Me surpreendeu positivamente. Não é exatamente o tipo de filme que gosto, no final ficou fantástico demais, o início foi bem arrastado, mas acabei me envolvendo. Mais do mesmo? Provável. Interestelar prende mais pela técnica e efeitos (como toda superprodução), que por alguma densidade na história e atuações. Imagino ter sido um deleite aos que gostam de ficção científica.
Interessante ver como mesmo em forma de animação pôde imprimir tanta realidade. Anomalisa traz a tona os processos prontos do mundo, a previsibilidade das relações humanas, o vazio existencial.
Michael Stone que é o personagem principal carrega consigo os movimentos e as expressões de alguém cansado e apático ao mundo que vive. Interessante notar seu sobrenome Stone / Pedra, dando ênfase a sua falta de comoção e até mesmo irritação diante às corriqueiras interações humanas, que aparecem sempre carregadas de frases esperadas e vazias. Michael parece estar cheio de tanta mesmice, tanta padronização. Soa como alguém um pouco perdido, em busca de alguma motivação que o tirasse de tanta apatia. O encontro com Lisa, que é antiquada, grosseira e pura, pareceu ser o escape perfeita deste novo eu que ele parecia querer experimentar. Anomalia apresentou um recurso muito interessante neste ponto, ao tratar todos os personagens com vozes idênticas, imprimindo uma voz diferenciada apenas à Lisa, o que pareceu evidência-la aos olhos do telespectador, tal qual acontecia com M. Stone. Como se todo o resto fosse igualmente desinteressante e Cinza. Michael é contraditório, tal qual todo ser humano em sua intimidade. Por mais que mostrasse cansado com todo o já exposto a cerca da previsibilidade das coisas, ele produzia textos de padronização do ser humano (nos processos de atendimento ao público). Por mais que ele via em Lisa algo quente, especial, transbordando sentimento e energia, logo se irrita e começa combater exatamente o que fazia a moça diferente de todos. Em um diálogo em meia culpa pelo adultério em progresso, exige de Lisa um comportamento adequado, padrão, igual às demais pessoas e é neste momento que ele vai perdendo a coragem em seguir adiante ao que parecia ser um caminho que o salvaria de seus conflitos internos. O final pra mim foi bem real, quando a família puxa Michael Stone desta fuga que vinha sendo criada, para a mesma vida adequada de sempre, tirando qualquer possibilidade de dar vazão a seus reais desejos.
Anomalisa me fez pensar no quanto restringimos nossa capacidade humana para nos sentirmos incluídos, adequados e funcionais. Do quanto nos enganamos e nos limitamos a uma medíocre existência. Um filme a ser visto e provavelmente não esquecido.
Conheço muito pouco de Frida e sinto que isso não mudou muito com filme. Senti falta em ver como ela era antes de encontrar Diego, mais de sua personalidade anacrônica e tão pessoal, mas o filme optou em focar no relacionamento dos dois, o que ofuscou a força feminina (e feminista) e individual que sempre ouvimos de Frida.
Esse filme é genial! O relato de uma época, vários pitacos de críticas sociais e uma história mágica para o telespectador apaixonado pela arte. Quem nunca se envolveu com um personagem?
Bem interessante assistir a este filme tão antigo, e imaginar como ele deve ter sido inovador e relevante à época em que passou (e já com uma crítica social embutida). O pouco recurso dá grande margem para o imaginário e a falta de diálogos falados direciona o foco para a trilha sonora e para o visual que é bastante artístico.
O Ryan é um ator incrível e fez bonito ao representar Trumbo. Desconhecia a história e ela me fez pensar bastante no acontecido antes e no que acontece hoje, principalmente no crescimento de idéias fascistas em meio a uma crise econômica. Vale a reflexão do valor de nossa liberdade, e de como qualquer ameaça em limitá-la deve ser combatida. O filme vale a pena mesmo sendo cansativo em alguns momentos.
Lamento muito que ainda façam filmes ditos como LGBT protegidos por tanta heteronormatividade, com uma história puramente fetichista pro gay-padrão-discreto e fora do meio. O roteiro me pareceu uma história contada sobre o ponto de vista de um espectador, pegando apenas o mais raso dos acontecimentos externos, sem nenhum tipo de aprofundamento nas transformações e sentimentos internos, por aparente falta de experimentação dos envolvidos. Pareceu o tipo de filme / literatura que eu consumia quando estava me descobrindo gay, mais fantasiosa que real. Aproxima - se a um conto erótico envolvendo gays heteronormativos em ambiente tipicamente masculinizados. Estamos em 2016 e precisamos ir além do clichê, parando de sustentar certos tabus e falácias dos LGBTS. Seria um filme aceitável se estivéssemos em tempos bem mais remotos, com pouca informação.
O filme de estréia de Tarantino já mostra a que ele veio. Diálogos perturbadores bem detalhados (característica que foi ficando mais evidente ao longo de sua filmografia), personagens cautelosamente bem construídos, história dividida em capítulos, de modo a organizar uma sequencia lógica que aproxima o expectador à compreensão de sua trama, e um banho de sangue no final. É um dos meus favoritos do Tarantino.
Em popularidade, só perde para Kill Bil, dentre os filmes de Tarantino. Não foi meu preferido, mas é algo a se orgulhar. Trilha sonora é uma apreciação à parte.
Por Cássia Eller, 10. Pela Execução, 8. Senti falta de mais detalhamento da fase anterior aos anos 2000. Porém foi lindo ver um pouco mais de Cássia. Identificação nos relatos de que ela tinha medo das pessoas. Reflexão de como tivemos mais uma artista invadida pela mídia. Gratidão em tanto talento, representatividade e importância.
Protelei muito para assistir Manderlay. Tudo devido a decepção em saber que não teremos uma continuidade à Trilogia proposta por Lars Von Trier. Mas finalmente chegou o momento e a continuação de Dogville valeu a pena. Senti falta da Nicole como Grace, porém o filme manteve a essencia do primeiro, mesmo que não esteja em posição de superar. Manderlay continua desnudando o manto de hipocrisia na sociedade americana (e por que não dizer, mundial). Super indicado.
Apenas fantástico. A atuação da Ellen Burstyn é monstruosa, uma das coisas mais intensas do cinema mundial. O filme mostrando como os sonhos devoram e podem se transformar em nossos maiores pesadelos, a medida em que somos controlados por eles. A fotografia, a construção dos personagens, as conexões, direção... obra prima! Saio desse filme com muitas reflexões.
O que passam da existência de Martin Luther King pra gente é uma ideia quase utópica. A luta pacificada de direitos tão importantes, promovendo mudanças essenciais na história. Ficou o interesse em me aprofundar ainda mais neste processo. O documentário realizado a 22 anos atrás, foi apenas uma porta de entrada.
Chocante perceber como isso tudo ocorreu tão recente em nossa história. Chocante saber que isto aconteceu desta forma tão cruel, e que de certa forma, explica tanta diferença social e racismo ainda hoje.
O filme é legal, faz refletir a cerca de diversas linhas, tipo a criação à imagem da criatura, o conceito de humanidade, os limites da ética, machismo. Porém não fiquei surpreso com a execução, apesar da alta expectativa. Por já ter assistido Black Mirror (que reflete bem estes assuntos), não me surpreendeu. O que não faz de Ex-Machina um filme ruim, pelo contrário: melhor que muita coisa atual que saiu e ganhou o mercado de massa.
Filme bem atraente do início ao fim. Faz várias reflexões a cerca de uma relação amorosa, com um tom moderno de artefatos tecnológicos que aumenta ainda mais esta reflexão. Várias frases bacanas, e Joaquin Phoenix tá maravilhoso como Theodore. Gostei bastante.
Falo de cara o ponto alto do filme: dois atores vivendo grande momento na história do cinema: Leonardo DiCaprio - provável ganhador do Oscar neste ano e Tom Hardy, o antagonista da história. The Revenant é muito sobre resiliência e vingança. A história muito bem ambientada, falta um pouco nos diálogos, o que pode fazer as quase 3 horas de filme, ser um pouco cansativa.
O Ano Mais Violento
3.5 285Fiquei entediado na maior parte.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraImpossível assistir Aquarius sem fazer um paralelo à Dilma Rouseff, algo que não foi a intenção.
Magnífico!
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraMe surpreendeu positivamente. Não é exatamente o tipo de filme que gosto, no final ficou fantástico demais, o início foi bem arrastado, mas acabei me envolvendo.
Mais do mesmo? Provável. Interestelar prende mais pela técnica e efeitos (como toda superprodução), que por alguma densidade na história e atuações. Imagino ter sido um deleite aos que gostam de ficção científica.
Anomalisa
3.8 497 Assista AgoraInteressante ver como mesmo em forma de animação pôde imprimir tanta realidade.
Anomalisa traz a tona os processos prontos do mundo, a previsibilidade das relações humanas, o vazio existencial.
Michael Stone que é o personagem principal carrega consigo os movimentos e as expressões de alguém cansado e apático ao mundo que vive. Interessante notar seu sobrenome Stone / Pedra, dando ênfase a sua falta de comoção e até mesmo irritação diante às corriqueiras interações humanas, que aparecem sempre carregadas de frases esperadas e vazias. Michael parece estar cheio de tanta mesmice, tanta padronização. Soa como alguém um pouco perdido, em busca de alguma motivação que o tirasse de tanta apatia.
O encontro com Lisa, que é antiquada, grosseira e pura, pareceu ser o escape perfeita deste novo eu que ele parecia querer experimentar. Anomalia apresentou um recurso muito interessante neste ponto, ao tratar todos os personagens com vozes idênticas, imprimindo uma voz diferenciada apenas à Lisa, o que pareceu evidência-la aos olhos do telespectador, tal qual acontecia com M. Stone. Como se todo o resto fosse igualmente desinteressante e Cinza.
Michael é contraditório, tal qual todo ser humano em sua intimidade. Por mais que mostrasse cansado com todo o já exposto a cerca da previsibilidade das coisas, ele produzia textos de padronização do ser humano (nos processos de atendimento ao público). Por mais que ele via em Lisa algo quente, especial, transbordando sentimento e energia, logo se irrita e começa combater exatamente o que fazia a moça diferente de todos. Em um diálogo em meia culpa pelo adultério em progresso, exige de Lisa um comportamento adequado, padrão, igual às demais pessoas e é neste momento que ele vai perdendo a coragem em seguir adiante ao que parecia ser um caminho que o salvaria de seus conflitos internos.
O final pra mim foi bem real, quando a família puxa Michael Stone desta fuga que vinha sendo criada, para a mesma vida adequada de sempre, tirando qualquer possibilidade de dar vazão a seus reais desejos.
Anomalisa me fez pensar no quanto restringimos nossa capacidade humana para nos sentirmos incluídos, adequados e funcionais. Do quanto nos enganamos e nos limitamos a uma medíocre existência. Um filme a ser visto e provavelmente não esquecido.
Frida
4.1 1,2K Assista AgoraConheço muito pouco de Frida e sinto que isso não mudou muito com filme.
Senti falta em ver como ela era antes de encontrar Diego, mais de sua personalidade anacrônica e tão pessoal, mas o filme optou em focar no relacionamento dos dois, o que ofuscou a força feminina (e feminista) e individual que sempre ouvimos de Frida.
A Rosa Púrpura do Cairo
4.1 590 Assista AgoraEsse filme é genial! O relato de uma época, vários pitacos de críticas sociais e uma história mágica para o telespectador apaixonado pela arte. Quem nunca se envolveu com um personagem?
Cecília é encantadora e até pensei que seu final seria feliz. Me identifiquei com o fato dela fugir do caos da vida pessoal em uma sala de cinema.
Estética maravilhosa, Woody despontando em grande estilo.
4 Luas
3.8 286O filme é "bonitinho". Gostei da analogia que fizeram entre cada história e as fases da lua.
Sentidos do Amor
4.1 1,2KAchei este filme tão mal realizado e estou espantado com a alta nota aqui no Filmow. Devo ter perdido algo.
O Gabinete do Dr. Caligari
4.3 524 Assista AgoraBem interessante assistir a este filme tão antigo, e imaginar como ele deve ter sido inovador e relevante à época em que passou (e já com uma crítica social embutida).
O pouco recurso dá grande margem para o imaginário e a falta de diálogos falados direciona o foco para a trilha sonora e para o visual que é bastante artístico.
Trumbo: Lista Negra
3.9 375 Assista AgoraO Ryan é um ator incrível e fez bonito ao representar Trumbo.
Desconhecia a história e ela me fez pensar bastante no acontecido antes e no que acontece hoje, principalmente no crescimento de idéias fascistas em meio a uma crise econômica. Vale a reflexão do valor de nossa liberdade, e de como qualquer ameaça em limitá-la deve ser combatida.
O filme vale a pena mesmo sendo cansativo em alguns momentos.
Olmo e a Gaivota
3.9 149Delicado, intimista e minimalista.
Sem rodeios ou efeitos que tirariam o foco do documentário.Muito bom!
A Vila
3.3 1,6KO final vale tanto o filme!
Queda Livre
3.6 591Lamento muito que ainda façam filmes ditos como LGBT protegidos por tanta heteronormatividade, com uma história puramente fetichista pro gay-padrão-discreto e fora do meio.
O roteiro me pareceu uma história contada sobre o ponto de vista de um espectador, pegando apenas o mais raso dos acontecimentos externos, sem nenhum tipo de aprofundamento nas transformações e sentimentos internos, por aparente falta de experimentação dos envolvidos.
Pareceu o tipo de filme / literatura que eu consumia quando estava me descobrindo gay, mais fantasiosa que real. Aproxima - se a um conto erótico envolvendo gays heteronormativos em ambiente tipicamente masculinizados. Estamos em 2016 e precisamos ir além do clichê, parando de sustentar certos tabus e falácias dos LGBTS. Seria um filme aceitável se estivéssemos em tempos bem mais remotos, com pouca informação.
Cães de Aluguel
4.2 1,9K Assista AgoraO filme de estréia de Tarantino já mostra a que ele veio.
Diálogos perturbadores bem detalhados (característica que foi ficando mais evidente ao longo de sua filmografia), personagens cautelosamente bem construídos, história dividida em capítulos, de modo a organizar uma sequencia lógica que aproxima o expectador à compreensão de sua trama, e um banho de sangue no final.
É um dos meus favoritos do Tarantino.
Pulp Fiction: Tempo de Violência
4.4 3,7K Assista AgoraEm popularidade, só perde para Kill Bil, dentre os filmes de Tarantino.
Não foi meu preferido, mas é algo a se orgulhar. Trilha sonora é uma apreciação à parte.
Cássia Eller
4.5 308Por Cássia Eller, 10. Pela Execução, 8.
Senti falta de mais detalhamento da fase anterior aos anos 2000. Porém foi lindo ver um pouco mais de Cássia. Identificação nos relatos de que ela tinha medo das pessoas. Reflexão de como tivemos mais uma artista invadida pela mídia. Gratidão em tanto talento, representatividade e importância.
Manderlay
4.0 297 Assista AgoraProtelei muito para assistir Manderlay. Tudo devido a decepção em saber que não teremos uma continuidade à Trilogia proposta por Lars Von Trier.
Mas finalmente chegou o momento e a continuação de Dogville valeu a pena.
Senti falta da Nicole como Grace, porém o filme manteve a essencia do primeiro, mesmo que não esteja em posição de superar.
Manderlay continua desnudando o manto de hipocrisia na sociedade americana (e por que não dizer, mundial). Super indicado.
Vicky Cristina Barcelona
3.8 2,1KBem gostoso e leve! Me apaixonei por Vicky e Cristina.
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraApenas fantástico. A atuação da Ellen Burstyn é monstruosa, uma das coisas mais intensas do cinema mundial.
O filme mostrando como os sonhos devoram e podem se transformar em nossos maiores pesadelos, a medida em que somos controlados por eles.
A fotografia, a construção dos personagens, as conexões, direção... obra prima!
Saio desse filme com muitas reflexões.
A história de Martin Luther King Jr.
4.4 8O que passam da existência de Martin Luther King pra gente é uma ideia quase utópica.
A luta pacificada de direitos tão importantes, promovendo mudanças essenciais na história. Ficou o interesse em me aprofundar ainda mais neste processo. O documentário realizado a 22 anos atrás, foi apenas uma porta de entrada.
Chocante perceber como isso tudo ocorreu tão recente em nossa história. Chocante saber que isto aconteceu desta forma tão cruel, e que de certa forma, explica tanta diferença social e racismo ainda hoje.
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraO filme é legal, faz refletir a cerca de diversas linhas, tipo a criação à imagem da criatura, o conceito de humanidade, os limites da ética, machismo.
Porém não fiquei surpreso com a execução, apesar da alta expectativa. Por já ter assistido Black Mirror (que reflete bem estes assuntos), não me surpreendeu. O que não faz de Ex-Machina um filme ruim, pelo contrário: melhor que muita coisa atual que saiu e ganhou o mercado de massa.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraBem simbólico. A cena final em que Leonardo pega na mão do Gabriel é linda. Valeu a penas assistir.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraFilme bem atraente do início ao fim. Faz várias reflexões a cerca de uma relação amorosa, com um tom moderno de artefatos tecnológicos que aumenta ainda mais esta reflexão.
Várias frases bacanas, e Joaquin Phoenix tá maravilhoso como Theodore. Gostei bastante.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraFalo de cara o ponto alto do filme: dois atores vivendo grande momento na história do cinema: Leonardo DiCaprio - provável ganhador do Oscar neste ano e Tom Hardy, o antagonista da história.
The Revenant é muito sobre resiliência e vingança. A história muito bem ambientada, falta um pouco nos diálogos, o que pode fazer as quase 3 horas de filme, ser um pouco cansativa.