Lixo de documentário. Ideológico a ponto de culpar o lado mais fácil. Michelle A. Rhee, que foi apresentada como heroína, abriu, oportunamente, uma ONG depois de deixar o cargo. Defende praticamente a privatização do ensino público.
O filme é bom, mas o hype imenso da galera o fez ser decepcionante para muitos. O que me pegou no filme não foi nem o romance entre os dois, mas a atuação de Timothee Chalamet,com sua expressão corporal e facial, é digna de uma indicação ao Oscar. Expressões que revelam o conflito e o sofrimento de um jovem em auto conhecimento e a descoberta do amor e da vida. Mas isso é pouco para ser a grande obra-prima que tanto falaram. Destaque para o diálogo de Elio com o pai, no terceiro ato. Muitos ali se reconhecerão. É um bom filme de temática LGBT, mas longe da grandeza de Moonlight e Brookeback Mountain.
Há filmes que são puro entretenimento e há outros que são tratados plenos da condição humana. A Ghost Story é um filme angustiante não apenas por seus planos longos e silenciosos, mas por traduzir nossa jornada nesta dimensão: amar, comer, criar e perecer. Perecimento não apenas físico, já que o que resta de nós após nossa partida é uma memória que também cai na degradação da qual lutamos para escapar. Assim como os outros nos perdem, os perdemos também,e deixar o tempo fluir só é algo fácil nos manuais patéticos da auto ajuda. Não se espere dele um filme de terror, mas um tratado filosófico sobre a dor de existir de várias maneiras.
Aqui tudo falha, roteiro, que não consegue sequer desenvolver personagens e muito menos criar uma ligação do espectador para com ela; edição, que em muitos momento deixa o espectador confuso sobre o que ocorreu e com quem ocorreu, e de nada adianta pontuar que era pra focalizar o caos da guerra. Caos com bombardeios em que soldados ficam parados e organizados em filas e sem uma gota de sangue ou sequer uma cena que causa o horror do que é a guerra? E Kenneth Branagh está no filme apenas para declamar diálogos expositivos e óbvios. Fraco para aquilo que tanto se divulgou.
O cinema sempre foi o retrato imediato da realidade.
E, mesmo em filme futurísticos, as questões de sua época não são menos importantes. Pelo contrário, é o deslocamento do tempo que salienta ainda mais os problemas sociais e individuais de nossos tempos.
Blade Runner 2049 é uma daquelas obras que perpassarão o seu tempo, além de se tornarem referências de arte e de filosofia para as futuras gerações.
O ser, o amor, a memória, o sentido da vida são temas universais presentes em todas as artes narrativas. No entanto, nesta obra de Dennis Villeneuve, a desumanização atual as torna ainda mais trágica durante a trajetória do androide K. É nele que se desemboca a humanidade ausente de nossa realidade, pois sua busca é sobre o seu lugar no mundo.
Num mundo em que máquinas são mais humanas que os humanos, nossa redenção se dará através de sacrifícios neste mundo em que amar é automaticamente ser desconhecido a quem se ama, é se resignar diante das perdas e de solucionar o conflito de que nossos idealismos, postos sob a influência de uma enxurrada de signos virtuais, se confrontam com a própria confusão da memória, que ora é vida real, ora é simulação do que somos e de como fomos.
Mesmo sendo ateu, tenho um profundo respeito pela arte que aborda a religiosidade. Cada um de nós temos uma forma de lidar com o mistério de estarmos nesta pequena esfera (alguns dizem que é plana) e, por isso, buscamos aqui e acolá significados e propósitos para um eu diante da imensidão que ora nos aterroriza, ora nos encanta.
É por isso que The Leftovers é uma série para religiosos, céticos, agnósticos e ateus, justamente por não defender uma verdade absoluta, mas por definir a fé (ou a falta dela) como algo que vai além de uma transcendência (im)possível. Independente do que haja do outro lado, Paraíso, Nirvana ou o Nada, o importante é que só há a certeza desta existência que temos e o que há nela (pessoas, natureza, o nosso próprio eu) é que deve ser cuidado e arrebatado para nós.
Abram alas para o melhor filne do ano. mãe! é o cinema em sua experiência absoluta. É um filme para ser digerido em silêncio, uma obra desagradável e rica, dolorida, porém enriquecedora. O deslocamento do espectador não é falha da obra, mas sua verdadeira intenção. Aronofsky nos joga num caos simbólico justamente para experimentarmos a caoticidade do mundo e da própria vida. Assim, saímos esmagados da sala e, se refletimos bem, o filme nos ajuda a entendermos e percebermos o quanto esmagados estamos, na realidade.
Os 13 Porquês prova a falácia do "o importante é discutir as coisas".
Não, o importante é colocar as coisas da forma correta a ser discutidas, pois, ao contrário, ou você estará sendo reducionista diante de uma pauta importante ou a discussão maior será a forma idiota como o tema foi posto.
Série desnecessária e estúpida.
Ouso afirmar que muitos jovens se mataram durante esta semana por causa desta série.
PS: coisas inverossímeis dentro do universo de uma obra são inaceitáveis. Ainda mais quando tem a "intenção de discutir coisas sérias". Tais inverossimilhanças são apelos e forçam os acontecimentos da narrativas se encaixarem na construção dos motivos da personagem (mal construída, aliás) e acabam banalizando fatos horrendos que podem acontecer com uma mulher. Fora que quebra a empatia para com quem sofre bulying e violência sexual. E o universo da trama romântica deixa em segundo plano o que realmente deveria ser discutido.
É um filme sobre perda e dor. E de como o tempo não é sempre o remédio de todas as coisas. Certas coisas não há como superar. E a vida, como é uma ordem, segue. Lee Chandler apenas tem a opção de conviver com sua dor e viver, mesmo quando esta vida não tem mais sentido.
Se o espectador espera uma trama com reviravoltas, suspense constante, é melhor ir ver outro filme. Este aqui é um estudo de personagem, é o humano sendo explorado e a vida com suas dores e humores.
Comecei o filme com aquele sentimento de vergonha alheia. Pensei: "Mais um daqueles musicais em que a vida é bela e todos têm uma razão para ser felizes e sair cantando pela rua." Depois que engrenou, me vi com sorriso aberto e lágrimas de contentamento durante todo o filme. Quando acabou, lamentei pelo filme não ter, pelo menos, umas quatro horas de duração.
O cinema é uma fábrica de empatia. No caso deste filme, além de empatia é um embrulhar de estômago necessário quando o assunto é o ódio às mulheres e suas destruições físicas e interiores.
Sabiamente Villeneuve opta pela filmagem em preto e branco, não por medo de banalizar o sangue na tela, mas por não dar qualquer tom colorido que pudesse estetizar uma verdade nua e crua. Não são necessárias as cores para o que já é brutalmente caracterizado na tela.
Ao mesmo tempo, é dispensável o desenvolvimento de personagens quando a mensagem do filme é clara: não é importante uma narrativa para o ódio, não é preciso criar paisagens interiores dos personagens para que o ato violento ganhasse mais contornos emotivos. A violência é aterrorizante por si mesma.
Um filme indicado para qualquer um que relativize o machismo, a misoginia ou que acene para qualquer ideia de subjugação frente ao ser feminino.
Numa época em que mais assassinos como o de Campinas podem vir à tona, assistir a esta obra e discuti-la publicamente é algo obrigatório.
The Witness tem como excelência o fato de pontuar diversas hipóteses e comprovar poucas, deixando o espectador com um gosto amargo diante do absurdo e da inconclusão. Tirando o fato da manipulação da mídia (provando que o jornalismo não tem como objetivo a verdade), nenhum outro fato se concretiza. É a história de um processo de luto do qual o irmão não consegue finalizar. Eis o objetivo de sua investigação. No entanto, começa a perceber que a busca é pela identidade da irmã a qual não conhecia realmente.
Pense numa série covarde. Agora, pense numa série que possui três atos covardes de um episódio que deveria ter sido há seis meses atrás. Subestimem mais o espectador que está pouco.
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraResumo da oitava temporada até aqui:
Primeiro Episódio: Punheta.
Segundo Episódio: Punheta.
Terceiro: Guerra.
Quarto: Sexo e burrice pior que punheta.
Esperando Pelo Super-Homem
3.9 38 Assista AgoraLixo de documentário. Ideológico a ponto de culpar o lado mais fácil. Michelle A. Rhee, que foi apresentada como heroína, abriu, oportunamente, uma ONG depois de deixar o cargo. Defende praticamente a privatização do ensino público.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraO filme é bom, mas o hype imenso da galera o fez ser decepcionante para muitos. O que me pegou no filme não foi nem o romance entre os dois, mas a atuação de Timothee Chalamet,com sua expressão corporal e facial, é digna de uma indicação ao Oscar. Expressões que revelam o conflito e o sofrimento de um jovem em auto conhecimento e a descoberta do amor e da vida. Mas isso é pouco para ser a grande obra-prima que tanto falaram.
Destaque para o diálogo de Elio com o pai, no terceiro ato. Muitos ali se reconhecerão.
É um bom filme de temática LGBT, mas longe da grandeza de Moonlight e Brookeback Mountain.
Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraHá filmes que são puro entretenimento e há outros que são tratados plenos da condição humana. A Ghost Story é um filme angustiante não apenas por seus planos longos e silenciosos, mas por traduzir nossa jornada nesta dimensão: amar, comer, criar e perecer. Perecimento não apenas físico, já que o que resta de nós após nossa partida é uma memória que também cai na degradação da qual lutamos para escapar. Assim como os outros nos perdem, os perdemos também,e deixar o tempo fluir só é algo fácil nos manuais patéticos da auto ajuda. Não se espere dele um filme de terror, mas um tratado filosófico sobre a dor de existir de várias maneiras.
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraAqui tudo falha, roteiro, que não consegue sequer desenvolver personagens e muito menos criar uma ligação do espectador para com ela; edição, que em muitos momento deixa o espectador confuso sobre o que ocorreu e com quem ocorreu, e de nada adianta pontuar que era pra focalizar o caos da guerra. Caos com bombardeios em que soldados ficam parados e organizados em filas e sem uma gota de sangue ou sequer uma cena que causa o horror do que é a guerra? E Kenneth Branagh está no filme apenas para declamar diálogos expositivos e óbvios. Fraco para aquilo que tanto se divulgou.
Blade Runner 2049
4.0 1,7K Assista AgoraO cinema sempre foi o retrato imediato da realidade.
E, mesmo em filme futurísticos, as questões de sua época não são menos importantes. Pelo contrário, é o deslocamento do tempo que salienta ainda mais os problemas sociais e individuais de nossos tempos.
Blade Runner 2049 é uma daquelas obras que perpassarão o seu tempo, além de se tornarem referências de arte e de filosofia para as futuras gerações.
O ser, o amor, a memória, o sentido da vida são temas universais presentes em todas as artes narrativas. No entanto, nesta obra de Dennis Villeneuve, a desumanização atual as torna ainda mais trágica durante a trajetória do androide K. É nele que se desemboca a humanidade ausente de nossa realidade, pois sua busca é sobre o seu lugar no mundo.
Num mundo em que máquinas são mais humanas que os humanos, nossa redenção se dará através de sacrifícios neste mundo em que amar é automaticamente ser desconhecido a quem se ama, é se resignar diante das perdas e de solucionar o conflito de que nossos idealismos, postos sob a influência de uma enxurrada de signos virtuais, se confrontam com a própria confusão da memória, que ora é vida real, ora é simulação do que somos e de como fomos.
Melhor filme do ano! (até agora)
The Leftovers (3ª Temporada)
4.5 427 Assista AgoraMesmo sendo ateu, tenho um profundo respeito pela arte que aborda a religiosidade. Cada um de nós temos uma forma de lidar com o mistério de estarmos nesta pequena esfera (alguns dizem que é plana) e, por isso, buscamos aqui e acolá significados e propósitos para um eu diante da imensidão que ora nos aterroriza, ora nos encanta.
É por isso que The Leftovers é uma série para religiosos, céticos, agnósticos e ateus, justamente por não defender uma verdade absoluta, mas por definir a fé (ou a falta dela) como algo que vai além de uma transcendência (im)possível. Independente do que haja do outro lado, Paraíso, Nirvana ou o Nada, o importante é que só há a certeza desta existência que temos e o que há nela (pessoas, natureza, o nosso próprio eu) é que deve ser cuidado e arrebatado para nós.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraAbram alas para o melhor filne do ano. mãe! é o cinema em sua experiência absoluta. É um filme para ser digerido em silêncio, uma obra desagradável e rica, dolorida, porém enriquecedora. O deslocamento do espectador não é falha da obra, mas sua verdadeira intenção. Aronofsky nos joga num caos simbólico justamente para experimentarmos a caoticidade do mundo e da própria vida. Assim, saímos esmagados da sala e, se refletimos bem, o filme nos ajuda a entendermos e percebermos o quanto esmagados estamos, na realidade.
13 Reasons Why (1ª Temporada)
3.8 1,5K Assista AgoraOs 13 Porquês prova a falácia do "o importante é discutir as coisas".
Não, o importante é colocar as coisas da forma correta a ser discutidas, pois, ao contrário, ou você estará sendo reducionista diante de uma pauta importante ou a discussão maior será a forma idiota como o tema foi posto.
Série desnecessária e estúpida.
Ouso afirmar que muitos jovens se mataram durante esta semana por causa desta série.
PS: coisas inverossímeis dentro do universo de uma obra são inaceitáveis. Ainda mais quando tem a "intenção de discutir coisas sérias". Tais inverossimilhanças são apelos e forçam os acontecimentos da narrativas se encaixarem na construção dos motivos da personagem (mal construída, aliás) e acabam banalizando fatos horrendos que podem acontecer com uma mulher. Fora que quebra a empatia para com quem sofre bulying e violência sexual. E o universo da trama romântica deixa em segundo plano o que realmente deveria ser discutido.
13 Reasons Why (1ª Temporada)
3.8 1,5K Assista AgoraEstúpida, desnecessária e irresponsável.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraQuando toca Caetano e as lágrimas rolam.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraÉ um filme sobre perda e dor. E de como o tempo não é sempre o remédio de todas as coisas. Certas coisas não há como superar. E a vida, como é uma ordem, segue. Lee Chandler apenas tem a opção de conviver com sua dor e viver, mesmo quando esta vida não tem mais sentido.
Se o espectador espera uma trama com reviravoltas, suspense constante, é melhor ir ver outro filme. Este aqui é um estudo de personagem, é o humano sendo explorado e a vida com suas dores e humores.
Reflexo do que a existência é.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraQuando toca Caetano e as lágrimas rolam.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraUm Oscar para Mahershala Ali.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraUm filme que bate e, às vezes, assopra. Mas os assopros ardem.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraEsta data de estreia está certa, mesmo?
Eu, Daniel Blake
4.3 533 Assista AgoraLiberaleco coxinha odiará o filme.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraComecei o filme com aquele sentimento de vergonha alheia. Pensei: "Mais um daqueles musicais em que a vida é bela e todos têm uma razão para ser felizes e sair cantando pela rua."
Depois que engrenou, me vi com sorriso aberto e lágrimas de contentamento durante todo o filme.
Quando acabou, lamentei pelo filme não ter, pelo menos, umas quatro horas de duração.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraSimplesmente encantador. Sem mais.
Politécnica
4.0 197O cinema é uma fábrica de empatia. No caso deste filme, além de empatia é um embrulhar de estômago necessário quando o assunto é o ódio às mulheres e suas destruições físicas e interiores.
Sabiamente Villeneuve opta pela filmagem em preto e branco, não por medo de banalizar o sangue na tela, mas por não dar qualquer tom colorido que pudesse estetizar uma verdade nua e crua. Não são necessárias as cores para o que já é brutalmente caracterizado na tela.
Ao mesmo tempo, é dispensável o desenvolvimento de personagens quando a mensagem do filme é clara: não é importante uma narrativa para o ódio, não é preciso criar paisagens interiores dos personagens para que o ato violento ganhasse mais contornos emotivos. A violência é aterrorizante por si mesma.
Um filme indicado para qualquer um que relativize o machismo, a misoginia ou que acene para qualquer ideia de subjugação frente ao ser feminino.
Numa época em que mais assassinos como o de Campinas podem vir à tona, assistir a esta obra e discuti-la publicamente é algo obrigatório.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraTem tudo para ganhar Oscar de Melhor Filme, Roteiro, Direção, Fotografia e Atriz.
Ave, César!
3.2 311 Assista Agora"Would That It Weeeeeeeere So Simple"
The Witness
3.6 9The Witness tem como excelência o fato de pontuar diversas hipóteses e comprovar poucas, deixando o espectador com um gosto amargo diante do absurdo e da inconclusão. Tirando o fato da manipulação da mídia (provando que o jornalismo não tem como objetivo a verdade), nenhum outro fato se concretiza. É a história de um processo de luto do qual o irmão não consegue finalizar. Eis o objetivo de sua investigação. No entanto, começa a perceber que a busca é pela identidade da irmã a qual não conhecia realmente.
The Walking Dead (7ª Temporada)
3.6 916 Assista AgoraPense numa série covarde. Agora, pense numa série que possui três atos covardes de um episódio que deveria ter sido há seis meses atrás. Subestimem mais o espectador que está pouco.