Suiany Zimermann

Terminei de assistir e imediatamente joguei no google "locadora" pra achar alguma que ainda estivesse em funcionamento na minha cidade. Infelizmente não achei mais nenhuma, mas o sentimento que o documentário me trouxe foi esse!
Quem, assim como eu, viveu essa revolução cultural que foi poder conhecer e alugar filmes em locadoras se liga a essa narrativa de uma forma muito especial. Conheci várias curiosidades sobre o início deste ramo no Brasil e recordei muitas lembranças boas de um período da minha vida do qual guardo muitas lembranças boas!

Posso dizer que fiz muitas conexões neurais a partir desse documentário. Adorei!

Juristas de todo o mundo apontam para a necessidade de um sistema penal mais humano e sensível, não apenas para punir respeitando a dignidade humana, mas também para possibilitar a apuração de crimes complexos como os sexuais, de abusos psicológicos e os que acontecem entre familiares.
Enquanto o sistema americano cisma em resumir tudo a culpado ou inocente; a declarar-se culpado ou não; a ter premeditado um crime ou não, esse caso serve para evidenciar as grandes falhas desse sistema, uma vez que Gypsy era maior de idade, planejou e ajudou materialmente a dar cabo na vida de sua mãe.
Entretanto, é impossível ficar imune ao questionamento: deve ela ser punida como em qualquer outro caso de homicídio ou as circunstâncias de sua vida exigem um tratamento "especial"/um olhar diferenciado?
Espero que todos(as) possamos aprender alguma coisa com esse documentário. Ou ao menos desconstruir alguns preconceitos....