Não consigo ver esse "Koreeda menor". O sentimento penoso, de indolência e de vazio, é prova de que ele traduz com excelência a atmosfera que se propõe.
"Dad used to go out to sea. He says when he was out alone, he used to see a beautiful light, shimmering in the distance, calling him. I think it can happen to anyone."
Trabalho de gênio o primeiro episódio inteiro num plano-sequência de 12 minutos, te coloca imediatamente dentro da casa e da convivência daquela família. Preciso de um filme que junte Shunji Iwai + Bae Doona. Obrigado, Nescafé.
Eu sinto que esse poderia ser o último filme do Iwai. Felizmente não é, mas poderia. É como se um círculo tivesse se fechado, seu primeiro grande sucesso sendo Love Letter e agora, 23 anos depois, ele entregando Last Letter (não preciso entender chinês para saber que não condiz com o título original, 'Ni hao, Zhihua'). Outro drama epistolar que em certos aspectos se recicla do antecessor, — ambos rimam em vários sentidos, — mas ao mesmo tempo se reinventa e se atualiza a um mundo completamente diferente. Tem um quê de Rip Van Winkle no Hanayome ao refletir sobre interações modernas e/ou tecnologia, mas isso é posto em segundo plano para focar no que realmente importa: as cartas, escritas a mão. Em Ni hao, Zhihua, assim como em Love Letter, a carta serve como retentora da memória, dos acertos e erros no caminho, sendo uma ponte entre passado e presente. Ao mesmo tempo, expandido a idea do filme de 1995, elas servem como um elo entre três gerações e períodos distintos da vida: a adolescência, a vida adulta e a terceira idade.
"Vai haver momentos na vida que serão difíceis e dolorosos. Em tempos assim, eu acredito que nos lembraremos desse lugar. O lugar em que nossos sonhos ainda não conheciam limites."
Sinto que tem algo de self insertion do próprio Iwai no Yin Chuan. Entendo que, para alguns, a última carta pode soar melodramática. Para mim, fez bem.
Desconexão entre natureza e cultura. Apresentar a natureza como bela e extraordinária, ao mesmo tempo que expõe o ser humano como predatório e cruel, é fácil. E é inteiramente verdade. Mas o ponto forte de Iya Monogatari, além da bela cinematografia, é não se prender a essa mensagem incontestável e óbvia. A natureza pura tenta constantemente matar o ser humano, e é a cultura que o impede de congelar ou morrer de fome; e numa sociedade moderna a questão natureza vs. cultura clama pelo equilíbrio e uma busca pelo reconectar. O filme não diz, mas a mensagem fica.
Merecia menos "Quer Ver" e mais "Já Viu". Tem uma quebra de ritmo no meio que incomoda, mas não compromete.
"A questão é, quem tomará essa decisão? Nós, os nativos? Ou vocês, estrangeiros?
Ou vamos perguntar aos macacos?"
Uma curiosidade sobre o filme: A senhora que fazia os bonecos é baseada numa pessoa real: "Quando a artista japonesa Tsukimi Ayano voltou para a pequena vila onde nasceu (Nagoro, no Vale Iya), ela descobriu que muitos de seus vizinhos estavam se mudando para cidades maiores e os que ficavam geralmente não demoravam muito a partir. Diante da lenta morte da vila que ela tanto amava, Ayano teve uma epifania depois de criar um espantalho de jardim (ou kakashi) que deveria parecer com seu falecido pai: por que parar aí? Ayano começou a criar outras bonecas em tamanho real modeladas em antigos habitantes locais, colocando-as em toda a vila em vários locais onde suas contrapartes humanas morriam ou se afastavam."
Refletindo sobre o filme para escrever esse comentário de como havia me gerado sentimentos conflitantes, percebi que ele era melhor do que eu havia primeiro sentido.
É um filme de sequências fluídas, uma série de momentos naturais com uma cena sempre levando perfeitamente a outra, preenchidos de gestos e idiossincrasias. March Comes in Like a Lion é um conto de fadas urbano. Ice é Alice, o País das Maravilhas são os subúrbios de Tokyo. Ela vive num mundo surreal com coelhos falantes e picolés, e na sua fantasia o amor tem data de validade e é um tabu intransponível. A imagem é fundamental, tanto as das memórias de Haruo quanto das polaroids espalhadas pelo filme. Assim como nas simbologias com caixas térmicas, bolas de demolição e espelhos partidos.
Seria uma simples história de amor distorcida, não fosse o incesto. O tema tabu, apesar de provocante e do final que foge ao óbvio, nunca é posto de forma fetichista. Chego a conclusão de que meus sentimentos continuam conflitantes, mas qualquer filme que consiga alcançar o nível de ambivalência em ser tão confortável e tão desconfortável de se assistir, é certamente um pedaço de cinema a ser notado.
Tal qual foi minha decepção ao pesquisar sobre a protagonista e ver que ela não atua desde 2001.
Não é um filme perfeito mas era muito difícil eu, de alguma forma, não me conectar com o personagem principal. De colocar a touca e encarar a cerração pela manhã indo para aula no "cu do mundo", os campos brancos cobertos de neblina, as festas dos alemães colonos e o sotaque do interior gaúcho. Essa vontade de escapar, e ao mesmo tempo sentir que nunca quer sair dali. É uma pena encontrar tão pouco do Rio Grande do Sul no cinema nacional.
Sobre as lacunas que o filme deixa, cabe a nós completar.
A ponte era o limiar entre aquela cidade "na colônia" e o mundo lá fora. Entre o aqui e o lá. A única forma de escape. Ele podia fugir pro mundo lá fora, ir ao show do Bob Dylan, mas como o próprio amigo coloca, isso seria uma loucura. Ou ele podia pular da ponte, como tantos outros fizeram, e se livrar de tudo.
Quando ele e o Julian atravessam a ponte de carro, onde tantos se suicidaram, duas rádios se cruzam numa interferência: primeiro a típica música alemã, a cidade pequena, a colônia, uma música que ele não compreendia e não se conectava. Do outro lado, 'Girl Called Itch', do Nelo Johann, em inglês, na língua universal, o mundo grande lá fora além da ponte, desconhecido, mas familiar para alguém que vivia na internet.
Ao final, será que ele pulou? Ou será que ele foi ver o Bob Dylan?
Pretendo ler o livro, e eventualmente voltar a esse filme.
Me deixou com duas vontades: Que o Iwai se aventure novamente nos animes slice of life no futuro. E que o Iwai faça uma terceira parte com a Anne Suzuki e a Yu Aoi na vida adulta.
Que filme gostoso de se assistir, um lado diferente da filmografia do Iwai, mais voltado ao humor mas sem perder o sentimento; — esse que não tem nada de melancólico aqui, carregado de candura.
Me pergunto quantos filmes incríveis não existem por aí dos quais eu nunca ouvi falar, ou que sequer são possíveis de se encontrar na internet.
Swallowtail Butterfly flerta com o exploitation e consegue falar sobre imigração, multiculturalismo, ganância, crime, juventude perdida, amadurecimento... Tudo isso sempre colocando os personagens no centro. Essencialmente, ainda é um drama como todos os filmes dele, — o roteiro obedece às vontades e ações dos personagens, e o próprio Iwai parece só assistir, como nós. Não tem a mesma profundidade de Lily Chou-Chou, ou a sensibilidade de Picnic e Love Letter, mas é algo diferente de qualquer coisa que eu já tenha visto. Acho que é justamente as pequenas imperfeições de Swallowtail Butterfly que me atrairam tanto, além da Chara cantando Frank Sinatra.
"You're still a kid, so you get a caterpillar. 'Ageha'"
Nunca vi tantos closes em pés descalços (e, por vezes, sujos) como nesse filme. Tarantino não tá fazendo questão nenhuma mais de disfarçar seus fetiches.
E mais uma franquia querida é revivida me forçando a fingir que isso nunca aconteceu... Filme sem vida e/ou conclusão, personagens em excesso e sem propósitos ou arcos dramáticos (o que fizeram com a Queenie, meu Deus?) e um show pirotécnico que banaliza a magia ainda mais que o (bom) filme anterior, sem uma batalha final que ao menos entretenha ou recompense o tempo perdido. Não esquecer o exagero de fanservice barato e mal-colocado, algumas soluções fáceis para problemas que o próprio roteiro se impõe e adicione na mistura um final completamente anticlímax.
A cereja no bolo é a revelação final que, 1. é um furo cronológico no universo da franquia ou 2. é uma revelação falsa que torna o filme ainda mais desnecessário e anticlimático.
Me incomodou no início do filme já ter colocado o Grindelwald indiretamente executando um bebê, além de macabro era uma forma maniqueísta de vilanizar seu antagonista e não se permitir um caminho mais cinza e ousado, mas... Ninguém mais achou extremamente mórbido o Lestrange usar a maldição Imperius para sequestrar e estuprar uma mulher?????????? Caramba, a classificação é 12 anos e HP é um universo criado para as crianças. Sinceramente, a única coisa que eu consegui gostar desse filme foi o Jude Law como Dumbledore, e mesmo ele mal apareceu.
Eu espero estar errado, espero que esse tenha sido só um tombo feio mas que a franquia volte a se levantar já no próximo, mas não consigo ver isso se sustentando por mais três filmes. Tenho a sensação que pecaram em não fazer apenas dois: Animais Fantásticos e um que cobrisse a batalha final do Alvo com o Grindelwald.
Tem pelo menos duas cenas em que qualquer um com coração vai sentir, no mínimo, os olhos embaçarem. Apesar de ter amado, não indicaria para ninguém sem alertar a montanha-russa de sentimentos conflituosos que esse filme é.
Você vai se sentir angustiado e odiar a nossa espécie do início ao fim, mas, se aguentar a experiência, talvez saia com um fio de esperança e a vontade de ser o melhor ser humano que puder.
Critiquei o Moffat em vários momentos, então tenho que enaltecer quando é merecido. Para mim, a melhor companion e a melhor temporada (junto com a 4ª) da New Who. "Personally, I think that's a hell of a bird."
podia ter sido melhor trabalhado, acabou sendo algo que evoluiu muito rápido nos episódios finais. A série apresentou um problema de ritmo também, muito provavelmente pelo número maior de episódios em relação a primeira.
Ainda assim gostei muito do arco (deveras corajoso) do David, e achei simplesmente magnífica aquela batalha psíquica ao som de "Behind Blue Eyes", souberam usar as limitações e a criatividade para fazer algo único.
P.S.: O ponto não é o David ser "bom" ou "mau", "herói" ou "vilão". Fato é que ele é louco, e isso ficava meio em segundo plano (já que as ações 'erradas' dele caíam na culpa do Shadow King). Eu sentia falta, e espero que isso aconteça na terceira, da personalidade dividida controlando diferentes aspectos dos poderes psiônicos dele. Ia ser muito legal e tenho certeza que o Dan Stevens conseguiria entregar uma dinâmica alá Fragmentado.
Criaram um ótimo plot twist com o Lorca, para no episódio seguinte descartá-lo. Desperdício. Não gostei dessa Imperatriz, e pelo jeito ela vai voltar em algum ponto no futuro. (Não sou um especialista em ST, mas achei muito absurdo a Federação dar tantos poderes para uma mulher como aquela, apesar de tantas atrocidades que ela cometeu no universo dela. Ainda por cima deixam ela solta por aí)
Tiveram alguns ótimos episódios (1x7 - Magic to Make the Sanest Man Go Mad e 1x12 - Vaulting Ambition, principalmente), mas o final me foi anticlimático. Como eu já disse, parece que não souberam o que focar ali no miolo da série, o que acabou causando num desfecho apressado para a guerra. Achei bem meia boca aquela saída com L'Rell, a série já tinha mostrado saídas mais inteligentes antes. O plot do Tyler/Voq também foi uma boa ideia, mas que não foi lá muito bem desenvolvida.
Enfim, vou voltar para season 2, é impossível não se empolgar com aquela cena final, mas eu esperava mais de Discovery.
Maborosi, a Luz da Ilusão
3.9 24Não consigo ver esse "Koreeda menor".
O sentimento penoso, de indolência e de vazio, é prova de que ele traduz com excelência a atmosfera que se propõe.
"Dad used to go out to sea.
He says when he was out alone, he used to see a beautiful light, shimmering in the distance, calling him.
I think it can happen to anyone."
Chang-ok’s Letter
4.0 1Trabalho de gênio o primeiro episódio inteiro num plano-sequência de 12 minutos, te coloca imediatamente dentro da casa e da convivência daquela família.
Preciso de um filme que junte Shunji Iwai + Bae Doona.
Obrigado, Nescafé.
Amores Expressos
4.2 358 Assista AgoraAssisti hoje, 1º de Maio, sem saber da data de validade.
Sinto que eu e esse filme estávamos destinados a ser.
Last Letter
3.9 2Eu sinto que esse poderia ser o último filme do Iwai. Felizmente não é, mas poderia.
É como se um círculo tivesse se fechado, seu primeiro grande sucesso sendo Love Letter e agora, 23 anos depois, ele entregando Last Letter (não preciso entender chinês para saber que não condiz com o título original, 'Ni hao, Zhihua').
Outro drama epistolar que em certos aspectos se recicla do antecessor, — ambos rimam em vários sentidos, — mas ao mesmo tempo se reinventa e se atualiza a um mundo completamente diferente. Tem um quê de Rip Van Winkle no Hanayome ao refletir sobre interações modernas e/ou tecnologia, mas isso é posto em segundo plano para focar no que realmente importa: as cartas, escritas a mão. Em Ni hao, Zhihua, assim como em Love Letter, a carta serve como retentora da memória, dos acertos e erros no caminho, sendo uma ponte entre passado e presente. Ao mesmo tempo, expandido a idea do filme de 1995, elas servem como um elo entre três gerações e períodos distintos da vida: a adolescência, a vida adulta e a terceira idade.
"Vai haver momentos na vida que serão difíceis e dolorosos. Em tempos assim, eu acredito que nos lembraremos desse lugar. O lugar em que nossos sonhos ainda não conheciam limites."
Sinto que tem algo de self insertion do próprio Iwai no Yin Chuan.
Entendo que, para alguns, a última carta pode soar melodramática.
Para mim, fez bem.
Att.
Felipe.
The Tale of Iya
4.2 4Desconexão entre natureza e cultura.
Apresentar a natureza como bela e extraordinária, ao mesmo tempo que expõe o ser humano como predatório e cruel, é fácil. E é inteiramente verdade.
Mas o ponto forte de Iya Monogatari, além da bela cinematografia, é não se prender a essa mensagem incontestável e óbvia.
A natureza pura tenta constantemente matar o ser humano, e é a cultura que o impede de congelar ou morrer de fome; e numa sociedade moderna a questão natureza vs. cultura clama pelo equilíbrio e uma busca pelo reconectar.
O filme não diz, mas a mensagem fica.
Merecia menos "Quer Ver" e mais "Já Viu".
Tem uma quebra de ritmo no meio que incomoda, mas não compromete.
"A questão é, quem tomará essa decisão?
Nós, os nativos?
Ou vocês, estrangeiros?
Ou vamos perguntar aos macacos?"
Uma curiosidade sobre o filme: A senhora que fazia os bonecos é baseada numa pessoa real:
"Quando a artista japonesa Tsukimi Ayano voltou para a pequena vila onde nasceu (Nagoro, no Vale Iya), ela descobriu que muitos de seus vizinhos estavam se mudando para cidades maiores e os que ficavam geralmente não demoravam muito a partir. Diante da lenta morte da vila que ela tanto amava, Ayano teve uma epifania depois de criar um espantalho de jardim (ou kakashi) que deveria parecer com seu falecido pai: por que parar aí? Ayano começou a criar outras bonecas em tamanho real modeladas em antigos habitantes locais, colocando-as em toda a vila em vários locais onde suas contrapartes humanas morriam ou se afastavam."
O que é assustador, mas uma curiosidade legal.
March Comes in Like a Lion
3.8 8Refletindo sobre o filme para escrever esse comentário de como havia me gerado sentimentos conflitantes, percebi que ele era melhor do que eu havia primeiro sentido.
É um filme de sequências fluídas, uma série de momentos naturais com uma cena sempre levando perfeitamente a outra, preenchidos de gestos e idiossincrasias.
March Comes in Like a Lion é um conto de fadas urbano.
Ice é Alice, o País das Maravilhas são os subúrbios de Tokyo.
Ela vive num mundo surreal com coelhos falantes e picolés, e na sua fantasia o amor tem data de validade e é um tabu intransponível.
A imagem é fundamental, tanto as das memórias de Haruo quanto das polaroids espalhadas pelo filme. Assim como nas simbologias com caixas térmicas, bolas de demolição e espelhos partidos.
Seria uma simples história de amor distorcida, não fosse o incesto. O tema tabu, apesar de provocante e do final que foge ao óbvio, nunca é posto de forma fetichista. Chego a conclusão de que meus sentimentos continuam conflitantes, mas qualquer filme que consiga alcançar o nível de ambivalência em ser tão confortável e tão desconfortável de se assistir, é certamente um pedaço de cinema a ser notado.
Tal qual foi minha decepção ao pesquisar sobre a protagonista e ver que ela não atua desde 2001.
What Did Jack Do?
3.2 139They say real love is a banana — sweet with a golden hue.
Os Famosos e os Duendes da Morte
3.7 670 Assista AgoraNão é um filme perfeito mas era muito difícil eu, de alguma forma, não me conectar com o personagem principal.
De colocar a touca e encarar a cerração pela manhã indo para aula no "cu do mundo", os campos brancos cobertos de neblina, as festas dos alemães colonos e o sotaque do interior gaúcho. Essa vontade de escapar, e ao mesmo tempo sentir que nunca quer sair dali.
É uma pena encontrar tão pouco do Rio Grande do Sul no cinema nacional.
Sobre as lacunas que o filme deixa, cabe a nós completar.
A ponte era o limiar entre aquela cidade "na colônia" e o mundo lá fora. Entre o aqui e o lá. A única forma de escape. Ele podia fugir pro mundo lá fora, ir ao show do Bob Dylan, mas como o próprio amigo coloca, isso seria uma loucura. Ou ele podia pular da ponte, como tantos outros fizeram, e se livrar de tudo.
Quando ele e o Julian atravessam a ponte de carro, onde tantos se suicidaram, duas rádios se cruzam numa interferência: primeiro a típica música alemã, a cidade pequena, a colônia, uma música que ele não compreendia e não se conectava. Do outro lado, 'Girl Called Itch', do Nelo Johann, em inglês, na língua universal, o mundo grande lá fora além da ponte, desconhecido, mas familiar para alguém que vivia na internet.
Ao final, será que ele pulou? Ou será que ele foi ver o Bob Dylan?
Pretendo ler o livro, e eventualmente voltar a esse filme.
Ritual
4.2 7Certainly, she longs to escape into fantasy.
Certainly, I long to escape from fantasy.
Amanhã é meu aniversário.
Indiana Jones e o Templo da Perdição
3.9 507 Assista AgoraApesar de ainda ter seus méritos, é de longe o que pior envelheceu da trilogia.
O Caso de Hana e Alice
3.8 20Me deixou com duas vontades:
Que o Iwai se aventure novamente nos animes slice of life no futuro.
E que o Iwai faça uma terceira parte com a Anne Suzuki e a Yu Aoi na vida adulta.
Ghost Soup
3.4 2Que filme gostoso de se assistir, um lado diferente da filmografia do Iwai, mais voltado ao humor mas sem perder o sentimento; — esse que não tem nada de melancólico aqui, carregado de candura.
Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar
4.2 993 Assista Agoranão existe filme mais fofo e puro do que ponyo
Love Exposure
4.2 93I HAVE THE POWER OF GOD AND ANIME ON MY SIDE
PomPoko: A Grande Batalha dos Guaxinins
4.0 154 Assista AgoraTem várias citações fodas e cenas cheias de criatividade, mas a minha favorita é a cena ao final
em que o salaryman rasga o terno pedaço por pedaço enquanto volta correndo para o campo com os outros tanukis.
Filme engraçado, mas com bolas (heh) para passar uma mensagem que quase 30 anos depois continua igualmente válida e preocupante.
Swallowtail Butterfly
4.0 5Me pergunto quantos filmes incríveis não existem por aí dos quais eu nunca ouvi falar, ou que sequer são possíveis de se encontrar na internet.
Swallowtail Butterfly flerta com o exploitation e consegue falar sobre imigração, multiculturalismo, ganância, crime, juventude perdida, amadurecimento... Tudo isso sempre colocando os personagens no centro. Essencialmente, ainda é um drama como todos os filmes dele, — o roteiro obedece às vontades e ações dos personagens, e o próprio Iwai parece só assistir, como nós. Não tem a mesma profundidade de Lily Chou-Chou, ou a sensibilidade de Picnic e Love Letter, mas é algo diferente de qualquer coisa que eu já tenha visto. Acho que é justamente as pequenas imperfeições de Swallowtail Butterfly que me atrairam tanto, além da Chara cantando Frank Sinatra.
"You're still a kid, so you get a caterpillar. 'Ageha'"
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraNunca vi tantos closes em pés descalços (e, por vezes, sujos) como nesse filme.
Tarantino não tá fazendo questão nenhuma mais de disfarçar seus fetiches.
Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald
3.5 1,1K Assista AgoraE mais uma franquia querida é revivida me forçando a fingir que isso nunca aconteceu...
Filme sem vida e/ou conclusão, personagens em excesso e sem propósitos ou arcos dramáticos (o que fizeram com a Queenie, meu Deus?) e um show pirotécnico que banaliza a magia ainda mais que o (bom) filme anterior, sem uma batalha final que ao menos entretenha ou recompense o tempo perdido. Não esquecer o exagero de fanservice barato e mal-colocado, algumas soluções fáceis para problemas que o próprio roteiro se impõe e adicione na mistura um final completamente anticlímax.
A cereja no bolo é a revelação final que, 1. é um furo cronológico no universo da franquia ou 2. é uma revelação falsa que torna o filme ainda mais desnecessário e anticlimático.
Me incomodou no início do filme já ter colocado o Grindelwald indiretamente executando um bebê, além de macabro era uma forma maniqueísta de vilanizar seu antagonista e não se permitir um caminho mais cinza e ousado, mas... Ninguém mais achou extremamente mórbido o Lestrange usar a maldição Imperius para sequestrar e estuprar uma mulher?????????? Caramba, a classificação é 12 anos e HP é um universo criado para as crianças. Sinceramente, a única coisa que eu consegui gostar desse filme foi o Jude Law como Dumbledore, e mesmo ele mal apareceu.
Eu espero estar errado, espero que esse tenha sido só um tombo feio mas que a franquia volte a se levantar já no próximo, mas não consigo ver isso se sustentando por mais três filmes. Tenho a sensação que pecaram em não fazer apenas dois: Animais Fantásticos e um que cobrisse a batalha final do Alvo com o Grindelwald.
The Umbrella Academy (1ª Temporada)
3.9 566Killjoys, make some noise.
Tekkonkinkreet
4.3 86Deus me fez faltando alguns parafusos do meu coração.
Hope
4.5 375 Assista AgoraTem pelo menos duas cenas em que qualquer um com coração vai sentir, no mínimo, os olhos embaçarem. Apesar de ter amado, não indicaria para ninguém sem alertar a montanha-russa de sentimentos conflituosos que esse filme é.
Você vai se sentir angustiado e odiar a nossa espécie do início ao fim, mas, se aguentar a experiência, talvez saia com um fio de esperança e a vontade de ser o melhor ser humano que puder.
Doctor Who (9ª Temporada)
4.4 140Critiquei o Moffat em vários momentos, então tenho que enaltecer quando é merecido.
Para mim, a melhor companion e a melhor temporada (junto com a 4ª) da New Who.
"Personally, I think that's a hell of a bird."
Legion (2ª Temporada)
4.0 72 Assista AgoraAcho que o desenvolvimento do
lado obscuro do David
Ainda assim gostei muito do arco (deveras corajoso) do David, e achei simplesmente magnífica aquela batalha psíquica ao som de "Behind Blue Eyes", souberam usar as limitações e a criatividade para fazer algo único.
P.S.: O ponto não é o David ser "bom" ou "mau", "herói" ou "vilão". Fato é que ele é louco, e isso ficava meio em segundo plano (já que as ações 'erradas' dele caíam na culpa do Shadow King). Eu sentia falta, e espero que isso aconteça na terceira, da personalidade dividida controlando diferentes aspectos dos poderes psiônicos dele. Ia ser muito legal e tenho certeza que o Dan Stevens conseguiria entregar uma dinâmica alá Fragmentado.
Star Trek: Discovery (1ª Temporada)
4.0 137 Assista AgoraÉéééé...
Acho que a série se perdeu no que queria focar
(Universo Espelho v Guerra com os Klingons),
Criaram um ótimo plot twist com o Lorca, para no episódio seguinte descartá-lo. Desperdício. Não gostei dessa Imperatriz, e pelo jeito ela vai voltar em algum ponto no futuro. (Não sou um especialista em ST, mas achei muito absurdo a Federação dar tantos poderes para uma mulher como aquela, apesar de tantas atrocidades que ela cometeu no universo dela. Ainda por cima deixam ela solta por aí)
Tiveram alguns ótimos episódios (1x7 - Magic to Make the Sanest Man Go Mad e 1x12 - Vaulting Ambition, principalmente), mas o final me foi anticlimático. Como eu já disse, parece que não souberam o que focar ali no miolo da série, o que acabou causando num desfecho apressado para a guerra. Achei bem meia boca aquela saída com L'Rell, a série já tinha mostrado saídas mais inteligentes antes. O plot do Tyler/Voq também foi uma boa ideia, mas que não foi lá muito bem desenvolvida.
Enfim, vou voltar para season 2, é impossível não se empolgar com aquela cena final, mas eu esperava mais de Discovery.