando nessa dúvida sobre os dois personagens que o diretor constrói seu suspense, com a ajuda de um ambiente rústico e de pouca iluminação. O suspense é válido, mesmo que o filme em si não saiba muito o que quer. Emily Browning se destaca entre os demais, mesmo que com menos tempo em cena.
A carga de realidade imposta nessa temporada é de surpreender, Fire foi sensacional, ousado, angustiante e misterioso, assim como tudo que Effy representa. Já em Pure é imposto tudo o que é mais belo, simples e como o nome diz, Puro, tudo o que Cassie representa.. Rise tem tudo pra ser igualmente ótimo.
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Redemoinho
3.5 71O reencontro de dois amigos que traz inquietação e o questionamento de viver a vida do jeito que lhe foi imposta. É a dor do passado e o medo desse ciclo, do mundo que dá voltas não saindo do lugar
Canção da Volta
3.3 29um dragão que voa e dorme ao mesmo tempo.
Boi Neon
3.6 463Não é preciso muito tempo de filme para nos apaixonarmos pelos personagens e nos sentirmos íntimos deles, isso se deve ao fato de todos eles terem sempre sua intimidade muito exposta, nos pegamos ouvindo diálogos orgânicos que mostram o afeto na relação entre eles e então nossa identificação se torna inevitável.
Com imagens belas que constrói uma atmosfera sofridamente bonita de pessoas presas a uma realidade, mas sempre sonhando, Boi Neon nada mais é que a oportunidade de acompanhar pessoas reais, vivendo conflitos reais, sem precisar de uma reviravolta no roteiro, pois somos testemunha da realidade deles e acabamos desejando o que desejam. Se isso não é um começo, meio e fim, não saberia dizer o que é.
Voo 7500
2.0 381 Assista AgoraNão tem nem uma premissa boa como alguns defendem, tudo aqui é desperdício total, a forma cafona de tentar trazer drama pra história de personagens desinteressantes construídos em cima de clichês, o suspense mal conduzido resultando em cenas vergonhosas, a reviravolta final ficando totalmente alheia à mitologia de terror que o filme tenta abordar diversas vezes, mas nunca com êxito e prefiro não falar das atuações, elas são um reflexo do filme, horríveis.
Boa Noite, Mamãe
3.5 1,5K Assista AgoraDos terrores da vida real, dedicado à todos os Kevins da sétima arte.
Creed: Nascido para Lutar
4.0 1,1K Assista AgoraÉ fácil ser pego pela nostalgia nessa renovação da franquia, é quase impossível não se deixar levar pela agilidade da narrativa, mesmo que use como base uma estrutura óbvia de história de ascensão, mas essa nunca é falha quando a intenção é ser de fácil identificação com seu público.
Basta alguns minutos em cena e Michael B. Jordan já ganha a confiança de quem o assiste, fazendo todos torcerem arduamente para que o personagem alcance seu objetivo, acompanhado de dois outros ótimos personagens, o já conhecido Rocky (Stallone arrasador) e de Bianca (Tessa Thompson.)
O fato de sermos apresentados a uma personagem encantadora, interpretada com todo o carisma de Thompson e obrigados a vê-la sendo usada apenas como ponte pro arco dramático do personagem principal é o que incomoda, já que a personagem instiga muito mais interesse que ser apenas um mero par romântico, então quando o roteiro nos apresenta algum drama interno da garota e o deixa em segundo plano posteriormente isso atrapalha a narrativa. Mesmo que o título do filme carregue o nome do protagonista, haveria tempo em cena o suficiente para desenvolver três personagens, sendo um deles já conhecido por todos.
Falta um pouco mais de cuidado na hora de desenvolver os conflitos entre os personagens, mesmo sabendo que isso não é tão importante perto da revisitação de cenas emblemáticas ou da competência do diretor ao conduzir o clímax.
Até Que a Sorte nos Separe 3: A Falência Final
2.6 216Se é pra ver homem de meia idade machista fazendo careta, piada ruim e rosnando eu entrava numa discussão com aquele tio que diz que vai votar no bolsonaro pra presidente.
Queria desver.
Star Wars, Episódio VII: O Despertar da Força
4.3 3,1K Assista AgoraÉ incrível como J.J. Abrams passa o primeiro ato conduzindo a história por cima da linha construída no episódio IV, afinal não tem erro, apresentar o universo a uma nova geração de crianças e ao mesmo tempo conquistar os fãs a base da nostalgia é sacada genial e respeitosa, que só faz aumentar a força que tem o roteiro.
O elenco é ótimo, em especial os que vivem novos personagens, Oscar Isaac (Poe) carrega o espirito heroico de um rebelde nos olhos, é perceptível o potencial e a química no casal de protagonistas Rey (Daisy Ridley) e Finn (John Boyega) e sem contar o show à parte que é BB8.
Adam Driver se mostra o melhor no elenco, interpretando um vilão que poderia facilmente cair na armadilha de tentar reviver o que foi Darth Vader, mas que se mostra muito mais impulsivo, já que é o que sabiamente exige o roteiro.
No fim das contas o filme entende o universo e respeita tudo o que já foi contado anteriormente e a partir disso constrói cenas de ação muito bem conduzidas, numa coreografia sempre coesa, sem problema de mise-en-scène, com tudo o que a atual tecnologia pode fornecer para a franquia pioneira no uso de efeitos especiais.
Embora em meio tantas cenas simbólicas, sendo a maioria delas marcada por nostalgia, é numa simples cena que J.J. Abrams e os quatro roteiristas provam que sabem o que estão fazendo, é ao conduzirem uma cena de reencontro bela e legitima entre Poe e Finn (dois personagens novos) que nos fazem lembrar do exato momento no qual Luke, Han e Leia, apesar de mal se conhecerem, comemoram felizes após sobreviverem na lixeira no episódio IV, provando que a essência da franquia sempre será a empatia que ocorre com tanta pureza quando se luta lado a lado pelo que é certo.
Scream Queens (1ª Temporada)
3.6 600A diferença dessa para as outras séries adolescentes é o fato dela não se levar a sério, o que torna qualquer absurdo muito mais aceitável, de qualquer forma me incomodou o excesso de personagens e o desperdício do talento de uma verdadeira Scream Queen que é Jamie Lee Curtis.
Agora sobre o final:
Era só olhar o elenco pra perceber que numa série de Ryan Murphy, Lea Michele não poderia ser apenas uma mera coadjuvante não é.
Dois Amigos
3.2 66 Assista AgoraCom uma sensibilidade ímpar pra lidar com os problemas dos personagens, tendo os três tempo necessário em cena para desenvolver seus conflitos internos, Louis faz bonito na estreia na direção, além de escrever pra si mesmo um personagem (Abel) que brinca com sua postura de galã da vida real e nunca é isento de julgamentos do público, já que vira e mexe demonstra atitudes tolas em relação aos conflitos.
Vincent mostra a fragilidade no olhar desde o primeiro minuto de projeção e Mona carrega com ela toda a carga emocional do filme, sendo Golshifteh a coisa mais incrível de todos os 100 minutos de projeção.
No final das contas Dois Amigos é a dramédia francesa de 2015, O Samba (2014) desse ano, com atuações impecáveis em personagens encantadores, com um roteiro que não poupa julgamentos ao comportamento masculino imaturo e na maioria das vezes machista, com uma direção segura, que proporcionou uma das cenas mais marcantes do cinema nesse ano, onde Mona dança Easy Easy de King Krule num restaurante em uma coreografia libertadora, feita por uma personagem que sempre se diz livre, mesmo sabendo que no fim do dia só há um destino a esperando.
Paz Para Nós em Nossos Sonhos
3.6 16É incrível a sensibilidade que o filme tem e a comunicação através do silêncio, apresentando personagens complexos e interpretados por atores que carregam a mágoa necessária nos olhos.
Cobain: Montage of Heck
4.2 344 Assista AgoraRegistros maravilhosos que nos fazem imergir na época dos acontecimentos e assim poder ter uma ideia de quão caótico e genial era Kurt. Um filme emocionante, que só decepciona quem foi vê-lo na esperança de achar teorias conspiratórias sobre a morte dele, finalmente um filme que foca na vida e com uma sensibilidade quase tão grande quanto a de Kurt.
Corrente do Mal
3.2 1,8K Assista AgoraMais do que tentar decifrar o porque dos acontecimentos, aprecie a atmosfera tensa e carregada de David Robert Mitchell, a atuação incrível de Maika Monroe e se contente com o espaço aberto que foi deixado, afinal tudo quando explicado perde o clima de suspense (Paranormal Activity tá aí pra provar que enquanto misterioso foi sucesso, quando decidiu explicar o porque das atividades, desceu ladeira abaixo).
Assuma que tudo ali funciona, que seu coração apertou durante a sessão e que no fim, você só ficou com preguiça de ligar os pontos, pois a tradução do título já indica o que rola com os personagens.
Maze Runner: Prova de Fogo
3.4 1,2K Assista AgoraAssim como no primeiro filme o grande triunfo é a ação (quase interrupta), o que prejudica quando o filme tenta passar de forma natural algum conflito pessoal entre os personagens, que são muitos, por isso pouco desenvolvidos.
Dylan da a vida a um Thomas muito menos interessante e cativante, numa óbvia tentativa de trazer uma carga emocional ao personagem que não tem tempo para isso, o tornando apenas em um herói chato, daqueles que acha que pode fazer tudo sozinho.
Mesmo assim, os personagens numerosos e com pouco tempo em cena não prejudicam as sequencias de ação muito bem conduzidas por Wes, que com sua direção firme sempre nos deixa a par dos acontecimentos, numa coreografia clara, nunca deixando o telespectador confuso ou perdido.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraAnna Muylaert é genial quando faz questão de colocar o telespectador para ver pela fresta da porta da cozinha, enquanto os personagens mostram a incapacidade de manter qualquer relação humana na mesa de jantar, Fabinho responde secamente seus pais quando perguntado sobre sua vida pessoal, o que reforça a ideia de que a relação mais familiar e afetiva do filme é a dele com Val, e aqui a química entre Regina e Michel é cativante.
Jéssica (Camila Márdila) vem para tirar todos da zona de conforto, mas nunca trazendo antipatia, pelo contrário, ganhando o publico toda vez que se mostra questionadora e determinada, sempre demonstrando o desconforto em relação a sua estadia na casa dos patrões de sua mãe e a relação mantida entre eles.
Da direção ao roteiro, passando pelo trio mais encantador (Regina, Camila e Michel) mostrando sua importância social e acima de tudo, com a sensibilidade que o roteiro exige e merece.
Quarteto Fantástico
2.2 1,7K Assista AgoraÉ extremamente triste ver um projeto desse porte, com um diretor promissor e um elenco excepcional se perder por falta de ambição, castigados por um roteiro preguiçoso e por uma narrativa arrastada, que insiste em adiar seus acontecimentos para que fiquem mais próximos do clímax, que por si só não tem força para segurar a atenção do público.
O maior acerto do longa é o fato do ganho dos poderes terem sido tratados a principio como anomalias, e isso ter gerado um desconforto (até mesmo desespero) em quem assistia, ou seja, é o momento que o filme traz alguma sensação ao telespectador que não seja a vergonha alheia, essa que logo vem a tona quando focamos muito em qualquer efeito (visual e especial) em tela.
A sensação que dá depois dessa determinada sequencia é que o intuito do projeto era puxar para esse lado experimental, de ficção cientifica, que parece ser mais a praia de Trank e acredito que se o filme tivesse se aprofundado nessa atmosfera e todos os diálogos não soassem superficiais, com frases de efeitos que tentam trazer uma grandiosidade que a estética do filme não exigia, tudo teria sido melhor.
É bacana ver a junção do grupo do inicio, mas não se o desenvolvimento for raso a ponto de juntar situações nada verossímeis, como Johnny (Tocha Humana) dizer dois minutos depois de entrar em cena a frase "Eu conserto qualquer coisa" só confirmando a preguiça do roteirista em desenvolver os personagens e suas habilidades em cena ou em desenvolver qualquer relação humana que se propôs a acrescentar ao arco dramático, como o interesse do vilão Victor pela jovem Sue ou a relação conturbada da própria com seu irmão Johnny, conflitos deixados para trás e que poderiam trazer a aproximação do telespectador aos heróis que o clímax tanto precisou, pois em momento algum realmente nos importamos com o bem-estar deles, pois cai entre nós, o vilão até se mostrou uma forte ameaça em determinada cena, mas sua motivação para a revolta nunca esteve clara, e sua caracterização não ajuda nem um pouco.
Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum
3.8 529 Assista AgoraO filme e sua genialidade descrita em um pequeno diálogo.
- Não, eu já tive um parceiro
- Isso faz sentido, Minha sugestão? Volte com ele!
(Pausa)
- Esse é um bom conselho, obrigado Sr. Grossman
O Perigo Vem do Lago
1.9 96 Assista AgoraO diretor perde a oportunidade de construir uma atmosfera claustrofóbica que poderia ter sido a única qualidade do filme, mas nem isso ele consegue, o resultado final é tão ruim quanto a construção dos personagens.
The Search of Animal Chin
3.9 2Ver essas lendas do skate atuando tão mal (ou nem atuando, pouco se importavam) nesse filme que mais parece uma abertura de uma hora de The Fresh Prince of Bel-Air não poderia ser melhor. Tem algo divertidíssimo nessa aventura horrível, e é dessa mesma aventura que podemos aproveitar cenas sensacionais dessas lendas fazendo o que sabem fazer de melhor.
Viagem Sem Volta
2.1 281 Assista AgoraOs personagens de Michael Cera e Juno Temple (que está bem no papel) são tão bizarros em sua construção que fica difícil saber o que é imaginação e o que é real, e apostando nessa dúvida sobre os dois personagens que o diretor constrói seu suspense, com a ajuda de um ambiente rústico e de pouca iluminação. O suspense é válido, mesmo que o filme em si não saiba muito o que quer. Emily Browning se destaca entre os demais, mesmo que com menos tempo em cena.
Skins - Juventude à Flor da Pele (7ª Temporada)
4.0 800A carga de realidade imposta nessa temporada é de surpreender, Fire foi sensacional, ousado, angustiante e misterioso, assim como tudo que Effy representa. Já em Pure é imposto tudo o que é mais belo, simples e como o nome diz, Puro, tudo o que Cassie representa.. Rise tem tudo pra ser igualmente ótimo.