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Psicólogo e apaixonado por cinema. Tenho um radar infalível pra escolher filmes ruins.

Últimas opiniões enviadas

  • Daniel Ferragut

    Lembro-me das aulas de Psicologia Experimental do Comportamento. Na época da minha graduação, ainda utilizava-se hamsters reais (acredito que a grande maioria dos cursos de Psicologia utilize as simulações virtuais agora). Cada dupla de alunos tinha um hamster e uma caixa de condicionamento. Perto do dia da aula, os hamsters eram deixados 24h sem água. Dentro da caixa havia um dispositivo que liberava uma gota de água por vez ao comando dos alunos. Portanto, era fácil condicionar o comportamento de um hamster sedento tendo esta recompensa. Num primeiro momento deixávamos o bichinho explorar livremente tendo uma gota de água à disposição na máquina. Quando ele achava e bebia, ele ficava louco procurando aquela gota novamente. Ao se afastar, o aluno apertava um botão e a alavanca trazia mais uma gota do reservatório, chamando a atenção do animal com barulho proposital de sua mecânica. Este é o primeiro sinal que ele aprende: quando há barulho há uma nova gota de água! Ele não tinha ideia do que fazer para que mais água fosse liberada. Aí que vem o segundo momento, esperávamos algum tipo de comportamento como "ficar de pé" ou "ficar em um canto específico" para apertar o botão e o mouse ouvir o barulho. O aprendizado era rápido. Ele tomava a agua, voltava a ficar de pé, ouvia o barulho e ia tomar de novo.

    Bem, esse é o básico dessa escola de pensamento que ganhou as graças da comunidade científica estadunidense. Se, antigamente as pesquisas em Psicologia tinham um problema em determinar seu objeto e os seus parâmetros por conta de conceitos como subjetividade, mente, inconsciente.... o Comportamento era a solução. Pois, pode ser condicionado e então medido em sua quantidade de ocorrências, velocidade de resposta, etc. A Psicologia do Comportamento diz exatamente isso: o objeto de estudo da Psicologia que se proponha Científica, é o comportamento! Mas em alguns casos... o hamster simplesmente não entendia toda a situação. Não aprendia.. entrando para outra estatística: uma média de 2% que simplesmente não conseguiam ser condicionados. Caso esteja se perguntando, ao final do semestre, todos eram "descartados" igualmente e seus corpos enviados para outros cursos que os utilizam para dissecação, se não me engano.

    O filme...

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    parece que vai apresentar uma ideia muito tosca a partir da presença de um pet. Quem chegaria a essas consequências por uma alergia? O que torna a carta um recurso bem dúbio...um suspense desnecessário. Principalmente porque o desenrolar do filme passa a se valer do Condicionamento, lembrando um pouco A Vila, do Shyamalan, quando pessoas frustradas com a sociedade tentam criar em isolamento um ambiente livre dos males da humanidade. Mas sem querer ser sutil, pistas eram mostradas de que Sarah não estava caindo 100% naquele papo. A protagonista entendeu que a única maneira de encontrar uma saída era jogar o jogo. Em

    Em outras palavras, o Condicionamento também acaba cegando aqueles que o executam. Assim como na Ciência, que limita-se ao modelo sem reflexão. Por isso existem testes duplo cegos, considerações sobre Efeito Hawthorne, etc. Pq olhar para o Comportamento deixa de lado várias facetas das experiências humanas. Acho que essas experiências de ordem mais subjetiva que são trunfo nos filmes e bons roteiros... pois, nos fazem torcer pra que Sarah dê aquele tiro bem dado no ex-pretendente. Que nos faz torcer pra que o esquisito e a amiga consigam sair vivos.

    Não achei a atuação da Sarah fraca, pelo contrário, entendendo que ela estava jogando o jogo, da pra sacar as boas microexpressões da atriz.

    E o final, não vejo como um final aberto. Foi um aceno de que através das moradias, os responsáveis já estavam bem avançados no seu projeto. Uma vibe meio "Vivarium"... mas sem os ets.

    O filme não é uma obra de arte, mas é competente.. É até bom, sim. Acho que tem outras camadas a serem exploradas, mas foi essa que me pegou...

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