Um filme regular. Um filme bom para passar o tempo. Mas algo salta aos olhos: basta 10 minutos em cena para que Julianne Moore transforme o filme. Ela brilha demais (e sim, eu adoro a Amy Adans também).
Eu só terminei de assistir depois de 3 tentativas. Não porque o documentário seja ruim ou cansativo, é o contrário. Mas é muito doloroso, principalmente para quem faz parte da comunidade LGBTQIA+, ver todos aqueles vídeos de violência, aquelas vidas e sonhos destruídos e, além disso, lidar com a perspectiva de algo similar ocorrer por esses lados. Vale muito a pena assistir.
Mais uma vez Kleber Mendonça Filho nos brinda com uma obra magnífica. “Bacurau” é uma explosão, é catarse. O filme tem a potência de nos tirar do chão e de nosso cotidiano irrefletido.
Se em “Aquarius” a palavra “resistência” era evidente, ou seja, se encaixava, com “Bacurau” ela é insuficiente - apesar de apropriada. O filme é também sobre resistência, mas mais ainda sobre amor, respeito e união.
No fundo, fiquei com a impressão de que o que falta para nós são esses elementos básicos. Só assim venceremos!
Ontem assisti ao filme "Parasite" (Parasita), vencedor da Palma de ouro deste ano em Cannes. Desde ontem não paro de pensar nas inúmeras questões levantadas pelo filme. Sua premissa é simples: uma família extremamente pobre, que vive de dobrar caixas de pizza, vê uma oportunidade quando o filho consegue dar aulas de inglês para a filha de uma rica família. Deslumbrado com a vida burguesa, pouco a pouco trama para que todos os membros de sua família, de algum modo, possam se inserir na mansão (como serviçais, evidentemente).
Mesclando, de início, leveza e humor, o filme começa a adquirir outras nuanças ao correr das imagens. O filme não pode ser caracterizado apenas como a retomada da luta de classes - tema evidentemente central na película. Além da velha luta de classes, temos a luta entre aqueles que estão "por baixo", os próprios trabalhadores. É bastante triste perceber o que somos capazes de fazer para... sobreviver apenas. No entanto, como li em algum lugar, o jogo (o sistema) é mais culpado que os jogadores.
Nada além disso pode ser dito, pois corre-se o risco de perder a grande surpresa do filme. É de ficar de queixo caído. No final, nenhuma surpresa, a burguesia, por mais bem intencionada, sempre continuará odiosa.
Acabo de assistir o recente e magnífico filme "Pride" (2014). O título não poderia ser mais apropriado, pois, ao término do filme, não sentimos outra coisa senão orgulho. O enredo é baseado em uma história real, é preciso dizer. História de solidariedade e união. Em meados da década de 1980 o neoliberalismo se torna doutrina hegemônica com a ascensão de Margaret Thatcher na Inglaterra. Após suas medidas de austeridade os mineiros entram em greve. Conjuntamente a greve, a repressão policial, a opinião da imprensa e, last but not least, as políticas públicas pressionando os mineiros em direção à uma escolha: trabalho precário ou fome! "There is no alternative", era o slogan da dama de ferro e seu partido conservador. Mas a insurreição e a revolta sempre conseguem opor resistência. Afinal, lembra-nos Foucault, não é inútil revoltar-se.
O filme é incrível em diversos sentidos, mas o que mais me marcou foi a possibilidade de alianças. Aliança demoníaca, alianças monstruosas, alianças de devir, no sentido deleuziano. No filme a aliança entre os LGBT*s e os mineiros reflete exatamente isso que Deleuze chama de "aliança": o contágio, a proliferação (de gestos, de afetos, de segredos, de vestuário, de linguagem, de vivência). Devir-mineiro dos LGBT*s e devir-queer dos mineiros. A aliança se dá sim em nome de um inimigo comum - o neoliberalismo que se fortalece, a polícia que agride ambos, Tchatcher e sua mão de ferro. Mas a força revolucionária tem efeito em cada pessoa, em cada subjetividade. É o devir-revolucionário de cada pessoa tal como lembra-nos, mais uma vez, Deleuze.
Por fim, se o filme nos fala ainda hoje, em 2015, é porque a revolução acontece todo dia. E porque o orgulho de ser quem somos merece ser vivido agora. "Tornar-se o que se é", diria Nietzsche.
Em uma placa, quase passando despercebido, pode-se ler: "Share your life. Share your decision". Em minha opinião, essa singela frase resume essa maravilha de filme!
As Boas Maneiras
3.5 647 Assista Agoraser mãe não é fácil.
Perfil de uma Mulher
3.3 9o simbolismo oculto da buzina.
E Então Nós Dançamos
4.0 85 Assista Agoraque delicadeza, uma preciosidade.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista Agoraalegoria da caverna revival.
Baghead
3.1 24 Assista Agorana verdade, no fundo, uma história de amizade entre dois homens.
Rainha do Mundo
3.2 90 Assista AgoraAdoro filmes em que há uma ambivalência de sentimentos. Não é possível amar ou odiar simplesmente a personagem.
A Bela e os Cães
4.0 32Muito indigesto e revoltante!
Secretária
3.5 296Uma bonita, inusitada e dolorosa história de amor.
Seance
2.3 12 Assista AgoraA sinopse engana? Sim. É um filme ruim? Não.
A Mulher na Janela
3.0 1,1K Assista AgoraUm filme regular. Um filme bom para passar o tempo. Mas algo salta aos olhos: basta 10 minutos em cena para que Julianne Moore transforme o filme. Ela brilha demais (e sim, eu adoro a Amy Adans também).
Bem-Vindo à Chechênia
4.2 27 Assista AgoraEu só terminei de assistir depois de 3 tentativas. Não porque o documentário seja ruim ou cansativo, é o contrário. Mas é muito doloroso, principalmente para quem faz parte da comunidade LGBTQIA+, ver todos aqueles vídeos de violência, aquelas vidas e sonhos destruídos e, além disso, lidar com a perspectiva de algo similar ocorrer por esses lados. Vale muito a pena assistir.
Em Chamas
3.9 378 Assista Agora"Metáfora" é a palavra que define esse filme.
The Boys in the Band
3.5 210No geral, não gosto de remakes, mas esse não é de todo ruim.
Hannah
3.4 48Um filme que exala dor, silêncios e solidão.
O Estranho que Nós Amamos
3.2 615Amo os filmes da Sofia Coppola. No entanto, esse não conquistou.
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista Agoraman down.
Entre Realidades
2.9 307 Assista Agoraé como se fosse uma música da banda 'beach house' <3
Bacurau
4.3 2,7K Assista AgoraMais uma vez Kleber Mendonça Filho nos brinda com uma obra magnífica. “Bacurau” é uma explosão, é catarse. O filme tem a potência de nos tirar do chão e de nosso cotidiano irrefletido.
Se em “Aquarius” a palavra “resistência” era evidente, ou seja, se encaixava, com “Bacurau” ela é insuficiente - apesar de apropriada. O filme é também sobre resistência, mas mais ainda sobre amor, respeito e união.
No fundo, fiquei com a impressão de que o que falta para nós são esses elementos básicos. Só assim venceremos!
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraOntem assisti ao filme "Parasite" (Parasita), vencedor da Palma de ouro deste ano em Cannes. Desde ontem não paro de pensar nas inúmeras questões levantadas pelo filme. Sua premissa é simples: uma família extremamente pobre, que vive de dobrar caixas de pizza, vê uma oportunidade quando o filho consegue dar aulas de inglês para a filha de uma rica família. Deslumbrado com a vida burguesa, pouco a pouco trama para que todos os membros de sua família, de algum modo, possam se inserir na mansão (como serviçais, evidentemente).
Mesclando, de início, leveza e humor, o filme começa a adquirir outras nuanças ao correr das imagens. O filme não pode ser caracterizado apenas como a retomada da luta de classes - tema evidentemente central na película. Além da velha luta de classes, temos a luta entre aqueles que estão "por baixo", os próprios trabalhadores. É bastante triste perceber o que somos capazes de fazer para... sobreviver apenas. No entanto, como li em algum lugar, o jogo (o sistema) é mais culpado que os jogadores.
Nada além disso pode ser dito, pois corre-se o risco de perder a grande surpresa do filme. É de ficar de queixo caído. No final, nenhuma surpresa, a burguesia, por mais bem intencionada, sempre continuará odiosa.
Deus Branco
3.7 178 Assista AgoraStatus: chorando só com a sinopse e o trailer :/
Orgulho e Esperança
4.3 291 Assista AgoraAcabo de assistir o recente e magnífico filme "Pride" (2014). O título não poderia ser mais apropriado, pois, ao término do filme, não sentimos outra coisa senão orgulho.
O enredo é baseado em uma história real, é preciso dizer. História de solidariedade e união. Em meados da década de 1980 o neoliberalismo se torna doutrina hegemônica com a ascensão de Margaret Thatcher na Inglaterra. Após suas medidas de austeridade os mineiros entram em greve. Conjuntamente a greve, a repressão policial, a opinião da imprensa e, last but not least, as políticas públicas pressionando os mineiros em direção à uma escolha: trabalho precário ou fome! "There is no alternative", era o slogan da dama de ferro e seu partido conservador. Mas a insurreição e a revolta sempre conseguem opor resistência. Afinal, lembra-nos Foucault, não é inútil revoltar-se.
O filme é incrível em diversos sentidos, mas o que mais me marcou foi a possibilidade de alianças. Aliança demoníaca, alianças monstruosas, alianças de devir, no sentido deleuziano. No filme a aliança entre os LGBT*s e os mineiros reflete exatamente isso que Deleuze chama de "aliança": o contágio, a proliferação (de gestos, de afetos, de segredos, de vestuário, de linguagem, de vivência). Devir-mineiro dos LGBT*s e devir-queer dos mineiros. A aliança se dá sim em nome de um inimigo comum - o neoliberalismo que se fortalece, a polícia que agride ambos, Tchatcher e sua mão de ferro. Mas a força revolucionária tem efeito em cada pessoa, em cada subjetividade. É o devir-revolucionário de cada pessoa tal como lembra-nos, mais uma vez, Deleuze.
Por fim, se o filme nos fala ainda hoje, em 2015, é porque a revolução acontece todo dia. E porque o orgulho de ser quem somos merece ser vivido agora. "Tornar-se o que se é", diria Nietzsche.
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraOlhando bem de perto percebemos que o ideal de normalidade é sim alguma coisa: uma pira completa! E isso o filme mostra com muita clareza.
Buffalo '66
4.1 302Em uma placa, quase passando despercebido, pode-se ler: "Share your life. Share your decision".
Em minha opinião, essa singela frase resume essa maravilha de filme!
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraNo momento só posso dizer que estou completamente apaixonado por esse filme <3