Marcos Bobadilha

Talvez não seja a maior obra do grande Andrzej Wajda, mais é impressionante de ponta a ponta essa bela obra de Wajda. A abertura do filme por si só já é uma obra-prima, impressiona mesmo, muito bem realizada ele usa como metáfora forte sobre a Polônia esmagada pelos exércitos de dois ditadores assassinos, dois dos maiores genocidas da História, Hitler e Stálin. Uma ponte sobre um rio – de um lado, uma multidão que foge do avanço dos soldados nazistas vindos do Oeste; do lado oposto, um monte de gente que foge do avanço dos soldados soviéticos vindos do Leste. Um letreiro informa que estamos em 17 de setembro de 1939.
O famoso Andrzej Wajda, entra em um dos períodos mais sombrios da história da Polônia. Um filme chocante, belo, fundamental para entender a história do mundo, Mais uma vez obrigado por existir mestre Wajda,

É um daqueles filmes que são, além de belas obras de arte, também importantes documentos sobre episódios relevantes da História, tem um dos melhores e mais respeitados atores americanos Spencer Tracy, tem um atriz alemã, a mais famosas de todas Marlene Dietrich, que disse não a Adolf Hitler, e lutou e ajudou as tropas inimigas o que deixou enlouquecido,uma alemã ajudando franceses e americanos.
O juiz Dan Haywood (Spencer Tracy), é apenas um juiz distrital do interior do Maine – nenhuma figura importante, emérita, reconhecida. Mas tem toda a sabedoria do mundo, o sentido rigoroso de Justiça de um Salomão, o caráter firme, honesto, inquebrantável que se poderia esperar do herói mais perfeito de um filme de John Ford ou Frank Capra. E do tipo filme que deveria valer nota em escola, fabuloso e imenso.

Continua sendo, um dos filmes mais pessoais e mais confessionais da História do cinema. Sem falar na estupenda atuação do mestre Zbigniew Cybulski.