Últimas opiniões enviadas
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Depois dos trinta minutos iniciais, após o raio x, o filme pega gosto. Gostei especialmente da fragilidade das relações, exposta pela doença e evocada como elemento desestabilizador, no centro da trama Yakuza. Deu um sabor existencial muito proveitoso.
"Seus pulmões estão como aquele esgoto ali. Não adianta cuidar somente dos pulmões se estiver cercado por toda a sujeira infestada das bactérias. Até se livrar de tudo isso, não há esperanças para você". Phoda.
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Ralé
19
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Rapaz, a segunda hora do filme pareceu-me bem mais interessante, depois que a doente morre. Alguma personagem, não recordo quem, até diz "Ela está melhor morta". Dai em diante o grito parece assumir um lugar de personagem, o que ajuda bastante uma conversa sobre as implicações existenciais da miséria na narrativa. A dança na cena final é espetacular (me fez lembrar da dança das gêmeas de Dente canino, do Yorgos). Mas assim: tô pescando peixinhos no mar. Porque no geral do geral, é um filme "arrastado", como dizem.
Últimos recados
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byzulawski
Rodrigo, você ainda tem o arquivo com o filme Manual de Barros? Se puder me enviar por e-mail thaisrv22 @ gmail . com
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Phelipe Vieira
obrigado!! tem que maratonar sim ahhahhaha nossa, foi bom avisar, pq só tem bot aqui no filmow ultimamente né, tá um horror haha
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Well Azevedo
Também não entendo como os caras daqui não fazem nada! Uma enxurrada de bots tomando contas abandonadas, chatao isso...
"Eu estou tão cansada/
Comigo mesma/
Eu estou tão cansada/
Sempre esperando/
Me tornar outra pessoa.
Quem é essa pessoa/
Dentro de mim/
Que me deixa tão cansada?"
Que maravilha assistir a esse filme! Em alguns momentos me lembrava de cenas do filme Poesia, do Lee Chang Dong. Em outros momentos me pegava devaneando, porque, para além de a poesia ser um elemento muito presente neste filme, a personagem Iris me fazia evocar uma definição do que vem a ser "poesia" que eu particularmente gosto muito: estranhamento. Embora seja um conceito muito ligado a um contexto russo e formalista, ele diz muito da Iris, no sentido mais geral de tirar as coisas do lugar, de retirar as coisas do lugar-comum, de deformar, de causar o espanto nessa deformação, veja que a Iris costuma, na sua falta de método, perguntar às alunas: o que você tá sentindo por dentro, lá no fundo? mas o que te toca no íntimo? Ela tira as alunas do lugar comum e joga pra um outro lugar. Um lugar mais poético, mais revelador do íntimo. Isso pra mim é falar de poesia, do que é poesia. De qual a finalidade, se é que ela tem, da poesia. Desculpa, me alonguei. Filmão.