Como adaptação de um material inteiramente captado para outra audiência com um outro linguajar, a HBO com seu the last of us (a série) foram soberbas e absolutamente soberanas. Ansioso pela segunda temporada.
Tudo que malhação poderia e deveria ser. Profundidade e roteiro de qualidade ambientado num mundo juvenil de doçura, amizade e descobertas. Merli é tão inquietante quanto a própria filosofia.
Série bem fiel ao material original com algumas incrementações bastante interessantes, como a introdução do Will já na primeira temporada. Ansioso pela segunda desde já. Sou apaixonado por esta história que nas mãos da HBO conseguiu a adaptação que merecia!
Um retorno triunfante para uma série que vinha perdendo seu propósito já a algumas temporadas. Ainda que não tenha se encontrado totalmente, foi legal ter um vislumbre do que ela já foi em outros tempos.
Diferente de tudo o que já vi em matéria de entretenimento, Handmaid's Tale incomoda e é feita para incomodar e perturbar. Com ótimos momentos, atuações impecáveis, personagens sérios e contundentes, reviravoltas e momentos profundamente perturbadores e angustiantes, o suspense desta série é magistral. Série aqui é elevada ao patamar de arte.
Bastante folhetinesca, a série até consegue divertir e passar alguns valores, mas não dialoga com nenhuma profundidade narrativa apresentando heróis e vilão bastante superficiais e vagos. Como adaptação do anime homônimo vale uma investida.
Na segunda temporada black sails excede toda e qualquer forma de storytelling. É absoluta e usa personagens carismáticos em momentos de profunda e significante narrativa com reviravoltas em contextos surpreendentes! Impossível torcer para algum personagem, todos são deliciosamente ambíguos e Nassau é um playground para amantes da pirataria. Começo a terceira temporada lamentando só haver quatro.
Critica a Season premiere de The Walking Dead - "The Day Will Come When You Won't Be" Contém Spoilers, se não assistiu ainda, NÃO LEIA!
A sexta temporada em minha opinião falhou com a proposta da série até aqui. Fez uso baixo, vil e desnecessario de recursos de narrativa (tais como plot twists e cliff hangers) unicamente para segurar e testar a audiência, e com o advento da sétima, chocou gratuitamente pelo mesmo motivo, manter os olhos da audiência entreabertos e aturdidos, contudo sintonizados na fox. Digo que estes recursos foram desnecessários porque a mais de seis anos ela nunca se prestou a isso - claro que teve ótimos cliff hangers, especialmente com o advento de terminus (vocês lembram?), mas lá estes recursos serviram a narrativa, e por isso eram soberbos. A season première da sétimas temporada esteve longe da genialidade de outros encontros, tais como "The Grove" - quando a Carol e o Tyreese lidam com a garotinha que amava zumbies - ou mesmo "Killer Within" da terceira, quando Judith nasce e Ice T e Lori encontram seu destino. Walking dead sempre foi violento, mas nunca foi só sobre a violência, e a isso reside minha crítica a season première, que apresentou mais um vilão genial, marcou despedidas sentidas, introduziu um Rick devastado pelas baixas (como se houvesse outro caminho que não a retaliação moral a um personagem que ainda quer posar de gatão depois de ver dois de seus melhores soldados abatidos a pauladas!), mas o fez sem mérito algum, apenas pelas vias do sadismo gratuito, para chocar e com isso consolidar-se na audiência. Como se Rick e cia precisassem disso. A série tenta mudar o rumo e o ritmo de sua narrativa, mas eu espero mesmo que ela retome o que perdeu na sexta, a genialidade de outrora, para que mortes voltem a servir a uma historia e não chocar pelo simples prazer de fazê-lo. Contudo, não cheguei até aqui para abandonar o barco e vou com Rick até o fim, mesmo que para isso corra o risco de ver emergir mais uma grande ameaça ao grupo que já resistiu a tudo, menos a notas de produção ruins.
A única coisa mais interessante nesta temporada foi o justiceiro, realmente o ponto forte. As vezes em que a narrativa o privilegiava a série retomava aquela magia da primeira, com um suspense e uma profundidade bem acima da média para o gênero, mas quando pendia para Electra ela logo caia em descrédito por conta da trupe de ninjas morto-vivos e de um vilão nenhum pouco carismático. Infelizmente esta temporada ficou muito aquém da primeira. Mas nem tudo está perdido, Frank Castle e Karen me fazem acreditar que a série solo do justiceiro será qualquer coisa como genial e se a segunda temporada do demolidor acertar neste spin of, então não foi de toda ruim.
A série é mesmo maravilhosa, com elementos que a tornam original, profunda e artística. Os devaneios de Elliot são qualquer coisa como geniais, remetendo (até demais - diga-se de passagem) ao ótimo "Clube da Luta" em muitos, mas muitos momentos. Cada episódio, da abertura ao fechamento, é um deleite, e não por menos Elliot é um personagem filosoficamente intrigante e caótico. Isto por si só já confere a série um selo de imperdível. Contudo, nos instantes finais ela perde seu foco elaborando um conjunto quase folhetinesco de vilões e mocinhos indo para um conceito de intrigas desnecessário para algo que vinha sendo construído exatamente para criticar estes mesmos padrões baratos de entretenimento. Espero que ela retome na segunda temporada os ótimos nove episódios da primeira, com mais monólogos e críticas sociais e menos vilões cartunescos. Mesmo assim, esta serie beira a perfeição em diversas passagens, sendo impossível não favorita-la.
Existe algo em Olive Kitteridge que fica com a gente. Não se trata somente da profundidade da magnífica personagem principal - que empresta nome a obra - tampouco da peculiaridade em cada ótima atuação que constrói e amarra a trama em uma peça tão verossimil quanto cruel sobre a solidão humana. Olive é sobre a entrelinha da vida; o antes e o depois. Sobre o fim e o que fazemos com ele. É uma crítica severa e ácida sobre nossa visão romântica da vida. Ser um autor é verdadeiramente invejar alguém que consegue captar essa essência e colocá-la nas páginas de um livro. Pulitzer para o romance, dezenas de prêmios para a série... Ainda sim me parece pouco! Uma das coisas mais lindas que já assisti.
O que reina absoluto é esta série... Fantástica em todos os episódios, e esta temporada em especial, primorosa! Como em uma partida de xadrez, todas as principais peças estão postas. Ansioso pela sétima temporada desde já!
O que eu sei sobre Bruno Dumont é que nada sei. Minha primeira visita a este soberbo diretor foi na proposta, por mim na época não assimilada em vista de minha tenra idade, "A Humanidade", que constrói algo muito semelhante a este abismal conto moderno que flerta com o bizarro onde nada é aparente e tudo carrega consigo uma profundidade cômica, dramática e maravilhosamente relevante. "O Pequeno Quinquin" é um dos filmes mais geniais que eu já tive a oportunidade de assistir. Ele versa com a maldade humana, busca de redenção, os males e as patologias sociais, inocência e conceitos de inocência e o faz na medida que constrói e destrói esteriótipos de uma forma única e genial. Nenhum personagem escapa quando, e em vista do roteiro e pelas notas de produção, os analisamos friamente e as propostas cômicas que reinam absolutas na trama parecem desafiar o riso com questionamentos acerca de nossa moral e bons costumes, quase como se nos provocasse: "Você se permite rir disso", para mais adiante disparar "E agora, isso tem graça?"... Todo o elenco é único, do caricata Van der Weyden com seus trejeitos e tiradas cômicas e irrelevantes, seu parceiro Carpentier, filósofo desencorajado e péssimo (?) motorista, ao maravilhoso Quinquin e sua pequena donzela Eve, cada personagem é muito bem projetado e levam uma importância a narrativa que em momento algum passa desapercebido por olhos atentos. E algumas célebres passagens vão me acompanhar por anos a fio, isto com certeza! Impossível não se acabar de rir com a cerimônia fúnebre de uma das vítimas, aquela genial cena dos sinos e do ultrajante ataque de riso nos padres pelo dueto pop da jovem e promissora estrela da cidade com o organista que não se contenta... A reunião depois do desfile com o comandante dando um fora atrás do outro para os heróis de guerra e o prefeito da cidade, as tiradas todas de Van der Weyden em diversos momentos, ou mesmo a cena do jantar com o desleixado demente da mesa ao lado interrompendo o colóquio e quase matando o oficial Carpentier de rir. Estas e tantas outras passagens são muito engraçadas e aliviam a tensão dos crimes grotescos que afetam e refletem na cidade. A proposta de Dumond é filosófica: primeiro ele faz a plateia rir do nonsense e do bizarro, passeia por vários gêneros narrativos diferentes, depois nos convida a refletir sobre eles e fecha a projeção com um drama comovente sobre aspectos da natureza humana. Não se engane, "O Pequeno Quinquin" é por muitas vezes engraçado, mas por nenhum momento é apenas uma comédia.
Uma ótima temporada sem sombra de dúvidas. Da explosiva season premiere ao desfecho tenso e surpreendentemente maduro, dentre todas as temporadas, esta me pareceu a mais filosófica, com embates diversos que flertam com o lirismo de perdas sentidas, loucura, utopia, prisão e família. Contudo e por mais que eu adore a série, os produtores e roteiristas precisam começar a pensar em um desfecho, a falta de norte pode se tornar um problema e a série corre o risco de ficar arrastada, afinal se reinventar a todo o momento pode ser perigoso; mais até do que uma horda de zumbis sanguinários. Desde já ansioso pela sexta.
"Les Revenants" é uma série cuja atmosfera é a maior protagonista. Aliás esta impressionante epopeia é marcada por ótimos momentos e diálogos, trilha sonora composta por Mogwai perfeitamente idealizada em um misto de mistério e suspense que engloba de forma lírica uma cidade inteira, onde cada personagem prospera em profundidade e relevância para a narrativa. O mistério em si não é o ponto forte, este fica para os relacionamentos entre os personagens que vão do casual ao inquietante. Não se torce por ninguém aqui, apenas se vislumbra o desenrolar de uma trama que não chega a se denunciar em momento algum, mas conota-se épica em seus momentos finais. Enfim, uma série marcante, cujo único ponto falho é atrasar a segunda temporada para meados de 2015.
Uma temporada com altos e baixos muito relevantes e com reviravoltas das mais significativas. A segunda metade é poderosa em se aprofundar em todos os personagens e parecem servir como termômetro para o que vem por aí (cliffhand maravilhosamente orquestrado na última cena). Quando termina e principalmente da maneira como termina nos deixa com esta vontade de que 7 meses passem rápido para que possamos torcer por todos eles novamente.
A Superfantástica História do Balão
4.0 44 Assista AgoraMais um ótimo documentário de um grande e inocente ícone dos anos 80/90
The Last of Us (1ª Temporada)
4.4 1,2K Assista AgoraComo adaptação de um material inteiramente captado para outra audiência com um outro linguajar, a HBO com seu the last of us (a série) foram soberbas e absolutamente soberanas. Ansioso pela segunda temporada.
This Is Us (6ª Temporada)
4.7 268 Assista AgoraTá aí uma série que sabe como acabar... E eu me acabei com ela... Sentirei saudades da família Pearson.
Lovecraft Country (1ª Temporada)
4.1 404Série necessária. Uma agradável e assustadora surpresa este ano ingrato e incoerente.
Merlí (1ª Temporada)
4.5 220Tudo que malhação poderia e deveria ser. Profundidade e roteiro de qualidade ambientado num mundo juvenil de doçura, amizade e descobertas.
Merli é tão inquietante quanto a própria filosofia.
His Dark Materials - Fronteiras do Universo (1ª Temporada)
4.0 165 Assista AgoraSérie bem fiel ao material original com algumas incrementações bastante interessantes, como a introdução do Will já na primeira temporada. Ansioso pela segunda desde já. Sou apaixonado por esta história que nas mãos da HBO conseguiu a adaptação que merecia!
Chernobyl
4.7 1,4K Assista AgoraPoucas coisas são tão perfeitas como esta série. E de pensar que algo assim aconteceu de verdade...
Grandes heróis anônimos do mundo moderno.
The Walking Dead (9ª Temporada)
3.7 368 Assista AgoraUm retorno triunfante para uma série que vinha perdendo seu propósito já a algumas temporadas. Ainda que não tenha se encontrado totalmente, foi legal ter um vislumbre do que ela já foi em outros tempos.
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista AgoraDiferente de tudo o que já vi em matéria de entretenimento, Handmaid's Tale incomoda e é feita para incomodar e perturbar. Com ótimos momentos, atuações impecáveis, personagens sérios e contundentes, reviravoltas e momentos profundamente perturbadores e angustiantes, o suspense desta série é magistral. Série aqui é elevada ao patamar de arte.
The Town Where Only I Am Missing
4.2 60Bastante folhetinesca, a série até consegue divertir e passar alguns valores, mas não dialoga com nenhuma profundidade narrativa apresentando heróis e vilão bastante superficiais e vagos. Como adaptação do anime homônimo vale uma investida.
Black Sails (4ª Temporada)
4.4 80 Assista AgoraExcedeu todas as minhas expectativas, Black Sails, especialmente a quarta e última temporada, é maravilhosa!
Castlevania (1ª Temporada)
4.1 575 Assista AgoraNem vi acabar... Gostei.
Black Sails (2ª Temporada)
4.5 92 Assista AgoraNa segunda temporada black sails excede toda e qualquer forma de storytelling. É absoluta e usa personagens carismáticos em momentos de profunda e significante narrativa com reviravoltas em contextos surpreendentes!
Impossível torcer para algum personagem, todos são deliciosamente ambíguos e Nassau é um playground para amantes da pirataria.
Começo a terceira temporada lamentando só haver quatro.
The Walking Dead (7ª Temporada)
3.6 917 Assista AgoraCritica a Season premiere de The Walking Dead - "The Day Will Come When You Won't Be"
Contém Spoilers, se não assistiu ainda, NÃO LEIA!
A sexta temporada em minha opinião falhou com a proposta da série até aqui. Fez uso baixo, vil e desnecessario de recursos de narrativa (tais como plot twists e cliff hangers) unicamente para segurar e testar a audiência, e com o advento da sétima, chocou gratuitamente pelo mesmo motivo, manter os olhos da audiência entreabertos e aturdidos, contudo sintonizados na fox.
Digo que estes recursos foram desnecessários porque a mais de seis anos ela nunca se prestou a isso - claro que teve ótimos cliff hangers, especialmente com o advento de terminus (vocês lembram?), mas lá estes recursos serviram a narrativa, e por isso eram soberbos.
A season première da sétimas temporada esteve longe da genialidade de outros encontros, tais como "The Grove" - quando a Carol e o Tyreese lidam com a garotinha que amava zumbies - ou mesmo "Killer Within" da terceira, quando Judith nasce e Ice T e Lori encontram seu destino.
Walking dead sempre foi violento, mas nunca foi só sobre a violência, e a isso reside minha crítica a season première, que apresentou mais um vilão genial, marcou despedidas sentidas, introduziu um Rick devastado pelas baixas (como se houvesse outro caminho que não a retaliação moral a um personagem que ainda quer posar de gatão depois de ver dois de seus melhores soldados abatidos a pauladas!), mas o fez sem mérito algum, apenas pelas vias do sadismo gratuito, para chocar e com isso consolidar-se na audiência. Como se Rick e cia precisassem disso.
A série tenta mudar o rumo e o ritmo de sua narrativa, mas eu espero mesmo que ela retome o que perdeu na sexta, a genialidade de outrora, para que mortes voltem a servir a uma historia e não chocar pelo simples prazer de fazê-lo.
Contudo, não cheguei até aqui para abandonar o barco e vou com Rick até o fim, mesmo que para isso corra o risco de ver emergir mais uma grande ameaça ao grupo que já resistiu a tudo, menos a notas de produção ruins.
Demolidor (2ª Temporada)
4.3 967 Assista AgoraA única coisa mais interessante nesta temporada foi o justiceiro, realmente o ponto forte. As vezes em que a narrativa o privilegiava a série retomava aquela magia da primeira, com um suspense e uma profundidade bem acima da média para o gênero, mas quando pendia para Electra ela logo caia em descrédito por conta da trupe de ninjas morto-vivos e de um vilão nenhum pouco carismático. Infelizmente esta temporada ficou muito aquém da primeira.
Mas nem tudo está perdido, Frank Castle e Karen me fazem acreditar que a série solo do justiceiro será qualquer coisa como genial e se a segunda temporada do demolidor acertar neste spin of, então não foi de toda ruim.
Mr. Robot (1ª Temporada)
4.5 1,0KA série é mesmo maravilhosa, com elementos que a tornam original, profunda e artística.
Os devaneios de Elliot são qualquer coisa como geniais, remetendo (até demais - diga-se de passagem) ao ótimo "Clube da Luta" em muitos, mas muitos momentos.
Cada episódio, da abertura ao fechamento, é um deleite, e não por menos Elliot é um personagem filosoficamente intrigante e caótico.
Isto por si só já confere a série um selo de imperdível.
Contudo, nos instantes finais ela perde seu foco elaborando um conjunto quase folhetinesco de vilões e mocinhos indo para um conceito de intrigas desnecessário para algo que vinha sendo construído exatamente para criticar estes mesmos padrões baratos de entretenimento.
Espero que ela retome na segunda temporada os ótimos nove episódios da primeira, com mais monólogos e críticas sociais e menos vilões cartunescos.
Mesmo assim, esta serie beira a perfeição em diversas passagens, sendo impossível não favorita-la.
Olive Kitteridge
4.5 103 Assista AgoraExiste algo em Olive Kitteridge que fica com a gente.
Não se trata somente da profundidade da magnífica personagem principal - que empresta nome a obra - tampouco da peculiaridade em cada ótima atuação que constrói e amarra a trama em uma peça tão verossimil quanto cruel sobre a solidão humana.
Olive é sobre a entrelinha da vida; o antes e o depois. Sobre o fim e o que fazemos com ele.
É uma crítica severa e ácida sobre nossa visão romântica da vida.
Ser um autor é verdadeiramente invejar alguém que consegue captar essa essência e colocá-la nas páginas de um livro.
Pulitzer para o romance, dezenas de prêmios para a série... Ainda sim me parece pouco!
Uma das coisas mais lindas que já assisti.
Game of Thrones (6ª Temporada)
4.6 1,6KO que reina absoluto é esta série... Fantástica em todos os episódios, e esta temporada em especial, primorosa!
Como em uma partida de xadrez, todas as principais peças estão postas.
Ansioso pela sétima temporada desde já!
O Pequeno Quinquin
4.0 14O que eu sei sobre Bruno Dumont é que nada sei. Minha primeira visita a este soberbo diretor foi na proposta, por mim na época não assimilada em vista de minha tenra idade, "A Humanidade", que constrói algo muito semelhante a este abismal conto moderno que flerta com o bizarro onde nada é aparente e tudo carrega consigo uma profundidade cômica, dramática e maravilhosamente relevante.
"O Pequeno Quinquin" é um dos filmes mais geniais que eu já tive a oportunidade de assistir.
Ele versa com a maldade humana, busca de redenção, os males e as patologias sociais, inocência e conceitos de inocência e o faz na medida que constrói e destrói esteriótipos de uma forma única e genial.
Nenhum personagem escapa quando, e em vista do roteiro e pelas notas de produção, os analisamos friamente e as propostas cômicas que reinam absolutas na trama parecem desafiar o riso com questionamentos acerca de nossa moral e bons costumes, quase como se nos provocasse: "Você se permite rir disso", para mais adiante disparar "E agora, isso tem graça?"...
Todo o elenco é único, do caricata Van der Weyden com seus trejeitos e tiradas cômicas e irrelevantes, seu parceiro Carpentier, filósofo desencorajado e péssimo (?) motorista, ao maravilhoso Quinquin e sua pequena donzela Eve, cada personagem é muito bem projetado e levam uma importância a narrativa que em momento algum passa desapercebido por olhos atentos.
E algumas célebres passagens vão me acompanhar por anos a fio, isto com certeza! Impossível não se acabar de rir com a cerimônia fúnebre de uma das vítimas, aquela genial cena dos sinos e do ultrajante ataque de riso nos padres pelo dueto pop da jovem e promissora estrela da cidade com o organista que não se contenta...
A reunião depois do desfile com o comandante dando um fora atrás do outro para os heróis de guerra e o prefeito da cidade, as tiradas todas de Van der Weyden em diversos momentos, ou mesmo a cena do jantar com o desleixado demente da mesa ao lado interrompendo o colóquio e quase matando o oficial Carpentier de rir.
Estas e tantas outras passagens são muito engraçadas e aliviam a tensão dos crimes grotescos que afetam e refletem na cidade.
A proposta de Dumond é filosófica: primeiro ele faz a plateia rir do nonsense e do bizarro, passeia por vários gêneros narrativos diferentes, depois nos convida a refletir sobre eles e fecha a projeção com um drama comovente sobre aspectos da natureza humana.
Não se engane, "O Pequeno Quinquin" é por muitas vezes engraçado, mas por nenhum momento é apenas uma comédia.
The Walking Dead (5ª Temporada)
4.2 1,4K Assista AgoraUma ótima temporada sem sombra de dúvidas.
Da explosiva season premiere ao desfecho tenso e surpreendentemente maduro, dentre todas as temporadas, esta me pareceu a mais filosófica, com embates diversos que flertam com o lirismo de perdas sentidas, loucura, utopia, prisão e família.
Contudo e por mais que eu adore a série, os produtores e roteiristas precisam começar a pensar em um desfecho, a falta de norte pode se tornar um problema e a série corre o risco de ficar arrastada, afinal se reinventar a todo o momento pode ser perigoso; mais até do que uma horda de zumbis sanguinários.
Desde já ansioso pela sexta.
Game of Thrones (4ª Temporada)
4.6 1,5K Assista AgoraCaralho, caralho, caralho, caralho, caralho... Pronto, está aí a minha crítica
Les Revenants: A Volta dos Mortos (1ª Temporada)
4.5 318"Les Revenants" é uma série cuja atmosfera é a maior protagonista.
Aliás esta impressionante epopeia é marcada por ótimos momentos e diálogos, trilha sonora composta por Mogwai perfeitamente idealizada em um misto de mistério e suspense que engloba de forma lírica uma cidade inteira, onde cada personagem prospera em profundidade e relevância para a narrativa.
O mistério em si não é o ponto forte, este fica para os relacionamentos entre os personagens que vão do casual ao inquietante. Não se torce por ninguém aqui, apenas se vislumbra o desenrolar de uma trama que não chega a se denunciar em momento algum, mas conota-se épica em seus momentos finais.
Enfim, uma série marcante, cujo único ponto falho é atrasar a segunda temporada para meados de 2015.
The Walking Dead (4ª Temporada)
4.1 1,6K Assista AgoraUma temporada com altos e baixos muito relevantes e com reviravoltas das mais significativas. A segunda metade é poderosa em se aprofundar em todos os personagens e parecem servir como termômetro para o que vem por aí (cliffhand maravilhosamente orquestrado na última cena).
Quando termina e principalmente da maneira como termina nos deixa com esta vontade de que 7 meses passem rápido para que possamos torcer por todos eles novamente.
Como Eu Conheci Sua Mãe (1ª Temporada)
4.5 784 Assista AgoraMelhor que Friends #prontofalei