Um bom filme. Talvez o mais belamente dirigido até hoje, visualmente irretocável. Várias referências escondidas, uma festa visual para quem entende de cinema. Uma homenagem digna à trajetória do agente nas telas do cinema. Há quem reclame, mas Daniel Craig, gostem ou não, encarna o Bond que o mundo precisaria hoje, e não o romantismo de um passado que não tem mais como sobreviver. Tem uns fãs chatos que se deixassem iriam querer que o Bond fosse interpretado pelo Sean Connery até hoje, coitado do véio. Craig não tem lá muita cara de Bond, tem mais cara de capanga brutamontes, mas fazer o quê... vivemos em tempos brutos. Dentro do nosso mundo atual, brutal e de pouco tempo para pensar, ele pode não ser o Bond que queremos, mas é o Bond que o MI5 precisa. E por último mas não menos importante, Javier Bardem nos brinda com um dos melhores vilões de toda a galeria do 007. Está no top 5 com certeza. Não é o melhor filme, mas é um bom filme.
Boa reconstituição da época, boas atuações, segura direção do Ben Affleck. O tipo de filme que te deixa nestado de suspense e nervosismo o tempo todo! E... Argo fuck yourself!
Mais uma atuação de primeira categoria do Denzel. Apesar de ser um filme bem produzido e bem dirigido também, o grande mérito está na atuação do protagonista. Se o ator principal fosse um Will Smith da vida, por exemplo... teria sido um desastre sem tamanho. Mr. Washington esculacha mais uma vez.
Apesar do ritmo do filme ser um pouco mais lento do que estamos (mal) acostumados a ver no cinema atualmente, é o tipo de filme que tem que ser apreciado de forma diferenciada. Tem momentos engraçados sem ser comédia, tem momentos agitados sem ser ação e tem momentos emocionantes sem ser drama. A direção é bastante esperta, parece dar o tempo de respiro e deixa os atores soltos para brincarem com seus personagens. Aí você tem Pacino, Walken e Arkin juntos na tela, o resto é brincadeira de criança. Só cito como ponto negativo o fato de que Alan Arkin tem excelentes cenas, mas infelizmente muito pouco tempo de tela em comparação aos outros dois do trio. Isso acabou sendo injusto. Ainda assim, o filme é do tipo que você estranha um pouco no início, mas termina já pensando em vê-lo novamente, pra pegar melhor um diálogo ou para observar melhor uma cena. Uma bela e despretensiosa surpresa!
É aquela coisa: se compararmos com Crepúsculo, até que essa saga foi muito mais feliz em ser adaptada ao cinema. Ao menos é um filme que consegue-se assistir e prestar um mínimo de atenção na história. Por mais basal que seja o roteiro e por mais que você perceba o ranço de filme para adolescente por baixo de tudo, ainda se consegue assistir sem ter sua inteligência insultada, como acontece em outras bombas do gênero, como a série Crepúsculo e A Hospedeira, por exemplo. Entre mortos e feridos, dá pra assistir.
Às vezes, a pretensão é uma bosta, e às vezes essa bosta é de proporções cinematográficas. Por "bosta grande" entenda-se aqui no universo desta pequena resenha, um filme que vem com certo pedigree. Produção milionária, grandes atores, diretor(es) famoso(s), e toda uma campanha pesadíssima escorando seu background, tudo como manda o figurino. Um filme pensado, produzido e preparado para ser alçado à categoria de "filme do ano", imagine só. Aí o cinéfilo, o nobre espectador, por mais escolado que seja na arte de não permitir-se iludir pela expectativa, não deixa de pensar que ali se verá algo de novo, algo de instigante, no mínimo algo de qualidade.
Então o cinéfilo acomoda-se confortavelmente para assistir o tão falado Cloud Atlas, "A Viagem" no Brasil. E ao fim dos longos cento e setenta e dois minutos de projeção, percebe que não adiantou ser dirigido pelos irmãos Wachowski, da trilogia Matrix. Não adiantou estar recheado de bons atores, veteranos consagrados ou caras relativamente novas e talentosas. Não adiantou ter uma premissa intrigante e um formato de storytelling ainda com boas opções para ser explorado. Não adiantou misturar o velho com o novo. Não adiantou nem o Tom Hanks com a cara tatuada. O filme fracassa em todas as tentativas.
A parcela de história de época não oferece nada que já não tenhamos visto em O Mestre dos Mares ou Amistad. A porção de romance entre os dois rapazes e a ida de um deles para viver junto a um mestre da música nos traz ecos de O Talentoso Ripley e Confissões de um Sedutor. A epopeia pós-apocalíptica de Tom Hanks nos lembra com certa tristeza o Waterworld de Kevin Costner e os piores momentos da série Mad Max. O futuro em uma Coreia distópica e altamente tecnológica nos lembra demais a trilogia Matrix para que consigamos nos conectar à realidade deste filme, como seria necessário para absorver melhor todo o quadro proposto pela obra. A personagem de Halle Berry com suas aventuras na pele de uma repórter "dinâmica e descolada" nos anos 70, e graça das peripécias do personagem de Jim Broadbent tentando fugir de um asilo nos dias de hoje não seguram o filme, mesmo sendo um pouco mais bem dirigidas e ambientadas que as outras. A despeito do talento e qualidade comprovada do trabalho da maioria dos atores, não há o que fazer quando a direção tem a mão pesada, quando o roteiro apresenta situações um tanto forçadas (o velho truque da marca de nascença que se repete, Batman!) e quando a sensibilidade necessária à compreensão do roteiro em vários pontos da história é terrivelmente comprometida pela fragmentação da própria narrativa.
Outro ponto negativo (que deve ter parecido uma ideia excelente no papel, mas que o departamento de "vai dar merda" falhou em alertar aos produtores) é a questão da distribuição dos papéis entre atores orientais e ocidentais e vice-versa. Basicamente na parte da trama passada na Coreia, os atores ficaram desamparados por uma das piores maquiagens que eu já vi nos últimos tempos. A coisa ficou tão canhestra que em certos pontos deixa-se de prestar atenção ao desenvolvimento da história, pois a ruindade da maquiagem faz com que só se consiga reparar nisso. Levando-se em conta que é um filme caríssimo, de uma equipe que está habituada a orçamentos astronômicos e a efeitos especiais de ponta, este fato torna-se imperdoável. A caracterização da enfermeira interpretada por Hugo Weaving no asilo é algo digno de um prêmio Framboesa de Ouro. A cena da briga no bar entre britânicos e escoceses é material para estar em um filme d'Os Trapalhões, em sua pior fase, já sem o Mussum e o Zacarias.
Para fechar, o que deveria ser o mais bem guardado e impactante segredo do filme, algo que poderia fazer muita diferença em termos de motivação da história, simplesmente é estragado por uma citação no próprio filme, que qualquer pessoa que tenha um conhecimento médio de cinema (ou que tenha assistido ao “Supercine” e à “Terça Nobre” nos anos 70 ou 80) irá sacar, e voltar sua atenção para aquele fato, se não estragando a surpresa mais à frente, pelo menos enfraquecendo muito seu impacto. Lógico que não direi o que é, pra não dar spoiler ao eventual leitor da velha guarda. Concluo dizendo que a pretensão é perigosa, e se ela é a força motriz por trás de um filme, o sério risco dele acabar virando um filme bosta é grande. Aconteceu com esse "A Viagem".
Taí um filme que dividiu minha opinião... escrevi sobre ele na minha coluna nesse site aqui: http://www.desmandamentos.com/2013/02/cinema-upside-down-ou-nao.html
Escrevi sobre esse filme no site Desmandamentos.com Link para minha opinião aqui: http://www.desmandamentos.com/2012/10/cinema-prometheus-de-ridley-scott.html
É o tipo de filme que adquire uma nova graça ao sabermos que é baseado em uma história que realmente aconteceu. Imaginar uma aventura desse tamanho em nosso pequeno mundo nos faz lembrar que às vezes é a vida que surpreende a arte. Uma bela produção, com imagens lindíssimas, boas atuações e uma atmosfera que consegue fazer com que compartilhemos as alegrias e os medos daquela pequena tripulação de loucos que embarcou numa jangada pra ir audaciosamente onde (quase) nenhum homem jamais esteve!
O que aconteceria se Crepúsculo encontrasse Chapeuzinho Vermelho? Um filme péssimo e idiotizado, onde o visual é mais importante que qualquer trama que faça sentido; onde tudo é estilizado e limpo, mesmo numa aldeia no meio de uma floresta com estilo medieval. Um foco excessivo na paixão, nas decisões erradas e na falta de reflexão típicas da adolescência, mas não de uma forma a fazer pensar, mas justamente o contrário... Um filme que reforça na mente dos mais jovens as ideias de que tudo se resume a aparência, futilidade e sentimentos totalmente efêmeros e nada mais importa além disso. Um lixo.
O filme teria sido bem melhor se não tivesse a Kristen "cara de peido eterno" Stewart no papel principal. A produção é bem cuidada, o tom mais sério e sombrio é bastante razoável num filme do gênero, mas a atuação da Srta. Crepúsculo é deprimente de tão ruim, a obrigatoriedade em colocar-se um triangulozinho amoroso desnecessário empobrece a trama e tira o foco de coisas que poderiam enriquecer a trama. A melhor coisa do filme é a personagem da rainha má, tanto pela atuação de Charlize Theron quanto pela concepção da linguagem visual da personagem, os efeitos especiais, seus poderes e feitiços. Um show. Uma pena que só isso não foi suficiente pra salvar esse filme da nhaca de sua péssima protagonista.
Depois de anos e anos e anos fazendo a mesma coisa, percebemos que Tim Burton é músico de uma nota só... Edward é, ainda assim um filme do período da inocência de seu público, quando ainda não fazíamos ideia de que ele só sabia fazer isso. É meu segundo filme favorito do diretor, ficando atrás apenas de Sleepy Hollow. Mas não passa na regra dos 15 anos.
Filme de Tarantino é como ir comer no McDonald's... Você sabe exatamente o que vai encontrar por lá, então nem faz muito sentido reclamar... se gosta, vá. Se não gosta, não passe nem pela porta. Achei um filme interessante, embora um pouco irregular. Em alguns momentos tem cenas e personagens memoráveis, em outros é um tanto mais do mesmo. Mas como falei no início: para quem gosta do diretor, vale a pena ainda que não seja tão bom quanto Bastardos Inglórios.
Foi bom deixar para ir ver o filme depois de passado o hype. Ouvi tanta choradeira de fanboy que minhas expectativas baixaram o suficiente. O que vi foi um filme muito bem produzido, com atores corretos em seus papéis. Uma expansão do universo do Superman muito além do que a audiência "não-nerd" poderia esperar, um filme capaz de convencer (e explicar) para fãs e não-fãs o personagem-título de uma maneira convincente e atual. Não foi um filme perfeito, teve lá seus deslizes, mas é um filme honesto, entregou um bom e convincente espetáculo visual e não decepcionou.
Apesar de ter uma pegada caindo mais pra comédia, o filme se passa na inglaterra e tem um tom mais próximo ao dos filmes ingleses. O assunto é interessantíssimo e mesmo sendo uma filme leve, rende algumas boas considerações a respeito da forma como as coisas eram naquela época.
Excelente trilha sonora. Excelentes atuações. Excelente história. Instigante sem ser apelativo, dramático sem ser dramalhão e de certa forma, consegue trazer uma crítica aos rumos da sociedade atual de forma muito mais convincente que muitos filmes mais famosos e de diretores mais incensados. Um pequeno grande filme.
Apesar de ser um filme de baixo orçamento e discreto, traz um certo revival daquele tipo de história muito comum nos anos 90, onde "nada é bem o que parece". Algumas discretas falhas de roteiro são facilmente perdoáveis diante da ótima atuação de Mr. "Bad Ass Motherfucker" Samuel L. Jackson. O restante do elenco também não desaponta, a maioria trabalhando de corretamente para bem, o que ajuda imensamente ao filme não parecer mal feito ou mal dirigido. Um bom filme pra se ver em casa.
O filme é bastante bom nos aspectos técnicos, porém peca por ter uma pegada muito Disney. A falta de violência e mais sensualidade, coisa que era muito mais forte nas obras em que o filme se baseou, deixa tudo com um jeitão meio de desenho animado. Avatarizaram demais o planeta marte...
O maior mérito desse filme é ser melhor dirigido que o primeiro da franquia. Efeitos especiais e cenas de luta também estão um tanto mais refinados que no primeiro Fúria de Titãs. Só destaco que deixou a desejar (e muito) na parte do roteiro, fraquíssimo... Tudo bem que é um filme de aventura, pipoca, e tal. Mas um roteiro melhor e personagens mais bem construídos poderiam ter feito uma grande diferença aqui.
Um filme inteligente, que procura fugir aos clichês hollywoodianos costumeiros de bondade, vilania e redenção. Através do excelente desempenho de Aaron Eckhardt no papel principal, o também excelente texto do filme nos mostra uma sociedade americana mais próxima do que ela é realmente: cínica, comprometida e onde tudo é possível pelo preço certo. Um golaço de Jason Reitman.
Poucas vezes se viu um visual tão bom e imaginativo ser tão desperdiçado em um filme tão fraco. Se fosse pra se basear só em trilha sonora e visual, bastava ele escolher uma banda que gostasse e dirigir videoclipes para ela, convenhamos!
007: Operação Skyfall
3.9 2,5K Assista AgoraUm bom filme. Talvez o mais belamente dirigido até hoje, visualmente irretocável. Várias referências escondidas, uma festa visual para quem entende de cinema. Uma homenagem digna à trajetória do agente nas telas do cinema. Há quem reclame, mas Daniel Craig, gostem ou não, encarna o Bond que o mundo precisaria hoje, e não o romantismo de um passado que não tem mais como sobreviver. Tem uns fãs chatos que se deixassem iriam querer que o Bond fosse interpretado pelo Sean Connery até hoje, coitado do véio.
Craig não tem lá muita cara de Bond, tem mais cara de capanga brutamontes, mas fazer o quê... vivemos em tempos brutos. Dentro do nosso mundo atual, brutal e de pouco tempo para pensar, ele pode não ser o Bond que queremos, mas é o Bond que o MI5 precisa.
E por último mas não menos importante, Javier Bardem nos brinda com um dos melhores vilões de toda a galeria do 007. Está no top 5 com certeza. Não é o melhor filme, mas é um bom filme.
Argo
3.9 2,5KBoa reconstituição da época, boas atuações, segura direção do Ben Affleck. O tipo de filme que te deixa nestado de suspense e nervosismo o tempo todo! E... Argo fuck yourself!
O Voo
3.6 1,4K Assista AgoraMais uma atuação de primeira categoria do Denzel. Apesar de ser um filme bem produzido e bem dirigido também, o grande mérito está na atuação do protagonista. Se o ator principal fosse um Will Smith da vida, por exemplo... teria sido um desastre sem tamanho. Mr. Washington esculacha mais uma vez.
Ted
3.1 3,4K Assista AgoraBem mediano.
Amigos Inseparáveis
3.4 213Apesar do ritmo do filme ser um pouco mais lento do que estamos (mal) acostumados a ver no cinema atualmente, é o tipo de filme que tem que ser apreciado de forma diferenciada. Tem momentos engraçados sem ser comédia, tem momentos agitados sem ser ação e tem momentos emocionantes sem ser drama. A direção é bastante esperta, parece dar o tempo de respiro e deixa os atores soltos para brincarem com seus personagens. Aí você tem Pacino, Walken e Arkin juntos na tela, o resto é brincadeira de criança. Só cito como ponto negativo o fato de que Alan Arkin tem excelentes cenas, mas infelizmente muito pouco tempo de tela em comparação aos outros dois do trio. Isso acabou sendo injusto. Ainda assim, o filme é do tipo que você estranha um pouco no início, mas termina já pensando em vê-lo novamente, pra pegar melhor um diálogo ou para observar melhor uma cena. Uma bela e despretensiosa surpresa!
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista AgoraÉ aquela coisa: se compararmos com Crepúsculo, até que essa saga foi muito mais feliz em ser adaptada ao cinema. Ao menos é um filme que consegue-se assistir e prestar um mínimo de atenção na história. Por mais basal que seja o roteiro e por mais que você perceba o ranço de filme para adolescente por baixo de tudo, ainda se consegue assistir sem ter sua inteligência insultada, como acontece em outras bombas do gênero, como a série Crepúsculo e A Hospedeira, por exemplo. Entre mortos e feridos, dá pra assistir.
A Viagem
3.7 2,5K Assista AgoraÀs vezes, a pretensão é uma bosta, e às vezes essa bosta é de proporções cinematográficas. Por "bosta grande" entenda-se aqui no universo desta pequena resenha, um filme que vem com certo pedigree. Produção milionária, grandes atores, diretor(es) famoso(s), e toda uma campanha pesadíssima escorando seu background, tudo como manda o figurino. Um filme pensado, produzido e preparado para ser alçado à categoria de "filme do ano", imagine só. Aí o cinéfilo, o nobre espectador, por mais escolado que seja na arte de não permitir-se iludir pela expectativa, não deixa de pensar que ali se verá algo de novo, algo de instigante, no mínimo algo de qualidade.
Então o cinéfilo acomoda-se confortavelmente para assistir o tão falado Cloud Atlas, "A Viagem" no Brasil. E ao fim dos longos cento e setenta e dois minutos de projeção, percebe que não adiantou ser dirigido pelos irmãos Wachowski, da trilogia Matrix. Não adiantou estar recheado de bons atores, veteranos consagrados ou caras relativamente novas e talentosas. Não adiantou ter uma premissa intrigante e um formato de storytelling ainda com boas opções para ser explorado. Não adiantou misturar o velho com o novo. Não adiantou nem o Tom Hanks com a cara tatuada. O filme fracassa em todas as tentativas.
A parcela de história de época não oferece nada que já não tenhamos visto em O Mestre dos Mares ou Amistad. A porção de romance entre os dois rapazes e a ida de um deles para viver junto a um mestre da música nos traz ecos de O Talentoso Ripley e Confissões de um Sedutor. A epopeia pós-apocalíptica de Tom Hanks nos lembra com certa tristeza o Waterworld de Kevin Costner e os piores momentos da série Mad Max. O futuro em uma Coreia distópica e altamente tecnológica nos lembra demais a trilogia Matrix para que consigamos nos conectar à realidade deste filme, como seria necessário para absorver melhor todo o quadro proposto pela obra. A personagem de Halle Berry com suas aventuras na pele de uma repórter "dinâmica e descolada" nos anos 70, e graça das peripécias do personagem de Jim Broadbent tentando fugir de um asilo nos dias de hoje não seguram o filme, mesmo sendo um pouco mais bem dirigidas e ambientadas que as outras. A despeito do talento e qualidade comprovada do trabalho da maioria dos atores, não há o que fazer quando a direção tem a mão pesada, quando o roteiro apresenta situações um tanto forçadas (o velho truque da marca de nascença que se repete, Batman!) e quando a sensibilidade necessária à compreensão do roteiro em vários pontos da história é terrivelmente comprometida pela fragmentação da própria narrativa.
Outro ponto negativo (que deve ter parecido uma ideia excelente no papel, mas que o departamento de "vai dar merda" falhou em alertar aos produtores) é a questão da distribuição dos papéis entre atores orientais e ocidentais e vice-versa. Basicamente na parte da trama passada na Coreia, os atores ficaram desamparados por uma das piores maquiagens que eu já vi nos últimos tempos. A coisa ficou tão canhestra que em certos pontos deixa-se de prestar atenção ao desenvolvimento da história, pois a ruindade da maquiagem faz com que só se consiga reparar nisso. Levando-se em conta que é um filme caríssimo, de uma equipe que está habituada a orçamentos astronômicos e a efeitos especiais de ponta, este fato torna-se imperdoável. A caracterização da enfermeira interpretada por Hugo Weaving no asilo é algo digno de um prêmio Framboesa de Ouro. A cena da briga no bar entre britânicos e escoceses é material para estar em um filme d'Os Trapalhões, em sua pior fase, já sem o Mussum e o Zacarias.
Para fechar, o que deveria ser o mais bem guardado e impactante segredo do filme, algo que poderia fazer muita diferença em termos de motivação da história, simplesmente é estragado por uma citação no próprio filme, que qualquer pessoa que tenha um conhecimento médio de cinema (ou que tenha assistido ao “Supercine” e à “Terça Nobre” nos anos 70 ou 80) irá sacar, e voltar sua atenção para aquele fato, se não estragando a surpresa mais à frente, pelo menos enfraquecendo muito seu impacto. Lógico que não direi o que é, pra não dar spoiler ao eventual leitor da velha guarda. Concluo dizendo que a pretensão é perigosa, e se ela é a força motriz por trás de um filme, o sério risco dele acabar virando um filme bosta é grande. Aconteceu com esse "A Viagem".
Mundos Opostos
3.4 611 Assista AgoraTaí um filme que dividiu minha opinião... escrevi sobre ele na minha coluna nesse site aqui: http://www.desmandamentos.com/2013/02/cinema-upside-down-ou-nao.html
Stake Land: Anoitecer Violento
3.1 285Escrevi sobre esse filme aqui: http://www.desmandamentos.com/2012/11/cinema-terra-da-estaca.html
Prometheus
3.1 3,4K Assista AgoraEscrevi sobre esse filme no site Desmandamentos.com
Link para minha opinião aqui: http://www.desmandamentos.com/2012/10/cinema-prometheus-de-ridley-scott.html
Expedição Kon Tiki
3.9 283 Assista AgoraÉ o tipo de filme que adquire uma nova graça ao sabermos que é baseado em uma história que realmente aconteceu. Imaginar uma aventura desse tamanho em nosso pequeno mundo nos faz lembrar que às vezes é a vida que surpreende a arte. Uma bela produção, com imagens lindíssimas, boas atuações e uma atmosfera que consegue fazer com que compartilhemos as alegrias e os medos daquela pequena tripulação de loucos que embarcou numa jangada pra ir audaciosamente onde (quase) nenhum homem jamais esteve!
A Garota da Capa Vermelha
3.0 2,5K Assista AgoraO que aconteceria se Crepúsculo encontrasse Chapeuzinho Vermelho? Um filme péssimo e idiotizado, onde o visual é mais importante que qualquer trama que faça sentido; onde tudo é estilizado e limpo, mesmo numa aldeia no meio de uma floresta com estilo medieval. Um foco excessivo na paixão, nas decisões erradas e na falta de reflexão típicas da adolescência, mas não de uma forma a fazer pensar, mas justamente o contrário... Um filme que reforça na mente dos mais jovens as ideias de que tudo se resume a aparência, futilidade e sentimentos totalmente efêmeros e nada mais importa além disso. Um lixo.
Branca de Neve e o Caçador
3.0 4,3K Assista AgoraO filme teria sido bem melhor se não tivesse a Kristen "cara de peido eterno" Stewart no papel principal. A produção é bem cuidada, o tom mais sério e sombrio é bastante razoável num filme do gênero, mas a atuação da Srta. Crepúsculo é deprimente de tão ruim, a obrigatoriedade em colocar-se um triangulozinho amoroso desnecessário empobrece a trama e tira o foco de coisas que poderiam enriquecer a trama. A melhor coisa do filme é a personagem da rainha má, tanto pela atuação de Charlize Theron quanto pela concepção da linguagem visual da personagem, os efeitos especiais, seus poderes e feitiços. Um show. Uma pena que só isso não foi suficiente pra salvar esse filme da nhaca de sua péssima protagonista.
Edward Mãos de Tesoura
4.2 3,0K Assista AgoraDepois de anos e anos e anos fazendo a mesma coisa, percebemos que Tim Burton é músico de uma nota só... Edward é, ainda assim um filme do período da inocência de seu público, quando ainda não fazíamos ideia de que ele só sabia fazer isso. É meu segundo filme favorito do diretor, ficando atrás apenas de Sleepy Hollow. Mas não passa na regra dos 15 anos.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraFilme de Tarantino é como ir comer no McDonald's... Você sabe exatamente o que vai encontrar por lá, então nem faz muito sentido reclamar... se gosta, vá. Se não gosta, não passe nem pela porta. Achei um filme interessante, embora um pouco irregular. Em alguns momentos tem cenas e personagens memoráveis, em outros é um tanto mais do mesmo. Mas como falei no início: para quem gosta do diretor, vale a pena ainda que não seja tão bom quanto Bastardos Inglórios.
O Homem de Aço
3.6 3,9K Assista AgoraFoi bom deixar para ir ver o filme depois de passado o hype. Ouvi tanta choradeira de fanboy que minhas expectativas baixaram o suficiente. O que vi foi um filme muito bem produzido, com atores corretos em seus papéis. Uma expansão do universo do Superman muito além do que a audiência "não-nerd" poderia esperar, um filme capaz de convencer (e explicar) para fãs e não-fãs o personagem-título de uma maneira convincente e atual. Não foi um filme perfeito, teve lá seus deslizes, mas é um filme honesto, entregou um bom e convincente espetáculo visual e não decepcionou.
Histeria
3.6 404Apesar de ter uma pegada caindo mais pra comédia, o filme se passa na inglaterra e tem um tom mais próximo ao dos filmes ingleses. O assunto é interessantíssimo e mesmo sendo uma filme leve, rende algumas boas considerações a respeito da forma como as coisas eram naquela época.
Entre o Céu e o Inferno
3.7 345 Assista AgoraExcelente trilha sonora. Excelentes atuações. Excelente história. Instigante sem ser apelativo, dramático sem ser dramalhão e de certa forma, consegue trazer uma crítica aos rumos da sociedade atual de forma muito mais convincente que muitos filmes mais famosos e de diretores mais incensados. Um pequeno grande filme.
Encontro Maligno
2.5 100 Assista AgoraApesar de ser um filme de baixo orçamento e discreto, traz um certo revival daquele tipo de história muito comum nos anos 90, onde "nada é bem o que parece". Algumas discretas falhas de roteiro são facilmente perdoáveis diante da ótima atuação de Mr. "Bad Ass Motherfucker" Samuel L. Jackson. O restante do elenco também não desaponta, a maioria trabalhando de corretamente para bem, o que ajuda imensamente ao filme não parecer mal
feito ou mal dirigido. Um bom filme pra se ver em casa.
John Carter: Entre Dois Mundos
3.2 1,6K Assista AgoraO filme é bastante bom nos aspectos técnicos, porém peca por ter uma pegada muito Disney. A falta de violência e mais sensualidade, coisa que era muito mais forte nas obras em que o filme se baseou, deixa tudo com um jeitão meio de desenho animado. Avatarizaram demais o planeta marte...
Fúria de Titãs 2
3.0 1,7K Assista AgoraO maior mérito desse filme é ser melhor dirigido que o primeiro da franquia. Efeitos especiais e cenas de luta também estão um tanto mais refinados que no primeiro Fúria de Titãs. Só destaco que deixou a desejar (e muito) na parte do roteiro, fraquíssimo... Tudo bem que é um filme de aventura, pipoca, e tal. Mas um roteiro melhor e personagens mais bem construídos poderiam ter feito uma grande diferença aqui.
Obrigado por Fumar
3.9 797 Assista AgoraUm filme inteligente, que procura fugir aos clichês hollywoodianos costumeiros de bondade, vilania e redenção. Através do excelente desempenho de Aaron Eckhardt no papel principal, o também excelente texto do filme nos mostra uma sociedade americana mais próxima do que ela é realmente: cínica, comprometida e onde tudo é possível pelo preço certo. Um golaço de Jason Reitman.
Gato de Botas
3.4 1,7K Assista AgoraPor ser um spinoff da série do Shrek, fui ver sem o menor compromisso e me surpreendi! Bem legal!
Sucker Punch: Mundo Surreal
3.4 3,1K Assista AgoraPoucas vezes se viu um visual tão bom e imaginativo ser tão desperdiçado em um filme tão fraco. Se fosse pra se basear só em trilha sonora e visual, bastava ele escolher uma banda que gostasse e dirigir videoclipes para ela, convenhamos!