A fotografia é o destaque do filme sem dúvida. O preto e branco faz perder a força do verde da floresta amazônica que poderia ter sido, mas este certamente não era o foco, a mensagem, o objetivo do diretor. Um toque especial que acho encantador em filmes é a multiplicidade de línguas, e esse filme deu show nisso, e faz todo o sentido, tem tudo a ver com o roteiro. Filme quase todo falado em línguas nativas de povos indígenas amazônicos, mais de uma dessas línguas. Além disso, trechos em espanhol, alemão, português, italiano e creio que latim também. A mensagem e contexto do filme são poderosos. Colonização, aculturação de povos das florestas latinas pelo homem branco, imperialismo católico, enteógenos indígenas, exploração da borracha pelos europeus, diálogo e conflito de culturas e etnias... Magnífico!
Creio, mas não tenho certeza, que a chamada yakruna do filme é conhecida no Brasil pelo nome de chacrona, a folha que é um dos dois componentes da conhecida ayahuasca, bebida ligada a diversos cultos xamãnicos amazônicos como o Santo Daime, União do Vegetal, cultos da tribo Yawanawa (ou Iauanauá) na amazônia acreana, dentre outros. A chacrona é a planta que traz o princípio ativo mais conhecido e poderoso da ayahuasca, o dimetiltriptamina (ou apenas DMT), alucinógeno. O mariri (conhecido cientificamente como "Banisteriopsis caapi", ou seja, quando falam "caapi" no filme, referem-se a esta planta), cipó, outro componente da hoasca, possui outro princípio ativo, um inibidor de monoaminoxidase (IMAO), a harmina, relaxante, também presente no maracujá e no tabaco. Outra substância mostrada muitas vezes por todo o filme é o rapé, raspa de tabaco (tabaco em pó) que, como mostra o filme, é inalado por meio de sopro, por um tepí, instrumento indígena usado especificamente para tal fim. Já foi utilizado banalmente no Brasil há alguns séculos, inclusive pelas elites brasileiras, quando era cheirado mesmo, não soprado. Substância, como as demais, poderosíssima. *Não sou biólogo, botânico, químico, farmacólogo ou afim, mas já dei uma lida e pesquisada sobre. É possílve que hajam erros na explicação e por isso peço desculpas.
Demorei muitos anos pra assistir. E estou muito impressionado positivamente. Filme com histórias incríveis e com uma história estupidamente, repugnantemente, inacreditável. Mais um dos grandes episódios asquerosos da história desse país, do mundo e do cárcere. A demonstração de como o Estado pode ser monstruoso e como alguém com uma farda pode cometer atrocidades muito piores do que alguém de bermuda e chinela. Me chamou a atenção o elenco maravilhoso. Grandes nomes do cinema nacional em atuações uma melhor que a outra. Destaque pra Milhem Cortaz, nunca o tinha visto tão bem, ao Rodrigo Santoro, deu show, e ao Wagner Moura, muito bom. Achei a fotografia maravilhosa também. Cenografia também. Só não gostei do som.
Aí me pego me perguntando o porquê dessa nota ridiculamente baixa no filmow. E porque nunca ouvi ninguém dizer que esse é um dos melhores filmes brasileiros.
O título do filme é uma homenagem a uma bomba nuclear. Não a qualquer bomba, mas à bomba nuclear que destruiu Hiroshima, uma cidade inteira com milhares de pessoas e até hoje nasce gente deformada por conta disso. Uma bomba que não apenas causou todo esse dano, mas tem um valor histórico inegável e extremamente negativo. Apesar de o filme trazer "uma certa crítica" à devastação e dor causada pela bomba,
não há como negar que no roteiro isso é retratado positivamente, pois a bomba seria de algum modo o resultado do "esforço" do menino e gera em alguma medida o fim da guerra.
Deplorável, portanto!
Outra crítica que acho relevante destacar é, não apenas o emocionalismo barato, mas do protagonismo de toda essa carga dramática no filme estar centralizado intensamente na figura da criança.
Foi constrangedor pra mim assistir a cena do enterro simbólico do pai em que se explora visualmente de maneira exaustiva o choro da criança. Além de ser apelativo em termos de arte, de cinema, é algo que me parece definitivamente não ser saudável para o ator, criança, além de mostrar falta de competência do diretor.
À exceção de algumas poucas cenas com a mãe, irmão e até o pai, o garoto de pouca idade é quem segura emocionalmente o filme inteiro. O diretor explora excessivamente a atuação do menino durante todo o filme, o que pra mim, além de agressivo e exaustivo para um ator tão jovem, demonstra inaptidão.
mostra a cena em que o Dr. Fox visita a casa de Little Boy > corta para London, o irmão de Little Boy, sendo libertado na prisão graças ao Dr. Fox > corta para London, o irmão de Little Boy todo bem vestido sentado à mesa jantando com todos eles.
Mas o pior erro técnico que achei foi o de figurino. A CADA CENA O GAROTO ESTÀ COM UMA ROUPA DIFERENTE. O que é aquilo? O menino é milionário e filho de Christian Dior ou um garoto de uma família simples de família de classe média do interior de algum Estado sulista dos EUA? Bizarro. Por último, a mensagem, a ideia em si do filme é super barata. "A fé move montanhas." ZZZzzz
Mas também há pontos positivos. Por exemplo, escancarar um dos inúmeros exemplos de preconceito e discriminação dos sulistas estadunidenses. Apesar de se tratar de um caso bem específico, a xenofobia infelizmente ainda é um tema muito atual, não só nos EUA, mas em todo o mundo, e há uma crítica muito forte à violência e principalmente covardia dos xenófobos. O filme possui essa mensagem muito forte de empatia e de solidariedade
, que esse mundo precisa muito. Além da atuação do jovem protagonista, apesar de não ser em nada ajudado pela direção, dá pra ver que é um grande ator. Não só ele como o elenco do filme é muito bom, apesar de as atuações terem sido definitivamente estragadas pela direção.
Enfim, no geral, minha nossa, é muito ruim esse filme! Que nota é essa aqui? To sem entendê-la. Um exemplo de filme que é praticamente protagonizado por uma criança e não tem tudo de negativo que esse filme tem, muito pelo contrário, é o recente O Quarto de Jack, indoc. Esse filme aqui é lixo.
Uau! Que final! Que mensagens! Filme altamente feminista! Duas mulheres arrasando com o mundo dos homens, logo bem no centro do machismo nos EUA, em um ótimo road movie. Excelente roteiro e atuações, além da fotografia das imagens do deserto do Texas! Tratando-se de um filme especificamente sobre mulheres, foi muito bom ver como o figurino e a maquiagem evoluíram junto com o roteiro e as personagens. Fora isso, achei a direção ruim e a montagem terrível, às vezes o filme fica parecendo um amontoado de cenas, apesar de muitas delas serem realmente incríveis. Enfim, não guardei nenhuma delas, mas é cheio de falas extremamente marcantes, verdadeiras lições sobre feminismo e de como não ser um completo babaca.
Adoro filmes sobre Ciência (verdade) x Negócios (poder), obviamente, sempre é honestos x desonestos. Curto a visão que esses filmes passam e é algo que acontece e existe o tempo inteiro no nosso mundo: pessoas lucrando em cima de dor, sofrimento e morte de outros e escondendo isso; empresas impedindo que verdades científicas sejam descobertas ou mesmo divulgadas para não atrapalharem seus lucros. O fato de o protagonista ser africano (nigeriano) é incrível. E a atuação do Will Smith com aquele sotaquer está igualmente incrível. O que não gostei foi da recorrente idolatria aos estadunidenses e ao famigerado "american way of life" que na obra chega a ser mais do que excessivo, tomando um papel central no filme. Triste. Enfim, ao mesmo tempo que existe isso, o filme ainda descasca verdades sobre o estilo de vida americano, com diversas piadas e sátiras ao decorrer dele, incluindo esportes, religião, TV. No geral, muito bom filme!
Parasitas inescrupulosos! Não só paparazzi, mas também todo o público que consome suas asneiras, sites e canais de gossips, fofocas, celebridades... As pessoas deveriam se importar mais com viver suas vidas e tentar simplesmente não ser ruim para as outras.
Achei excepcional. Não entendi a nota tão baixa aqui. Fotografia belíssima do deserto. Uma história diferente, incomum. Um dos meus primeiros filmes árabes, gostei muito.
O filme se passa todo minutos antes de 3 lançamentos cuja apresentação foi do Steve Jobs (da LISA, do NEXT e do iMAC), é sério isso?!
Filme ruim danado! Salvam as atuações! Não apenas da dupla indicada ao Óscar, mas do Seth Rogen, de todas as atrizes que fazem a filha, Lisa, e do Michael Stuhlbarg.
Porra, que filme do CARALHO. To muito supreso. Só assisti por conta do comentário de Spielberg sobre o racismo no Óscar e elogiando esse filme. Que filme foda da porra. Direção foda, trilha foda - tinha que ser. Roteiro foda, acontece muita coisa durante o filme inteiro. Essa história tinha que ser contada. Denúncia a violencia policial racista nos EUA que vige até hoje, infelizmente parece que não mudou muito. Sem contar que o roteiro pareceu não poupar ninguém, pareceu bem fidedigno. E que atuações foram essas. PORRA. Jason Mitchell emocionante, Corey Hawkins tá excepcional, O'Shea Jackson Jr. tá do caralho tbm, além do Paul Giamatti matando. Fora que tão muitissimo parecidos com os reais. Ponto negativo pro machismo fortissimo no filme, mas parece que retratou realmente a realidade. Indico demais a todos. Assistam.
'Aí voce vé um lixo de filme daquele que é Brooklyn ser indicado ao Óscar de melhor filme e filmes como esse e Creed de fora. É de dar muita raiva mesmo. Ridículo.
Duas estrelas por ser uma história real e em homenagem aos vários mortos. Fora isso, lixo de filme, lixo de direção, lixo de atuações. Chega de filmes ''vitimizando'' e ''heroizando'' os EUA, seus soldados etc. e enfatizando seu poderio bélico e de guerra. Chega de importarmos esse lixo pros nossos cinemas. Existem zilhões histórias mais dignas por todo canto do mundo que merecem ser contadas.
Uma texto com um outro olhar sobre a pedofilia, a quem interessar: "Pedófilo é gente?" por Eliane Brum revistaepoca.globo. com/Revista/Epoca/0,,EMI131072-15230,00-PEDOFILO+E+GENTE.html
Fiz um comentário numa discussão entre amigos aqui onde havia confusão entre homossexualidade, transsexualidade e transgeneridade e estou colando aqui pra tentar esclarecer alguma dúvida ou ajudar a enriquecer percepções. Espero ajudar:
Transgênero é um termo mais amplo que transsexual. Transsexualidade é mais usada para pessoas que fazem cirurgia de transgenitalização ("mudança de sexo"). Seriam as pessoas que realmente teriam mudado de sexo. Feito uma transição completa (ou o mais próximo disso). Transgênero seria mais uma pessoa que não possui a identidade de gênero alianhada com o padrão socialmente esperado dela em relação ao seu sexo. Você e eu somos cisgêneros pq nascemos machos humanos e temos comportamento e aspectos de homem. Quem nasce macho e quer ter comportamento, aspecto etc. que a sociedade considera femininos, relacionados às fêmeas, é chamado de transgênero. Note que o transsexual é um transgênero, mas existem outros transgênero que não os transsexuais, como dragqueens, travestis, andróginos etc.
Não vi o filme ainda, mas creio que a discussão realmente não tenha a ver com sexualidade, mas com identidade de gênero, que não se confundem. A homossexualidade está relacionada ao desejo sexual por pessoas do mesmo sexo biológico (macho com macho, fêmea com fêmea). Não há discussão de gênero aqui. Assim, se um homem feminino sente tesão por mulher masculina ainda assim há uma relação heterossexual, não homossexual, pois para essa classificação parece não interessar o gênero e sim realmente o sexo biológico. *Não usei os termos "afeminado" e "masculinizada" pq essas palavras no particípio tendem a dar a ideia de que as pessoas sofreram um ato de "afemininização" ou "masculinização" e não que se identificam e se afirmam mais ou menos autonomamente com tais gêneros.
Se aprendêssemos isso nas escolas confundiríamos menos, mas infelizmente temos toda uma corja de retrógrados pra impedir isso.
Eu acho ridículo que em pleno 2015 não só ainda exista gente pra escrever um roteiro desses, mas que tenha gente que valorize isso. Se o filme fosse de 1960 ou antes eu ficava calado. Romance besta, sem sal, não inova em nada. Extremamente machista, patriarcal o filme. Mostra a necessidade vital de a mulher necessitar, inclusive socialmente, de um homem para viver, mas sem problematizar em nada essa realidade. O fato de o roteiro ter sido escrito por homens faz todo sentido. Triste. Fotografia, figurino, maquiagem muito bons. Ponto. Enfim, filme completamente descartável para nossa época e uma vergonha essa indicação ao Óscar, a meu ver. Foi o único filme que não gostei muito dos indicados a melhor filme esse ano. Pelo contrário. Achei um lixo.
Achei meio forçado. Junta um bocado de "palavrão" e piada sobre masturbação, cu e sexo em geral e todo mundo morre de rir com isso. Mas foi bem engraçado muitas vezes. Muito sangue e violência gratuita também. Não curto, mas pra quem gosta vai amar. Achei nada a ver os dois X-mens que nunca apareceram em nenhum outro filme. O próprio Deadpool tira onda com isso, o que é hilário. hahaha Não curti muito o roteiro contado da forma como foi, mas beleza, diferente. Bacana o fato de estar em constante "interação" com o público. Filme, pois, feito pra cinema mesmo. O que mais gostei foram as referências, algumas muito engraçadas
A irreverência é a marca desse (anti?)herói. Mas fora os palavrões e a estética "de vilão" (deformado), não é tão diferente assim dos demais super-heróis. Inclusive o filme gira em torno de um romance bem démodé como eu não via há algum tempo.
Enfim, filme bem colocado, na hora certa. Já de saco cheio dos bons-moços Thor, Capitão América, Super-homem etc. Não é à toa que o Homem-de-ferro faz tanto sucesso. Bem engraçado, apesar de um humor raso, a meu ver.
A prova de que um filme não precisa ser original para ser excelente. Mesmo sendo repleto de clichês, são tão bem colocados, encaixados, que torna o filme excelente a o que se propõe. Dá pra rir bastante. Mas também é cheio de piadas satirizando o meio de vida urbana, a negligência, falta de solidariedade e a superficialidade nas cidades.
O filme tem pontos que julgo muito positivos e pontos muito negativos. É maravilhoso ver e ouvir o sertão nordestino na tela do cinema. E mostrado excepcionalmente por uma fotografia linda. Por esse lado, precisam haver mais filmes como esse. Os diálogos muito bem feitos trazendo expressões populares típicas e personagens fiéis à realidade rural do nordeste. Ao mesmo tempo em que há esteriótipos bem desenhados, também há quebra de paradigmas, preconceitos.
O homem rude pode ser/querer ser estilista, pode entender de perfumes e tecidos; não é porque um homem é/quer ser estilista que ele é gay; não é porque um homem usa cabelo longo "alisado" e é vaidoso que ele é gay.
Apesar dos diálogos muito bem feitos, achei algumas atuações muito boas (as de Juliano Cazaré e Maeve Jinkings) e outras muito ruins (a da menina e a do gordinho). Mas o principal ponto negativo que achei foi que
o filme não tem trama, narrativa, história, começo, meio, fim, clímax, diferentemente do que afirma essa sinopse (Iremar também não é dono de curral, outro erro dessa sinopse). São apenas cenas juntas, sem desenvolvimento de acontecimentos ou dos personagens. Com 30 segundos ou alguns minutos a mais daria pra acrescentar ao menos um fechamento descente.
Além disso, o ritmo do filme é lento, sendo bem contemplantivo, fala muito com a fotografia, mas já estou me acostumando com essa que parece ser uma característica do cinema pernambucano (vide O Som ao Redor e A História da Eternidade). Enfim, vale assistir. Na verdade, só em ser cinema pernambucano já pode contar com a minha audiência.
O Abraço da Serpente
4.4 237 Assista AgoraA fotografia é o destaque do filme sem dúvida. O preto e branco faz perder a força do verde da floresta amazônica que poderia ter sido, mas este certamente não era o foco, a mensagem, o objetivo do diretor.
Um toque especial que acho encantador em filmes é a multiplicidade de línguas, e esse filme deu show nisso, e faz todo o sentido, tem tudo a ver com o roteiro. Filme quase todo falado em línguas nativas de povos indígenas amazônicos, mais de uma dessas línguas. Além disso, trechos em espanhol, alemão, português, italiano e creio que latim também.
A mensagem e contexto do filme são poderosos. Colonização, aculturação de povos das florestas latinas pelo homem branco, imperialismo católico, enteógenos indígenas, exploração da borracha pelos europeus, diálogo e conflito de culturas e etnias... Magnífico!
Creio, mas não tenho certeza, que a chamada yakruna do filme é conhecida no Brasil pelo nome de chacrona, a folha que é um dos dois componentes da conhecida ayahuasca, bebida ligada a diversos cultos xamãnicos amazônicos como o Santo Daime, União do Vegetal, cultos da tribo Yawanawa (ou Iauanauá) na amazônia acreana, dentre outros.
A chacrona é a planta que traz o princípio ativo mais conhecido e poderoso da ayahuasca, o dimetiltriptamina (ou apenas DMT), alucinógeno. O mariri (conhecido cientificamente como "Banisteriopsis caapi", ou seja, quando falam "caapi" no filme, referem-se a esta planta), cipó, outro componente da hoasca, possui outro princípio ativo, um inibidor de monoaminoxidase (IMAO), a harmina, relaxante, também presente no maracujá e no tabaco.
Outra substância mostrada muitas vezes por todo o filme é o rapé, raspa de tabaco (tabaco em pó) que, como mostra o filme, é inalado por meio de sopro, por um tepí, instrumento indígena usado especificamente para tal fim. Já foi utilizado banalmente no Brasil há alguns séculos, inclusive pelas elites brasileiras, quando era cheirado mesmo, não soprado. Substância, como as demais, poderosíssima.
*Não sou biólogo, botânico, químico, farmacólogo ou afim, mas já dei uma lida e pesquisada sobre. É possílve que hajam erros na explicação e por isso peço desculpas.
Carandiru
3.7 752 Assista AgoraDemorei muitos anos pra assistir. E estou muito impressionado positivamente.
Filme com histórias incríveis e com uma história estupidamente, repugnantemente, inacreditável. Mais um dos grandes episódios asquerosos da história desse país, do mundo e do cárcere. A demonstração de como o Estado pode ser monstruoso e como alguém com uma farda pode cometer atrocidades muito piores do que alguém de bermuda e chinela.
Me chamou a atenção o elenco maravilhoso. Grandes nomes do cinema nacional em atuações uma melhor que a outra. Destaque pra Milhem Cortaz, nunca o tinha visto tão bem, ao Rodrigo Santoro, deu show, e ao Wagner Moura, muito bom.
Achei a fotografia maravilhosa também. Cenografia também. Só não gostei do som.
Aí me pego me perguntando o porquê dessa nota ridiculamente baixa no filmow.
E porque nunca ouvi ninguém dizer que esse é um dos melhores filmes brasileiros.
Incêndios
4.5 1,9K Assista AgoraComo faz pra dar 6, 7, 8... 10 estrelas!!!
Tomboy
4.2 1,6K Assista AgoraPerfeito! Lindo!
O Sentido da Vida
4.0 327 Assista AgoraIsso é comédia! Deuses! Digo, "Deuses!"
Little Boy: Além do Impossível
4.3 374O título do filme é uma homenagem a uma bomba nuclear. Não a qualquer bomba, mas à bomba nuclear que destruiu Hiroshima, uma cidade inteira com milhares de pessoas e até hoje nasce gente deformada por conta disso. Uma bomba que não apenas causou todo esse dano, mas tem um valor histórico inegável e extremamente negativo. Apesar de o filme trazer "uma certa crítica" à devastação e dor causada pela bomba,
não há como negar que no roteiro isso é retratado positivamente, pois a bomba seria de algum modo o resultado do "esforço" do menino e gera em alguma medida o fim da guerra.
Outra crítica que acho relevante destacar é, não apenas o emocionalismo barato, mas do protagonismo de toda essa carga dramática no filme estar centralizado intensamente na figura da criança.
Foi constrangedor pra mim assistir a cena do enterro simbólico do pai em que se explora visualmente de maneira exaustiva o choro da criança. Além de ser apelativo em termos de arte, de cinema, é algo que me parece definitivamente não ser saudável para o ator, criança, além de mostrar falta de competência do diretor.
À exceção de algumas poucas cenas com a mãe, irmão e até o pai, o garoto de pouca idade é quem segura emocionalmente o filme inteiro. O diretor explora excessivamente a atuação do menino durante todo o filme, o que pra mim, além de agressivo e exaustivo para um ator tão jovem, demonstra inaptidão.
O filme possui erros técnicos, como de montagem
mostra a cena em que o Dr. Fox visita a casa de Little Boy > corta para London, o irmão de Little Boy, sendo libertado na prisão graças ao Dr. Fox > corta para London, o irmão de Little Boy todo bem vestido sentado à mesa jantando com todos eles.
Mas o pior erro técnico que achei foi o de figurino. A CADA CENA O GAROTO ESTÀ COM UMA ROUPA DIFERENTE. O que é aquilo? O menino é milionário e filho de Christian Dior ou um garoto de uma família simples de família de classe média do interior de algum Estado sulista dos EUA? Bizarro.
Por último, a mensagem, a ideia em si do filme é super barata. "A fé move montanhas." ZZZzzz
Mas também há pontos positivos. Por exemplo, escancarar um dos inúmeros exemplos de preconceito e discriminação dos sulistas estadunidenses. Apesar de se tratar de um caso bem específico, a xenofobia infelizmente ainda é um tema muito atual, não só nos EUA, mas em todo o mundo, e há uma crítica muito forte à violência e principalmente covardia dos xenófobos. O filme possui essa mensagem muito forte de empatia e de solidariedade
(uma amizade improvável)
Enfim, no geral, minha nossa, é muito ruim esse filme! Que nota é essa aqui? To sem entendê-la. Um exemplo de filme que é praticamente protagonizado por uma criança e não tem tudo de negativo que esse filme tem, muito pelo contrário, é o recente O Quarto de Jack, indoc. Esse filme aqui é lixo.
Thelma & Louise
4.2 968 Assista AgoraUau! Que final! Que mensagens! Filme altamente feminista! Duas mulheres arrasando com o mundo dos homens, logo bem no centro do machismo nos EUA, em um ótimo road movie.
Excelente roteiro e atuações, além da fotografia das imagens do deserto do Texas! Tratando-se de um filme especificamente sobre mulheres, foi muito bom ver como o figurino e a maquiagem evoluíram junto com o roteiro e as personagens. Fora isso, achei a direção ruim e a montagem terrível, às vezes o filme fica parecendo um amontoado de cenas, apesar de muitas delas serem realmente incríveis.
Enfim, não guardei nenhuma delas, mas é cheio de falas extremamente marcantes, verdadeiras lições sobre feminismo e de como não ser um completo babaca.
Um Homem Entre Gigantes
3.8 322 Assista AgoraAdoro filmes sobre Ciência (verdade) x Negócios (poder), obviamente, sempre é honestos x desonestos. Curto a visão que esses filmes passam e é algo que acontece e existe o tempo inteiro no nosso mundo: pessoas lucrando em cima de dor, sofrimento e morte de outros e escondendo isso; empresas impedindo que verdades científicas sejam descobertas ou mesmo divulgadas para não atrapalharem seus lucros.
O fato de o protagonista ser africano (nigeriano) é incrível. E a atuação do Will Smith com aquele sotaquer está igualmente incrível. O que não gostei foi da recorrente idolatria aos estadunidenses e ao famigerado "american way of life" que na obra chega a ser mais do que excessivo, tomando um papel central no filme. Triste.
Enfim, ao mesmo tempo que existe isso, o filme ainda descasca verdades sobre o estilo de vida americano, com diversas piadas e sátiras ao decorrer dele, incluindo esportes, religião, TV.
No geral, muito bom filme!
Amy
4.4 1,0K Assista AgoraParasitas inescrupulosos! Não só paparazzi, mas também todo o público que consome suas asneiras, sites e canais de gossips, fofocas, celebridades...
As pessoas deveriam se importar mais com viver suas vidas e tentar simplesmente não ser ruim para as outras.
O Lobo do Deserto
3.5 64Achei excepcional. Não entendi a nota tão baixa aqui. Fotografia belíssima do deserto. Uma história diferente, incomum. Um dos meus primeiros filmes árabes, gostei muito.
Steve Jobs
3.5 591 Assista AgoraO filme se passa todo minutos antes de 3 lançamentos cuja apresentação foi do Steve Jobs (da LISA, do NEXT e do iMAC), é sério isso?!
Salvam as atuações! Não apenas da dupla indicada ao Óscar, mas do Seth Rogen, de todas as atrizes que fazem a filha, Lisa, e do Michael Stuhlbarg.
Anomalisa
3.8 497 Assista Agora"Depois de saber o que era a síndrome de Fregoli passei a ver o filme com outros olhos." 2
Straight Outta Compton - A História do N.W.A.
4.2 361 Assista AgoraPorra, que filme do CARALHO. To muito supreso. Só assisti por conta do comentário de Spielberg sobre o racismo no Óscar e elogiando esse filme.
Que filme foda da porra.
Direção foda, trilha foda - tinha que ser. Roteiro foda, acontece muita coisa durante o filme inteiro. Essa história tinha que ser contada. Denúncia a violencia policial racista nos EUA que vige até hoje, infelizmente parece que não mudou muito. Sem contar que o roteiro pareceu não poupar ninguém, pareceu bem fidedigno.
E que atuações foram essas. PORRA. Jason Mitchell emocionante, Corey Hawkins tá excepcional, O'Shea Jackson Jr. tá do caralho tbm, além do Paul Giamatti matando. Fora que tão muitissimo parecidos com os reais.
Ponto negativo pro machismo fortissimo no filme, mas parece que retratou realmente a realidade.
Indico demais a todos. Assistam.
'Aí voce vé um lixo de filme daquele que é Brooklyn ser indicado ao Óscar de melhor filme e filmes como esse e Creed de fora. É de dar muita raiva mesmo. Ridículo.
13 Horas - Os Soldados Secretos de Benghazi
3.5 311Duas estrelas por ser uma história real e em homenagem aos vários mortos.
Fora isso, lixo de filme, lixo de direção, lixo de atuações.
Chega de filmes ''vitimizando'' e ''heroizando'' os EUA, seus soldados etc. e enfatizando seu poderio bélico e de guerra. Chega de importarmos esse lixo pros nossos cinemas. Existem zilhões histórias mais dignas por todo canto do mundo que merecem ser contadas.
O Lenhador
3.6 290Uma texto com um outro olhar sobre a pedofilia, a quem interessar: "Pedófilo é gente?" por Eliane Brum revistaepoca.globo. com/Revista/Epoca/0,,EMI131072-15230,00-PEDOFILO+E+GENTE.html
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraFiz um comentário numa discussão entre amigos aqui onde havia confusão entre homossexualidade, transsexualidade e transgeneridade e estou colando aqui pra tentar esclarecer alguma dúvida ou ajudar a enriquecer percepções. Espero ajudar:
Transgênero é um termo mais amplo que transsexual. Transsexualidade é mais usada para pessoas que fazem cirurgia de transgenitalização ("mudança de sexo"). Seriam as pessoas que realmente teriam mudado de sexo. Feito uma transição completa (ou o mais próximo disso).
Transgênero seria mais uma pessoa que não possui a identidade de gênero alianhada com o padrão socialmente esperado dela em relação ao seu sexo. Você e eu somos cisgêneros pq nascemos machos humanos e temos comportamento e aspectos de homem. Quem nasce macho e quer ter comportamento, aspecto etc. que a sociedade considera femininos, relacionados às fêmeas, é chamado de transgênero.
Note que o transsexual é um transgênero, mas existem outros transgênero que não os transsexuais, como dragqueens, travestis, andróginos etc.
Não vi o filme ainda, mas creio que a discussão realmente não tenha a ver com sexualidade, mas com identidade de gênero, que não se confundem. A homossexualidade está relacionada ao desejo sexual por pessoas do mesmo sexo biológico (macho com macho, fêmea com fêmea). Não há discussão de gênero aqui. Assim, se um homem feminino sente tesão por mulher masculina ainda assim há uma relação heterossexual, não homossexual, pois para essa classificação parece não interessar o gênero e sim realmente o sexo biológico. *Não usei os termos "afeminado" e "masculinizada" pq essas palavras no particípio tendem a dar a ideia de que as pessoas sofreram um ato de "afemininização" ou "masculinização" e não que se identificam e se afirmam mais ou menos autonomamente com tais gêneros.
Se aprendêssemos isso nas escolas confundiríamos menos, mas infelizmente temos toda uma corja de retrógrados pra impedir isso.
Brooklin
3.8 1,1KTô até agora esperando acontecer alguma coisa nesse filme. Certeza que perdi o final ou algo assim.
Brooklin
3.8 1,1KEu acho ridículo que em pleno 2015 não só ainda exista gente pra escrever um roteiro desses, mas que tenha gente que valorize isso. Se o filme fosse de 1960 ou antes eu ficava calado. Romance besta, sem sal, não inova em nada.
Extremamente machista, patriarcal o filme. Mostra a necessidade vital de a mulher necessitar, inclusive socialmente, de um homem para viver, mas sem problematizar em nada essa realidade. O fato de o roteiro ter sido escrito por homens faz todo sentido. Triste.
Fotografia, figurino, maquiagem muito bons. Ponto.
Enfim, filme completamente descartável para nossa época e uma vergonha essa indicação ao Óscar, a meu ver. Foi o único filme que não gostei muito dos indicados a melhor filme esse ano. Pelo contrário. Achei um lixo.
Pentatonix - On My Way Home
3.6 7Fã deles desde o comecinho!
Deadpool
4.0 3,0K Assista AgoraFiquem na sala até o final do final do final dos créditos!!!
Deadpool
4.0 3,0K Assista AgoraAchei meio forçado. Junta um bocado de "palavrão" e piada sobre masturbação, cu e sexo em geral e todo mundo morre de rir com isso. Mas foi bem engraçado muitas vezes.
Muito sangue e violência gratuita também. Não curto, mas pra quem gosta vai amar.
Achei nada a ver os dois X-mens que nunca apareceram em nenhum outro filme. O próprio Deadpool tira onda com isso, o que é hilário. hahaha
Não curti muito o roteiro contado da forma como foi, mas beleza, diferente. Bacana o fato de estar em constante "interação" com o público. Filme, pois, feito pra cinema mesmo.
O que mais gostei foram as referências, algumas muito engraçadas
(a do Liam Neeson, minha nossa! Kkkkkkkkkk E a do Curtinhdo a Vida Adoidado no final do filme! Amei muito! Melhor referência! Hahahaha
A irreverência é a marca desse (anti?)herói. Mas fora os palavrões e a estética "de vilão" (deformado), não é tão diferente assim dos demais super-heróis. Inclusive o filme gira em torno de um romance bem démodé como eu não via há algum tempo.
Enfim, filme bem colocado, na hora certa. Já de saco cheio dos bons-moços Thor, Capitão América, Super-homem etc. Não é à toa que o Homem-de-ferro faz tanto sucesso. Bem engraçado, apesar de um humor raso, a meu ver.
Shaun: O Carneiro - O Filme
3.9 183A prova de que um filme não precisa ser original para ser excelente. Mesmo sendo repleto de clichês, são tão bem colocados, encaixados, que torna o filme excelente a o que se propõe. Dá pra rir bastante.
Mas também é cheio de piadas satirizando o meio de vida urbana, a negligência, falta de solidariedade e a superficialidade nas cidades.
Wolfwalkers
4.3 236 Assista AgoraVai ser lindo!
Boi Neon
3.6 463O filme tem pontos que julgo muito positivos e pontos muito negativos.
É maravilhoso ver e ouvir o sertão nordestino na tela do cinema. E mostrado excepcionalmente por uma fotografia linda. Por esse lado, precisam haver mais filmes como esse. Os diálogos muito bem feitos trazendo expressões populares típicas e personagens fiéis à realidade rural do nordeste.
Ao mesmo tempo em que há esteriótipos bem desenhados, também há quebra de paradigmas, preconceitos.
O homem rude pode ser/querer ser estilista, pode entender de perfumes e tecidos; não é porque um homem é/quer ser estilista que ele é gay; não é porque um homem usa cabelo longo "alisado" e é vaidoso que ele é gay.
Apesar dos diálogos muito bem feitos, achei algumas atuações muito boas (as de Juliano Cazaré e Maeve Jinkings) e outras muito ruins (a da menina e a do gordinho). Mas o principal ponto negativo que achei foi que
o filme não tem trama, narrativa, história, começo, meio, fim, clímax, diferentemente do que afirma essa sinopse (Iremar também não é dono de curral, outro erro dessa sinopse). São apenas cenas juntas, sem desenvolvimento de acontecimentos ou dos personagens. Com 30 segundos ou alguns minutos a mais daria pra acrescentar ao menos um fechamento descente.
Além disso, o ritmo do filme é lento, sendo bem contemplantivo, fala muito com a fotografia, mas já estou me acostumando com essa que parece ser uma característica do cinema pernambucano (vide O Som ao Redor e A História da Eternidade).
Enfim, vale assistir. Na verdade, só em ser cinema pernambucano já pode contar com a minha audiência.