eu não iria ao ponto de chamar o filme de "pornô", mas beira isso. a historia fica em segundo ou até terceiro plano, considerando que as cenas de sexo são bem gratuitas. até a questão da greve dos trabalhadores e a crise financeira mal é abordada. se o objetivo é excitar sexualmente o espectador, acredito que o filme consegue isso. Cecile me parece a única personagem com uma camada extra, pela questão mal resolvida da morte do pai, que também me parece pouco falada. eu tinha desconsiderado esse filme como soft porn, até ver o texto que o diretor usou para contratar os atores:
For this film on pleasure and desire, we are looking for actors/actresses aged 20 to 40, professionals or amateurs. who agree to shoot scenes with non-simulated sexual acts. We want to offer everyone the opportunity to apply for the main roles. Amateurs, professionals from theater, cinema, fashion, of any genre or illustrious strangers who believe in their talent. But we are not looking for gymnasts or sex addicts, and this is not a porn star academy. This project is a real cinema film and the strength of cinema comes through interpretation. In order to interpret the characters of our story, we are therefore looking for real actors capable of playing on feelings, of making people laugh, crying, of excitement, capable of conveying emotions to spectators."
outra coisa que me incomodou: por mais que tenha incontáveis personagens mulheres, não passa no bechdel test. enfim, é interessante, vale a uma hora e meia, mas acho que funcionaria melhor como um média metragem
Vou escrever esse comentário como forma de organizar minhas ideias e deixar a cabeça preparada para a terceira temporada. Spoilers das duas primeiras temporadas a seguir:
Leanne é uma garota que nasceu no interior de Wisconsin e é de um vilarejo/culto/religião chamado The Church of the Lesser Saints. O propósito divino dessa “igreja” é ajudar as pessoas. Ok, ajudar como? Pelo que entendi na situação da família Marino na segunda temporada, o dever deles (ou de alguns escolhidos que pertencem a essa igreja) é ou ressuscitar pessoas "escolhidas por deus" ou evitar uma atitude drástica (como o massacre na mansão dos Marino). Bom, de volta a Wisconsin: um belo dia, Leanne, uma garota de oito anos que faz parte dessa igreja e que também frequenta concursos de beleza para crianças, recebe a visita de uma rede de televisão, Channel Eight News e quem é a repórter? Dorothy Turner. Leanne fica fascinada com a repórter a começa a fantasiar sobre quem é essa mulher, idealiza-la, até porque, pelo que Leanne conta para Toby na segunda temporada, a mãe dela é autoritária e cruel. A partir daí é especulação minha: passam os anos, Leanne cresce e manda currículo para Dorothy. Ela acompanha a carreira de Dorothy pela televisão? Ela sabe, pelos poderes miraculosos sobrenaturais dessa igreja (que é confirmado e estabelecido pela ressurreição de Jericho, do cachorro, de Julien, do grilo, o poder que Leanne tem de tirar e devolver o paladar para Sean, as farpas, a dor na mão dele, enfim, tantos outros) que Dorothy procura uma babá e envia currículo para ela. É escolhida para o emprego (também por poderes sobrenaturais?), e ao entrar na casa, temos um plano fechado nos pés dela, numa das primeiras cenas do primeiro episódio da primeira temporada. Aquilo é uma simbologia, um momento de transição, em que Leanne entra no mundo dos Turner como o “incidente incitante”. Ela sabe que o filho deles morreu? Isso não fica claro, mas ela sem dúvida não sabe COMO ele morreu. Assim começa a série, e o que fica claro para Leanne desde o princípio? Que Dorothy é fofa, legal, a trata bem, a recebe como família. O que não fica claro é que Dorothy embarca em todas as coisas (rezar antes de comer, crucifixo pendurado, ver o tio dormindo no berço) por interesse pessoal, porque ela não quer perder a babá (ou por puro paternalismo de gente rica). Mas Leanne, ainda pelo fascínio da reportagem acredita naquilo. Ela pode ser integrante de uma igreja que ressuscita pessoas, mas não deixa de ser uma garota ingênua do interior. A primeira vez que Leanne tem um vislumbre de quem realmente o casal Turner são é no episódio em que Dorothy pede para ela comprar o bolo, e a partir desse momento, Leanne passa a ficar mais atenta. Ao mesmo tempo que Sean (marido de Dorothy) e Julien (irmão de Dorothy) não conseguem conceber em suas mentes egoístas de gente rica que Leanne não tem interesse nenhum, e insistem na ideia que ela (ou o tio que ainda não apareceu) querem dinheiro. Outra coisa que fica rapidamente claro para Leanne: Sean é um homem desagradável, que a trata de cima para baixo, com desprezo de patrão, e diz mais de uma vez a frase “ela é uma empregada”. Típico esnobismo da classe alta. É grosseiro ao dizer para Leanne que Dorothy não vai levar ela e Jericho ao trabalho, ela o vê jogando o boneco no chão. Por isso tira o paladar dele (sendo um chef, é o sentido mais importante) e o faz ter farpas. Assim como “faz surgir” uma espinha no rosto de Dorothy, no episódio seguinte em que descobre que foi pela negligência dela que Jericho morreu. De volta ao primeiro episódio: Sean explica a situação para Leanne: um dia Jericho simplesmente não acordou, e para tirar Dorothy de um estado catatônico, uma mulher que "não é exatamente uma médica" sugeriu isso, um “reborn doll”, um boneco realista para Dorothy fingir que seu filho ainda está vivo. Mas ao contrário do que é esperado, Leanne não acha aquilo nem um pouco estranho. Obviamente, Sean e Julien acham que é porque ela é uma interesseira, que quer ganhar dinheiro com pouco trabalho. Imediatamente, assumem o pior, que já mostra o tipo de pessoas que são. Até que vemos a cena no fim do primeiro episódio em que Jericho volta a vida e o boneco desaparece. Sean confronta Leanne, quer saber que bebe é aquele, e Leanne insiste: é Jericho. O mais estranho: Dorothy não percebe que não o boneco virou um bebê de verdade. Então como Julien e Sean agem? Fingem que não aconteceu nada. É um assunto recorrente da série: fingir que as coisas não estão acontecendo, colocar tudo debaixo do pano, aliás, o que acredito que é tratado por uma analogia pelo porão rachando e inundando. São todos covardes, ninguém a diz a Dorothy a verdade. Por que? Na segunda temporada porque fica claro que ela se mataria se soubesse que o filho está morto. Julien e Sean presumem o pior, porque afinal, não existe ressureição, correto? Isso diz outra coisa sobre eles: o ceticismo cego, mesmo diante de um milagre. Até que tio George aparece. O tio de Leanne vem buscá-la e nos informa que Leanne não devia ter ido para lá, que eles só podem ir onde são enviados por deus, e aquela, é “uma casa sem deus”. Mas Leanne quer ficar lá. Diz que “acha que vai ser feliz lá”. Então Tia May aparece e no último episódio da primeira temporada, convence Leanne a voltar. Quando Leanne vai embora, o bebê real volta a ser um boneco, porém, dessa vez, Dorothy percebe. Assim começa a segunda temporada. É quando o papel de Sean e Dorothy se invertem, de repente Dorothy se revela uma mulher que faria e daria tudo pelo filho, indo ao ponto de sequestrar Leanne de uma casa onde agora trabalha, que de acordo com tio George “é onde ela deve ficar”. A casa dos Marino, onde um homem cuida de uma mulher moribunda e um filho pequeno e precisa da ajuda de Leanne. Mas que ajuda especifica é essa? Impedir que a mulher morra? Impedir o que eventualmente acontece: o assassinato da família inteira? Dorothy sequestra Leanne, que diz para Sean “por que você não diz pra ela o que ela fez? TEM QUE SER UM DE VOCES” ou seja, dizendo com todas as letras: vocês precisam enfrentar a verdade. Leanne agora enxerta quem Dorothy realmente é: "ela não é legal como faz parecer na televisão". No decorrer da segunda temporada vemos um outro lado de Sean, dócil, que se preocupa com Leanne, quer tirá-la do sótão e vemos que talvez sua arrogância seja só uma armadura, um mecanismo de defesa, mas que ele é no fundo, uma boa pessoa. Ou talvez uma pessoa “não tão ruim assim”. Por isso Leanne devolve o paladar dele. Quanto a Julien: é o pior deles. Tem como sustentáculo o vinho, o uísque e a cocaína, e ao confrontar Leanne (“você está na mesa dos adultos agora”) arrega rapidinho quando ela pergunta sobre a morte de Jericho. É só na cena em que Julien revela para ela como Jericho morreu de verdade (que não por acaso, faz isso se ajoelhando ao lado dela para reza) que temos também um vislumbre da fragilidade dele. Quando fala da garrafa que custa mil reais “tem gente passando fome em algum lugar”. Isso mostra quem ele é. Quando enfim Leanne vê que de fato Dorothy se mataria para ficar com Jericho, é quando se convence a faze-lo "voltar". Para dar nervoso ao telespectador, justamente quando Sean está prestes a falar para Dorothy a verdade. Quando Leanne enxerga a evidente crueldade da Church of the Lesser Saints na visita da tia Josephine, acho que percebe que pode ser que nao seja tão feliz com os Turner, mas sem duvida, vai ser muito mais infeliz na igreja. Quando Julien assume parte da responsabilidade pela morte de Jericho, ele e Leanne transam, e acho que é quando ela começa a perceber que a vida é muito mais do que seguir cegamente um culto e fazer o que os tios mandam. Ela diz "me sinto diferente agora". Por isso mata tia Josephine e traz Jericho de volta. Acho que tem um outro lado da série fora do terror, que quer mostrar a arrogância e o pior lado do dinheiro, das aparências, da ambição profissional, da comida refinada. Do preço de tudo e do valor de nada. Por exemplo, na cena que Toby diz que não vale a pena matar a enguia se ninguém vai comê-la, Sean responde “Esse é o tipo de instinto que não vai te levar em lugar nenhum na vida”. Acho que é uma série sobre não enfrentar a verdade, sobre as aparências terem mais importante que qualquer coisa, sobre recusar a acreditar num milagre, mesmo que ele aconteça diante de seus olhos. Sobre a falsidade de que, ao dizer que quer proteger Dorothy, na verdade Julien e Sean estão tentando proteger a si mesmos. "Eu vendo os vinhos para pagar Leanne e ficar com o bebê" diz Sean, e Julien responde: "Também não precisa ir tão longe...".
Desculpe pelo comentário gigante, mas precisava organizar tudo na minha cabeça para assistir a terceira temporada. [spoiler/]
Werm: Your set was pretty good. Pat: What? Werm:-What was the name of your second to last song? Pat:Uh...To-- toxic evolution. Werm:It's fucking hard, man. That's the one i did her to.
Me incomoda tamanha ignorância no Filmow as vezes.
O grandioso diretor Albert Serra produz mais uma obra-prima (tais como Crespià e Birdsong), dessa vez da grandiossísima obra-prima de Miguel de Cervantes, "Dom Quixote". Com seu ritmo demorado, Honra de Cavalaria leva o espectador a uma viajem dos sentidos, onde o tempo é relativo e deve-se compreender que a simplicidade da vida não é algo que deve ser descartado. É um filme arrastado e demorado, que apenas os grandes apreciadores de filmes inteligentes e livros de valor literário alto (como eu) poderão apreciar.
Ao contrário do que eu poderia esperar, vejo comentários nocivos em relação a essa majestosa iguaria que é o filme Honra de Cavalaria. Opiniões superficiais e infantis (tais como desse tal Carlos) são uma ofensa ao filme e ao diretor. Acredito que não é um filme para todo mundo, apenas para os que possuem algum intelecto.
Ainda bem que existe alguem (Igor Cardoso) que com um pouco de bom-senso, avisa a Carlos que deve deixar de perseguir obras de arte. Enfim, eu me demoro.
Gostaria que existissem mais seres humanos que pudessem aderir ao meu séquito de idolatria ao deleite que é esse filme. Mas vejo que os espectadores tornam-se cada vez mais acostumados e filmes de mastigados de explosão e de aventura. Me preocupo com o caminho que o mundo está tomando. A segregação (de acordo com amigo de nível intelectual igual ao meu) é perigosa e espreita a terra. Hosana! Hosana!
"Now you listen to me. While I will admit to a certain cynicism, the fact is that I am a naysayer and hatchetman in the fight against violence. I pride myself in taking a punch and I'll gladly take another because I choose to live my life in the company of Gandhi and King. My concerns are global. I reject absolutely revenge, aggression, and retaliation. The foundation of such a method... is love. I love you Sheriff Truman."
best show ever
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Q
3.0 60eu não iria ao ponto de chamar o filme de "pornô", mas beira isso. a historia fica em segundo ou até terceiro plano, considerando que as cenas de sexo são bem gratuitas. até a questão da greve dos trabalhadores e a crise financeira mal é abordada. se o objetivo é excitar sexualmente o espectador, acredito que o filme consegue isso. Cecile me parece a única personagem com uma camada extra, pela questão mal resolvida da morte do pai, que também me parece pouco falada. eu tinha desconsiderado esse filme como soft porn, até ver o texto que o diretor usou para contratar os atores:
For this film on pleasure and desire, we are looking for actors/actresses aged 20 to 40, professionals or amateurs. who agree to shoot scenes with non-simulated sexual acts. We want to offer everyone the opportunity to apply for the main roles. Amateurs, professionals from theater, cinema, fashion, of any genre or illustrious strangers who believe in their talent. But we are not looking for gymnasts or sex addicts, and this is not a porn star academy. This project is a real cinema film and the strength of cinema comes through interpretation. In order to interpret the characters of our story, we are therefore looking for real actors capable of playing on feelings, of making people laugh, crying, of excitement, capable of conveying emotions to spectators."
outra coisa que me incomodou: por mais que tenha incontáveis personagens mulheres, não passa no bechdel test. enfim, é interessante, vale a uma hora e meia, mas acho que funcionaria melhor como um média metragem
Magic Mike
3.0 1,3K Assista Agoraachei horrível essa objetificação dos homens. nunca fizemos isso com as mulheres. um absurdo... (ironia)
Servant (2ª Temporada)
3.5 90Vou escrever esse comentário como forma de organizar minhas ideias e deixar a cabeça preparada para a terceira temporada. Spoilers das duas primeiras temporadas a seguir:
Leanne é uma garota que nasceu no interior de Wisconsin e é de um vilarejo/culto/religião chamado The Church of the Lesser Saints. O propósito divino dessa “igreja” é ajudar as pessoas. Ok, ajudar como? Pelo que entendi na situação da família Marino na segunda temporada, o dever deles (ou de alguns escolhidos que pertencem a essa igreja) é ou ressuscitar pessoas "escolhidas por deus" ou evitar uma atitude drástica (como o massacre na mansão dos Marino). Bom, de volta a Wisconsin: um belo dia, Leanne, uma garota de oito anos que faz parte dessa igreja e que também frequenta concursos de beleza para crianças, recebe a visita de uma rede de televisão, Channel Eight News e quem é a repórter? Dorothy Turner. Leanne fica fascinada com a repórter a começa a fantasiar sobre quem é essa mulher, idealiza-la, até porque, pelo que Leanne conta para Toby na segunda temporada, a mãe dela é autoritária e cruel. A partir daí é especulação minha: passam os anos, Leanne cresce e manda currículo para Dorothy. Ela acompanha a carreira de Dorothy pela televisão? Ela sabe, pelos poderes miraculosos sobrenaturais dessa igreja (que é confirmado e estabelecido pela ressurreição de Jericho, do cachorro, de Julien, do grilo, o poder que Leanne tem de tirar e devolver o paladar para Sean, as farpas, a dor na mão dele, enfim, tantos outros) que Dorothy procura uma babá e envia currículo para ela. É escolhida para o emprego (também por poderes sobrenaturais?), e ao entrar na casa, temos um plano fechado nos pés dela, numa das primeiras cenas do primeiro episódio da primeira temporada. Aquilo é uma simbologia, um momento de transição, em que Leanne entra no mundo dos Turner como o “incidente incitante”. Ela sabe que o filho deles morreu? Isso não fica claro, mas ela sem dúvida não sabe COMO ele morreu. Assim começa a série, e o que fica claro para Leanne desde o princípio? Que Dorothy é fofa, legal, a trata bem, a recebe como família. O que não fica claro é que Dorothy embarca em todas as coisas (rezar antes de comer, crucifixo pendurado, ver o tio dormindo no berço) por interesse pessoal, porque ela não quer perder a babá (ou por puro paternalismo de gente rica). Mas Leanne, ainda pelo fascínio da reportagem acredita naquilo. Ela pode ser integrante de uma igreja que ressuscita pessoas, mas não deixa de ser uma garota ingênua do interior. A primeira vez que Leanne tem um vislumbre de quem realmente o casal Turner são é no episódio em que Dorothy pede para ela comprar o bolo, e a partir desse momento, Leanne passa a ficar mais atenta. Ao mesmo tempo que Sean (marido de Dorothy) e Julien (irmão de Dorothy) não conseguem conceber em suas mentes egoístas de gente rica que Leanne não tem interesse nenhum, e insistem na ideia que ela (ou o tio que ainda não apareceu) querem dinheiro. Outra coisa que fica rapidamente claro para Leanne: Sean é um homem desagradável, que a trata de cima para baixo, com desprezo de patrão, e diz mais de uma vez a frase “ela é uma empregada”. Típico esnobismo da classe alta. É grosseiro ao dizer para Leanne que Dorothy não vai levar ela e Jericho ao trabalho, ela o vê jogando o boneco no chão. Por isso tira o paladar dele (sendo um chef, é o sentido mais importante) e o faz ter farpas. Assim como “faz surgir” uma espinha no rosto de Dorothy, no episódio seguinte em que descobre que foi pela negligência dela que Jericho morreu. De volta ao primeiro episódio: Sean explica a situação para Leanne: um dia Jericho simplesmente não acordou, e para tirar Dorothy de um estado catatônico, uma mulher que "não é exatamente uma médica" sugeriu isso, um “reborn doll”, um boneco realista para Dorothy fingir que seu filho ainda está vivo. Mas ao contrário do que é esperado, Leanne não acha aquilo nem um pouco estranho. Obviamente, Sean e Julien acham que é porque ela é uma interesseira, que quer ganhar dinheiro com pouco trabalho. Imediatamente, assumem o pior, que já mostra o tipo de pessoas que são. Até que vemos a cena no fim do primeiro episódio em que Jericho volta a vida e o boneco desaparece. Sean confronta Leanne, quer saber que bebe é aquele, e Leanne insiste: é Jericho. O mais estranho: Dorothy não percebe que não o boneco virou um bebê de verdade. Então como Julien e Sean agem? Fingem que não aconteceu nada. É um assunto recorrente da série: fingir que as coisas não estão acontecendo, colocar tudo debaixo do pano, aliás, o que acredito que é tratado por uma analogia pelo porão rachando e inundando. São todos covardes, ninguém a diz a Dorothy a verdade. Por que? Na segunda temporada porque fica claro que ela se mataria se soubesse que o filho está morto. Julien e Sean presumem o pior, porque afinal, não existe ressureição, correto? Isso diz outra coisa sobre eles: o ceticismo cego, mesmo diante de um milagre. Até que tio George aparece. O tio de Leanne vem buscá-la e nos informa que Leanne não devia ter ido para lá, que eles só podem ir onde são enviados por deus, e aquela, é “uma casa sem deus”. Mas Leanne quer ficar lá. Diz que “acha que vai ser feliz lá”. Então Tia May aparece e no último episódio da primeira temporada, convence Leanne a voltar. Quando Leanne vai embora, o bebê real volta a ser um boneco, porém, dessa vez, Dorothy percebe. Assim começa a segunda temporada. É quando o papel de Sean e Dorothy se invertem, de repente Dorothy se revela uma mulher que faria e daria tudo pelo filho, indo ao ponto de sequestrar Leanne de uma casa onde agora trabalha, que de acordo com tio George “é onde ela deve ficar”. A casa dos Marino, onde um homem cuida de uma mulher moribunda e um filho pequeno e precisa da ajuda de Leanne. Mas que ajuda especifica é essa? Impedir que a mulher morra? Impedir o que eventualmente acontece: o assassinato da família inteira? Dorothy sequestra Leanne, que diz para Sean “por que você não diz pra ela o que ela fez? TEM QUE SER UM DE VOCES” ou seja, dizendo com todas as letras: vocês precisam enfrentar a verdade. Leanne agora enxerta quem Dorothy realmente é: "ela não é legal como faz parecer na televisão". No decorrer da segunda temporada vemos um outro lado de Sean, dócil, que se preocupa com Leanne, quer tirá-la do sótão e vemos que talvez sua arrogância seja só uma armadura, um mecanismo de defesa, mas que ele é no fundo, uma boa pessoa. Ou talvez uma pessoa “não tão ruim assim”. Por isso Leanne devolve o paladar dele. Quanto a Julien: é o pior deles. Tem como sustentáculo o vinho, o uísque e a cocaína, e ao confrontar Leanne (“você está na mesa dos adultos agora”) arrega rapidinho quando ela pergunta sobre a morte de Jericho. É só na cena em que Julien revela para ela como Jericho morreu de verdade (que não por acaso, faz isso se ajoelhando ao lado dela para reza) que temos também um vislumbre da fragilidade dele. Quando fala da garrafa que custa mil reais “tem gente passando fome em algum lugar”. Isso mostra quem ele é. Quando enfim Leanne vê que de fato Dorothy se mataria para ficar com Jericho, é quando se convence a faze-lo "voltar". Para dar nervoso ao telespectador, justamente quando Sean está prestes a falar para Dorothy a verdade. Quando Leanne enxerga a evidente crueldade da Church of the Lesser Saints na visita da tia Josephine, acho que percebe que pode ser que nao seja tão feliz com os Turner, mas sem duvida, vai ser muito mais infeliz na igreja. Quando Julien assume parte da responsabilidade pela morte de Jericho, ele e Leanne transam, e acho que é quando ela começa a perceber que a vida é muito mais do que seguir cegamente um culto e fazer o que os tios mandam. Ela diz "me sinto diferente agora". Por isso mata tia Josephine e traz Jericho de volta. Acho que tem um outro lado da série fora do terror, que quer mostrar a arrogância e o pior lado do dinheiro, das aparências, da ambição profissional, da comida refinada. Do preço de tudo e do valor de nada. Por exemplo, na cena que Toby diz que não vale a pena matar a enguia se ninguém vai comê-la, Sean responde “Esse é o tipo de instinto que não vai te levar em lugar nenhum na vida”. Acho que é uma série sobre não enfrentar a verdade, sobre as aparências terem mais importante que qualquer coisa, sobre recusar a acreditar num milagre, mesmo que ele aconteça diante de seus olhos. Sobre a falsidade de que, ao dizer que quer proteger Dorothy, na verdade Julien e Sean estão tentando proteger a si mesmos. "Eu vendo os vinhos para pagar Leanne e ficar com o bebê" diz Sean, e Julien responde: "Também não precisa ir tão longe...".
Desculpe pelo comentário gigante, mas precisava organizar tudo na minha cabeça para assistir a terceira temporada. [spoiler/]
[spoiler]
O Golpista do Tinder
3.5 418Não sei de quem eu tenho mais raiva, do cara ou das pessoas que acusam as mulheres de serem caça-níquel.
O Último Duelo
3.9 326"The accusation is false. Of course, she made the customary protest, but she is a lady. It was not against her will".
a cultura do estupro resumida em uma frase ¯\_(ツ)_/¯
Verão de 84
3.4 411 Assista AgoraSó eu que achei que a garota que era a assassina?
Chicago
4.0 997tudo é maravilhoso, as atuações, a fotografia, cenário, principalmente o roteiro e a história. eu só tiraria as músicas ¯\_(ツ)_/¯
Possessor
3.4 302 Assista Agoraexemplo perfeito de uma boa ideia bem aproveitada
Biohackers (1ª Temporada)
3.5 61novela da globo em alemão...
O Bar Luva Dourada
3.6 340filminho leve, bom para ver com o crush
Holocausto Canibal
3.1 833filminho bem leve, bom para assistir com a família
Sala Verde
3.3 546 Assista AgoraWerm: Your set was pretty good.
Pat: What?
Werm:-What was the name
of your second to last song?
Pat:Uh...To-- toxic evolution.
Werm:It's fucking hard, man.
That's the one i did her to.
fuckin' A
Garota, Interrompida
4.1 1,9K Assista AgoraSe voce está tentando parar de fumar, nao veja esse filme.
Os Últimos Passos de um Homem
4.0 246 Assista Agorasean penn ta fraco no filme...
A Rota de Colisão
3.3 101 Assista Agorame lembrou Gerry...
Honra dos Cavaleiros
3.0 10Me incomoda tamanha ignorância no Filmow as vezes.
O grandioso diretor Albert Serra produz mais uma obra-prima (tais como Crespià e Birdsong), dessa vez da grandiossísima obra-prima de Miguel de Cervantes, "Dom Quixote". Com seu ritmo demorado, Honra de Cavalaria leva o espectador a uma viajem dos sentidos, onde o tempo é relativo e deve-se compreender que a simplicidade da vida não é algo que deve ser descartado. É um filme arrastado e demorado, que apenas os grandes apreciadores de filmes inteligentes e livros de valor literário alto (como eu) poderão apreciar.
Ao contrário do que eu poderia esperar, vejo comentários nocivos em relação a essa majestosa iguaria que é o filme Honra de Cavalaria. Opiniões superficiais e infantis (tais como desse tal Carlos) são uma ofensa ao filme e ao diretor. Acredito que não é um filme para todo mundo, apenas para os que possuem algum intelecto.
Ainda bem que existe alguem (Igor Cardoso) que com um pouco de bom-senso, avisa a Carlos que deve deixar de perseguir obras de arte. Enfim, eu me demoro.
Gostaria que existissem mais seres humanos que pudessem aderir ao meu séquito de idolatria ao deleite que é esse filme. Mas vejo que os espectadores tornam-se cada vez mais acostumados e filmes de mastigados de explosão e de aventura. Me preocupo com o caminho que o mundo está tomando. A segregação (de acordo com amigo de nível intelectual igual ao meu) é perigosa e espreita a terra. Hosana! Hosana!
Dulcinéia se revira em sua tumba ficcional.
Que Deus esteja com vocês.
Expresso do Amanhã
3.5 1,3K Assista grátisnão sei o que me surpreendeu mais, o roteiro, o chris evans ou a metáfora que eu interpretei do filme. bolei.
Big Sur
3.3 22trilha sonora é a melhor parte
O Espelho
2.9 932 Assista Agoracurti. nao tem pretensao de me dar sustinho barato que nem os ultimos 98787656543245678 filmes de terror que eu vi.
The Leftovers (1ª Temporada)
4.2 583 Assista AgoraEis o que ele entendeu que ela entendeu:
O Aviador
3.7 735 Assista Agorashow me all the blueprints
Twin Peaks (1ª Temporada)
4.5 524"Now you listen to me. While I will admit to a certain cynicism, the fact is that I am a naysayer and hatchetman in the fight against violence. I pride myself in taking a punch and I'll gladly take another because I choose to live my life in the company of Gandhi and King. My concerns are global. I reject absolutely revenge, aggression, and retaliation. The foundation of such a method... is love. I love you Sheriff Truman."
best show ever