Eu curti tanto esse filme. Fui assistir ontem, já passava da meia-noite. Prefiro assistir legendado, mesmo que a dislexia me atrapalhe bastante... com o cansaço, terminei só depois das 3, mas mesmo assim parece que o filme passou voando. Eu curte a fotografia, o desenvolvimento das personagens, os diálogos...
É interessante como o filme nos apresenta a dualidade irônica de Amanda, estabelecendo o paradoxo central da narrativa: ela seria a que "não tem sentimentos", mas que justamente consegue aflorar os da Lily, fazer com que ela traga à tona uma sinceridade a respeito do que ela esteja sentindo. Como a Lily mesmo descreve, isso tira um peso dos ombros. É claro que sabemos que elas foram até longe demais... O padrasto talvez fosse mesmo bem menos carrasco do que foi pintado. Mas tudo é muito bem construído para mostrar as imperfeições gritantes de uma típica família burguesa: o que as pessoas fazem para agradar as outras, preferindo seguir um falso moralismo ao invés de confessar que, no fundo, no fundo, muitos de nós nutrimos ou nutriríamos um "desejo assassino" por outras pessoas: até mesmo, para aproveitar o impasse psicanalítico, nossos pais (que no filme, embora representado pelo padrasto, funciona de maneira semelhante). E é interessante ver como, da mesma que a Amanda sacrificou o cavalo dela, ela se "sacrifica" pela Lily, não talvez por realmente um interesse de amizade, mas porque elas está sempre naquele grau de "tanto faz, como tantoo fez".
Enfim, não acho que o filme possua furos. Nem toda narrativa se pretende linear (parece que isso nada mais é do que uma tara antiga das narrativas ocidentais). O "espaço em branco" do final está ali justamente para cobrimos com a imaginação. Nem tudo precisa ser mastigadinho para o público. Aliás, acredito que, vislumbrando a personalidade da Amanda, ela até mandaria um grande f*da-se para o público. hahaha
P.p.s: Acho que o mais me angustiou na verdade com relação a esse filme é algo "externo" a ele...
Aquilo que eu já chamei uma vez, no mestrado, de "arquinarrativa", que envolve muito da nossa expectativa com relação a toda e qualquer narrativa (ou "hiponarrativa")... aqui, as hiponarrativas, no caso, seriam a descrição desse filme por 3 amigos... e elas estão bem apagadas na memória... não imaginava que o que fosse aterrorizá-los alcançasse o msm viés de medo/angústia em mim..
Uma obra para ser revista, com certeza. Mas em um dia em que a gente esteja menos psicologicamente esgotado... =/
Esse é o oitavo filme que vejo do Bergman, antes tinha assistido "O Sétimo Selo", "Persona", "Morangos Silvestres", "Face a Face" e a "Trilogia do Silêncio" ("Através de um Espelho", "Luz de Inverno" e "O Silêncio"). Obviamente, como uns citaram aqui, me recordei de Lynch... além, porém, de Harvey ("O Parque Macabro"). A sensação de angústia é semelhante...
Irônico o fato de justamente o âmbito familiar ter me atrasado e atrapalhado em assistir esse filme... eu sempre volto a Bergman pq para mim é crucial o modo como ele é o principal diretor que me vem à tona quando a questão é o tema das atribulações familiares.
Enfim, sobram inúmeras dúvidas... quem era aquela criança que ele matou? Um filho dele com Veronica ou então uma versão dele criança que ele tbm matou? Alguns personagens eu só notei definitivamente que eram os que ele citava no esboço quando finalmente eles agiram depois como deveria ser... a senhora do chapéu, por exemplo - embora eu já tivesse subentendido algo quando ela aparece para a Alma [Alma, né? Como em Persona... que adorável "coincidência" aqui... rsrs]... ou quem sabe o Homem-Pássaro (Lindhorst)...
Eu fiquei imaginando o tema da esquizofrenia... se Alma realmente estava ali... ou se no fundo tudo não era apenas ela, pela frase final que ela retoma aquilo que ela já tinha conversado com o Johan... Johan desapareceu mesmo enquanto pessoa ou na verdade ele tbm seria uma "persona" de Alma? Ah... é tudo tão confuso e mesmo assim tão emocionante.
Agora terei de ler o capítulo de "Imagens" que ele fala de "A Hora do Lobo", essa hora em que "a maioria das pessoas morre e a maioria dos bebês nasce"... o final do filme apareceu cortado pra mim. Fiquei com a impressão de algo faltando... isso é tão ruim... =/
Detalhes à parte, esse filme me lembrou a sinopse de um outro filme mais antigo. Acredito que é "Dead of Night" ("Na Solidão da Noite")... de 1945.
São tantos detalhes e com certeza eu estou esquecendo de vários... Mas estas foram as minhas primeiras impressões gerais.
P.s.: agora eu n lembro se foi comentado msm que ele teve um filho com a Veronica... acho que na verdade eles falam de um filho do Barão e da esposa dele que estava na casa de um tio... e aí logo em seguida falam da Veronica. Vou ter de rever a cena do jantar agora pra confirmar.
Já entrou para os favoritos, mesmo não tendo nota máxima. Assisti hoje pelo Vimeo do MAM (Museu de Arte Moderna) do Rio.
A meia estrela a menos é só birra mesmo por não ter entendido algumas coisas... o Franz era o q afinal? Um homofóbico enrustido? Um miché? Ou apenas tudo isso junto em um "gay for pay"? hahaha
Eu pensei que tinha um erro de continuidade, pelo sentimento da Elsa ter sido deixado de lado, mas tudo se resolve na cena da palestra... e que palestra!
Acho que o único termo mais problemático é quando a homossexualidade é citada como uma "anormalidade" da natureza. No mais, é um filme muito atual.
Acho que é meu preferido dos filmes que não entendi bulhufas.
Ou que talvez tenha entendido até demais e tenha preferido jogar tudo pro inconsciente kkkkk
Enfim...
Que filme doido msm, sefoder... x.x kkkkkkk
Só conseguiu me lembrar muito de "Estrada Perdida", do Lynch (ou talvez puxasse mais pra "Cidade dos Sonhos", por conta da temática homoafetiva... ou ainda um meio termo). Sabendo um pouco da vida do Burroughs, os fatos ficam mais interessantes...
Para um filme de 2002, é muito bom mesmo. E fiquei impressionado com a carga que ele carrega para um filme tão curtinho. Basicamente uma hora de duração.
E não à toa me recorda outro filme 2002: o fantástico "Lilya Para Sempre": falo isso nas características da gravação, a cena "suja", os enquadramentos, e aqueles zooms "zoados" da câmera que, no entanto, dão ora um tom amador, ora um tom natural para o filme.
Achei engraçado que ele parece apelar pra dois campos: cinema israelense LGBT parece ter me suscitado essa ação escrachada até mesmo nos diálogos e nos detalhes, que ora puxa pro soft-porn (o momento em que o Yossi confunde um transistor com o pau do Jagger kkkk, aquela cena que parece a famosa "cantada de encanador", entre o Jagger e a Yaeli, com o cisco no olho e a lente de contato, com o Ophir olhando tudo e sugerindo um grande mal entendido); ora para uma crítica sutil à masculinidade frágil/tóxica, ou apenas/mesmo uma representação dos medos incutidos a nós, homoafetivos (o Yossi se sentir vigiado até mesmo por um coelho [é engraçado que aqui até muda a visão que a gente tem da capa do filme]; Yoel recusando os hashis que o Yaniv oferece; Yossi afastando a oferenda da sobremosa que o Jagger lhe faz; etc.)...
Tudo parece despontar enfim nas cenas finais, quando a morte do Jagger, lembrando a famosa fotografia "O Beijo da Vida", faz um beijo de despedida se sobrepor à respiração boca a boca. Ou também quando ele finalmente vê a foto dele fantasiado de coelho... ("Gummo" está diferente, não é mesmo, pessoal? kkkkk)
Tem uns diálogos engraçados e interessantes tbm haha
- O que faria se te dissesse que sou gay? - Posso ser sincero, senhor? - Por favor. - Você é tão belo como uma mulher. Eu transava contigo.
~
- Me diga, Goldie, não te incomoda que ele seja casado? - Pelo contrário, estou aqui para me divertir, não para me casar.
~
- Diga-me, Yossi, ficaria ao meu lado se eu perdesse uma perna? - Poderia facilitar certas posições...
Enfim, considero que é um filme importante nesse passo inicial pra discutir as temáticas LGBT. Me lembrou "Bom Trabalho"... mas se lá tudo fica muitas vezes implícito, aqui é mesmo tudo escrachado... embora tenha o jogo do subentendido também.
Não sei se esqueci algo, mas me parece isso... É simples, mas eu curti consideravelmente.
É um filme realmente pesado, com todos os temas que já foram citados: abusos, estupro, assassinato (esses todos nessa cena final); rivalidade entre irmãs, negligência dos pais. A priori, a Elena e o Fernando me pareceram personagens detestáveis, mas é interessante o modo como o filme todo é construído nos diálogos que mostram muito as relações do trio de personagens principais, sem pautar tudo num maniqueísmo bobo. Claro, ainda há a questão dos preconceitos contra a Anaïs, a questão da autoestima com relação ao corpo e tudo mais...
Mas fico imaginando qual realmente é o tema principal desse filme... e fico tentado a imaginar se é a "perda da inocência" (se sim, em que momento exato ela foi perdida?).
Por um instante, eu pensei que aquele final era algo imaginado pela Anaïs... e não sei se a diretora não "brincou" com isso... pq é um final bem "absurdista", talvez no sentido de Camus mesmo.
No fundo, a Elena foi realmente estuprada antes de morrer... mas a diretora não coloca isso de forma direta, pq também nos pontua diretamente como nos relacionamos e como nos permitimos abusar e ser abusados...
O Fernando é realmente um cuzão: mas não sei até que ponto o amor dele não era verdadeiro, só que pontuado pela necessidade de satisfazer o desejo dele antes de tudo (ele sabia e disse para a Elena que não podia ser visto com ela, sendo que ela era de menor - só que isso depois de fazer tudo o que ele já tinha feito!)... Eu acho que esse filme é um forte indicativo de que tanto meninas como meninos não foram ensinados a amar e a ser amados.
E vale lembrar o que foi dito já em outros comentários: o final é tecido sobre uma forte ironia de que a Anaïs esperava que a primeira vez dela fosse com alguém que ela não amasse... foi um final amargamente cruel, abominavelmente irônico.
P.s.: Acredito que o outro tema seja a prática do ghosting.
Ainda em choque e sem entender o que de fato eu assisti... haha
É legalzinho, tem umas coisas meio estranhas que não se encaixam (principalmente no começo, a ponte que eles tentam estabelecer com o filme do Hooper, de 74), mas no geral é ok. Ao contrário do que foi comentado anteriormente, eu n acho que ela simplesmente esqueceu que o Leatherface matou os amigos dela... mas ela compreendeu o pq ele fez isso.
É um filme que segue essa vibe moderna de contar a história dos vilões (como Cruella, Malévola e tantos outros). Claro, de forma bem escrachada, pq aqui estamos lidando com um clássico dos filmes slasher e trash.
Eu também só fiquei pensando o que é que aconteceu com o filho do policial lá. Ele simplesmente some.
Filme muito bom mesmo, me surpreendi. Ele não é aquele "graaaande" filme, mas é bom justamente na sua simplicidade e no que promete entregar. Eu só achei mesmo também que a Cruella pudesse ser mais cruel... mas aqui realmente não cabe a pegada para a proposta geral do filme.
E que trilha sonora, senhores e senhoras! David Bowie (ainda que em curta aparição), Nina Simone, Black Sabbath, The Clash, The Doors, The Rolling Stones, Blondie, Queen, Bee Gees, Judy Garland e tantos outros.
Outra coisa que eu não tinha comentado é que outro filme que parece seguir a mesma linha é o "Assim na Terra como no Inferno" (inclusive com o clichê aparentemente inaugurado aqui, do desabamento e etc.). Mas, de todo modo, eu curti os dois filmes.
Só fiquei triste que praticamente todas morreram. Eu fiquei puto com a "traição" no final, sendo que a morte da segunda garota tinha sido um engano. Mas depois entendi que tudo parecia fazer mesmo parte dessa descida ao "abismo do medo" e da loucura da protagonista. Final duplo, como em filmes do tipo "Fratura", "Censor" e "Nocturne". Amo filmes assim, de "quebra de expectativa".
Curti bastante esse filme, mas queria conhecer mais de música pra entendê-lo... "Nocturne", do título, seria realmente uma referência ao "Noturno", de Chopin?
Acho que estou muito intrigado ultimamente com filmes de "final fechado não tão fechado assim" kkkkkk Aqui, me faz recordar de "Censor" e de "Fratura". De todo modo, não é questão de avaliar finais previsíveis, mas de abordar as questões de forma e conteúdo. De fato, a protagonista morre mas é ignorada pelos frequentadores da escola? Nesse sentido que eu penso, o que foi real ou não ali naquele final? Acho que aqui lidamos novamente com o "real do virtual": embora diametralmente opostos, os dois finais possíveis se tangem por um só desejo: o desejo dela de ser reconhecida e lembrada, seja na vida ou na morte.
Enfim, curti sim. Assistido em 24 de Julho de 2021.
Eu fiquei pensando em baixar a nota por não ser o que eu esperava... Eu fiquei pensando em baixar a nota por me parecer, por alguns instantes, uma cópia barata de "Estrada Perdida" (até há o Camera Man)... ou mesmo "Cidade dos Sonhos".
Mas aqui, diferente dos filmes de Lynch, há espaço para uma comédia maior (o que não quer dizer que isso não exista lá nos filmes dele...). Portanto, o filme de Prano, segue outro rumo. Pois o tom final é justamente de zoação, nem que seja uma zoação angustiosa, passando pelo nível de "encontro de família de comercial de margarina", para mostrar o modo como a gente espera que a realidade se encaixe nos nossos sonhos, para que ela não se torne um amargo pesadelo. Até mesmo o diretor é decapitado (só fiquei esperando alguém ali perder o olho). E o jogo da tela foi incrível para representar esses dois mundos da Enid.
Esse nome me enganou tbm, pq eu pensei que fosse um diretor. Nesse caso, a questão do abuso de mulheres nos sets poderia ter caído de maneira piegas, mas parece que a Prano soube trabalhar isso bem trazendo para o centro da narrativa justamente uma mulher conservadora.
No mais, eu ainda acho que a grande sacada do filme é colocar a Enid como trabalhando no departamento de censura dos filmes nasty. É o que dá o pontapé pra toda essa narrativa em espiral e uma relação intrigante com questões de paradoxos temporais, mesclando ficção e realidade: a Enid censurava o próprio filme que criava o alicerce para ela própria ser uma censora?...
Não à toa é que eu pensei que o plot fosse enveredar por algo semelhante a "Perfect Blue"... mas quem sabe se isso não seria outra leitura? E, de fato, isso tbm está presente em "Lost Highway", por conta do papel da personagem de Arquete.
P.s.: Não consigo desconsiderar o fato da Enid lembrar a Mary Whitehouse. Acredito que isso tem muita importância para a trama.
É, não é mole não... vale o conselho da mãe da Enid, pra todos nós: "Você não pode ser responsável por todo mundo, Enid."
Achei esse filme em um grupo do Face chamado "A Sétima Arte". Fico me perguntando o porque do corte. Dizem que esse filme foi banido em vários países. Pessoal do grupo ainda disse que era pesado... mas eu confesso que já assisti outros mais puxados... Fico pensando se esse "peso" maior n estaria em um dos momentos cortados. Um deles eu sei que é a parte inicial, quando ele atira em uma senhora (sei disso por conta de um fanmade através do qual fiquei conhecendo o filme antes). Talvez essa morte de alguém que lembrasse a mãe parecesse um matricídio e esta fosse a parte forte (opa, "O Estrangeiro" mandou um abraço kkk)? Mas isso acontece mais de uma vez no filme, pq a senhora da mansão estava para a mãe dele, assim como Sílvia está para sua irmã e o filho cadeirante para o padrasto.
Pois bem, ainda, ao menos pra mim, a parte pesada mesma está nessa estrutura psicológica. O filme cria uma atmosfera "pesadelonírica", como eu gostaria de reafirmar: se para o assassino a mansão se torna um Paraíso, ela tbm se transforma no Inferno das vítimas desse algoz. O modo detalhado como o filme explora o cuidado com os corpos tbm me remete a Psicose.
Aquela cena inicial da mansão, quando a moça e a senhora estão chegando, pra mim é o auge. É a tensão do: "daqui pra frente, só vai dar merda!"... A frieza toda do cenário ainda me remete a um clima de cemitério.
Esse filme respira morte por todos os seus poros. Real desgraçamento mental. Não tinha como eu não amar! haha
De todo modo, o filme todo é uma forma muito interessante de representação da psicopatia. As cenas são "conjugadas", plasmadas como fotografias para os assassinatos do presente reverberarem a vontade de matar do passado. Achei isso incrível!
Mesmo com todos os erros de continuidade, e com o fato de eu ter assistido uma versão "picotada", eu realmente curti muito a experiência de "Angst" (Fear).
Só pela cena inicial eu já fiquei "nhé..."... Tava me deixando zonzo e por isso eu nem notei qualquer semelhança nesse uso exacerbado do escuro (como em um dos meus filmes prediletos, "Sombre"...). Fiquei com raiva de mim por não perceber que a Renata estava morta, mas ou: 1) Eu percebi, mas nem dei atenção a minha suspeita; ou 2) De certo modo, decorrente do fator anterior, eu tava tão desinteressado do filme que eu mal busquei conjecturar qualquer coisa.
Os temas pesados, como saúde mental, necrofilia e Síndrome de Cottard são as coisas que me chamariam a atenção... mas eu simplesmente não consegui me conectar.
E eu não sei se as pontas soltas são o "tchan" do filme ou o que o estraga. Tem realmente um final bem triste, e o "in memorian" ao José Wilker tbm foi puxado...
No mais, não consegui me conectar como queria ao filme. Que pena! Pq eu sempre tento dar uma chance ao cinema nacional, mas n foi desta vez.
P.s.: este filme me lembrou "Fratura", que inclusive é um filme que foi feito uns cinco anos depois.
Acho que só não curti a morte da Lara (ela me lembra uma personagem mais inocente, de "Germinal" haha) e do Stephen... e pensei que ele fosse matar a Sabá (que seria tipo uma Madame Bovary negra?)... Tbm fiquei imaginando se eles precisavam mesmo fazer todo aquele jogo de comprar um negro lutador... quando podiam pedir logo 12mil pela Hilde... será que era só orgulho do Schultz?
No mais, obra quase perfeita. Acho que só n curti tanto os 20 minutos finais.
Atacou a labirintite e a dislexia ao mesmo tempo (mania maldita de assistir legendado q eu tenho kkkk). Mas curti bastante coisa: as curiosidades, a pira psicológica, a ideia geral de muitos filmes de terror que "se vc enfrenta seus medos, eles desaparecem..." As referências à Divina Comédia. É claro que tem muita coisa superficial (mas um filme consegue se aprofundar nesses temas como os livros, por exemplo?), então cria um contraponto irônico para o tanto que eles desceram kkkk (brinks).
Acima de tudo, pensei que ia ter alguns jump scares... mas o medo nesse filme ficou mesml mais na trilha sonora (tem duas partes do filme que me lembram muito o jogo da Bruxa de Blair mais recente... seria uma homenagem às avessas? Haha).
Quem sabe no futuro torne-se um clássico do Found Footage.
Assistido em 17-18 de Junho de 2021.
Colocando entre os favoritos pq me instigou novamente a estudar simbologia.
Pra mim, o plot twist maior foi ver que a mãe dele é que matou o pai. Se é que, numa superinterpretação, a própria Laura (e ainda a Anchi) n seriam tbm personas dele.
Enfim, eu mais uma vez jogando toda a discussão aqui no Spoiler. Esse tema de dissociação e dupla personalidade mexe comigo. E amei o jogo de cores. Não achei exagerado, e, se caso foi, fiquei buscando entender os ditos tais "exageros".
Eu não acho que a trama tenha sido confusa, pq justamente confusão me parece ser o tema principal do filme, a partir de uma mente fragmentada.
Quanto às cores, logo a gente pega a relação com o semáforo, como se fosse a parte do meio do filme msm, abrindo um espelho entre as duas partes. Dá pra pegar o "tchan" da questão psicológica antes dos últimos 40 minutos. Mas o interessante é que o filme "revela" o clímas sem terminar (o que me lembraria, por exemplo, "Alice Sweet Alice"). Sem contar que tem a referência msm óbvia ao Argento (q eu me odiei em n ter sentido antes...). Apesar que o jogo das cores na verdade me lembra mais "Corra, Lola, Corra!".
Acredito que parte dos exageros ainda se pontuam justamente pelo diálogo que o filme estabelece com os clássicos do terror/horror (a própria Alex parece dar uma pista quando diz que aqueles filmes causavam mais nojo do que medo... e foi essa sensação maior que eu tive... de enjoo, vômitos...). Daí os tão bem colocados exageros (o barulho e o efeito dela metendo a cara no espelho no começo do filme; a mãe jogando o almoço na mesa, na frente deles, numa espécie de "pseudo-jumpscare"; a senhora lá abrindo a boca dps de descascar os ovos.
Eu só fiquei esperando que o filme fosse mais claro no fim... (ou será que ele n foi o suficiente para o que eu esperava?). Quando há esse lance de dupla personalidade, eu n vejo que é algo que se resolve com a persona (a anima talvez?) sumindo... Quando a Alex pula do prédio, então... seria um sinal na verdade de que o Abraham norreu? (Eu me recordo aqui que em filmes como "Para Sempr3 Lilya", o "despertar", na verdade, carrega uma simbologia de morte. No mais, n sei até que ponto foi desnecessária aquela cena final do Bullying... mas deu mais vontade de ler o romance no qual o filme foi inspirado.
Enfim, deve haver mais coisas pra comentar. Mas há ainda um mal-estar que n me deixa completar de dizer o q senti por este filme...
É marcante toda a carga emocional que esse filme carrega. A gente fica torcendo para que não seja aquilo, para que o hospital tenha culpa em toda a situação... Mas é um daqueles filmes de partir o coração, sem final feliz.
Eu, da minha parte, gostei muito que o filme fica oscilando entre uma perspectiva e outra. Acho que o pessoal exagera em focar na ideia de "filme previsível", sendo que esse filme é daqueles com "atmosfera previsível": é óbvio, pelas mais possíveis variações, que tem apenas 3 saídas: 1) Ou ele realmente estava "confuso" (outros diriam "louco") e criou toda a narrativa na mente dele, que é o que realmente acontece; 2) Ou o hospital msm que tinha um esquema de tráfico de órgãos; ou 3) O mais difícil, deixar o final em aberto. As 3 categorias que Todorov já tinha deixado claro em sua "Introdução à literatura fantástica", que aqui pode ser muito bem aplicado...: o estranho, o maravilhoso e o fantástico.
Também gostei do fato de que ele não estava imaginando o cachorro. Que esse era um elemento crucial na narrativa (aqui me faz lembrar a imagem do psicopompo)... De fato, ele não matou nenhuma das duas de maneira intencional. Ray não era um cara mal e o filme não se prende a esse maniqueísmo besta que tão facilmente atrai o gosto do público.
Aqui não se trata de verdade ou mentira, no fundo. Mas da própria complexa estrutura da realidade, e de um homem "fraturado" em todos os sentidos.
Enfim, se pessoal perdesse um pouquinho dessa tara por "roteiro", "furos de roteiro", de "continuidade", poderia ter muito mais a aprender com as emoções que o cinema nos proporciona.
Porque nós não somos seres apenas racionais, e, acredito eu, Arte é, acima de tudo, emotiva. Uma questão de sentimentos e de saber aflorá-los.
Ahhhh... e nunca vou esquecer o literal desgraçamento mental que foi o final desse filme! :(
Puro-Sangue
3.2 235 Assista AgoraEu curti tanto esse filme. Fui assistir ontem, já passava da meia-noite. Prefiro assistir legendado, mesmo que a dislexia me atrapalhe bastante... com o cansaço, terminei só depois das 3, mas mesmo assim parece que o filme passou voando. Eu curte a fotografia, o desenvolvimento das personagens, os diálogos...
É interessante como o filme nos apresenta a dualidade irônica de Amanda, estabelecendo o paradoxo central da narrativa: ela seria a que "não tem sentimentos", mas que justamente consegue aflorar os da Lily, fazer com que ela traga à tona uma sinceridade a respeito do que ela esteja sentindo. Como a Lily mesmo descreve, isso tira um peso dos ombros. É claro que sabemos que elas foram até longe demais... O padrasto talvez fosse mesmo bem menos carrasco do que foi pintado. Mas tudo é muito bem construído para mostrar as imperfeições gritantes de uma típica família burguesa: o que as pessoas fazem para agradar as outras, preferindo seguir um falso moralismo ao invés de confessar que, no fundo, no fundo, muitos de nós nutrimos ou nutriríamos um "desejo assassino" por outras pessoas: até mesmo, para aproveitar o impasse psicanalítico, nossos pais (que no filme, embora representado pelo padrasto, funciona de maneira semelhante). E é interessante ver como, da mesma que a Amanda sacrificou o cavalo dela, ela se "sacrifica" pela Lily, não talvez por realmente um interesse de amizade, mas porque elas está sempre naquele grau de "tanto faz, como tantoo fez".
Enfim, não acho que o filme possua furos. Nem toda narrativa se pretende linear (parece que isso nada mais é do que uma tara antiga das narrativas ocidentais). O "espaço em branco" do final está ali justamente para cobrimos com a imaginação. Nem tudo precisa ser mastigadinho para o público. Aliás, acredito que, vislumbrando a personalidade da Amanda, ela até mandaria um grande f*da-se para o público. hahaha
Assistido em 20 de Novembro de 2021.
Pássaro Branco na Nevasca
3.6 442Caramba... deixando anotado aqui para eu anotar quando amanhecer... porque esse filme foi um baita de um gatilho pra mim.
Só uma coisa: Greg, pra q essa violência psicológica? Podia pelo menos ter ido com cuspe hahaha
Assistido em 11-12-09-2021.
A Hora do Lobo
4.2 308P.p.s: Acho que o mais me angustiou na verdade com relação a esse filme é algo "externo" a ele...
Aquilo que eu já chamei uma vez, no mestrado, de "arquinarrativa", que envolve muito da nossa expectativa com relação a toda e qualquer narrativa (ou "hiponarrativa")... aqui, as hiponarrativas, no caso, seriam a descrição desse filme por 3 amigos... e elas estão bem apagadas na memória... não imaginava que o que fosse aterrorizá-los alcançasse o msm viés de medo/angústia em mim..
Uma obra para ser revista, com certeza. Mas em um dia em que a gente esteja menos psicologicamente esgotado... =/
A Hora do Lobo
4.2 308Eu realmente não sei por onde começar...
Esse é o oitavo filme que vejo do Bergman, antes tinha assistido "O Sétimo Selo", "Persona", "Morangos Silvestres", "Face a Face" e a "Trilogia do Silêncio" ("Através de um Espelho", "Luz de Inverno" e "O Silêncio"). Obviamente, como uns citaram aqui, me recordei de Lynch... além, porém, de Harvey ("O Parque Macabro"). A sensação de angústia é semelhante...
Irônico o fato de justamente o âmbito familiar ter me atrasado e atrapalhado em assistir esse filme... eu sempre volto a Bergman pq para mim é crucial o modo como ele é o principal diretor que me vem à tona quando a questão é o tema das atribulações familiares.
Enfim, sobram inúmeras dúvidas... quem era aquela criança que ele matou? Um filho dele com Veronica ou então uma versão dele criança que ele tbm matou? Alguns personagens eu só notei definitivamente que eram os que ele citava no esboço quando finalmente eles agiram depois como deveria ser... a senhora do chapéu, por exemplo - embora eu já tivesse subentendido algo quando ela aparece para a Alma [Alma, né? Como em Persona... que adorável "coincidência" aqui... rsrs]... ou quem sabe o Homem-Pássaro (Lindhorst)...
Eu fiquei imaginando o tema da esquizofrenia... se Alma realmente estava ali... ou se no fundo tudo não era apenas ela, pela frase final que ela retoma aquilo que ela já tinha conversado com o Johan... Johan desapareceu mesmo enquanto pessoa ou na verdade ele tbm seria uma "persona" de Alma? Ah... é tudo tão confuso e mesmo assim tão emocionante.
Agora terei de ler o capítulo de "Imagens" que ele fala de "A Hora do Lobo", essa hora em que "a maioria das pessoas morre e a maioria dos bebês nasce"... o final do filme apareceu cortado pra mim. Fiquei com a impressão de algo faltando... isso é tão ruim... =/
Detalhes à parte, esse filme me lembrou a sinopse de um outro filme mais antigo. Acredito que é "Dead of Night" ("Na Solidão da Noite")... de 1945.
São tantos detalhes e com certeza eu estou esquecendo de vários... Mas estas foram as minhas primeiras impressões gerais.
P.s.: agora eu n lembro se foi comentado msm que ele teve um filho com a Veronica... acho que na verdade eles falam de um filho do Barão e da esposa dele que estava na casa de um tio... e aí logo em seguida falam da Veronica. Vou ter de rever a cena do jantar agora pra confirmar.
Assistido em 04 de Setembro de 2021.
Diferente dos Outros
4.0 28Caramba, que filme genial!
Já entrou para os favoritos, mesmo não tendo nota máxima. Assisti hoje pelo Vimeo do MAM (Museu de Arte Moderna) do Rio.
A meia estrela a menos é só birra mesmo por não ter entendido algumas coisas... o Franz era o q afinal? Um homofóbico enrustido? Um miché? Ou apenas tudo isso junto em um "gay for pay"? hahaha
Eu pensei que tinha um erro de continuidade, pelo sentimento da Elsa ter sido deixado de lado, mas tudo se resolve na cena da palestra... e que palestra!
Acho que o único termo mais problemático é quando a homossexualidade é citada como uma "anormalidade" da natureza. No mais, é um filme muito atual.
Assistido em 29 de Agosto de 2021.
Mistérios e Paixões
3.8 312 Assista AgoraAcho que é meu preferido dos filmes que não entendi bulhufas.
Ou que talvez tenha entendido até demais e tenha preferido jogar tudo pro inconsciente kkkkk
Enfim...
Que filme doido msm, sefoder... x.x kkkkkkk
Só conseguiu me lembrar muito de "Estrada Perdida", do Lynch (ou talvez puxasse mais pra "Cidade dos Sonhos", por conta da temática homoafetiva... ou ainda um meio termo). Sabendo um pouco da vida do Burroughs, os fatos ficam mais interessantes...
Acho que n tem mais nada pra comentar não kkkkk
Assistido em 22 de Agosto de 2021.
Delicada Relação
3.2 133Para um filme de 2002, é muito bom mesmo. E fiquei impressionado com a carga que ele carrega para um filme tão curtinho. Basicamente uma hora de duração.
E não à toa me recorda outro filme 2002: o fantástico "Lilya Para Sempre": falo isso nas características da gravação, a cena "suja", os enquadramentos, e aqueles zooms "zoados" da câmera que, no entanto, dão ora um tom amador, ora um tom natural para o filme.
Achei engraçado que ele parece apelar pra dois campos: cinema israelense LGBT parece ter me suscitado essa ação escrachada até mesmo nos diálogos e nos detalhes, que ora puxa pro soft-porn (o momento em que o Yossi confunde um transistor com o pau do Jagger kkkk, aquela cena que parece a famosa "cantada de encanador", entre o Jagger e a Yaeli, com o cisco no olho e a lente de contato, com o Ophir olhando tudo e sugerindo um grande mal entendido); ora para uma crítica sutil à masculinidade frágil/tóxica, ou apenas/mesmo uma representação dos medos incutidos a nós, homoafetivos (o Yossi se sentir vigiado até mesmo por um coelho [é engraçado que aqui até muda a visão que a gente tem da capa do filme]; Yoel recusando os hashis que o Yaniv oferece; Yossi afastando a oferenda da sobremosa que o Jagger lhe faz; etc.)...
Tudo parece despontar enfim nas cenas finais, quando a morte do Jagger, lembrando a famosa fotografia "O Beijo da Vida", faz um beijo de despedida se sobrepor à respiração boca a boca. Ou também quando ele finalmente vê a foto dele fantasiado de coelho... ("Gummo" está diferente, não é mesmo, pessoal? kkkkk)
Tem uns diálogos engraçados e interessantes tbm haha
- O que faria se te dissesse que sou gay?
- Posso ser sincero, senhor?
- Por favor.
- Você é tão belo como uma mulher. Eu transava contigo.
~
- Me diga, Goldie, não te incomoda que ele seja casado?
- Pelo contrário, estou aqui para me divertir, não para me casar.
~
- Diga-me, Yossi, ficaria ao meu lado se eu perdesse uma perna?
- Poderia facilitar certas posições...
Enfim, considero que é um filme importante nesse passo inicial pra discutir as temáticas LGBT. Me lembrou "Bom Trabalho"... mas se lá tudo fica muitas vezes implícito, aqui é mesmo tudo escrachado... embora tenha o jogo do subentendido também.
Não sei se esqueci algo, mas me parece isso... É simples, mas eu curti consideravelmente.
"It's better to be afraid together..."
Assistido entre 17-18-19 de Agosto de 2021.
Para Minha Irmã
3.3 111Filme pesado mesmo. Não tava ligado nesse fato de que as atrizes eram menores de idade. A Anaix Reboux, por exemplo, tinha 14 anos no máximo.
É um filme realmente pesado, com todos os temas que já foram citados: abusos, estupro, assassinato (esses todos nessa cena final); rivalidade entre irmãs, negligência dos pais. A priori, a Elena e o Fernando me pareceram personagens detestáveis, mas é interessante o modo como o filme todo é construído nos diálogos que mostram muito as relações do trio de personagens principais, sem pautar tudo num maniqueísmo bobo. Claro, ainda há a questão dos preconceitos contra a Anaïs, a questão da autoestima com relação ao corpo e tudo mais...
Mas fico imaginando qual realmente é o tema principal desse filme... e fico tentado a imaginar se é a "perda da inocência" (se sim, em que momento exato ela foi perdida?).
Por um instante, eu pensei que aquele final era algo imaginado pela Anaïs... e não sei se a diretora não "brincou" com isso... pq é um final bem "absurdista", talvez no sentido de Camus mesmo.
No fundo, a Elena foi realmente estuprada antes de morrer... mas a diretora não coloca isso de forma direta, pq também nos pontua diretamente como nos relacionamos e como nos permitimos abusar e ser abusados...
O Fernando é realmente um cuzão: mas não sei até que ponto o amor dele não era verdadeiro, só que pontuado pela necessidade de satisfazer o desejo dele antes de tudo (ele sabia e disse para a Elena que não podia ser visto com ela, sendo que ela era de menor - só que isso depois de fazer tudo o que ele já tinha feito!)... Eu acho que esse filme é um forte indicativo de que tanto meninas como meninos não foram ensinados a amar e a ser amados.
E vale lembrar o que foi dito já em outros comentários: o final é tecido sobre uma forte ironia de que a Anaïs esperava que a primeira vez dela fosse com alguém que ela não amasse... foi um final amargamente cruel, abominavelmente irônico.
P.s.: Acredito que o outro tema seja a prática do ghosting.
Ainda em choque e sem entender o que de fato eu assisti... haha
Assistido em 15-16 de Agosto de 2021.
O Massacre da Serra Elétrica 3D: A Lenda Continua
2.5 1,5K Assista AgoraÉ legalzinho, tem umas coisas meio estranhas que não se encaixam (principalmente no começo, a ponte que eles tentam estabelecer com o filme do Hooper, de 74), mas no geral é ok. Ao contrário do que foi comentado anteriormente, eu n acho que ela simplesmente esqueceu que o Leatherface matou os amigos dela... mas ela compreendeu o pq ele fez isso.
É um filme que segue essa vibe moderna de contar a história dos vilões (como Cruella, Malévola e tantos outros). Claro, de forma bem escrachada, pq aqui estamos lidando com um clássico dos filmes slasher e trash.
Eu também só fiquei pensando o que é que aconteceu com o filho do policial lá. Ele simplesmente some.
Enfim, deu pra curtir levemente.
Assistido em 14 de Agosto de 2021.
Cruella
4.0 1,4K Assista AgoraFilme muito bom mesmo, me surpreendi. Ele não é aquele "graaaande" filme, mas é bom justamente na sua simplicidade e no que promete entregar. Eu só achei mesmo também que a Cruella pudesse ser mais cruel... mas aqui realmente não cabe a pegada para a proposta geral do filme.
E que trilha sonora, senhores e senhoras! David Bowie (ainda que em curta aparição), Nina Simone, Black Sabbath, The Clash, The Doors, The Rolling Stones, Blondie, Queen, Bee Gees, Judy Garland e tantos outros.
E ainda tem toda essa pira do Édipo feminino haha
Um filme muito gostoso de se assistir, afinal! [=
Assistido em 22/07/2021 e 10-11-12/08/2021.
Abismo do Medo
3.2 884 Assista AgoraOutra coisa que eu não tinha comentado é que outro filme que parece seguir a mesma linha é o "Assim na Terra como no Inferno" (inclusive com o clichê aparentemente inaugurado aqui, do desabamento e etc.). Mas, de todo modo, eu curti os dois filmes.
DEEP
2.6 43 Assista AgoraAcredito que foi o primeiro filme tailandês que assisti... Ele só é gostosinho de assistir, nada demais.
Os protagonistas são até carismáticos. Acho que a ideia do filme que é interessante, nem tanto a execução.
Assistido em 01-02/08/2021.
Abismo do Medo
3.2 884 Assista AgoraCurti bastante.
Só fiquei triste que praticamente todas morreram. Eu fiquei puto com a "traição" no final, sendo que a morte da segunda garota tinha sido um engano. Mas depois entendi que tudo parecia fazer mesmo parte dessa descida ao "abismo do medo" e da loucura da protagonista. Final duplo, como em filmes do tipo "Fratura", "Censor" e "Nocturne". Amo filmes assim, de "quebra de expectativa".
Assistido em 25-26? de Julho de 2021.
Noturno
2.9 215 Assista AgoraCurti bastante esse filme, mas queria conhecer mais de música pra entendê-lo... "Nocturne", do título, seria realmente uma referência ao "Noturno", de Chopin?
Acho que estou muito intrigado ultimamente com filmes de "final fechado não tão fechado assim" kkkkkk Aqui, me faz recordar de "Censor" e de "Fratura". De todo modo, não é questão de avaliar finais previsíveis, mas de abordar as questões de forma e conteúdo. De fato, a protagonista morre mas é ignorada pelos frequentadores da escola? Nesse sentido que eu penso, o que foi real ou não ali naquele final? Acho que aqui lidamos novamente com o "real do virtual": embora diametralmente opostos, os dois finais possíveis se tangem por um só desejo: o desejo dela de ser reconhecida e lembrada, seja na vida ou na morte.
Enfim, curti sim. Assistido em 24 de Julho de 2021.
Censor
3.1 123"As pessoas acham que eu crio... o horror, mas não crio. O horror já está por aí... em todos nós. Em você."
Eu fiquei pensando em baixar a nota por não ser o que eu esperava... Eu fiquei pensando em baixar a nota por me parecer, por alguns instantes, uma cópia barata de "Estrada Perdida" (até há o Camera Man)... ou mesmo "Cidade dos Sonhos".
Mas aqui, diferente dos filmes de Lynch, há espaço para uma comédia maior (o que não quer dizer que isso não exista lá nos filmes dele...). Portanto, o filme de Prano, segue outro rumo. Pois o tom final é justamente de zoação, nem que seja uma zoação angustiosa, passando pelo nível de "encontro de família de comercial de margarina", para mostrar o modo como a gente espera que a realidade se encaixe nos nossos sonhos, para que ela não se torne um amargo pesadelo. Até mesmo o diretor é decapitado (só fiquei esperando alguém ali perder o olho). E o jogo da tela foi incrível para representar esses dois mundos da Enid.
Esse nome me enganou tbm, pq eu pensei que fosse um diretor. Nesse caso, a questão do abuso de mulheres nos sets poderia ter caído de maneira piegas, mas parece que a Prano soube trabalhar isso bem trazendo para o centro da narrativa justamente uma mulher conservadora.
No mais, eu ainda acho que a grande sacada do filme é colocar a Enid como trabalhando no departamento de censura dos filmes nasty. É o que dá o pontapé pra toda essa narrativa em espiral e uma relação intrigante com questões de paradoxos temporais, mesclando ficção e realidade: a Enid censurava o próprio filme que criava o alicerce para ela própria ser uma censora?...
Não à toa é que eu pensei que o plot fosse enveredar por algo semelhante a "Perfect Blue"... mas quem sabe se isso não seria outra leitura? E, de fato, isso tbm está presente em "Lost Highway", por conta do papel da personagem de Arquete.
P.s.: Não consigo desconsiderar o fato da Enid lembrar a Mary Whitehouse. Acredito que isso tem muita importância para a trama.
É, não é mole não... vale o conselho da mãe da Enid, pra todos nós: "Você não pode ser responsável por todo mundo, Enid."
Assistido em 18-19 de Julho de 2021.
Medo
3.6 159Gente... 94 min? Eu assisti uma versão com 78... 0_O'
Eu tô bem triste agora, sabendo disso... =[
Parece que o mesmo tipo de coisa acontece com "Halloween".
Enfim, sobre o filme...
Achei esse filme em um grupo do Face chamado "A Sétima Arte". Fico me perguntando o porque do corte. Dizem que esse filme foi banido em vários países. Pessoal do grupo ainda disse que era pesado... mas eu confesso que já assisti outros mais puxados... Fico pensando se esse "peso" maior n estaria em um dos momentos cortados. Um deles eu sei que é a parte inicial, quando ele atira em uma senhora (sei disso por conta de um fanmade através do qual fiquei conhecendo o filme antes). Talvez essa morte de alguém que lembrasse a mãe parecesse um matricídio e esta fosse a parte forte (opa, "O Estrangeiro" mandou um abraço kkk)? Mas isso acontece mais de uma vez no filme, pq a senhora da mansão estava para a mãe dele, assim como Sílvia está para sua irmã e o filho cadeirante para o padrasto.
Pois bem, ainda, ao menos pra mim, a parte pesada mesma está nessa estrutura psicológica. O filme cria uma atmosfera "pesadelonírica", como eu gostaria de reafirmar: se para o assassino a mansão se torna um Paraíso, ela tbm se transforma no Inferno das vítimas desse algoz. O modo detalhado como o filme explora o cuidado com os corpos tbm me remete a Psicose.
Aquela cena inicial da mansão, quando a moça e a senhora estão chegando, pra mim é o auge. É a tensão do: "daqui pra frente, só vai dar merda!"... A frieza toda do cenário ainda me remete a um clima de cemitério.
Esse filme respira morte por todos os seus poros. Real desgraçamento mental. Não tinha como eu não amar! haha
De todo modo, o filme todo é uma forma muito interessante de representação da psicopatia. As cenas são "conjugadas", plasmadas como fotografias para os assassinatos do presente reverberarem a vontade de matar do passado. Achei isso incrível!
Mesmo com todos os erros de continuidade, e com o fato de eu ter assistido uma versão "picotada", eu realmente curti muito a experiência de "Angst" (Fear).
Assistido em 10 de Julho de 2021.
Isolados
2.5 328 Assista AgoraCarai... eu realmente não via a hora de acabar o filme. E, quando vi, já estava faltando apenas 20 min.
Só pela cena inicial eu já fiquei "nhé..."... Tava me deixando zonzo e por isso eu nem notei qualquer semelhança nesse uso exacerbado do escuro (como em um dos meus filmes prediletos, "Sombre"...). Fiquei com raiva de mim por não perceber que a Renata estava morta, mas ou: 1) Eu percebi, mas nem dei atenção a minha suspeita; ou 2) De certo modo, decorrente do fator anterior, eu tava tão desinteressado do filme que eu mal busquei conjecturar qualquer coisa.
Os temas pesados, como saúde mental, necrofilia e Síndrome de Cottard são as coisas que me chamariam a atenção... mas eu simplesmente não consegui me conectar.
E eu não sei se as pontas soltas são o "tchan" do filme ou o que o estraga. Tem realmente um final bem triste, e o "in memorian" ao José Wilker tbm foi puxado...
No mais, não consegui me conectar como queria ao filme. Que pena! Pq eu sempre tento dar uma chance ao cinema nacional, mas n foi desta vez.
P.s.: este filme me lembrou "Fratura", que inclusive é um filme que foi feito uns cinco anos depois.
Assistido em 29 de Junho de 2021.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraAcho que só não curti a morte da Lara (ela me lembra uma personagem mais inocente, de "Germinal" haha) e do Stephen... e pensei que ele fosse matar a Sabá (que seria tipo uma Madame Bovary negra?)... Tbm fiquei imaginando se eles precisavam mesmo fazer todo aquele jogo de comprar um negro lutador... quando podiam pedir logo 12mil pela Hilde... será que era só orgulho do Schultz?
No mais, obra quase perfeita. Acho que só n curti tanto os 20 minutos finais.
Assistido em 20 de Junho de 2021.
A Visita
3.3 1,6K Assista AgoraFiquei bem no meio do caminho com esse filme, em questão de nota... Mas vou comentar quando estiver no notebook de volta kkkkk
Assistido em 19 de Junho de 2021.
Assim na Terra Como no Inferno
3.2 1,0K Assista AgoraAtacou a labirintite e a dislexia ao mesmo tempo (mania maldita de assistir legendado q eu tenho kkkk). Mas curti bastante coisa: as curiosidades, a pira psicológica, a ideia geral de muitos filmes de terror que "se vc enfrenta seus medos, eles desaparecem..." As referências à Divina Comédia. É claro que tem muita coisa superficial (mas um filme consegue se aprofundar nesses temas como os livros, por exemplo?), então cria um contraponto irônico para o tanto que eles desceram kkkk (brinks).
Acima de tudo, pensei que ia ter alguns jump scares... mas o medo nesse filme ficou mesml mais na trilha sonora (tem duas partes do filme que me lembram muito o jogo da Bruxa de Blair mais recente... seria uma homenagem às avessas? Haha).
Quem sabe no futuro torne-se um clássico do Found Footage.
Assistido em 17-18 de Junho de 2021.
Colocando entre os favoritos pq me instigou novamente a estudar simbologia.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraAssistido em 05 de Junho de 2021.
Animas
2.4 57P.s.:
Pra mim, o plot twist maior foi ver que a mãe dele é que matou o pai. Se é que, numa superinterpretação, a própria Laura (e ainda a Anchi) n seriam tbm personas dele.
Animas
2.4 57Terminei o filme com um tanto de um enjoo. Mas é justamente pq curti, uma vez que é um tema tão sensível pra mim.
Enfim, eu mais uma vez jogando toda a discussão aqui no Spoiler. Esse tema de dissociação e dupla personalidade mexe comigo. E amei o jogo de cores. Não achei exagerado, e, se caso foi, fiquei buscando entender os ditos tais "exageros".
Eu não acho que a trama tenha sido confusa, pq justamente confusão me parece ser o tema principal do filme, a partir de uma mente fragmentada.
Quanto às cores, logo a gente pega a relação com o semáforo, como se fosse a parte do meio do filme msm, abrindo um espelho entre as duas partes. Dá pra pegar o "tchan" da questão psicológica antes dos últimos 40 minutos. Mas o interessante é que o filme "revela" o clímas sem terminar (o que me lembraria, por exemplo, "Alice Sweet Alice"). Sem contar que tem a referência msm óbvia ao Argento (q eu me odiei em n ter sentido antes...). Apesar que o jogo das cores na verdade me lembra mais "Corra, Lola, Corra!".
Acredito que parte dos exageros ainda se pontuam justamente pelo diálogo que o filme estabelece com os clássicos do terror/horror (a própria Alex parece dar uma pista quando diz que aqueles filmes causavam mais nojo do que medo... e foi essa sensação maior que eu tive... de enjoo, vômitos...). Daí os tão bem colocados exageros (o barulho e o efeito dela metendo a cara no espelho no começo do filme; a mãe jogando o almoço na mesa, na frente deles, numa espécie de "pseudo-jumpscare"; a senhora lá abrindo a boca dps de descascar os ovos.
Eu só fiquei esperando que o filme fosse mais claro no fim... (ou será que ele n foi o suficiente para o que eu esperava?). Quando há esse lance de dupla personalidade, eu n vejo que é algo que se resolve com a persona (a anima talvez?) sumindo... Quando a Alex pula do prédio, então... seria um sinal na verdade de que o Abraham norreu? (Eu me recordo aqui que em filmes como "Para Sempr3 Lilya", o "despertar", na verdade, carrega uma simbologia de morte. No mais, n sei até que ponto foi desnecessária aquela cena final do Bullying... mas deu mais vontade de ler o romance no qual o filme foi inspirado.
Enfim, deve haver mais coisas pra comentar. Mas há ainda um mal-estar que n me deixa completar de dizer o q senti por este filme...
Assistido em 11 de Junho de 2021.
Fratura
3.3 922Realmente, só não dou nota máxima para esse filme pq não era o final que eu queria hahaha (não exatamente o final que eu não esperava.
É marcante toda a carga emocional que esse filme carrega. A gente fica torcendo para que não seja aquilo, para que o hospital tenha culpa em toda a situação... Mas é um daqueles filmes de partir o coração, sem final feliz.
Eu, da minha parte, gostei muito que o filme fica oscilando entre uma perspectiva e outra. Acho que o pessoal exagera em focar na ideia de "filme previsível", sendo que esse filme é daqueles com "atmosfera previsível": é óbvio, pelas mais possíveis variações, que tem apenas 3 saídas: 1) Ou ele realmente estava "confuso" (outros diriam "louco") e criou toda a narrativa na mente dele, que é o que realmente acontece; 2) Ou o hospital msm que tinha um esquema de tráfico de órgãos; ou 3) O mais difícil, deixar o final em aberto. As 3 categorias que Todorov já tinha deixado claro em sua "Introdução à literatura fantástica", que aqui pode ser muito bem aplicado...: o estranho, o maravilhoso e o fantástico.
Também gostei do fato de que ele não estava imaginando o cachorro. Que esse era um elemento crucial na narrativa (aqui me faz lembrar a imagem do psicopompo)... De fato, ele não matou nenhuma das duas de maneira intencional. Ray não era um cara mal e o filme não se prende a esse maniqueísmo besta que tão facilmente atrai o gosto do público.
Aqui não se trata de verdade ou mentira, no fundo. Mas da própria complexa estrutura da realidade, e de um homem "fraturado" em todos os sentidos.
Enfim, se pessoal perdesse um pouquinho dessa tara por "roteiro", "furos de roteiro", de "continuidade", poderia ter muito mais a aprender com as emoções que o cinema nos proporciona.
Porque nós não somos seres apenas racionais, e, acredito eu, Arte é, acima de tudo, emotiva. Uma questão de sentimentos e de saber aflorá-los.
Ahhhh... e nunca vou esquecer o literal desgraçamento mental que foi o final desse filme!
:(
Assistido em 06-07 de Maio de 2021.