Isao Takahata é um mestre da dramaturgia do comum, ele consegue nos fazer entrar em contato com a intimidade do imaginário popular, o sentimento de nostalgia de infância que dividimos com todos do mundo, pois todos já o passamos. aqui também, como em tantas obras do estudio ghibli, é trabalhada a questão do crescimento, do amadurecimento pessoal e da busca da simplicidade e da verdade de uma ética de vida. sempre emponderador e inspirador. <3
o filme mais fálico que vi do Greenaway até agora. os elementos presentes em suas obras anteriores continuam aqui com um grau de pertinência talvez mais evidente: eros e thanatos, sexo e morte (e arrogância, sempre). e claro, sua composição intertextual, cenas se desdobrando sobre cenas, criando hiperlinks artificiais (e mesmo paradoxais, tocando num dos traumas do cinema contemporâneo e bastante discutido nos filmes de Greenaway: como dar conta da revolução digital dando continuidade a evolução da arte cinematográfica?). a apresentação dos personagens dividindo a tela com fotos de suas próprias representações já dá ideia do como o filme explorará essa biografia, a verdade sobre você-pessoa é ilusória, fabricada. não importa que homem você foi, sempre contarão pedaços de sua história, inventando através da montagem, nada mais Eisenstein. não pude deixar de perceber que este também é o filme mais masculino de Greenaway, o romance de dois homens que se desdobra numa biografia de descoberta, plot quase ultrapassado demais para o Eisenstein trintão: uma mistura indiscreta de discussões dialéticas sobre morte, sexo, estética, marxismo, busca de si, hollywood, decadência, comunismo, walt disney e revolução... mas que cai perfeitamente na construção de um sentimento juvenil arrogante, movido à potência de viver ao máximo. transcrevi com apoio de legendas um dos "capítulos" do filme, Eisenstein e Palomino estão no cemitério, dividi em 4 atos, já previamente existentes na diegese da obra. um dos meus diálogos preferidos de filmes, claro que não é a mesma coisa que na tela, as imagens-slides ágeis de Greenaway são insubstituíveis, mas pra quem gosta de diálogos transcritos como eu, aí vai:
Ato 1 – Eisenstein e Palomino caminhando pelo cemitério Eisenstein: Já não há mais moscas em cima de mim. Palomino: As moscas de novo? Ainda são moscas russas? E: Estão se preparando. Preparando-se para devorar minha carne putrefata. Moscas e vermes. Conheço vermes. Vermes do “Encouraçado Potemkin”. Toc-toc, quem é? P: Apenas a morte. E: (suspiro) A morte está tão próxima aqui neste sol escaldante. Está batendo no meu ombro. Na Rússia nós escondemos a morte. Tornamo-la uma coisa distante. P: Aqui a morte é muito próxima. E é uma heroína muito simpática. Recebe-nos na porta do cemitério e nos acompanha com cortesia. Andamos junto com a morte sob a mesma sombrinha no cemitério. Desfrutamos da mesma sombra. O melhor sobre a morte é que é uma amiga, não uma estranha. [pausa] Ato 2 – Eisenstein e Palomino recostados sobre túmulos verticais E: Lenin morreu. Karl Marx também. Ambos morreram em suas camas. P: Jesus Cristo morreu. Ele foi crucificado. E São Pedro. Ele foi crucificado de cabeça para baixo. E: E Cortés e Pizarro… e Torquemada também morreram. P: Moctezuma morreu. E: E George Washington morreu. E Abraham Lincoln morreu. Foi baleado. P: Pancho Villa morreu. Baleado. E Zapata morreu. Baleado. E Benito Pablo Juárez morreu. Miguel Hidalgo morreu. Baleado. E: Uma vez interpretei Leonardo da Vinci morrendo nos braços de Francisco I, em Amboise. Eisenstein morrerá… como Leonardo. Não tenho tanta certeza de que cineastas serão lembrados. P: Ya nos hechamos una lista de grandes muertos. [pausa] Ato 3 – Eisenstein e Palomino deitados na grama do cemitério P: Não o surpreende que passemos tanto tempo fazendo gente morrer em filmes? E: Todos os atores, mais cedo ou mais tarde, de preferência mais cedo, de cinema e teatro em todo o mundo, são solicitados a foder ou morrer. Hamlet, Otelo, Macbeth, Julieta, Madame Butterfly, Joana D'Arc, Yevgeniy 0negin, Cleópatra, Júlio César, Savonarola, Helena de Troia, Ivan o Terrível. P: Nós lhes permitimos que mostre pessoas fodendo e morrendo. Sabemos que não estão. Você também sabe. E sabemos que você sabe que nós sabemos que não estão. E: É tudo para provar que vivemos duas vezes. Primeiro como afirmação, e depois, como um desafio à própria morte. A voluntária e indispensável suspensão da descrença. Ato 4 – Eisenstein e Palominos sentador no cemitério rodeados de flores E: Na Rússia de hoje a morte chega bêbeda, toda amarfanhada e sem roupas íntimas, porque lá ninguém tem dinheiro para isso. Veste uma camisa branca usada, sem colarinho e com punhos sujos. A morte na Rússia é um evento desagradável no fim da vida. Aqui no México, ela chega de olhos resplandecentes, risonha, totalmente sóbria, dando início à sua maior aventura, distribuindo beijos. Sua cabeça, seu coração e seu pau levantados. Sexo e morte, as duas únicas coisas inegociáveis: Eros e Thanatos. Nunca temos consciência da nossa concepção. Podemos realmente ser testemunhas da nossa própria morte? P: Você foi apresentado à morte no México. Na verdade, parece-me que você mesmo se apresentou à morte no México. E: Talvez agora deva apresentar-se ao sexo no México. (risos) E: Bem, talvez agora deva apresentar-me ao sexo no mundo. Quem sabe você me apresenta ao sexo no México e no mundo?
o único filme que Yoshifumi Kondo dirigiu.. tenho a impressão de que é como se a Shizuku tivesse crescido (no coração dos outros artistas do estúdio) e escrito alguns dos contos animados do estúdio. como se Yoshifumi tivesse continuado com eles.
273 comentários (4, com o meu) e ainda ninguém viu o filme. pelamorde, galere não sabe usar as redes sociais direito. e qm diria q tem tanto coxinha no filmow, parem de vagabundear poraqui e vão pro linkedin.
mas sério, sônia braga, maeve, irandhirrrr <3 e kleber! ansiosíssima pra ver esse fuô!
Vermelho carne, sangue, paixão. Cortinas. Ainda não consegui desvendar Georgine, que personagem intrigante. Peter Greenaway tá me sufocando, no ótimo sentido. deixo aqui transcritos dois diálogos que achei fantásticos:
Georgine: - o que tem de bom todos esses livros? Não pode nem comê-los. Como eles o deixam feliz? Michael: - Sempre os achei razoáveis. Eles não mudam de ideias quando você não está olhando. Georgine: - Isso soa como uma desvantagem para mim.
Georgine: - quando você faz um menu, como estabelece o preço de cada prato? Richard: - cobro caro por tudo que for preto: uvas, azeitonas, amoras… as pessoas gostam de ser lembradas da morte. Comer comida preta é como consumir a morte, como se dissesse: “morte, estou comendo você.”. as trufas pretas são as mais caras… e o caviar! Morte e nascimento. O fim e o começo. Não acha apropriado que as coisas mais caras sejam pretas? Cobramos também por vaidade. Para dietéticas cobramos um adicional de 30%. afrodisíacos, 50%.
"Eu sei que esse mundo existe, mas seu significado é problemático. Sou bom ou sou mal? Quando a minha consciência perturba o meu equilíbrio, então não estou em sintonia com algo. O que é? É o mundo? Ou é Deus?"
Um filme que, assim como o primeiro livro de Wittgenstein, segundo Bertrand Russel, "is obscure and too short, but good.". A solidão de não conseguir inteiramente explicar a estrutura do que se explica.
ótimo documentário, cheio de dados e documentos relevantíssimos. muuuuuito importante pra entender o início da ditadura e, consequentemente, esse engodo loucuraloucura que o país tá passando atualmente.
"Joãozinho? Tenho um soneto que 'és muy simpatico'. Porque pertenço a um grupo de seres malditos..." "Não, isso não precisa."
esse filme me deu náuseas. talvez pela falsa pretensão de se tratar de um filme sobre o mordomo, Santiago, que nada mais é, aqui, do que um pedaço de cenário, de um enquadramento-ozu perfeito, para ratificar o sentimento de nostalgia do diretor na casa da Gárvea. o filme, se completado em '92, seria provavelmente mais verdadeiro quanto a seus objetivos. usar um personagem já desgastado e esquecido pelo tempo, como a casa, para representar o crescimento e amadurecimento de João Moreira Salles.
Santiago pela sua força e suas idiossincrasias consegue interromper às vezes, literalmente e não, o entrevistador-patrão, o "maravilhoso Joãozinho". e, dessa maneira, burlar sua passividade de objeto/personagem e encantar em vários momentos os espectadores. essas cenas dão um alívio a exasperação dessa relação que se emprega, seja as entrevistas feitas nos anos 1990 ou mesmo pelo discurso de um certo arrependimento da forma estética, da forma que outrora foi guiado o discurso. vejam bem, um arrependimento estético, não ético. o que está em jogo aqui são as memórias, concepção do diretor para com o personagem-fascinação-excêntrico e a exacerbação do "amadurecimento" de João. é basicamente um künstlerroman.
esse trecho da crítica do Eduardo Valente resume muito bem como apreendi o filme: "De novo, portanto, temos Santiago, o homem e suas particularidades, sendo abandonados por um olhar que não consegue, ainda, enxergá-lo – por mais que monte um discurso que parece indicar o contrário. [...] podemos dizer que Santiago é um filme curioso, mas que, para ser fiel a seu verdadeiro tema, deveria se chamar 'João Moreira Salles, um documentarista da classe alta' – e aqui não se deseja fazer nenhuma piada, apenas constatar o que está na tela."
não curti várias paradas desse doc, tipo focar nas bads e ~~o que tornou miss simone tão errática~~. o início já é fudido, a filha falando sobre como ela ~~se perdeu~~ da super carreira, da super vida que ~~qualquer pessoa em são juízo seria agradecida por ter~~. pfffffffff po, e esse título GROTESCO, super julgador, clamando por explicações. ah, se fuder. ela nunca deu explicações sobre suas escolhas e caminhos (e ninguém devia, na real) e vem esse doc super desmerecedor se portar com a porra do dedo em riste. dae dar voz ao ex-marido abusivo dela (e já falecido......). pqp hein. e o filme colocando, através da escolha de o por e da montagem, a violência doméstica sofrida como a coisa maaaais natural do mundo. e ela que fica como a besta que aguentou e ficou ao lado dele ~~porque gostava do fogo do ódio e da paixão~~. meu cu. como diabos saber o que se passa na cabeça de uma pessoa psicologicamente abusada ou qualquer porra de pessoa, aliás?! ''ahhh mas ela era doenteeee por isso se comportava assimm". ridículo ridículo e ridículo. filminho super terrível, não abrangendo nem um pouco da força musical e pessoal que essa mulher genial possuía e que emana até hoje. só tratou dos demônios fantasiosos criados por uma sociedade norte-americana (que estende os braços pelo mundo) doente. dá raiva ver sua solidão e paixão e fulgor e tristeza e ódio e amor e volatilidade e força e vulnerabilidade serem tratadas de forma tão patológica. nina merecia mais. muito mais.
(só vale pelos depoimentos dos amigos - principalmente a mulher - e os materiais de arquivos que nunca tinha visto)
reassisti hoje. puta que pariu, tinha esquecido o quanto esse filme é bom. melhor montagem paralela de filmes do gênero. só o scorsese pra saber lidar com uma porrada de histórias e personagens em menos de 3 horas.
Memórias de Ontem
4.1 234Isao Takahata é um mestre da dramaturgia do comum, ele consegue nos fazer entrar em contato com a intimidade do imaginário popular, o sentimento de nostalgia de infância que dividimos com todos do mundo, pois todos já o passamos.
aqui também, como em tantas obras do estudio ghibli, é trabalhada a questão do crescimento, do amadurecimento pessoal e da busca da simplicidade e da verdade de uma ética de vida. sempre emponderador e inspirador. <3
Que Viva Eisenstein! - 10 Dias que Abalaram o México
3.5 16o filme mais fálico que vi do Greenaway até agora. os elementos presentes em suas obras anteriores continuam aqui com um grau de pertinência talvez mais evidente: eros e thanatos, sexo e morte (e arrogância, sempre). e claro, sua composição intertextual, cenas se desdobrando sobre cenas, criando hiperlinks artificiais (e mesmo paradoxais, tocando num dos traumas do cinema contemporâneo e bastante discutido nos filmes de Greenaway: como dar conta da revolução digital dando continuidade a evolução da arte cinematográfica?).
a apresentação dos personagens dividindo a tela com fotos de suas próprias representações já dá ideia do como o filme explorará essa biografia, a verdade sobre você-pessoa é ilusória, fabricada. não importa que homem você foi, sempre contarão pedaços de sua história, inventando através da montagem, nada mais Eisenstein.
não pude deixar de perceber que este também é o filme mais masculino de Greenaway, o romance de dois homens que se desdobra numa biografia de descoberta, plot quase ultrapassado demais para o Eisenstein trintão: uma mistura indiscreta de discussões dialéticas sobre morte, sexo, estética, marxismo, busca de si, hollywood, decadência, comunismo, walt disney e revolução... mas que cai perfeitamente na construção de um sentimento juvenil arrogante, movido à potência de viver ao máximo.
transcrevi com apoio de legendas um dos "capítulos" do filme, Eisenstein e Palomino estão no cemitério, dividi em 4 atos, já previamente existentes na diegese da obra. um dos meus diálogos preferidos de filmes, claro que não é a mesma coisa que na tela, as imagens-slides ágeis de Greenaway são insubstituíveis, mas pra quem gosta de diálogos transcritos como eu, aí vai:
Ato 1 – Eisenstein e Palomino caminhando pelo cemitério
Eisenstein: Já não há mais moscas em cima de mim.
Palomino: As moscas de novo? Ainda são moscas russas?
E: Estão se preparando. Preparando-se para devorar minha carne putrefata. Moscas e vermes.
Conheço vermes. Vermes do “Encouraçado Potemkin”. Toc-toc, quem é?
P: Apenas a morte.
E: (suspiro) A morte está tão próxima aqui neste sol escaldante. Está batendo no meu ombro. Na Rússia nós escondemos a morte. Tornamo-la uma coisa distante.
P: Aqui a morte é muito próxima. E é uma heroína muito simpática. Recebe-nos na porta do cemitério e nos acompanha com cortesia. Andamos junto com a morte sob a mesma sombrinha no cemitério. Desfrutamos da mesma sombra. O melhor sobre a morte é que é uma amiga, não uma estranha.
[pausa]
Ato 2 – Eisenstein e Palomino recostados sobre túmulos verticais
E: Lenin morreu. Karl Marx também. Ambos morreram em suas camas.
P: Jesus Cristo morreu. Ele foi crucificado. E São Pedro. Ele foi crucificado de cabeça para baixo.
E: E Cortés e Pizarro… e Torquemada também morreram.
P: Moctezuma morreu.
E: E George Washington morreu. E Abraham Lincoln morreu. Foi baleado.
P: Pancho Villa morreu. Baleado. E Zapata morreu. Baleado. E Benito Pablo Juárez morreu. Miguel Hidalgo morreu. Baleado.
E: Uma vez interpretei Leonardo da Vinci morrendo nos braços de Francisco I, em Amboise. Eisenstein morrerá… como Leonardo.
Não tenho tanta certeza de que cineastas serão lembrados.
P: Ya nos hechamos una lista de grandes muertos.
[pausa]
Ato 3 – Eisenstein e Palomino deitados na grama do cemitério
P: Não o surpreende que passemos tanto tempo fazendo gente morrer em filmes?
E: Todos os atores, mais cedo ou mais tarde, de preferência mais cedo, de cinema e teatro em todo o mundo, são solicitados a foder ou morrer. Hamlet, Otelo, Macbeth, Julieta, Madame Butterfly, Joana D'Arc, Yevgeniy 0negin, Cleópatra, Júlio César, Savonarola,
Helena de Troia, Ivan o Terrível.
P: Nós lhes permitimos que mostre pessoas fodendo e morrendo. Sabemos que não estão. Você também sabe. E sabemos que você sabe que nós sabemos que não estão.
E: É tudo para provar que vivemos duas vezes. Primeiro como afirmação, e depois, como um desafio à própria morte. A voluntária e indispensável suspensão da descrença.
Ato 4 – Eisenstein e Palominos sentador no cemitério rodeados de flores
E: Na Rússia de hoje a morte chega bêbeda, toda amarfanhada e sem roupas íntimas, porque lá ninguém tem dinheiro para isso. Veste uma camisa branca usada, sem colarinho e com punhos sujos. A morte na Rússia é um evento desagradável no fim da vida. Aqui no México, ela chega de olhos resplandecentes, risonha, totalmente sóbria, dando início à sua maior aventura, distribuindo beijos. Sua cabeça, seu coração e seu pau levantados. Sexo e morte, as duas únicas coisas inegociáveis: Eros e Thanatos. Nunca temos consciência da nossa concepção. Podemos realmente ser testemunhas da nossa própria morte?
P: Você foi apresentado à morte no México. Na verdade, parece-me que você mesmo se apresentou à morte no México.
E: Talvez agora deva apresentar-se ao sexo no México.
(risos)
E: Bem, talvez agora deva apresentar-me ao sexo no mundo. Quem sabe você me apresenta ao sexo no México e no mundo?
Sussurros do Coração
4.3 482 Assista Agorao único filme que Yoshifumi Kondo dirigiu.. tenho a impressão de que é como se a Shizuku tivesse crescido (no coração dos outros artistas do estúdio) e escrito alguns dos contos animados do estúdio. como se Yoshifumi tivesse continuado com eles.
Gen Pés Descalços
4.4 143a resiliência do povo japonês é admirável. que anime tocante.
Aquarius
4.2 1,9K Assista Agora273 comentários (4, com o meu) e ainda ninguém viu o filme. pelamorde, galere não sabe usar as redes sociais direito. e qm diria q tem tanto coxinha no filmow, parem de vagabundear poraqui e vão pro linkedin.
mas sério, sônia braga, maeve, irandhirrrr <3 e kleber! ansiosíssima pra ver esse fuô!
O Cozinheiro, o Ladrão, sua Mulher e o Amante
4.1 155Vermelho carne, sangue, paixão. Cortinas.
Ainda não consegui desvendar Georgine, que personagem intrigante.
Peter Greenaway tá me sufocando, no ótimo sentido.
deixo aqui transcritos dois diálogos que achei fantásticos:
Georgine: - o que tem de bom todos esses livros? Não pode nem comê-los. Como eles o deixam feliz?
Michael: - Sempre os achei razoáveis. Eles não mudam de ideias quando você não está olhando.
Georgine: - Isso soa como uma desvantagem para mim.
Georgine: - quando você faz um menu, como estabelece o preço de cada prato?
Richard: - cobro caro por tudo que for preto: uvas, azeitonas, amoras… as pessoas gostam de ser lembradas da morte. Comer comida preta é como consumir a morte, como se dissesse: “morte, estou comendo você.”. as trufas pretas são as mais caras… e o caviar! Morte e nascimento. O fim e o começo. Não acha apropriado que as coisas mais caras sejam pretas? Cobramos também por vaidade. Para dietéticas cobramos um adicional de 30%. afrodisíacos, 50%.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista Agoraque filme meio porquera...
High School
3.5 12alguém quer me ajudar a fazer a legenda ptbr pra esse filme incrível?
Wittgenstein
4.1 39"Eu sei que esse mundo existe, mas seu significado é problemático. Sou bom ou sou mal? Quando a minha consciência perturba o meu equilíbrio, então não estou em sintonia com algo. O que é? É o mundo? Ou é Deus?"
Um filme que, assim como o primeiro livro de Wittgenstein, segundo Bertrand Russel, "is obscure and too short, but good.".
A solidão de não conseguir inteiramente explicar a estrutura do que se explica.
O Dia que Durou 21 Anos
4.3 226ótimo documentário, cheio de dados e documentos relevantíssimos.
muuuuuito importante pra entender o início da ditadura e, consequentemente, esse engodo loucuraloucura que o país tá passando atualmente.
Joguem Fora Seus Livros e Saiam às Ruas
4.3 43se o mundo fosse acabar amanhã, plantaria uma macieira
Boogie Nights: Prazer Sem Limites
4.0 551 Assista Agoraadorei o filme, só acho que ele poderia ter sido melhor caso o protagonista fosse representado por outro ator. esse mark albergue é beeeem fraquinho.
Anticristo
3.5 2,2K Assista Agoralasciiiia ch'io piaaanga mia cruuuuda sooorte, e che soooooospiri la liiiiiiiberrrrtà!
<33
Embriagado de Amor
3.6 479 Assista Agoraassisti isso chapada, foi muito loko
pta fodenha
Santiago
4.1 134"Joãozinho? Tenho um soneto que 'és muy simpatico'. Porque pertenço a um grupo de seres malditos..." "Não, isso não precisa."
esse filme me deu náuseas. talvez pela falsa pretensão de se tratar de um filme sobre o mordomo, Santiago, que nada mais é, aqui, do que um pedaço de cenário, de um enquadramento-ozu perfeito, para ratificar o sentimento de nostalgia do diretor na casa da Gárvea.
o filme, se completado em '92, seria provavelmente mais verdadeiro quanto a seus objetivos. usar um personagem já desgastado e esquecido pelo tempo, como a casa, para representar o crescimento e amadurecimento de João Moreira Salles.
Santiago pela sua força e suas idiossincrasias consegue interromper às vezes, literalmente e não, o entrevistador-patrão, o "maravilhoso Joãozinho". e, dessa maneira, burlar sua passividade de objeto/personagem e encantar em vários momentos os espectadores.
essas cenas dão um alívio a exasperação dessa relação que se emprega, seja as entrevistas feitas nos anos 1990 ou mesmo pelo discurso de um certo arrependimento da forma estética, da forma que outrora foi guiado o discurso. vejam bem, um arrependimento estético, não ético. o que está em jogo aqui são as memórias, concepção do diretor para com o personagem-fascinação-excêntrico e a exacerbação do "amadurecimento" de João. é basicamente um künstlerroman.
esse trecho da crítica do Eduardo Valente resume muito bem como apreendi o filme: "De novo, portanto, temos Santiago, o homem e suas particularidades, sendo abandonados por um olhar que não consegue, ainda, enxergá-lo – por mais que monte um discurso que parece indicar o contrário. [...] podemos dizer que Santiago é um filme curioso, mas que, para ser fiel a seu verdadeiro tema, deveria se chamar 'João Moreira Salles, um documentarista da classe alta' – e aqui não se deseja fazer nenhuma piada, apenas constatar o que está na tela."
O Segredo dos Seus Olhos
4.3 2,1K Assista AgoraFilme incrível que vai pra lista daqueles que demorei a ver por com dos posters hor-ro-ro-sos
O Grupo Baader Meinhof
4.0 174Baby boomers go go
Jovem e Bela
3.4 477 Assista Agoraesse poster é terrível, não capta nenhum pouco a melancolia de isabelle. o olhar.
demorei a assistir por conta dele.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista Agora"ela é tão... segura de si"
Jéssica <3
What Happened, Miss Simone?
4.4 401 Assista Agoranão curti várias paradas desse doc, tipo focar nas bads e ~~o que tornou miss simone
tão errática~~. o início já é fudido, a filha falando sobre como ela ~~se perdeu~~ da super carreira, da super vida que ~~qualquer pessoa em são juízo seria agradecida por ter~~. pfffffffff
po, e esse título GROTESCO, super julgador, clamando por explicações. ah, se fuder. ela nunca deu explicações sobre suas escolhas e caminhos (e ninguém devia, na real) e vem esse doc super desmerecedor se portar com a porra do dedo em riste.
dae dar voz ao ex-marido abusivo dela (e já falecido......). pqp hein. e o filme colocando, através da escolha de o por e da montagem, a violência doméstica sofrida como a coisa maaaais natural do mundo. e ela que fica como a besta que aguentou e ficou ao lado dele ~~porque gostava do fogo do ódio e da paixão~~. meu cu. como diabos saber o que se passa na cabeça de uma pessoa psicologicamente abusada ou qualquer porra de pessoa, aliás?! ''ahhh mas ela era doenteeee por isso se comportava assimm".
ridículo ridículo e ridículo. filminho super terrível, não abrangendo nem um pouco da força musical e pessoal que essa mulher genial possuía e que emana até hoje. só tratou dos demônios fantasiosos criados por uma sociedade norte-americana (que estende os braços pelo mundo) doente. dá raiva ver sua solidão e paixão e fulgor e tristeza e ódio e amor e volatilidade e força e vulnerabilidade serem tratadas de forma tão patológica. nina merecia mais. muito mais.
(só vale pelos depoimentos dos amigos - principalmente a mulher - e os materiais de arquivos que nunca tinha visto)
Ato Final
3.7 22 Assista Agoraodiei todos os homens desse filme. menos o asiático do hot dog
por ter dado uma dor de barriga no escrotinho stalker machistinha nojento que é o personagem principal.
Os Contos de Canterbury
3.7 56bundas
Os Infiltrados
4.2 1,7K Assista Agorareassisti hoje. puta que pariu, tinha esquecido o quanto esse filme é bom.
melhor montagem paralela de filmes do gênero.
só o scorsese pra saber lidar com uma porrada de histórias e personagens em menos de 3 horas.
Rogopag - Relações Humanas
3.9 13a ricota <3