Já vimos aquele protagonista antes, espécie de Indiana Jones do espaço, ser abobalhado, último a saber das coisas e que sempre arruma um jeito para escapar dos vilões. Bastante barulho, muitos efeitos e um resultado final pouco acima do medíocre.
Robôs à frente, como esperado. Humanos ao fundo, com aquela velha história do pai desajustado, infantil, com ciúmes da filha de shorts curtinho. E, em todos os cantos, Michael Bay fazendo o que sabe fazer (porque talvez não possa ir além disso): colocando o mundo em ruínas. Em todos os sentidos, um enlatado.
Pauline e Marion, primas e antagonistas, carregam características da personagem central do filme anterior de Rohmer, Um Casamento Perfeito. A primeira é jovem mas cheia de certezas, firme, fria, enquanto a outra tenta ser adulta e sempre soa infantil, como se buscasse o amor impossível que Pauline, no fundo, sabe que não existe.
Encontros e desencontros à forma quase natural de Rohmer: aquele jeito de dizer ao público que tudo seria acaso não fosse o cinema. Como em "Minha Noite com Ela" e tantos outros, reina a aparência do acaso. Mera aparência.
O desafio está lançado: como fazer com que o público atual, tão ligados nos grandes efeitos digitais, nos filmes que entregam tudo de bandeja, dediquem nove horas para ver esse grande filme? Será que há sensibilidade e paciência para isso? Sem imagens de arquivo, feito com narrações sobre imagens dos locais onde ocorreram as atrocidades, passando pelos rostos dos sobreviventes e daqueles que viram o mal. "Shoah" clama pela imaginação e, ao mesmo tempo, traz à tona a verdade.
É possível, aqui, perdoar os pecadores, não os anjos ou os heróis. O pai expulsa a filha porque a considera uma pecadora; a filha rejeita o homem que a ama - talvez o único a amá-la - porque não acredita que ele possa ter abusado dela. Demônios e anjos confundem-se nesse admirável filme de Eric Rohmer.
"Todo mundo deve ir ao fundo de si mesmo. Os que não vão ao fundo de si são como guardas repressores que cercam os que vão." Em um diálogo no segundo prólogo.
Os filmes de Altman tratam de jogadores. Foi assim em quase toda sua filmografia: em "Quando os Homens são Homens", em "Jogando com a Sorte", em "O Jogador", entre outros. É natural que fizesse, assim, tal filme, obra forte sobre o futuro da humanidade - ou mesmo seu fim, quando o homem segue no caminho contrário ao do pássaro.
Claro que Tom Cruise volta a viver a si mesmo: aquele tipo simpático, que leva a pensar em Jerry Maguire. Às vezes desagrada e não convence na personagem. Isso poderia ser um problema maior. No entanto, o filme convence em suas belas sequências de ação com algo raro nesses tempos de conformismo Marvel: uma fita com suor e pulsão, que não subestima o espectador e, ainda assim, longe de ser complexa. Bela aventura.
Por que todo militar norte-americano tem de ser casado com uma enfermeira? Por que todo japonês, em filmes com catástrofe, tem as respostas certas? Por que todo líder militar, nesse tipo de produção, precisa se inclinar à caricatura e parecer ridículo? Por que há sempre alguma bomba ou monstro enterrado em solo americano? Após algumas perguntas, só há algo a concluir: já vimos isso em algum lugar.
É sempre difícil analisar um remake sem lançar luz à obra original. Isso, claro, quando se conhece a original. E impossível, ao que parece, superar "Contos de Tóquio", de 1953. No entanto, a beleza e fluidez de "Uma Família em Tóquio" chama a atenção: é um grande exemplo de como utilizar uma mesma história, fazer um filme primo e, ainda assim, conseguir um belo resultado. Mais que recomendado.
Guardiões da Galáxia
4.1 3,8K Assista AgoraJá vimos aquele protagonista antes, espécie de Indiana Jones do espaço, ser abobalhado, último a saber das coisas e que sempre arruma um jeito para escapar dos vilões. Bastante barulho, muitos efeitos e um resultado final pouco acima do medíocre.
A Mãe e a Puta
4.3 96"Duas coisas foram esquecidas na declaração dos direitos humanos: o direito de se contradizer e o direito de ir embora." Alexandre (Jean-Pierre Léaud)
Transformers: A Era da Extinção
3.0 1,4K Assista AgoraRobôs à frente, como esperado. Humanos ao fundo, com aquela velha história do pai desajustado, infantil, com ciúmes da filha de shorts curtinho. E, em todos os cantos, Michael Bay fazendo o que sabe fazer (porque talvez não possa ir além disso): colocando o mundo em ruínas. Em todos os sentidos, um enlatado.
Pauline na Praia
3.9 64Pauline e Marion, primas e antagonistas, carregam características da personagem central do filme anterior de Rohmer, Um Casamento Perfeito. A primeira é jovem mas cheia de certezas, firme, fria, enquanto a outra tenta ser adulta e sempre soa infantil, como se buscasse o amor impossível que Pauline, no fundo, sabe que não existe.
A Mulher do Aviador
4.0 26Encontros e desencontros à forma quase natural de Rohmer: aquele jeito de dizer ao público que tudo seria acaso não fosse o cinema. Como em "Minha Noite com Ela" e tantos outros, reina a aparência do acaso. Mera aparência.
Shoah
4.5 37O desafio está lançado: como fazer com que o público atual, tão ligados nos grandes efeitos digitais, nos filmes que entregam tudo de bandeja, dediquem nove horas para ver esse grande filme? Será que há sensibilidade e paciência para isso? Sem imagens de arquivo, feito com narrações sobre imagens dos locais onde ocorreram as atrocidades, passando pelos rostos dos sobreviventes e daqueles que viram o mal. "Shoah" clama pela imaginação e, ao mesmo tempo, traz à tona a verdade.
A Marquesa d'O
3.6 5É possível, aqui, perdoar os pecadores, não os anjos ou os heróis. O pai expulsa a filha porque a considera uma pecadora; a filha rejeita o homem que a ama - talvez o único a amá-la - porque não acredita que ele possa ter abusado dela. Demônios e anjos confundem-se nesse admirável filme de Eric Rohmer.
Os Olhos Sem Rosto
4.0 232“Fiz tantas coisas erradas para presenciar esse milagre.” Doutor Génessier (Pierre Brasseur)
A Colecionadora
3.8 49 Assista Agora"Todo mundo deve ir ao fundo de si mesmo. Os que não vão ao fundo de si são como guardas repressores que cercam os que vão." Em um diálogo no segundo prólogo.
A Carreira de Suzanne
3.7 15 Assista Agora"Dinheiro a gente acha. Basta procurar." Suzanne (Catherine Sée)
Quinteto
2.8 20 Assista AgoraOs filmes de Altman tratam de jogadores. Foi assim em quase toda sua filmografia: em "Quando os Homens são Homens", em "Jogando com a Sorte", em "O Jogador", entre outros. É natural que fizesse, assim, tal filme, obra forte sobre o futuro da humanidade - ou mesmo seu fim, quando o homem segue no caminho contrário ao do pássaro.
No Limite do Amanhã
3.8 1,5K Assista AgoraClaro que Tom Cruise volta a viver a si mesmo: aquele tipo simpático, que leva a pensar em Jerry Maguire. Às vezes desagrada e não convence na personagem. Isso poderia ser um problema maior. No entanto, o filme convence em suas belas sequências de ação com algo raro nesses tempos de conformismo Marvel: uma fita com suor e pulsão, que não subestima o espectador e, ainda assim, longe de ser complexa. Bela aventura.
Godzilla
3.1 2,1K Assista AgoraPor que todo militar norte-americano tem de ser casado com uma enfermeira? Por que todo japonês, em filmes com catástrofe, tem as respostas certas? Por que todo líder militar, nesse tipo de produção, precisa se inclinar à caricatura e parecer ridículo? Por que há sempre alguma bomba ou monstro enterrado em solo americano? Após algumas perguntas, só há algo a concluir: já vimos isso em algum lugar.
O Globo de Prata
4.1 59"O ator é a vitória da feiura sobre a beleza do mundo."
O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro
3.5 2,6K Assista AgoraUm espetáculo infantil. Para esquecer.
Era Uma Vez em Nova York
3.5 296 Assista Agora"É um pecado tentar sobreviver?" Ewa (Marion Cotillard)
Independence Day
3.4 808 Assista AgoraO patriotismo é tanto que chega a dar vergonha.
Possessão
3.9 589"O bem não é nada além do que uma espécie de reflexão sobre o mal." Anna (Isabelle Adjani).
Capitão América 2: O Soldado Invernal
4.0 2,6K Assista AgoraDepois do infantilismo de "Homem de Ferro 3" e "Os Vingadores", enfim a Marvel entrega algo bom.
A Súbita Riqueza Dos Pobres De Kombach
4.0 3Filme maravilhoso sobre a inevitável pobreza dos miseráveis, impossibilitados de enriquecer sem levantar suspeitas.
Noé
3.0 2,6K Assista AgoraÉ o que se pode chamar de naufrágio cinematográfico. O pior de Aronofsky.
Ninfomaníaca: Volume 2
3.6 1,6K Assista Agora"A sociedade demonstra sua impotência em face de um problema concreto, retirando palavras da língua." Joe.
Mulheres da Noite
4.1 9 Assista AgoraTalvez seja o maior filme já feito sobre prostituição - mesmo quando trata de outras tantas coisas, como a miséria do pós-guerra.
Uma Família de Tóquio
3.9 16É sempre difícil analisar um remake sem lançar luz à obra original. Isso, claro, quando se conhece a original. E impossível, ao que parece, superar "Contos de Tóquio", de 1953. No entanto, a beleza e fluidez de "Uma Família em Tóquio" chama a atenção: é um grande exemplo de como utilizar uma mesma história, fazer um filme primo e, ainda assim, conseguir um belo resultado. Mais que recomendado.