Um dos raros whodunits que o Hitchcock filmou, esse daqui sofre bastante por ter sido feito durante o ano seguinte ao advento da sonorização; tem uma edição truncada, design sonoro mal pensado, e é visível a dificuldade em tornar a decupagem mais dinâmica em meio a rigidez de microfones rudimentares. Antes do aperfeiçoamento da mise-en-scène teatral em Festim Diabólico (1948) e Disque M para Matar (1954), a talvez primeira tentativa desse estilo na carreira do mestre do suspense pelo menos possui um roteiro audacioso, ao tratar, embora discretamente, sobre homossexualidade ainda em 1930.
Como o próprio Ang Lee afirma, a proposta dos filmes wuxia concerne muito mais a aparência do que enredo. E, de fato, A Tocha de Zen funciona muito melhor depois da primeira hora, quando a narrativa se desenrola através de longas e belas cenas de luta. Apesar de os personagens não terem sido bem estruturados, a impecabilidade técnica contorna qualquer problema e empurra o espectador em uma imersão tamanha que a longa duração passa voando. Com uma equipe pequena e tempo de sobra, King Hu conseguiu fazer um épico que dificilmente sai da cabeça, mesmo que com uma história esquecível.
Grande sucesso da Atlântida na época, foi exibido até em Cuba e no México com o título de Carnaval Brasil. Embora tenha todos os elementos-chave de uma chanchada, a fórmula Atlântida de "se a gente não sabe o que faz, inventa um troca-troca" - a qual Watson Macedo sempre citava - é usada em excesso para esconder problemas de roteiro, o que torna a fita cansativa. Ainda que renda momentos divertidos, principalmente com os faxineiros interpretados por Grande Otelo e Colé Santana, Carnaval Atlântida não envelheceu tão bem quanto outras chanchadas que foram estrondosos sucessos de bilheteria da companhia de Luis Severiano Ribeiro Jr., como Carnaval no Fogo (1949), Aviso aos Navegantes (1950) e Nem Sãnsão, nem Dalila (1954).
Curiosidade: José Carlos Burle e Oscarito se desentenderam durante as filmagens por conta da decupagem; na cena da encenação de Helena de Tróia, não havia um plano aproximado, o que era um problema para o ator. No fim, Burle acabou sendo demitido da Atlântida e Carlos Manga completou o filme.
E não é que pude ver Último Cine Drive-in no último drive-in? Nunca pensei que pudesse haver algo em Brasília relacionado a cinema que de fato me fizesse sentir orgulho. É que, enfim, são tantas as produções Rio-São Paulo bombardeando os multiplex que às vezes esqueço que existem muitas outras tão importantes quanto.
É ruim, mas não é essa bomba toda também. A primeira hora é boa, o desenvovimento é decente e os contornos criativos vindos do universo ultimate que eles usaram funcionaram bem. Só que, depois do pulo temporal no meio, parece que o que haviam feito no primeiro e no início do segundo ato foi descartado, amassado e jogado no lixo. Se fosse o contrário, com o filme sendo ruim na parte inicial e fenomenal no resto, não duvido que a rejeição fosse bem menor. O problema foi que eles desenvolveram uma expectativa e, na hora de entregar o clímax, não conseguiram promover a catarse no expectador. Não dá pra começar um filme de herói com uma abordagem sci-fi diferente e terminar como se fosse aquele blockbuster convencional que entrega um 3º ato feito nas coxas. Foi isso o que deu errado.
O filme começou muito bem, mas desandou no meio. Aquela parte do roubo do cavalo é meio desnecessária apesar de introduzir os irmãos (personagens também sem tanta necessidade). O romance também é mal resolvido e pouco acrescenta para a trama, mas isso chega até ser características dos faroestes de hollywood. Porém, as sequências de ação são muito boas, principalmente as de perseguição nos cavalos... Típico faroeste dos anos 40/50, tanto nos acertos como nas falhas.
Quando me deparei com o faroeste alemão, não pensei que pudesse ser tão bom quanto ao italiano. Ledo engano, esta série Winnetou é até melhor que a franquia Django, por exemplo. O primeiro filme tem seqüências excelentes, mas sofre com o excesso de personagens. Já a continuação parece aprender com os erros do primeiro e ainda oferece uma trama mais madura, que, se não fosse por pequenos detalhes como o romance mal resolvido entre o personagem-título e a indígena, poderia sim ser até comparado aos primeiros clássicos do Leone (leia-se Por um punhado de Dólares e Por uns Dólares a mais). Winnetou é, portanto, uma série que consegue manter o padrão de qualidade nas continuações, diferente da italiana Django, que teve um ótimo primeiro filme e o resto não passou do mediano.
É um filme "ok". Pareceu que, talvez por ter tido a obrigação em ser literalmente fiel ao livro, algumas situações soaram forçadas demais e o final perdeu a intensidade pretendida.
Nunca entendi o porquê de odiarem tanto esse filme. Jar Jar incrivelmente foi um dos meus personagens favoritos na infância e a sequência da corrida de pods não ficou datada e continua excelente.
Velho, por que diabos colocaram a Mística pra salvar o Wolverine e não o Stryker? E por que, enfim, tiraram as guarras de adamantium no último filme do Wolverine? E, porra, tudo bem, o Xavier transporta sua consciência para outro corpo em X-Men 3, mas a fisiologia ainda fica a mesma? E o que aconteceu em X-Men Origens: Wolverine, o Wolverine não tinha conhecido o Stryker durante a Guerra do Vietnã? A Fox já tem seus problemas em fazer planos para constituir um universo coeso, mas passar a borracha com um roteio preguiçoso parece só piorar. Já passou da hora de aprender com a Marvel Studios.
Apesar de provavelmente ter sido um percursor para as matinês que marcariam as décadas seguintes, As Aranhas (pelo menos a primeira parte) carece de profundidade na estética visual e possui um roteiro bobo. Uma curiosidade é que o Lang recusou Caligari para dirigir isso...
Assassinato
3.4 34Um dos raros whodunits que o Hitchcock filmou, esse daqui sofre bastante por ter sido feito durante o ano seguinte ao advento da sonorização; tem uma edição truncada, design sonoro mal pensado, e é visível a dificuldade em tornar a decupagem mais dinâmica em meio a rigidez de microfones rudimentares. Antes do aperfeiçoamento da mise-en-scène teatral em Festim Diabólico (1948) e Disque M para Matar (1954), a talvez primeira tentativa desse estilo na carreira do mestre do suspense pelo menos possui um roteiro audacioso, ao tratar, embora discretamente, sobre homossexualidade ainda em 1930.
O Agente Secreto
3.2 35 Assista AgoraPeter Lorre mexicano. PETER LORRE MEXICANO.
A Tocha de Zen
3.9 21Como o próprio Ang Lee afirma, a proposta dos filmes wuxia concerne muito mais a aparência do que enredo. E, de fato, A Tocha de Zen funciona muito melhor depois da primeira hora, quando a narrativa se desenrola através de longas e belas cenas de luta. Apesar de os personagens não terem sido bem estruturados, a impecabilidade técnica contorna qualquer problema e empurra o espectador em uma imersão tamanha que a longa duração passa voando. Com uma equipe pequena e tempo de sobra, King Hu conseguiu fazer um épico que dificilmente sai da cabeça, mesmo que com uma história esquecível.
Carnaval Atlântida
3.4 17Grande sucesso da Atlântida na época, foi exibido até em Cuba e no México com o título de Carnaval Brasil. Embora tenha todos os elementos-chave de uma chanchada, a fórmula Atlântida de "se a gente não sabe o que faz, inventa um troca-troca" - a qual Watson Macedo sempre citava - é usada em excesso para esconder problemas de roteiro, o que torna a fita cansativa. Ainda que renda momentos divertidos, principalmente com os faxineiros interpretados por Grande Otelo e Colé Santana, Carnaval Atlântida não envelheceu tão bem quanto outras chanchadas que foram estrondosos sucessos de bilheteria da companhia de Luis Severiano Ribeiro Jr., como Carnaval no Fogo (1949), Aviso aos Navegantes (1950) e Nem Sãnsão, nem Dalila (1954).
Curiosidade: José Carlos Burle e Oscarito se desentenderam durante as filmagens por conta da decupagem; na cena da encenação de Helena de Tróia, não havia um plano aproximado, o que era um problema para o ator. No fim, Burle acabou sendo demitido da Atlântida e Carlos Manga completou o filme.
Fora de Campo
4.0 2Maninho já fez o gol que Pelé não fez
Mito do DF
O Homem Que Luta Só
3.6 25 Assista AgoraDesculpa Scorsese, esse roteiro é uma bosta.
O Último Cine Drive-in
3.5 69E não é que pude ver Último Cine Drive-in no último drive-in? Nunca pensei que pudesse haver algo em Brasília relacionado a cinema que de fato me fizesse sentir orgulho. É que, enfim, são tantas as produções Rio-São Paulo bombardeando os multiplex que às vezes esqueço que existem muitas outras tão importantes quanto.
Quarteto Fantástico
2.2 1,7K Assista AgoraÉ ruim, mas não é essa bomba toda também. A primeira hora é boa, o desenvovimento é decente e os contornos criativos vindos do universo ultimate que eles usaram funcionaram bem. Só que, depois do pulo temporal no meio, parece que o que haviam feito no primeiro e no início do segundo ato foi descartado, amassado e jogado no lixo. Se fosse o contrário, com o filme sendo ruim na parte inicial e fenomenal no resto, não duvido que a rejeição fosse bem menor. O problema foi que eles desenvolveram uma expectativa e, na hora de entregar o clímax, não conseguiram promover a catarse no expectador. Não dá pra começar um filme de herói com uma abordagem sci-fi diferente e terminar como se fosse aquele blockbuster convencional que entrega um 3º ato feito nas coxas. Foi isso o que deu errado.
Os Incríveis
3.9 1,2K Assista AgoraA dublagem desse filme é uma obra-prima.
Traição Cruel
3.5 5O filme começou muito bem, mas desandou no meio. Aquela parte do roubo do cavalo é meio desnecessária apesar de introduzir os irmãos (personagens também sem tanta necessidade). O romance também é mal resolvido e pouco acrescenta para a trama, mas isso chega até ser características dos faroestes de hollywood. Porém, as sequências de ação são muito boas, principalmente as de perseguição nos cavalos... Típico faroeste dos anos 40/50, tanto nos acertos como nas falhas.
Winnetou II
3.5 3Quando me deparei com o faroeste alemão, não pensei que pudesse ser tão bom quanto ao italiano. Ledo engano, esta série Winnetou é até melhor que a franquia Django, por exemplo. O primeiro filme tem seqüências excelentes, mas sofre com o excesso de personagens. Já a continuação parece aprender com os erros do primeiro e ainda oferece uma trama mais madura, que, se não fosse por pequenos detalhes como o romance mal resolvido entre o personagem-título e a indígena, poderia sim ser até comparado aos primeiros clássicos do Leone (leia-se Por um punhado de Dólares e Por uns Dólares a mais). Winnetou é, portanto, uma série que consegue manter o padrão de qualidade nas continuações, diferente da italiana Django, que teve um ótimo primeiro filme e o resto não passou do mediano.
A Culpa é das Estrelas
3.7 4,0K Assista AgoraÉ um filme "ok". Pareceu que, talvez por ter tido a obrigação em ser literalmente fiel ao livro, algumas situações soaram forçadas demais e o final perdeu a intensidade pretendida.
Star Wars, Episódio I: A Ameaça Fantasma
3.6 1,2K Assista AgoraNunca entendi o porquê de odiarem tanto esse filme. Jar Jar incrivelmente foi um dos meus personagens favoritos na infância e a sequência da corrida de pods não ficou datada e continua excelente.
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
4.0 3,7K Assista AgoraVelho, por que diabos colocaram a Mística pra salvar o Wolverine e não o Stryker? E por que, enfim, tiraram as guarras de adamantium no último filme do Wolverine? E, porra, tudo bem, o Xavier transporta sua consciência para outro corpo em X-Men 3, mas a fisiologia ainda fica a mesma? E o que aconteceu em X-Men Origens: Wolverine, o Wolverine não tinha conhecido o Stryker durante a Guerra do Vietnã? A Fox já tem seus problemas em fazer planos para constituir um universo coeso, mas passar a borracha com um roteio preguiçoso parece só piorar. Já passou da hora de aprender com a Marvel Studios.
O Grande Segredo
3.7 23 Assista AgoraComo assim um filme desse foi esquecido? De longe um dos melhores do Lang (que não são poucos).
Capitão América 2: O Soldado Invernal
4.0 2,6K Assista AgoraAlguém percebeu a alusão a Pulp Fiction inscrita no túmulo no final do filme?
As Aranhas - Parte 1
3.5 10Apesar de provavelmente ter sido um percursor para as matinês que marcariam as décadas seguintes, As Aranhas (pelo menos a primeira parte) carece de profundidade na estética visual e possui um roteiro bobo. Uma curiosidade é que o Lang recusou Caligari para dirigir isso...
A Menina que Roubava Livros
4.0 3,4KAchei meio arrastado e perdido.
Homem-Aranha 2
3.6 1,1K Assista AgoraDaqui a 6 meses faz 10 anos e ainda não ficou datado. Esse filme foi a minha infância, Raimi é um gênio.