É um filme de ação com cenas bem realizadas, que não se tornam confusas, porém sempre vazias. Tem um fiapo de história que não prende a atenção, com personagens mal desenvolvidos e um enredo simples demais para ser interessante. Visualmente é competente e o 3D funciona muito bem - assistir em 2D deve ser ainda mais entediante, já que grande parte das sequências tentam impressionar ao jogar objetos na direção do espectador. É um filme divertido, mas muito cansativo e que se torna chato principalmente durante a segunda metade, quando os efeitos especiais já não chamam a atenção do espectador e o enredo nada oferece para justificar sua existência.
É um filme longo, de ritmo lento, com uma trama excêntrica e que nem sempre faz sentido. Tudo isso seriam graves problemas se Toni Erdmann não fosse um filme consistentemente engraçado, com ótimas gags, personagens muito bem desenvolvidos e uma trama de fácil identificação que prende a atenção do espectador durante toda sua longa extensão - mesmo com algumas quedas de ritmo e cenas que realmente parecem desnecessárias.
É um ensaio sobre a vida e suas dimensões, que toma seu próprio tempo com longas sequências que raramente parecem arrastadas e que estabelece uma atmosfera esquizofrênica porém muito verossímil. Não é uma obra perfeita mas é um dos mais interessantes filmes entre os indicados para o Oscar deste ano.
O novo longa de M. Night Shyamalan é surpreendentemente divertido e assustador, rompendo com a sequência de péssimas produções em que o diretor de encontrava. É um filme menor de Shyamalan, mas onde ele melhor demonstra suas habilidades desde os ótimos "O Sexto Sentido" e "Corpo Fechado". Muito diferente de seus últimos quatro (desastrosos) longas da última década, produções de orçamento considerável e de grande proporções, aqui o diretor se mostra confortável ao explorar novamente, e despretensiosamente, o gênero que o consagrou.
Um dos aspectos interessantes em "A Visita" é a maneira em que vários elementos narrativos do longa demonstram o seu valor gradualmente. É um filme que não impressiona imediatamente, mas que conquista o espectador durante o desenrolar da trama. O casal de protagonistas, por exemplo. demora a ganhar a atenção do espectador. Isso acontece não por estes serem mal construídos mas sim por serem retratados como crianças normais do século XXI. Suas qualidades e defeitos são progressivamente exploradas e se mostram extremamente relevantes para a composição do clímax do filme. A opção estética pelo "found footage" é outro elemento que aparenta ser desnecessário para a narrativa porém, embora em momento algum seja primorosamente explorado, a câmera enquanto objeto passa a exercer um papel bastante relevante na trama durante meados do segundo ato. Um grande acerto do filme é não tentar assustar o espectador o tempo todo. O bom humor domina grande parte da obra e os sustos ocasionais são bem construídos. O filme apela pouco para o "jump scare" e os utiliza de forma inteligente e até surpreendente em alguns momentos. Outro, é manter o mistério sobre o motivo real das pavorosas ações dos avós das crianças durante a maior parte do longa. Várias pistas e possibilidades são apresentadas com o decorrer da trama, mas verdade só é revelada no terceiro ato que, além de divertidíssimo, se mostra bem construído pouco previsível. Não é um filme de grandes surpresas, mas competente ao manter o suspense que promete. Não tem grandes pretensões, mas nunca decepciona.
O longa é muito eficiente na sua proposta e, possivelmente, indica uma nova fase na carreira do diretor. Pela primeira vez em uma década, posso dizer que estou ansioso pelo próximo projeto de Shyamalan. Espero não me decepcionar.
Utilizando suas velhas ferramentas sob um grupo de entrevistados difícil de lidar e de personalidade contrastante com a sua, mas que se mostra relevante ao tratar diversos assuntos com maturidade apesar de todas as incertezas da juventude, um Coutinho desesperançoso ainda comunica mais do que praticamente qualquer outro cineasta.
Finalizado por João Moreira Salles, Últimas Conversas não parece ser o filme que veríamos caso Coutinho tivesse tido tempo de finalizá-lo, mas é uma belíssima obra que funciona tanto como despedida quanto como homenagem póstuma ao maior mestre do documentário nacional.
O elenco está muito bem, Meryl Streep entrega mais uma performance incrível e nem Johnny Depp decepciona. As musicas são boas e algumas cenas empolgam, mas o filme perde o ritmo em muitos momentos devido a falhas na direção e a algumas canções que se estendem demais. Prejudicado também por sua longa duração, a experiência se torna entediante e chegar ao fim da projeção só não é um desafio pois alguns momentos divertidíssimos se mostram suficientes para manter o interesse na trama. Cheio de altos e baixos, uma adaptação razoável do que parece ser um excelente musical.
Muito pretensioso, entediante e pejorativo, retratando terrivelmente qualquer tema que tenta abranger. Me sinto ofendido e nunca recomendaria a ninguém. Não assista.
Miss Violence é um filme sobre sentimentos horríveis, sobre sofrimento. Acompanhamos aqueles personagens durante cerca de 90 minutos e sentimos. Sentimos muito sobre eles, com eles e por eles. É um filme com a capacidade de gerar debate em diversas áreas sociais e psicológica, mas que não o faz. Ao final da projeção, dessa brutal e cruel projeção, não se quer mais pensar no que presenciamos, não queremos falar sobre o filme. A impressão é de que tudo o que poderia ser debatido sobre, já foi sentido durante sua exibição. Agora só se quer esquecer do que foi assistido e todo esforço para isso será inútil quando perceber que o filme te acompanhará no inconsciente durante dias.
Filme de ação extremamente competente, que diverte sem tratar o espectador como irracional. Uma pena que o final estrague muito do que o filme conquistou em mais de uma hora e meia de projeção para forçar uma conclusão feliz completamente destoante com o restante da narrativa. Não marcarei como spoiler pois acho ideal saber disso antes para não ficar com grandes expectativas durante o filme. Mais uma ficção competente que não atinge sua total capacidade por ceder ao sentimentalismo barato.
Esse título nacional é inaceitável!! Um filme que aparentemente será tão maravilhoso quanto os melhores da Pixar fadado a ser reconhecido por um terrível trocadilho.
O que foi que eu assisti? Os diálogos são terríveis, os relacionamentos são completamente surreais e falta qualquer motivo que me possibilitasse desenvolver algum tipo de empatia com os personagens. A protagonista parece simplesmente não se importar com as consequências do acidente além das sofridas por ela própria (não entrarei em detalhes por motivos de spoiler, apesar de já estar bem aparente no trailer). A escolha da trilha sonora é terrível, crime imperdoável em um filme justamente com a música como ponto central. As atuações não são nada além de medianas, com deslizes frequentes de grande parte do elenco. Uma pena, esperava um filme no mínimo razoável e capaz de emocionar o expectador. O que encontrei foi uma obra sem vida que me deu vontade de sair da sessão diversas vezes - o que não fiz por pura teimosia.
Obtêm grande sucesso com as piadas sobre a continuação desnecessária, fazendo com que o expectador não se sinta incomodado em rir das piadas semelhantes às do primeiro filme. É previsível, o que não chega a ser um grande problema devido ao filme nunca pretender uma grande originalidade ou distanciamento com o original. Não é tão bom quanto o primeiro, mas é engraçado o bastante para torná-lo imperdível para quem gosta do gênero.
Embora seja tecnicamente muito bom, o enredo deixa um pouco a desejar. O começo é interessante, mas falha em manter o ritmo e se torna até um pouco chato em alguns momentos. Vale a pena conferir, porém sem grandes expectativas.
(Não achei necessário marcar o texto como spoiler, mas posso dar algumas informações sobre o enredo que alguns prefeririam evitar)
"O Espelho" funciona ao estabelecer um clima tenso e elaborar muito bem os seus sustos, prezando a qualidade e não a quantidade desses. Não foge de grande parte dos clichês do gênero, mas os utiliza ao seu favor. O filme é bem sucedido ao estabelecer personagens inteligentes (ou ao menos muito acima da média dos filmes semelhantes) e críveis, sem a necessidade de reações absurdas ou expressões forçadas. O fato dos protagonistas já saberem o que vão enfrentar evita toda aquela tradicional enrolação típica do gênero durante o longo período de espanto dos personagens para com as entidades sobrenaturais. Sem recorrer aos (deploráveis) sons absurdos que tentam forçar algum susto no espectador, os sustos ocorrem naturalmente. São poucos, mas o clima de tensão constante faz com que não deixe nada a desejar a quem procura por um bom terror. A história não tenta inventar muito, nem possui grandes reviravoltas. A previsibilidade de algumas partes apenas ajuda no suspense. Alguns podem dizer que a falta de um diferencial na história pode prejudicar o filme, mas na minha opinião é um grande mérito sobre grande parte do gênero, que força plot-twists desnecessários e grande parte das obras perdem o rumo até o fim da trama. As atuações são boas, com provavelmente a primeira atuação interessante em longas de Karen Gillan após a sua saída de Doctor Who. Estou ansioso para ver sua performance em "Guardiões da Galáxia" que estréia no fim do mês. A parte técnica cumpre o seu papel, sem grandes destaques. O grande mérito é mesmo arriscar pouco e trabalhar bem, dentro dos limites pré-estabelecidos do gênero. Tenso e empolgante, sem se perder no caminho nem se preocupar em explicar excessivamente os acontecimentos, e com sustos muito bem construídos, O Espelho é um dos melhores filmes de terror que vi em bastante tempo.
Me senti assistindo um arco de histórias de Doctor Who clássico, talvez um pouco mais didático visando o publico infantil americano, com um humor sensacional. Sobram motivos para alegrar qualquer tipo de público, desde o bom enredo, o belo visual, os carismáticos personagens até a infinidade de referências que agradarão os fãs de longa data das produções de ficção cientifica e o público adulto em geral. É interessante ver como "Peabody e Sherman" arranca gargalhadas em diferentes momentos dependendo da faixa etária do expectador ao fazer piada com os mais diversos temas, de peidos à escândalos envolvendo presidentes americanos. Algumas horas após a sessão, já a considero entre as minhas animações favoritas. Recomendadíssimo.
Observando os comentários abaixo, vejo que praticamente todos se assemelham ao que eu escreveria aqui. Isso só expressa o quanto 'Ela" é maravilhoso e sua capacidade de transmitir os mais diversos sentimentos ao expectador durante suas duas horas de projeção. Me deixou desorientado e, mais de 24 horas após a sessão, ainda não consigo escrever um texto que faça jus á obra. Não lembro de algo ter me deixado desse jeito antes. Meu filme favorito dos últimos anos.
Uma decepção. Começa interessante e se sustenta até a metade, quando tudo passa a ser uma sequencia de plot-twists que tentam dar uma carga extra para o filme se arrastar até o fraco desfecho. Algumas boas ideias em um todo pouco memorável. Não recomendo.
O filme é, a meu ver, diferente do que se esperava. Não é um enorme drama pornográfico. Não é maçante e é pouco chocante. É um filme denso mas dotado de ótimo ritmo, com momentos cômicos muito bem colocados. É menos sobre sexo e mais sobre pessoas. Me fez pensar, me fez sorrir, me fez sentir. Poucos conseguem isso, o que já é o bastante para considerar Ninfomaníaca um dos melhores do ano, que ainda mal começou.
Os cortes dessa versão censurada são nítidos, nota-se que em algumas cenas algo foi retirado mas nada que, aparentemente, tenha interferido no enredo do filme original. Talvez essas cenas mais explicitas contribuíssem para o andamento do filme, causando até certo desconforto nos expectadores. Acredito que as cenas realmente precisariam ser mais longas, como em Azul é A Cor Mais Quente, para atender à proposta e ao clima do filme, mas de maneira nenhuma é possível afirmar que o produto atual esteja ruim.
Azul É A Cor Mais Quente é, ao lado de Gravidade, o melhor filme do ano até agora. Destaque para as sensacionais atuações de Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux, que igualam ou até superam a incrível performance de Cate Blanchett em Blue Jasmine. Devido às diferenças com a graphic novel, alguém sabe se esse filme foi planejado pra ter uma continuação? Eu, sinceramente, espero que não.
Ao lado de Meia-noite em Paris, o melhor filme de Woody Allen nos últimos tempos. Cate Blanchett dá uma aula de atuação e o elenco de apoio também faz bonito. A parte técnica dispensa qualquer comentário, como qualquer filme do mestre. O Filme é sufocante, um dos mais "pesados" da carreira do diretor, deixando o humor um pouco de lado para nos impressionar com história da louca, triste e humana Jasmine. Um dos melhores filmes do ano.
Achei o primeiro filme apenas regular e acreditei que essa sequência não fosse diferente. Ainda bem que estava completamente enganado: Em Chamas é excelente: um ótimo roteiro, um ótima direção e ótimas atuações. Todos os problemas do original foram sanados nessa sequência, que empolga em todo momento sem nunca perder o ritmo. São 2 horas e meia que parecem passar em minutos, é um filme daquele que poderíamos ver o dia inteiro. Não li nenhum dos livros mas, pela qualidade do enredo apresentado, é ótimo saber que há mais na literatura juvenil atual do que vampiros adolescentes e softporn para menininhas. Assista sem pestanejar.
É uma coleção entediante de clichês, cheio de cenas chatas de ação e piadas sem graça. Salvo um ou dois momentos divertidos protagonizados por Johnny Depp, que parece finalmente ter lembrado como sair do modo Jack Sparrow, e algumas poucas boas piadas, é um desperdicio de tempo e dinheiro. Um dos mais fracos blockbusters do ano.
O grande mérito do filme é não se levar muito a sério, abrindo espaço para piadas e cenas absurdas de ação. Não deixa de ser só mais um filme patriota em que "terroristas" destroem a Casa Branca, mas diverte e funciona bem como entretenimento daquela tarde de domingo em não se quer pensar em nada e apenas se divertir.
Chato, repetitivo e tenta ser muito mais complexo do que seu fraquíssimo roteiro permite. As atuações são ok e não prejudicam, mas também não ajudam os 92 minutos parecerem menos do que uma eternidade.
É um bom filme, com um ótimo elenco conduzido pela boa direção de Baz Luhrmann. Dito isso, alguns fatores impedem esse filme de ser tão bom quanto deveria ser. Os exageros estéticos acabam desviando a atenção e prejudicando o andamento da trama em alguns momentos. O roteiro é apenas decente, o que é decepcionante por ser uma adaptação de um livro tão cultuado da literatura americana. A trilha sonora moderna, apesar de contar com boas musicas quando ouvidas separadamente, parece fora de contexto em alguns momentos e chega a prejudica a ambientação da trama. Não deixa de ser um dos melhores blockbusters da temporada, mas poderia ser muito melhor ao se preocupar mais com o desenvolvimento da trama do que com sua estética.
A Grande Muralha
2.9 583 Assista AgoraÉ um filme de ação com cenas bem realizadas, que não se tornam confusas, porém sempre vazias. Tem um fiapo de história que não prende a atenção, com personagens mal desenvolvidos e um enredo simples demais para ser interessante. Visualmente é competente e o 3D funciona muito bem - assistir em 2D deve ser ainda mais entediante, já que grande parte das sequências tentam impressionar ao jogar objetos na direção do espectador. É um filme divertido, mas muito cansativo e que se torna chato principalmente durante a segunda metade, quando os efeitos especiais já não chamam a atenção do espectador e o enredo nada oferece para justificar sua existência.
As Faces de Toni Erdmann
3.8 257 Assista AgoraÉ um filme longo, de ritmo lento, com uma trama excêntrica e que nem sempre faz sentido.
Tudo isso seriam graves problemas se Toni Erdmann não fosse um filme consistentemente engraçado, com ótimas gags, personagens muito bem desenvolvidos e uma trama de fácil identificação que prende a atenção do espectador durante toda sua longa extensão - mesmo com algumas quedas de ritmo e cenas que realmente parecem desnecessárias.
É um ensaio sobre a vida e suas dimensões, que toma seu próprio tempo com longas sequências que raramente parecem arrastadas e que estabelece uma atmosfera esquizofrênica porém muito verossímil. Não é uma obra perfeita mas é um dos mais interessantes filmes entre os indicados para o Oscar deste ano.
A Visita
3.3 1,6K Assista AgoraO novo longa de M. Night Shyamalan é surpreendentemente divertido e assustador, rompendo com a sequência de péssimas produções em que o diretor de encontrava.
É um filme menor de Shyamalan, mas onde ele melhor demonstra suas habilidades desde os ótimos "O Sexto Sentido" e "Corpo Fechado". Muito diferente de seus últimos quatro (desastrosos) longas da última década, produções de orçamento considerável e de grande proporções, aqui o diretor se mostra confortável ao explorar novamente, e despretensiosamente, o gênero que o consagrou.
Um dos aspectos interessantes em "A Visita" é a maneira em que vários elementos narrativos do longa demonstram o seu valor gradualmente. É um filme que não impressiona imediatamente, mas que conquista o espectador durante o desenrolar da trama.
O casal de protagonistas, por exemplo. demora a ganhar a atenção do espectador. Isso acontece não por estes serem mal construídos mas sim por serem retratados como crianças normais do século XXI. Suas qualidades e defeitos são progressivamente exploradas e se mostram extremamente relevantes para a composição do clímax do filme.
A opção estética pelo "found footage" é outro elemento que aparenta ser desnecessário para a narrativa porém, embora em momento algum seja primorosamente explorado, a câmera enquanto objeto passa a exercer um papel bastante relevante na trama durante meados do segundo ato.
Um grande acerto do filme é não tentar assustar o espectador o tempo todo. O bom humor domina grande parte da obra e os sustos ocasionais são bem construídos. O filme apela pouco para o "jump scare" e os utiliza de forma inteligente e até surpreendente em alguns momentos.
Outro, é manter o mistério sobre o motivo real das pavorosas ações dos avós das crianças durante a maior parte do longa. Várias pistas e possibilidades são apresentadas com o decorrer da trama, mas verdade só é revelada no terceiro ato que, além de divertidíssimo, se mostra bem construído pouco previsível. Não é um filme de grandes surpresas, mas competente ao manter o suspense que promete. Não tem grandes pretensões, mas nunca decepciona.
O longa é muito eficiente na sua proposta e, possivelmente, indica uma nova fase na carreira do diretor. Pela primeira vez em uma década, posso dizer que estou ansioso pelo próximo projeto de Shyamalan. Espero não me decepcionar.
Últimas Conversas
4.2 108Utilizando suas velhas ferramentas sob um grupo de entrevistados difícil de lidar e de personalidade contrastante com a sua, mas que se mostra relevante ao tratar diversos assuntos com maturidade apesar de todas as incertezas da juventude, um Coutinho desesperançoso ainda comunica mais do que praticamente qualquer outro cineasta.
Finalizado por João Moreira Salles, Últimas Conversas não parece ser o filme que veríamos caso Coutinho tivesse tido tempo de finalizá-lo, mas é uma belíssima obra que funciona tanto como despedida quanto como homenagem póstuma ao maior mestre do documentário nacional.
Caminhos da Floresta
2.9 1,7K Assista AgoraO elenco está muito bem, Meryl Streep entrega mais uma performance incrível e nem Johnny Depp decepciona. As musicas são boas e algumas cenas empolgam, mas o filme perde o ritmo em muitos momentos devido a falhas na direção e a algumas canções que se estendem demais. Prejudicado também por sua longa duração, a experiência se torna entediante e chegar ao fim da projeção só não é um desafio pois alguns momentos divertidíssimos se mostram suficientes para manter o interesse na trama. Cheio de altos e baixos, uma adaptação razoável do que parece ser um excelente musical.
Apneia
2.4 41Muito pretensioso, entediante e pejorativo, retratando terrivelmente qualquer tema que tenta abranger. Me sinto ofendido e nunca recomendaria a ninguém. Não assista.
Miss Violence
3.9 1,0K Assista AgoraMiss Violence é um filme sobre sentimentos horríveis, sobre sofrimento. Acompanhamos aqueles personagens durante cerca de 90 minutos e sentimos. Sentimos muito sobre eles, com eles e por eles. É um filme com a capacidade de gerar debate em diversas áreas sociais e psicológica, mas que não o faz.
Ao final da projeção, dessa brutal e cruel projeção, não se quer mais pensar no que presenciamos, não queremos falar sobre o filme. A impressão é de que tudo o que poderia ser debatido sobre, já foi sentido durante sua exibição. Agora só se quer esquecer do que foi assistido e todo esforço para isso será inútil quando perceber que o filme te acompanhará no inconsciente durante dias.
No Limite do Amanhã
3.8 1,5K Assista AgoraFilme de ação extremamente competente, que diverte sem tratar o espectador como irracional. Uma pena que o final estrague muito do que o filme conquistou em mais de uma hora e meia de projeção para forçar uma conclusão feliz completamente destoante com o restante da narrativa. Não marcarei como spoiler pois acho ideal saber disso antes para não ficar com grandes expectativas durante o filme. Mais uma ficção competente que não atinge sua total capacidade por ceder ao sentimentalismo barato.
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraEsse título nacional é inaceitável!! Um filme que aparentemente será tão maravilhoso quanto os melhores da Pixar fadado a ser reconhecido por um terrível trocadilho.
Se Eu Ficar
3.5 1,9K Assista AgoraO que foi que eu assisti? Os diálogos são terríveis, os relacionamentos são completamente surreais e falta qualquer motivo que me possibilitasse desenvolver algum tipo de empatia com os personagens. A protagonista parece simplesmente não se importar com as consequências do acidente além das sofridas por ela própria (não entrarei em detalhes por motivos de spoiler, apesar de já estar bem aparente no trailer). A escolha da trilha sonora é terrível, crime imperdoável em um filme justamente com a música como ponto central. As atuações não são nada além de medianas, com deslizes frequentes de grande parte do elenco. Uma pena, esperava um filme no mínimo razoável e capaz de emocionar o expectador. O que encontrei foi uma obra sem vida que me deu vontade de sair da sessão diversas vezes - o que não fiz por pura teimosia.
Anjos da Lei 2
3.5 748 Assista AgoraObtêm grande sucesso com as piadas sobre a continuação desnecessária, fazendo com que o expectador não se sinta incomodado em rir das piadas semelhantes às do primeiro filme. É previsível, o que não chega a ser um grande problema devido ao filme nunca pretender uma grande originalidade ou distanciamento com o original. Não é tão bom quanto o primeiro, mas é engraçado o bastante para torná-lo imperdível para quem gosta do gênero.
Magia ao Luar
3.4 569 Assista AgoraEmbora seja tecnicamente muito bom, o enredo deixa um pouco a desejar. O começo é interessante, mas falha em manter o ritmo e se torna até um pouco chato em alguns momentos. Vale a pena conferir, porém sem grandes expectativas.
O Espelho
2.9 932 Assista Agora(Não achei necessário marcar o texto como spoiler, mas posso dar algumas informações sobre o enredo que alguns prefeririam evitar)
"O Espelho" funciona ao estabelecer um clima tenso e elaborar muito bem os seus sustos, prezando a qualidade e não a quantidade desses. Não foge de grande parte dos clichês do gênero, mas os utiliza ao seu favor.
O filme é bem sucedido ao estabelecer personagens inteligentes (ou ao menos muito acima da média dos filmes semelhantes) e críveis, sem a necessidade de reações absurdas ou expressões forçadas. O fato dos protagonistas já saberem o que vão enfrentar evita toda aquela tradicional enrolação típica do gênero durante o longo período de espanto dos personagens para com as entidades sobrenaturais.
Sem recorrer aos (deploráveis) sons absurdos que tentam forçar algum susto no espectador, os sustos ocorrem naturalmente. São poucos, mas o clima de tensão constante faz com que não deixe nada a desejar a quem procura por um bom terror.
A história não tenta inventar muito, nem possui grandes reviravoltas. A previsibilidade de algumas partes apenas ajuda no suspense. Alguns podem dizer que a falta de um diferencial na história pode prejudicar o filme, mas na minha opinião é um grande mérito sobre grande parte do gênero, que força plot-twists desnecessários e grande parte das obras perdem o rumo até o fim da trama.
As atuações são boas, com provavelmente a primeira atuação interessante em longas de Karen Gillan após a sua saída de Doctor Who. Estou ansioso para ver sua performance em "Guardiões da Galáxia" que estréia no fim do mês.
A parte técnica cumpre o seu papel, sem grandes destaques. O grande mérito é mesmo arriscar pouco e trabalhar bem, dentro dos limites pré-estabelecidos do gênero.
Tenso e empolgante, sem se perder no caminho nem se preocupar em explicar excessivamente os acontecimentos, e com sustos muito bem construídos, O Espelho é um dos melhores filmes de terror que vi em bastante tempo.
As Aventuras de Peabody e Sherman
3.6 223 Assista AgoraMe senti assistindo um arco de histórias de Doctor Who clássico, talvez um pouco mais didático visando o publico infantil americano, com um humor sensacional. Sobram motivos para alegrar qualquer tipo de público, desde o bom enredo, o belo visual, os carismáticos personagens até a infinidade de referências que agradarão os fãs de longa data das produções de ficção cientifica e o público adulto em geral. É interessante ver como "Peabody e Sherman" arranca gargalhadas em diferentes momentos dependendo da faixa etária do expectador ao fazer piada com os mais diversos temas, de peidos à escândalos envolvendo presidentes americanos.
Algumas horas após a sessão, já a considero entre as minhas animações favoritas. Recomendadíssimo.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraObservando os comentários abaixo, vejo que praticamente todos se assemelham ao que eu escreveria aqui. Isso só expressa o quanto 'Ela" é maravilhoso e sua capacidade de transmitir os mais diversos sentimentos ao expectador durante suas duas horas de projeção.
Me deixou desorientado e, mais de 24 horas após a sessão, ainda não consigo escrever um texto que faça jus á obra. Não lembro de algo ter me deixado desse jeito antes.
Meu filme favorito dos últimos anos.
Em Transe
3.6 738Uma decepção. Começa interessante e se sustenta até a metade, quando tudo passa a ser uma sequencia de plot-twists que tentam dar uma carga extra para o filme se arrastar até o fraco desfecho. Algumas boas ideias em um todo pouco memorável. Não recomendo.
Ninfomaníaca: Volume 1
3.7 2,7K Assista AgoraO filme é, a meu ver, diferente do que se esperava. Não é um enorme drama pornográfico. Não é maçante e é pouco chocante. É um filme denso mas dotado de ótimo ritmo, com momentos cômicos muito bem colocados. É menos sobre sexo e mais sobre pessoas. Me fez pensar, me fez sorrir, me fez sentir. Poucos conseguem isso, o que já é o bastante para considerar Ninfomaníaca um dos melhores do ano, que ainda mal começou.
Os cortes dessa versão censurada são nítidos, nota-se que em algumas cenas algo foi retirado mas nada que, aparentemente, tenha interferido no enredo do filme original. Talvez essas cenas mais explicitas contribuíssem para o andamento do filme, causando até certo desconforto nos expectadores. Acredito que as cenas realmente precisariam ser mais longas, como em Azul é A Cor Mais Quente, para atender à proposta e ao clima do filme, mas de maneira nenhuma é possível afirmar que o produto atual esteja ruim.
Aguardo a segunda parte com imensa expectativa.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraAzul É A Cor Mais Quente é, ao lado de Gravidade, o melhor filme do ano até agora.
Destaque para as sensacionais atuações de Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux, que igualam ou até superam a incrível performance de Cate Blanchett em Blue Jasmine.
Devido às diferenças com a graphic novel, alguém sabe se esse filme foi planejado pra ter uma continuação? Eu, sinceramente, espero que não.
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraAo lado de Meia-noite em Paris, o melhor filme de Woody Allen nos últimos tempos. Cate Blanchett dá uma aula de atuação e o elenco de apoio também faz bonito. A parte técnica dispensa qualquer comentário, como qualquer filme do mestre. O Filme é sufocante, um dos mais "pesados" da carreira do diretor, deixando o humor um pouco de lado para nos impressionar com história da louca, triste e humana Jasmine. Um dos melhores filmes do ano.
Jogos Vorazes: Em Chamas
4.0 3,3K Assista AgoraAchei o primeiro filme apenas regular e acreditei que essa sequência não fosse diferente. Ainda bem que estava completamente enganado: Em Chamas é excelente: um ótimo roteiro, um ótima direção e ótimas atuações. Todos os problemas do original foram sanados nessa sequência, que empolga em todo momento sem nunca perder o ritmo. São 2 horas e meia que parecem passar em minutos, é um filme daquele que poderíamos ver o dia inteiro. Não li nenhum dos livros mas, pela qualidade do enredo apresentado, é ótimo saber que há mais na literatura juvenil atual do que vampiros adolescentes e softporn para menininhas. Assista sem pestanejar.
O Cavaleiro Solitário
3.2 1,4K Assista AgoraÉ uma coleção entediante de clichês, cheio de cenas chatas de ação e piadas sem graça. Salvo um ou dois momentos divertidos protagonizados por Johnny Depp, que parece finalmente ter lembrado como sair do modo Jack Sparrow, e algumas poucas boas piadas, é um desperdicio de tempo e dinheiro. Um dos mais fracos blockbusters do ano.
O Ataque
3.4 739 Assista AgoraO grande mérito do filme é não se levar muito a sério, abrindo espaço para piadas e cenas absurdas de ação. Não deixa de ser só mais um filme patriota em que "terroristas" destroem a Casa Branca, mas diverte e funciona bem como entretenimento daquela tarde de domingo em não se quer pensar em nada e apenas se divertir.
Spring Breakers: Garotas Perigosas
2.4 2,0K Assista AgoraChato, repetitivo e tenta ser muito mais complexo do que seu fraquíssimo roteiro permite. As atuações são ok e não prejudicam, mas também não ajudam os 92 minutos parecerem menos do que uma eternidade.
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraÉ um bom filme, com um ótimo elenco conduzido pela boa direção de Baz Luhrmann.
Dito isso, alguns fatores impedem esse filme de ser tão bom quanto deveria ser. Os exageros estéticos acabam desviando a atenção e prejudicando o andamento da trama em alguns momentos. O roteiro é apenas decente, o que é decepcionante por ser uma adaptação de um livro tão cultuado da literatura americana. A trilha sonora moderna, apesar de contar com boas musicas quando ouvidas separadamente, parece fora de contexto em alguns momentos e chega a prejudica a ambientação da trama.
Não deixa de ser um dos melhores blockbusters da temporada, mas poderia ser muito melhor ao se preocupar mais com o desenvolvimento da trama do que com sua estética.