Neste oitavo trabalho de Tarantino, a pergunta que faço é se o genial Diretor, ainda tem alguma história relevante para contar. A impressão que tive, foi de já ter visto toda a história que foi contada. Seja em Cães de Aluguel, ou em outros filmes de Tarantino (Bastardos Inglórios, por exemplo) com a valorização de diálogo seguido de um banho de sangue. Os pontos positivos: elenco valorizado e bem escalado, diálogos, referências e trilha sonora fantástica. Pontos negativos: repetição.
Imagino que para ser atrativo, o filme deve utilizar de recursos para contar a história, valorizando alguns acontecimentos mais impactantes, omitindo outros que não caberiam em um "resumo" de um filme. Tendo esta consciência afirmo que "As Sufragistas" é um filme muito importante para compreender como o feminismo é essencial. Perceber como a pouco tempo em nossa história recente, as mulheres tinham poucos direitos garantidos. "Sufragistas" pode ser a porta de entrada do empoderamento... pode mostrar ao machista, como ele é uma pessoa privilegiada. E esse delay, dos direitos das mulheres equiparados aos do homem, ainda é duramente sentido, principalmente pelo machismo velado da família brasileira, que vai replicando de pai para filho restrições às mulheres.
Não sei se foi para reforçar a ambientação de uma estratégia sendo desenvolvida por debaixo dos panos, às escuras, ao que encontramos o revés do filme: a iluminação. Por diversas cenas, fica difícil identificar os personagens e notar as expressões, devido à pouca iluminação que predomina nas cenas.
Meryl Streep pouco aparece, mas de forma marcante. E o filme se faz necessário e inesquecível.
O dedo na ferida. Boa parte de nossos problemas contemporâneos são retratados nesta animação do Alê de Abreu. Em "O Menino e o Mundo" observamos desde a desigualdade social, passando pelo sufoco das grandes cidades, até a mecanização dos processos / destruição da natureza, em forma de uma ilustração premeditadamente mal feita, que faz do filme totalmente diferente dos outros indicados ao Oscar nesta categoria.
Até o momento, este é meu favorito ao prêmio de Melhor filme no Oscar, juntamente com a Brie Larson como melhor atriz. Foi bom ver esta faceta dramática dela. Não imagino atriz melhor para o papel. A história é bem cativante. O filme me manteve preso ao longo de seus 118 minutos e superou minhas expectativas.
É o tipo de filme que vale a pena pela função social, e sua indicação ao Oscar importante para dar visibilidade ao problema. Um grande alerta a tremenda hipocrisia e corrupção que ronda a maioria das instituições. Minha opinião pessoal é que grande parte das instituições religiosas são grandes empresas oportunistas, preocupadas apenas no lucro e minimização de danos. Spotlight é a prova disso. Se for falar no desenvolvimento, o filme é bem cansativo, sem grandes artifícios para prender o telespectador.
Desde "Incêndios" não via um filme com diálogos e interpretações tão reais. Uma crítica social fantástica a respeito da "tradicional família brasileira", meritocracia e inclusão social.
Desde quando Jéssica chega na casa da Bárbara, uma tensão e um desconforto crescente vai tomando conta das cenas, nas mínimas interações. A história é tão maravilhosa, que ao mesmo tempo que eu vibrava pela destemidão de Jéssica, me sentia angustiado em ver o desconforto de Val. O final não podia ser mais maravilhoso, com Val rompendo toda essa subserviência ao qual sujeitou-se para dar alguma chance à filha.
Alguns meses depois de assistir Amy no cinema, acredito que agora posso tecer um comentário mais sóbrio. Lembro que a sessão estava razoavelmente vazia, numa grande sala do BH Shoping. Um grupo de amigos sentou-se ao meu lado, uma família a frente e outra atrás, na fila de cadeiras a esquerda do corredor. Jamais esperava que na primeira cena do documentário, as lágrimas já começariam a correr. Ouvir aquela voz novamente, mesmo que fosse cantando um "Parabéns a Você", foi extremamente impactante, de uma forma que não esperava. Com pouco mais de 20 minutos de documentário, eu já havia me mudado para o lado direito, onde tinham mais espaços livres e um pouco de privacidade... pois a cena já estava bastante constrangedora. Ainda não entendi o misto de emoções que foi assistir este documentário. Um pouco do sufocamento ao ver uma pessoa completamente sem espaço no mundo. Um tanto de tristeza, em ver um talento tão enorme ser colocado em segundo plano diante a sua decadência e degradação na frente de todos: família, amigos, plateia... Um pouco de vontade de que uma pessoa tivesse tido a empatia de perceber que ela estava ocupando um lugar que nunca desejou. Transbordando culpa de cada vez que assisti durante sua vida, a algum vídeo mostrando sua humilhação pública, e não entender que ali tinha uma pessoa que não conseguia existir num mundo tão horrível quanto o que mostramos para ela. O documentário é uma lição de vida! Até quem não nutre alguma simpatia pelo trabalho de Amy, vai se sentir atraído pela história.
Torci até não poder mais para Selma, mas no final a crueldade patriarcal venceu. A cena da forca foi sofrida, os gritos doeram na alma. A sensibilidade da Kathy em levar o óculos do Gene e informar que o plano da amiga não tinha sido de todo em vão, foi um respiro de esperança ao ser humano.
Maravilhoso! É um filme poético. Agrado e Manuela são personagens para se guardar na memória. Isoladamente tem citações fantásticas e termina com uma dedicatória simples e marcante. História cativante e bem realizada. <3 Um dos meus filmes favoritos.
Vou ser honesto.. Criei muita expectativa por este filme, e a construção da história e principalmente o final são maravilhosos sim! Porém por vezes até chegar o momento final, achei um pouco cansativo, o que não deixa de valer a indicação.
Mais que uma mensagem de esperança, "Preciosa" é um filme importante, que serve como um alerta! Apesar de ficção, o mundo está cheio de Preciosas... e ainda não estamos preparados para ajudar estas pessoas, o que é sim um absurdo. Fiquei encantado com a protagonista, de como no meio de um ambiente tão hostil, soube tomar as decisões certas e criar uma perspectiva de vida para ela e para os filhos. Foi brutal cada cena de abuso, principalmente a cena de quando ela chega da maternidade com o segundo filho. Apesar de ser o momento mais tenso do filme, significou o rompimento da relação degradante que ela tinha com a mãe.
Em tempo: Não percebi que a Senhorita Wess era a Mariah Carey. Ela esteve muito bem no filme.
Into the wild me deixou sem chão. Tudo que tenho questionado atualmente, a respeito do que é a real felicidade e a respeito dessa formatação (nada justa) da nossa sociedade. Ficamos aprisionados em relações falidas e somos dispostos em convenções que nos robotizam. Compartilhei com o Chris este sentimento de inadequação imenso com o mundo, apenas não teria a força que ele teve de enfrentar da forma que o fez. Adorei ver as frases intertextualizadas que vieram a encaixar perfeitamente com as cenas. Com certeza me lembrarei deste filme por dias. Libertador ver uma obra que trata isso com tanta sensibilidade.
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraNeste oitavo trabalho de Tarantino, a pergunta que faço é se o genial Diretor, ainda tem alguma história relevante para contar. A impressão que tive, foi de já ter visto toda a história que foi contada. Seja em Cães de Aluguel, ou em outros filmes de Tarantino (Bastardos Inglórios, por exemplo) com a valorização de diálogo seguido de um banho de sangue.
Os pontos positivos: elenco valorizado e bem escalado, diálogos, referências e trilha sonora fantástica.
Pontos negativos: repetição.
As Sufragistas
4.1 778 Assista AgoraImagino que para ser atrativo, o filme deve utilizar de recursos para contar a história, valorizando alguns acontecimentos mais impactantes, omitindo outros que não caberiam em um "resumo" de um filme. Tendo esta consciência afirmo que "As Sufragistas" é um filme muito importante para compreender como o feminismo é essencial. Perceber como a pouco tempo em nossa história recente, as mulheres tinham poucos direitos garantidos. "Sufragistas" pode ser a porta de entrada do empoderamento... pode mostrar ao machista, como ele é uma pessoa privilegiada. E esse delay, dos direitos das mulheres equiparados aos do homem, ainda é duramente sentido, principalmente pelo machismo velado da família brasileira, que vai replicando de pai para filho restrições às mulheres.
Não sei se foi para reforçar a ambientação de uma estratégia sendo desenvolvida por debaixo dos panos, às escuras, ao que encontramos o revés do filme: a iluminação. Por diversas cenas, fica difícil identificar os personagens e notar as expressões, devido à pouca iluminação que predomina nas cenas.
Meryl Streep pouco aparece, mas de forma marcante. E o filme se faz necessário e inesquecível.
O Menino e o Mundo
4.3 735 Assista AgoraO dedo na ferida. Boa parte de nossos problemas contemporâneos são retratados nesta animação do Alê de Abreu.
Em "O Menino e o Mundo" observamos desde a desigualdade social, passando pelo sufoco das grandes cidades, até a mecanização dos processos / destruição da natureza, em forma de uma ilustração premeditadamente mal feita, que faz do filme totalmente diferente dos outros indicados ao Oscar nesta categoria.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraAté o momento, este é meu favorito ao prêmio de Melhor filme no Oscar, juntamente com a Brie Larson como melhor atriz. Foi bom ver esta faceta dramática dela. Não imagino atriz melhor para o papel.
A história é bem cativante. O filme me manteve preso ao longo de seus 118 minutos e superou minhas expectativas.
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista AgoraÉ o tipo de filme que vale a pena pela função social, e sua indicação ao Oscar importante para dar visibilidade ao problema. Um grande alerta a tremenda hipocrisia e corrupção que ronda a maioria das instituições.
Minha opinião pessoal é que grande parte das instituições religiosas são grandes empresas oportunistas, preocupadas apenas no lucro e minimização de danos. Spotlight é a prova disso.
Se for falar no desenvolvimento, o filme é bem cansativo, sem grandes artifícios para prender o telespectador.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraDesde "Incêndios" não via um filme com diálogos e interpretações tão reais.
Uma crítica social fantástica a respeito da "tradicional família brasileira", meritocracia e inclusão social.
Desde quando Jéssica chega na casa da Bárbara, uma tensão e um desconforto crescente vai tomando conta das cenas, nas mínimas interações. A história é tão maravilhosa, que ao mesmo tempo que eu vibrava pela destemidão de Jéssica, me sentia angustiado em ver o desconforto de Val. O final não podia ser mais maravilhoso, com Val rompendo toda essa subserviência ao qual sujeitou-se para dar alguma chance à filha.
Maravilhoso!
[spoiler][/spoiler]
Amy
4.4 1,0K Assista AgoraAlguns meses depois de assistir Amy no cinema, acredito que agora posso tecer um comentário mais sóbrio.
Lembro que a sessão estava razoavelmente vazia, numa grande sala do BH Shoping. Um grupo de amigos sentou-se ao meu lado, uma família a frente e outra atrás, na fila de cadeiras a esquerda do corredor.
Jamais esperava que na primeira cena do documentário, as lágrimas já começariam a correr. Ouvir aquela voz novamente, mesmo que fosse cantando um "Parabéns a Você", foi extremamente impactante, de uma forma que não esperava.
Com pouco mais de 20 minutos de documentário, eu já havia me mudado para o lado direito, onde tinham mais espaços livres e um pouco de privacidade... pois a cena já estava bastante constrangedora. Ainda não entendi o misto de emoções que foi assistir este documentário. Um pouco do sufocamento ao ver uma pessoa completamente sem espaço no mundo. Um tanto de tristeza, em ver um talento tão enorme ser colocado em segundo plano diante a sua decadência e degradação na frente de todos: família, amigos, plateia... Um pouco de vontade de que uma pessoa tivesse tido a empatia de perceber que ela estava ocupando um lugar que nunca desejou. Transbordando culpa de cada vez que assisti durante sua vida, a algum vídeo mostrando sua humilhação pública, e não entender que ali tinha uma pessoa que não conseguia existir num mundo tão horrível quanto o que mostramos para ela.
O documentário é uma lição de vida! Até quem não nutre alguma simpatia pelo trabalho de Amy, vai se sentir atraído pela história.
Dançando no Escuro
4.4 2,3K Assista AgoraO mundo... este lugar destruidor de Selmas.
Filme lindo e triste. Bjork está maravilhosa, assim como Catherine Deneuve.
Torci até não poder mais para Selma, mas no final a crueldade patriarcal venceu. A cena da forca foi sofrida, os gritos doeram na alma. A sensibilidade da Kathy em levar o óculos do Gene e informar que o plano da amiga não tinha sido de todo em vão, foi um respiro de esperança ao ser humano.
Sete Vidas
4.0 1,8K Assista AgoraFilme surpreendeu minhas expectativas. Will Smith está bem no papel e a história passa uma mensagem legal.
Um bom passatempo.
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraTalvez seja o filme da minha vida!
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraMaravilhoso!
É um filme poético. Agrado e Manuela são personagens para se guardar na memória. Isoladamente tem citações fantásticas e termina com uma dedicatória simples e marcante.
História cativante e bem realizada. <3 Um dos meus filmes favoritos.
Incêndios
4.5 1,9KVou ser honesto.. Criei muita expectativa por este filme, e a construção da história e principalmente o final são maravilhosos sim!
Porém por vezes até chegar o momento final, achei um pouco cansativo, o que não deixa de valer a indicação.
Preciosa: Uma História de Esperança
4.0 2,0K Assista AgoraMais que uma mensagem de esperança, "Preciosa" é um filme importante, que serve como um alerta! Apesar de ficção, o mundo está cheio de Preciosas... e ainda não estamos preparados para ajudar estas pessoas, o que é sim um absurdo.
Fiquei encantado com a protagonista, de como no meio de um ambiente tão hostil, soube tomar as decisões certas e criar uma perspectiva de vida para ela e para os filhos.
Foi brutal cada cena de abuso, principalmente a cena de quando ela chega da maternidade com o segundo filho. Apesar de ser o momento mais tenso do filme, significou o rompimento da relação degradante que ela tinha com a mãe.
Em tempo: Não percebi que a Senhorita Wess era a Mariah Carey. Ela esteve muito bem no filme.
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraInto the wild me deixou sem chão. Tudo que tenho questionado atualmente, a respeito do que é a real felicidade e a respeito dessa formatação (nada justa) da nossa sociedade. Ficamos aprisionados em relações falidas e somos dispostos em convenções que nos robotizam. Compartilhei com o Chris este sentimento de inadequação imenso com o mundo, apenas não teria a força que ele teve de enfrentar da forma que o fez.
Adorei ver as frases intertextualizadas que vieram a encaixar perfeitamente com as cenas.
Com certeza me lembrarei deste filme por dias.
Libertador ver uma obra que trata isso com tanta sensibilidade.