O mais impressionante, na minha opinião, é o domínio do suspense que o Hitchcock tem. Como ele consegue manter espectador nervoso e no seu controle. Nós somos o protagonista, reagindo a cada coisa que vê e, no final do filme, nos encontramos na mesma situação dele: pendurados. Cada um na sua própria janela indiscreta.
A beleza emerge da simplicidade. O filminho simples que pega você despreparado e te faz refletir sobre alguns aspectos da vida, é uma gratíssima surpresa. É quase metalinguístico, onde o bem que é espalhado no universo do filme, também é espalhado pra quem o assiste. Não ganhei um carro novo ou uma ajuda financeira, mas ganhei algo que tem bastante valor pra mim. E pronto, tá decidido! Vou espalhar essa Corrente do Bem, na esperança de que ajude outro.
Eu tenho uma brincadeira de dizer que me chateia muito o fato de olhar uma paisagem linda, mas, quando vou tentar fazer uma foto, ela nunca fica tão legal quanto o que eu tava olhando. Sempre dizia que isso era chato porque queria capturar em uma foto aquela vista. Hoje, eu já não sei se isso é uma coisa ruim. Talvez aquele momento, somado àquela vista, somente valha ali. Talvez a paisagem que me deixou encantado não deva ser resumida em uma foto. Talvez aquela minha foto não valha nada em comparação ao momento vivido. Pensando bem, pra que serve a foto mesmo? De que serve uma foto de uma paisagem, se eu não curtir o momento por estar ocupado demais tentando achar um ângulo legal? De que serve a foto de uma festa, se eu passar mais tempo com o celular na mão do que conversando com os meus amigos? De que servem as fotos de uma viagem, se eu olhei todo o lugar através de uma lente e guardei elas na nuvem, ao invés de guardá-las na minha lembrança? Quem sabe agora eu mude mais o meu comportamento. Quem sabe eu viva mais o momento presente do que o momento passado de uma foto. Quem sabe, a partir de agora, a foto tirada por mim seja uma tentativa de viver novamente aquele momento tão especial. E que, aqueles megabytes guardados na nuvem, sejam apenas um backup da minha lembrança. Quem sabe a foto da paisagem não fique tão linda quanto o que você esteja vendo, justamente para que você somente guarde-a na SUA memória.
O Cinema é, sem sombra de dúvidas, um paraíso. Apesar de Cinema Paradiso acompanhar a história do menino Salvatore e sua paixão pela sétima arte, é correto afirmar que o Cinema é o protagonista do filme. Isso mesmo, o personagem mais importante do filme é o local onde exibe-se filmes. E não se engane pensando que, por ser um prédio onde filmes são exibidos, esse personagem não tem vida. Pelo contrário. Ele tem personalidade, tem identidade própria. Em resumo, ele tem vida. No Cinema Paradiso, além das histórias que são contadas na tela, várias histórias são contadas na platéia. Tem romance, tem sexo, tem comédia, tem drama. São histórias que, por muitas vezes, se mostram mais interessantes que as mostradas na projeção. Cada pessoa daquela platéia é um pequena história contada aos poucos. Cada personagem ali sentado (MESMO QUE DORMINDO) é um pedaço da personalidade que tem o protagonista. E com toda essa personalidade, o protagonista encontra um jeito de se expressar e se comunicar com a gente: A trilha sonora. E que trilha! Enio Morricone permite que o Cinema se comunique com a gente da forma mais íntima. É emocionante poder sentir o que se passa no Cinema através da trilha sonora do maestro Morricone. E assim, com todo o seu protagonismo, com todas as suas histórias contadas na platéia, com todas as pessoas ali presentes, con a habilidade de se comunicar com a gente, aquelas sessões do Cinema Paradiso se mostram as mais divertidas de fazer parte. As sessões do Cinema despertam em mim a vontade de estar presente, nem que seja em uma única exibição daquele cinema que tem por nome a sua essência: Cinema Paradiso. O Cinema é, sem sombra de dúvidas, um paraíso.
E se você tivesse a habilidade de voltar no tempo, o que você faria? Se eu tivesse essa habilidade, reviveria os momentos mais felizes da minha vida. Um passeio inesquecível com os amigos, os ótimos almoços em família, o cinema romântico com a garota especial. E se você tivesse essa habilidade, o que você faria? Se eu tivesse essa habilidade, talvez, como o protagonista do filme, eu pensasse primeiro em dinheiro. Só pra depois, como o protagonista do filme, perceber que a verdadeira riqueza está em reviver os momentos mais marcantes da sua vida. Tentar ajudar os amigos em algum problema que eles tenham, revisitar pessoas que passaram pela minha vida e eu nunca mais as vi, conversar mais uma vez com alguém que já se foi. E se você tivesse essa habilidade, o que você faria? Se eu tivesse essa habilidade, tentaria reparar coisas feitas no passado que influenciaram muito o meu presente. Faria de tudo pra transformar um dia triste em um dia feliz, falaria o que eu estava sentindo pra quem eu tivesse vontade, ficaria calado quando deveria ter ficado. Infelizmente eu não possuo a habilidade de voltar no tempo, mas eu possuo sim, uma habilidade especial do filme: Viver cada dia como se fosse a segunda vez, como se eu já o tivesse vivido antes, e prestar atenção nos detalhes importantes do dia. E você? O que faria se você tivesse essa habilidade de voltar no tempo?
Esse filme é mais um dos que me fazem questionar o porque da fotografia das animações não ser levada em conta nas principais premiações. Tudo começou com Wall-E(Pixar), filme que é simplesmente uma poesia. Como Wall-E não ganhou destaque por aquela fotografia linda? Eu sei, eu sei. Animações não são "fotografadas", mas qual é, a fotografia de um filme pode ser bem mais que a decisão de qual lente usar ou qual tipo de material pra filmagem. Hoje, assistindo O Castelo Animado, esse questionamento voltou. Essa animação é tão bonita de se ver, tão agradável que eu poderia ver aquele castelo se mover por horas e horas. Que lindo esse estilo de desenho! Mesmo eu não curtindo muito a história contada em si e nem os personagens do filme, que pra mim sofrem muito com o clichês, vale muito a pena ver O Castelo Animado. Mesmo que você não curta as animações japonesas(que é o meu caso), mesmo que você ache os personagens rasos (que é o meu caso), mesmo que você não ache a história cativante (que é o meu caso), veja O Castelo Animado, nem que seja, pelo menos, pela sua fotografia.
Atenção: esse filme pode trazer sentimentos desagradáveis. Acredito que todos nós precisamos falar sobre "Precisamos Falar Sobre Kevin". Se você está acostumado a ver filmes comuns, onde o vilão é malvado porque sofreu quando criança ou age do jeito que age porque foi humilhado ou viveu algum trauma, sinto te informar mas... O vilão aqui não tem motivos pra ser vilão. Ele é assim e ponto. Você verá ele fazer mal a outros personagens simplesmente "porque sim". Não adianta perguntar porque ele faz isso - algo que um personagem do filme o faz - ou tentar imaginar qual o sentido daquilo. Não há sentido. Ele é assim e ponto. Você, no final, pode até se questionar porque você assistiu um filme que te deixou com esse gosto ruim na boca, ou porque aquele maldito amigo te indicaria um filme tão pesado. O filme não vai mudar, o filme não vai te deixar feliz, o filme não te poupa de nada. TODOS NÓS PRECISAMOS FALAR SOBRE KEVIN. É simples assim e .
Fazer um thriller que te deixa na situação do protagonista funciona de uma maneira incrível. Afinal, nem você nem a protagonista sabem o que está se passando. Portanto, a sua identificação com a personagem é instantânea. Rua Cloverfield é um desses filmes que te transportam para dentro da tela, usando de maneira inteligente a estrutura da trama. Eu me senti como a protagonista do filme. Sem saber no que acreditar, sem saber se o que diziam para ela era verdade, cheio de dúvidas. Esse é o grande mérito do filme. Automaticamente o pensamento "o que eu faria na situação dela" surge, e você, sem perceber, é abduzido pra dentro da tela.
"Conta comigo" são duas palavras que demonstram uma das maiores provas de amizade que existe. Ouvir de um amigo ou dizer para um amigo pode mudar a sua vida. Essas palavras vão costurando o filme todo, escondidas no roteiro, nas atitudes dos personagens, e, por fim, serão cantadas para você. Você só tem que ouvir elas. A palavra "simplicidade" é mais uma que merece destaque nesse filme. É nela que as duas primeiras que eu citei se apoiam para transmitir a grande mensagem do filme. A simplicidade do filme, que é feito sem grandes produções ou algo do tipo. A simplicidade da história, que no fim das contas se resume a um grupo de amigos que saem em uma pequena aventura. A simplicidade dos personagens que são só garotos de uma cidade qualquer dos EUA. Todas simples como a amizade deve ser. Um simples filme, com uma simples história, com simples personagens, que passa uma lição tão linda e tocante como poder dizer para um amigo duas simples palavras: "conta comigo".
Fiquei a impressão de que era um curta-metragem que foi "alongado". As cenas com alguma relevância para a trama são pontuadas por outras mais lentas, geralmente não mostrando muita coisa além da solidão/tristeza do protagonista. Uma escolha da edição que me fez não gostar muito do filme. Acredito eu que, o filme ficaria mais interessante se a sua premissa fosse mais explorada e voltada pro dia-a-dia do protagonista. Como seria a rotina de um homem que não consegue ver algumas pessoas? Como ficaria as relações com as pessoas que ele convive? Quais pessoas realmente o deixariam triste se ele não as enxergasse mais? Esses são questionamentos que eu gostaria que fossem mostrados/abordados no filme. Talvez o objetivo do filme não seja esse, e eu tenha esperado algo demais de um curta alongado.
Conhecendo o diretor Paul Thomas Anderson. Filme divertidíssimo. E, com certeza, um filme complicado de fazer. Um cara de 25 anos fazendo um filme sobre a indústria pornô é algo que você vai querer ver.
Um filme inspirador que pode mudar a sua visão sobre o mundo. Poesia é chata, estudar é sem graça, não questione as regras, não aceite desafios, siga cegamente um líder, não declare o seu amor, não siga os seus sonhos, não viva. Talvez, se você seguir essas frases na sua vida, você descubra que, na verdade, não viveu. "Fui para os bosques viver de livre vontade. Para viver deliberadamente. Para aniquilar tudo o que não era vida, e para, quando morrer, não descobrir que não vivi."
O filme sofre tanto com alguns fatores ruins que fica difícil classificar como um "bom filme". A interpretação e o personagem do Lex Luthor(Jessie Eisenberg), o exagero de "momentos épicos", a trilha sonora mal utilizada, são alguns desses fatores. Lex Luthor: é mostrado como um alguém com uma psicopatia, que as vezes tem atos contraditórios e está sempre fazendo piadinhas. Inclusive, essas piadas acabaram destruindo uma cena que era pra ser uma das melhores(*vou comentar a cena no final pra evitar spoilers). O Lex Luthor perspicaz, que manipula as pessoas com dinheiro, poder e inteligência, ficou bem escondido atrás do garoto mimado que adora fazer piadinhas e claramente tem problemas mentais. Jessie Eisenberg não ficou legal como Luthor, fazendo umas cenas muito exageradas(overacting) que acabam causando estranheza. Não a estranheza sombria e misteriosa, a estranheza do tipo 'Nicholas Cage'. Talvez o personagem não tenha ajudado ele. Cenas épicas: comer lasanha todos os dias, em todas as refeições, pode parecer um sonho, mas, se você pensar bem, além de ficar enjoativo, a lasanha especial de domingo que sua mãe faz perde toda a magia. É só mais uma lasanha do dia. Ter a cada 15 minutos uma cena super épica, com a trilha sonora altíssima, pra mostrar cada coisa que acontece no filme, acaba diminuindo cenas que realmente seriam as melhores, onde a música alcançaria o clímax e você ficaria maravilhado. A apresentação da roupa do Batman, do Batmóvel, o treinamento do Batman, as batalhas no filme, tudo isso é passado de uma forma incrível, magistral, e, por se repetir muito, acaba tirando a glória dos outros momentos. As vezes, é legal comer um básico arroz com feijão, para que a lasanha de domingo seja tão especial. Trilha sonora: esse vem acompanhado do fator anterior. Sempre que uma das "cenas épicas" é mostrada, a música também vem exagerada. O pior é que a música, as vezes, vem antes da cena em si, chegando a estragar um dos momentos mais esperados: o primeiro encontro do Batman com o Superman. Uma cena de perseguição é acompanhada de uma trilha tão alta, elevando tanto a cena, que, quando o grande final da cena acontece, ele fica diminuído, sem clímax, sem sal. Diante disso, é difícil dizer que o filme é bom. E classificar como ruim também não é justo, pois tem cenas tão bonitas e diálogos muito bem feitos. No final, o mais justo é dizer que O FILME DO BATMAN VS SUPERMAN não alcançou as minhas expectativas.
*a cena estragada pelo Lex Luthor(SPOILER! que não é tão grave assim) Lex Luthor faz com que o Superman, já muitas vezes chamado de Deus, fique de joelhos diante dele. O que era para ser uma cena linda, poética, dramática, é destruída pelas piadinhas intermináveis do Lex Luthor e a atuação exagerada de Jessie Eisenberg. Pra fechar a cena tratando o expectador como um idiota, Luthor ainda narra: "é Deus se ajoelhando para o Homem".
Uma avalanche chamada Eddie Redmayne. Esse ator mostra, novamente, que já merece o título de super ator. A Garota Dinamarquesa é um filme que, no geral, não é ruim. Tem uma boa história, tem uma boa direção e etc. Creio que os maiores destaques do filme são o figurino e trilha sonora. O figurino do filme está bem acertado e condizente com a época, criando o universo perfeito. A trilha sonora do filme, é linda. Lembra bastante a trilha do filme A Teoria De Tudo. Foi usada de maneira excelente na ideia principal do filme, que mostra bastante vários momentos de delicadeza. "Delicada" é um bom adjetivo pra essa trilha sonora. Trilha, figurino, direção, outros atores, tudo isso é quase soterrado pela anteriormente citada "Avalanche E. Redmayne". Que ator espetacular. Eddie Redmayne consegue ser tão expressivo que, com apenas um olhar, todos os sentimentos da personagem são passados pra quem está assistindo. Faça um teste. Veja a cena em que a protagonista se olha no espelho e note os sentimentos sendo passados. Não precisa de fala, narração, explicação, nada. Além de ter uma expressão facial incrível, o ator já vem mostrando que sua performance corporal está no mesmo nível. A personagem que ele interpreta fica tão real que você pode se esquecer que ali é um ator. O mesmo aconteceu quando ele interpretou Stephen Hawking. Eddie Redmayne ERA Stephen Hawking e, nesse filme, ele É Lili Elbe.
O que faltou em 'Birdman' teve nesse filme: boa história, bons personagens. Apesar de ter gostado muito da proposta do filme Birdman, as personagens não me agradaram, e, muito menos, a história do filme. Já em The Revenant(O Regresso), a coisa mudou. Tem uma história muito boa e personagens bem convincentes. Glass(Leo DiCaprio) é um cara que luta com todas as suas forças pra sobreviver, para que, assim, consiga sua vingança. Passa por diversos desafios na sua jornada, tem a vida virada de cabeça para baixo, e, por consequência disso tudo, se torna outro homem. Ponto pra história emocionante! Ponto pra uma personagem atraente! O que SOBROU em 'Birdman', SOBROU nesse filme: a direção. O senhor Alejandro Iñárritu está de parabéns! A cena do ataque indígena já merecia o Oscar ali mesmo. Talvez seja a melhor cena que eu vi nos filmes de 2015/2016. É um plano sequência(ou quase) muito bem feito, em que a câmera vai seguindo as personagens durante toda a invasão, e apresentando um jeito interessantíssimo de se ver esse tipo de cena. É de tirar o fôlego, lembrando bastante a cena de invasão na praia de Omaha de O Resgate Do Soldado Ryan, dirigido por Spielberg. Iñárritu consegue te botar dentro daquele acampamento cercado e sendo atacado por índios. Alejandro Iñárritu, talvez inspirado pelo protagonista do seu filme, não tem medo. Não tem medo de mostrar, EM UM CLOSE INSANO, um ataque de urso(Fazer uma cena fechada, com um urso computadorizado atacando o protagonista, requer muita coragem). Alejandro Iñárritu não tem medo de revelar a câmera. Que loucura deixar a lente da câmera embaçada quando fica muito próxima de um ator, ou marcá-la com sangue dos atores em uma cena de luta. Essa "loucura" me deixou impressionado. O diretor destemido também não tem medo de apostar nos seus atores. Utilizando closes de câmera para fazer com que os atores consigam passar, através das expressões faciais, o que estão sentindo. A história é boa, as personagens também, o filme(como um todo) é ótimo. Mas, com toda a certeza, o grande destaque do filme é o diretor. Parabéns Iñárritu! A academia, que não costuma conceder dois prêmios Oscar seguidos pro mesmo diretor, vai ter trabalho pra escolher outro diretor que não seja Alejandro G. Iñárritu, o destemido.
É Impossível não fazer uma ligação com Hitler e o terceiro Reich. As pessoas costumam chamar o Hitler de anticristo ou associar ele a uma imagem de um ser de outro mundo, que surgiu do nada e tomou o poder pra si. Não. Não foi assim. Hitler não TOMOU o poder para ele. O poder de homem mais poderoso da Alemanha foi entregue a ele. Hitler viveu em uma sociedade anti-semita, que estava em pedaços devido a situação econômica e convivia com a ameaça comunista. Discursos sobre raça superior ou sobre revolta alemã eram comuns na época. Vários fatores contribuíram para ascensão de Hitler, mas, com certeza, a fraqueza(filosófica, financeira, de igualdade e etc) da sociedade se destaca. E é esse um dos focos do filme. Nós(sociedade) temos que ficar atentos à essa questão. Não cair na ilusão de que isso aconteceu no passado e que não se repetirá. Essa mensagem é passada com clareza no filme, mostrando que temos que ter cuidado ao seguir um lider, seja religioso, financeiro, famoso ou familiar. Também há uma ótima discussão no filme sobre atingir objetivos a qualquer custo. O que você deseja obter ou atingir vale tanto assim? Bons resultados obtidos de meios duvidosos são válidos? São alguns (dos vários) questionamentos levantados. Veja o filme. Questione-se. Pense sobre quem você escolheu pra ser seu lider(ou representá-lo). Reflita sobre o quão fácil nós podemos vivenciar uma experiência parecida com a mostrada, se não estivermos atentos. Talvez, assim, possamos impedir que o poder seja entregue a outro demônio(sem poder sobrenatural algum), e nunca mais teremos que passar por isso.
Daniel Radcliffe já é jogo ganho pra mim. Ainda assim, o filme é bem divertido. Não espero muita técnica em uma comédia romântica, então isso tem que ser compensado com uma boa história ou personagens/atores carismáticos. E esse filme conseguiu. É uma história divertida de ver, que não fica chata mesmo carregada de clichês(crédito pro casal de atores principais). A parte da comédia fica meio escondida dentro do filme mas, com certeza, está presente. É um filme bem sessão-da-tarde like(wat?) que vai te divertir por uma hora e meia.
Fraquinho. A única coisa que merece destaque é o ator(protagonista) que é bem carismático. Talvez a comédia do filme seja legal também. Eu ainda não entrei na onda do indie e, talvez por isso, não gostei do filme. A trilha sonora (que foi o que me fez querer assistir o filme) é boa mas não dá pra salvar. Minha dica? Ouça o álbum Submarine que vai ser mais aproveitável.
Não é um roteiro adaptado. Eu tô sinceramente espantado com o fato do roteiro desse filme ser original. Talvez você passe a me entender só depois de assisti-lo. O destaque do filme é, com toda certeza, o maravilhoso roteiro. É divertido, é engraçado, é cativante, e não fica chato em momento algum. A apresentação dos(ou das?) personagens é feita de uma maneira muito criativa que me deixou alegremente surpreso. Se você não gostar de como os personagens são apresentados, e eu digo isso sem exagero, TEM ALGO DE ERRADO COM VOCÊ. O filme tem um clima que eu só consigo descrever como lúdico(ou infantil), que é quebrado, de maneira nada suave, com cenas(ou referências) de sexo. Fica um contraste bem legal de ver. É difícil descrever as características do filme, é quase como se fosse uma história adulta contada por uma criança. Uma história que é regida por um tom quase literário(o que colaborou bastante para o meu espanto sobre o roteiro ser original). Outros detalhes do filme também chamam a atenção, como a trilha sonora e a direção. É Muito bem dirigido, com uns planos bem abertos, e uns closes meio tortos, o que deixa o filme bem interessante de ver. Por fim: Assista o filme. Se identifique com algumas coisas que os personagens gostam de fazer. Tente entender as mensagens que o filme tenta passar(eu peguei algumas). E se divirta.
Eu sei como é isso. É um filme bem simples e legal de ver. Em algum momento você provavelmente vai pensar "eu sei como é isso" por já ter vivido alguma situação mostrada no filme. É o que pode deixar o filme bem interessante de se ver. A parte comédia é bem sutil mas tá presente, e tem algumas tomadas bem criativas do diretor.
Espancado! Você vai terminar de ver esse filme e vai se sentir espancado. O filme começa com uma vela se apagando e a imagem fica monocromática. Três horas depois, outra vela se acende e a história tem os seus minutos finais. Durante esse período preto e branco, você vai levar tantos socos no estômago e tantos tapas na cara, que mal vai perceber que se passaram três horas. O Spielberg soube, de maneira espetacular, mostrar o sofrimento que os judeus passaram durante esse período. O mais poético disso, acredito eu, é que ele consegue passar essa ideia com cenas que, apesar de serem feitas sem diálogos, falam tanto sobre ódio, sobre sofrimento, sobre barbárie. Quero destacar aqui a parte final desse filme. Talvez seja o melhor final de filme que eu já vi. Muito bem construído, é um final tão forte, de um filme tão emocionante, que é impossível não ser tocado e não chorar no filme. Eu chorei. Não sei de quê. Não sei se foi de pena. Não sei se foi de raiva, ou de impunidade, ou de sentir que talvez eu não esteja fazendo o suficiente. Esse filme entra, com certeza, nos meus 15 favoritos, e deveria entrar, pelo menos, na sua lista de filmes vistos. Sim. Veja o filme, reflita sobre o que é passado, se emocione com ele, e talvez você mude um pouquinho o seu comportamento. Tem tanta coisa "mais técnica" do filme que eu queria falar mas já tá ficando grande demais. Então, uns comentários básicos: 1 - trilha do filme é linda 2 - a atuação do Liam Neeson é impecável 3 - destaque para Ben Kingsley que interpreta o Itzhak Stern(a melhor atuação, pra mim) Último ponto: Eu desejo que você realmente assista esse filme e compartilhe, mesmo tendo sido espancado(hahaha), algo de bom.
5 Oscar's merecidíssimos. Braveheart é um daqueles filmes que são perfeitamente simples(ou simplesmente perfeitos?) que conseguem agradar a todos. Sabe aquele filme super conceitual? Aquele que insere novos conceitos cinematográficos? Aquele que o diretor inova ao filmar com uma super nova técnica? Então, Braveheart não é esse filme. É um filme simples, direto e cativante. Assim como o querido William Wallace que, por ser um homem simples(um camponês), é facilmente identificável por nós. Sabe aqueles filmes conceituais que eu falei lá em cima? Uma parte deles tá tão preocupada em inovar no cinema, em usar uma nova técnica ou nova paleta de cores, que acabam perdendo o ponto principal de um filme: se conectar com quem assiste. (Parece que os filmes são feitos pros próprios diretores). Um filme super simples(assim como o protagonista), um filme ambicioso(assim como o protagonista), um filme vencedor(assim como o protagonista). Braveheart é um filme que você tem que ver. Ps: Só descobri no final do filme que o próprio Mel Gibson dirigiu o filme e fiquei impressionado. Ps2: queria só destacar a trilha sonora (score) do filme (que ganhou um Oscar) que é incrível.
Só tem 3 coisas que se destacam nesse filme: 1 - a atuação do Tom berenger( Sgt. Barnes) que é muito acima dos outros atores. 2 - alguns takes bem abertos feitos com helicópteros(tanto pra filmar, como na própria cena). Algumas dessas cenas têm vários figurantes. 3 - Só descobrir que o Johnny Depp tá no filme porque ele aparece nos créditos finais. As outras coisas são bem fracas, tipo, a história do filme, os personagens, a trilha(soundtrack ou score) .ps: perdoando aqui algumas coisas que são datadas da época como os efeitos visuais, a mixagem do som e etc. O pior do filme mesmo é, com certeza, a parte dos diálogos. A maioria é sem sentido, não serve pra dizer nada e, quando significa algo, é passado de uma maneira boba(não entra aqui o filme ser de 86, já tinha ótimos filmes com diálogos incríveis antes desse). Em resumo, veja o filme pela ambientação(guerra do Vietnã sempre me agrada), e pra ver o Charlie Sheen e Willem Daffoe (que é o ser humano mais esquisito ever) novinhos.
Spielberg e Tom Hanks tão perfeitos. Ganhou(merecidamente) 5 Oscar's pela perfeição que é esse filme. São 2 horas e 40 minutos de filme, mas não fica cansativo em nenhum momento. Todas as cenas tensas são muito bem feitas. Quase sempre feitas em plano fechado, dando a impressão que você ta dentro da guerra, elevando muito a qualidade. Quando um filme me faz ter raiva de um personagem e lamentar muito pela morte de outro, significa, pra mim, que ele é foda! Esse filme conseguiu fazer os dois. Resumo: EU QUERO MAIS SPIELBERG E TOM HANKS!
Janela Indiscreta
4.3 1,2K Assista AgoraO mais impressionante, na minha opinião, é o domínio do suspense que o Hitchcock tem. Como ele consegue manter espectador nervoso e no seu controle.
Nós somos o protagonista, reagindo a cada coisa que vê e, no final do filme, nos encontramos na mesma situação dele: pendurados.
Cada um na sua própria janela indiscreta.
[spoiler][/spoiler]
A Corrente do Bem
4.0 1,1K Assista AgoraA beleza emerge da simplicidade.
O filminho simples que pega você despreparado e te faz refletir sobre alguns aspectos da vida, é uma gratíssima surpresa.
É quase metalinguístico, onde o bem que é espalhado no universo do filme, também é espalhado pra quem o assiste.
Não ganhei um carro novo ou uma ajuda financeira, mas ganhei algo que tem bastante valor pra mim.
E pronto, tá decidido! Vou espalhar essa Corrente do Bem, na esperança de que ajude outro.
A Vida Secreta de Walter Mitty
3.8 2,0K Assista AgoraEu tenho uma brincadeira de dizer que me chateia muito o fato de olhar uma paisagem linda, mas, quando vou tentar fazer uma foto, ela nunca fica tão legal quanto o que eu tava olhando. Sempre dizia que isso era chato porque queria capturar em uma foto aquela vista. Hoje, eu já não sei se isso é uma coisa ruim.
Talvez aquele momento, somado àquela vista, somente valha ali. Talvez a paisagem que me deixou encantado não deva ser resumida em uma foto. Talvez aquela minha foto não valha nada em comparação ao momento vivido.
Pensando bem, pra que serve a foto mesmo?
De que serve uma foto de uma paisagem, se eu não curtir o momento por estar ocupado demais tentando achar um ângulo legal?
De que serve a foto de uma festa, se eu passar mais tempo com o celular na mão do que conversando com os meus amigos?
De que servem as fotos de uma viagem, se eu olhei todo o lugar através de uma lente e guardei elas na nuvem, ao invés de guardá-las na minha lembrança?
Quem sabe agora eu mude mais o meu comportamento.
Quem sabe eu viva mais o momento presente do que o momento passado de uma foto.
Quem sabe, a partir de agora, a foto tirada por mim seja uma tentativa de viver novamente aquele momento tão especial. E que, aqueles megabytes guardados na nuvem, sejam apenas um backup da minha lembrança.
Quem sabe a foto da paisagem não fique tão linda quanto o que você esteja vendo, justamente para que você somente guarde-a na SUA memória.
Cinema Paradiso
4.5 1,4K Assista AgoraO Cinema é, sem sombra de dúvidas, um paraíso.
Apesar de Cinema Paradiso acompanhar a história do menino Salvatore e sua paixão pela sétima arte, é correto afirmar que o Cinema é o protagonista do filme. Isso mesmo, o personagem mais importante do filme é o local onde exibe-se filmes. E não se engane pensando que, por ser um prédio onde filmes são exibidos, esse personagem não tem vida. Pelo contrário. Ele tem personalidade, tem identidade própria. Em resumo, ele tem vida.
No Cinema Paradiso, além das histórias que são contadas na tela, várias histórias são contadas na platéia. Tem romance, tem sexo, tem comédia, tem drama. São histórias que, por muitas vezes, se mostram mais interessantes que as mostradas na projeção. Cada pessoa daquela platéia é um pequena história contada aos poucos. Cada personagem ali sentado (MESMO QUE DORMINDO) é um pedaço da personalidade que tem o protagonista.
E com toda essa personalidade, o protagonista encontra um jeito de se expressar e se comunicar com a gente: A trilha sonora. E que trilha!
Enio Morricone permite que o Cinema se comunique com a gente da forma mais íntima. É emocionante poder sentir o que se passa no Cinema através da trilha sonora do maestro Morricone.
E assim, com todo o seu protagonismo, com todas as suas histórias contadas na platéia, com todas as pessoas ali presentes, con a habilidade de se comunicar com a gente, aquelas sessões do Cinema Paradiso se mostram as mais divertidas de fazer parte.
As sessões do Cinema despertam em mim a vontade de estar presente, nem que seja em uma única exibição daquele cinema que tem por nome a sua essência: Cinema Paradiso.
O Cinema é, sem sombra de dúvidas, um paraíso.
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraE se você tivesse a habilidade de voltar no tempo, o que você faria?
Se eu tivesse essa habilidade, reviveria os momentos mais felizes da minha vida. Um passeio inesquecível com os amigos, os ótimos almoços em família, o cinema romântico com a garota especial.
E se você tivesse essa habilidade, o que você faria?
Se eu tivesse essa habilidade, talvez, como o protagonista do filme, eu pensasse primeiro em dinheiro. Só pra depois, como o protagonista do filme, perceber que a verdadeira riqueza está em reviver os momentos mais marcantes da sua vida. Tentar ajudar os amigos em algum problema que eles tenham, revisitar pessoas que passaram pela minha vida e eu nunca mais as vi, conversar mais uma vez com alguém que já se foi.
E se você tivesse essa habilidade, o que você faria?
Se eu tivesse essa habilidade, tentaria reparar coisas feitas no passado que influenciaram muito o meu presente. Faria de tudo pra transformar um dia triste em um dia feliz, falaria o que eu estava sentindo pra quem eu tivesse vontade, ficaria calado quando deveria ter ficado.
Infelizmente eu não possuo a habilidade de voltar no tempo, mas eu possuo sim, uma habilidade especial do filme: Viver cada dia como se fosse a segunda vez, como se eu já o tivesse vivido antes, e prestar atenção nos detalhes importantes do dia.
E você? O que faria se você tivesse essa habilidade de voltar no tempo?
O Castelo Animado
4.5 1,3K Assista AgoraEsse filme é mais um dos que me fazem questionar o porque da fotografia das animações não ser levada em conta nas principais premiações.
Tudo começou com Wall-E(Pixar), filme que é simplesmente uma poesia. Como Wall-E não ganhou destaque por aquela fotografia linda? Eu sei, eu sei. Animações não são "fotografadas", mas qual é, a fotografia de um filme pode ser bem mais que a decisão de qual lente usar ou qual tipo de material pra filmagem.
Hoje, assistindo O Castelo Animado, esse questionamento voltou. Essa animação é tão bonita de se ver, tão agradável que eu poderia ver aquele castelo se mover por horas e horas. Que lindo esse estilo de desenho!
Mesmo eu não curtindo muito a história contada em si e nem os personagens do filme, que pra mim sofrem muito com o clichês, vale muito a pena ver O Castelo Animado.
Mesmo que você não curta as animações japonesas(que é o meu caso), mesmo que você ache os personagens rasos (que é o meu caso), mesmo que você não ache a história cativante (que é o meu caso), veja O Castelo Animado, nem que seja, pelo menos, pela sua fotografia.
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraAtenção: esse filme pode trazer sentimentos desagradáveis.
Acredito que todos nós precisamos falar sobre "Precisamos Falar Sobre Kevin".
Se você está acostumado a ver filmes comuns, onde o vilão é malvado porque sofreu quando criança ou age do jeito que age porque foi humilhado ou viveu algum trauma, sinto te informar mas...
O vilão aqui não tem motivos pra ser vilão. Ele é assim e ponto.
Você verá ele fazer mal a outros personagens simplesmente "porque sim". Não adianta perguntar porque ele faz isso - algo que um personagem do filme o faz - ou tentar imaginar qual o sentido daquilo. Não há sentido. Ele é assim e ponto.
Você, no final, pode até se questionar porque você assistiu um filme que te deixou com esse gosto ruim na boca, ou porque aquele maldito amigo te indicaria um filme tão pesado. O filme não vai mudar, o filme não vai te deixar feliz, o filme não te poupa de nada. TODOS NÓS PRECISAMOS FALAR SOBRE KEVIN. É simples assim e .
Rua Cloverfield, 10
3.5 1,9KFazer um thriller que te deixa na situação do protagonista funciona de uma maneira incrível. Afinal, nem você nem a protagonista sabem o que está se passando. Portanto, a sua identificação com a personagem é instantânea.
Rua Cloverfield é um desses filmes que te transportam para dentro da tela, usando de maneira inteligente a estrutura da trama.
Eu me senti como a protagonista do filme. Sem saber no que acreditar, sem saber se o que diziam para ela era verdade, cheio de dúvidas. Esse é o grande mérito do filme.
Automaticamente o pensamento "o que eu faria na situação dela" surge, e você, sem perceber, é abduzido pra dentro da tela.
Conta Comigo
4.3 1,9K Assista Agora"Conta comigo" são duas palavras que demonstram uma das maiores provas de amizade que existe. Ouvir de um amigo ou dizer para um amigo pode mudar a sua vida.
Essas palavras vão costurando o filme todo, escondidas no roteiro, nas atitudes dos personagens, e, por fim, serão cantadas para você. Você só tem que ouvir elas.
A palavra "simplicidade" é mais uma que merece destaque nesse filme. É nela que as duas primeiras que eu citei se apoiam para transmitir a grande mensagem do filme. A simplicidade do filme, que é feito sem grandes produções ou algo do tipo. A simplicidade da história, que no fim das contas se resume a um grupo de amigos que saem em uma pequena aventura. A simplicidade dos personagens que são só garotos de uma cidade qualquer dos EUA. Todas simples como a amizade deve ser.
Um simples filme, com uma simples história, com simples personagens, que passa uma lição tão linda e tocante como poder dizer para um amigo duas simples palavras: "conta comigo".
Entre Abelhas
3.4 832Fiquei a impressão de que era um curta-metragem que foi "alongado". As cenas com alguma relevância para a trama são pontuadas por outras mais lentas, geralmente não mostrando muita coisa além da solidão/tristeza do protagonista. Uma escolha da edição que me fez não gostar muito do filme. Acredito eu que, o filme ficaria mais interessante se a sua premissa fosse mais explorada e voltada pro dia-a-dia do protagonista. Como seria a rotina de um homem que não consegue ver algumas pessoas? Como ficaria as relações com as pessoas que ele convive? Quais pessoas realmente o deixariam triste se ele não as enxergasse mais? Esses são questionamentos que eu gostaria que fossem mostrados/abordados no filme. Talvez o objetivo do filme não seja esse, e eu tenha esperado algo demais de um curta alongado.
Boogie Nights: Prazer Sem Limites
4.0 551 Assista AgoraConhecendo o diretor Paul Thomas Anderson. Filme divertidíssimo. E, com certeza, um filme complicado de fazer. Um cara de 25 anos fazendo um filme sobre a indústria pornô é algo que você vai querer ver.
Sociedade dos Poetas Mortos
4.3 2,3K Assista AgoraUm filme inspirador que pode mudar a sua visão sobre o mundo.
Poesia é chata, estudar é sem graça, não questione as regras, não aceite desafios, siga cegamente um líder, não declare o seu amor, não siga os seus sonhos, não viva.
Talvez, se você seguir essas frases na sua vida, você descubra que, na verdade, não viveu.
"Fui para os bosques viver de livre vontade. Para viver deliberadamente. Para aniquilar tudo o que não era vida, e para, quando morrer, não descobrir que não vivi."
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista AgoraO filme sofre tanto com alguns fatores ruins que fica difícil classificar como um "bom filme". A interpretação e o personagem do Lex Luthor(Jessie Eisenberg), o exagero de "momentos épicos", a trilha sonora mal utilizada, são alguns desses fatores.
Lex Luthor: é mostrado como um alguém com uma psicopatia, que as vezes tem atos contraditórios e está sempre fazendo piadinhas. Inclusive, essas piadas acabaram destruindo uma cena que era pra ser uma das melhores(*vou comentar a cena no final pra evitar spoilers). O Lex Luthor perspicaz, que manipula as pessoas com dinheiro, poder e inteligência, ficou bem escondido atrás do garoto mimado que adora fazer piadinhas e claramente tem problemas mentais.
Jessie Eisenberg não ficou legal como Luthor, fazendo umas cenas muito exageradas(overacting) que acabam causando estranheza. Não a estranheza sombria e misteriosa, a estranheza do tipo 'Nicholas Cage'. Talvez o personagem não tenha ajudado ele.
Cenas épicas: comer lasanha todos os dias, em todas as refeições, pode parecer um sonho, mas, se você pensar bem, além de ficar enjoativo, a lasanha especial de domingo que sua mãe faz perde toda a magia. É só mais uma lasanha do dia. Ter a cada 15 minutos uma cena super épica, com a trilha sonora altíssima, pra mostrar cada coisa que acontece no filme, acaba diminuindo cenas que realmente seriam as melhores, onde a música alcançaria o clímax e você ficaria maravilhado. A apresentação da roupa do Batman, do Batmóvel, o treinamento do Batman, as batalhas no filme, tudo isso é passado de uma forma incrível, magistral, e, por se repetir muito, acaba tirando a glória dos outros momentos. As vezes, é legal comer um básico arroz com feijão, para que a lasanha de domingo seja tão especial.
Trilha sonora: esse vem acompanhado do fator anterior. Sempre que uma das "cenas épicas" é mostrada, a música também vem exagerada. O pior é que a música, as vezes, vem antes da cena em si, chegando a estragar um dos momentos mais esperados: o primeiro encontro do Batman com o Superman. Uma cena de perseguição é acompanhada de uma trilha tão alta, elevando tanto a cena, que, quando o grande final da cena acontece, ele fica diminuído, sem clímax, sem sal.
Diante disso, é difícil dizer que o filme é bom. E classificar como ruim também não é justo, pois tem cenas tão bonitas e diálogos muito bem feitos. No final, o mais justo é dizer que O FILME DO BATMAN VS SUPERMAN não alcançou as minhas expectativas.
*a cena estragada pelo Lex Luthor(SPOILER! que não é tão grave assim)
Lex Luthor faz com que o Superman, já muitas vezes chamado de Deus, fique de joelhos diante dele. O que era para ser uma cena linda, poética, dramática, é destruída pelas piadinhas intermináveis do Lex Luthor e a atuação exagerada de Jessie Eisenberg. Pra fechar a cena tratando o expectador como um idiota, Luthor ainda narra: "é Deus se ajoelhando para o Homem".
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraUma avalanche chamada Eddie Redmayne. Esse ator mostra, novamente, que já merece o título de super ator. A Garota Dinamarquesa é um filme que, no geral, não é ruim. Tem uma boa história, tem uma boa direção e etc. Creio que os maiores destaques do filme são o figurino e trilha sonora.
O figurino do filme está bem acertado e condizente com a época, criando o universo perfeito.
A trilha sonora do filme, é linda. Lembra bastante a trilha do filme A Teoria De Tudo. Foi usada de maneira excelente na ideia principal do filme, que mostra bastante vários momentos de delicadeza. "Delicada" é um bom adjetivo pra essa trilha sonora.
Trilha, figurino, direção, outros atores, tudo isso é quase soterrado pela anteriormente citada "Avalanche E. Redmayne". Que ator espetacular.
Eddie Redmayne consegue ser tão expressivo que, com apenas um olhar, todos os sentimentos da personagem são passados pra quem está assistindo. Faça um teste. Veja a cena em que a protagonista se olha no espelho e note os sentimentos sendo passados. Não precisa de fala, narração, explicação, nada.
Além de ter uma expressão facial incrível, o ator já vem mostrando que sua performance corporal está no mesmo nível. A personagem que ele interpreta fica tão real que você pode se esquecer que ali é um ator. O mesmo aconteceu quando ele interpretou Stephen Hawking.
Eddie Redmayne ERA Stephen Hawking e, nesse filme, ele É Lili Elbe.
O Regresso
4.0 3,5K Assista AgoraO que faltou em 'Birdman' teve nesse filme: boa história, bons personagens.
Apesar de ter gostado muito da proposta do filme Birdman, as personagens não me agradaram, e, muito menos, a história do filme. Já em The Revenant(O Regresso), a coisa mudou. Tem uma história muito boa e personagens bem convincentes.
Glass(Leo DiCaprio) é um cara que luta com todas as suas forças pra sobreviver, para que, assim, consiga sua vingança. Passa por diversos desafios na sua jornada, tem a vida virada de cabeça para baixo, e, por consequência disso tudo, se torna outro homem. Ponto pra história emocionante! Ponto pra uma personagem atraente!
O que SOBROU em 'Birdman', SOBROU nesse filme: a direção.
O senhor Alejandro Iñárritu está de parabéns!
A cena do ataque indígena já merecia o Oscar ali mesmo. Talvez seja a melhor cena que eu vi nos filmes de 2015/2016. É um plano sequência(ou quase) muito bem feito, em que a câmera vai seguindo as personagens durante toda a invasão, e apresentando um jeito interessantíssimo de se ver esse tipo de cena. É de tirar o fôlego, lembrando bastante a cena de invasão na praia de Omaha de O Resgate Do Soldado Ryan, dirigido por Spielberg. Iñárritu consegue te botar dentro daquele acampamento cercado e sendo atacado por índios.
Alejandro Iñárritu, talvez inspirado pelo protagonista do seu filme, não tem medo. Não tem medo de mostrar, EM UM CLOSE INSANO, um ataque de urso(Fazer uma cena fechada, com um urso computadorizado atacando o protagonista, requer muita coragem).
Alejandro Iñárritu não tem medo de revelar a câmera. Que loucura deixar a lente da câmera embaçada quando fica muito próxima de um ator, ou marcá-la com sangue dos atores em uma cena de luta. Essa "loucura" me deixou impressionado.
O diretor destemido também não tem medo de apostar nos seus atores. Utilizando closes de câmera para fazer com que os atores consigam passar, através das expressões faciais, o que estão sentindo.
A história é boa, as personagens também, o filme(como um todo) é ótimo. Mas, com toda a certeza, o grande destaque do filme é o diretor. Parabéns Iñárritu!
A academia, que não costuma conceder dois prêmios Oscar seguidos pro mesmo diretor, vai ter trabalho pra escolher outro diretor que não seja Alejandro G. Iñárritu, o destemido.
A Onda
4.2 1,9KÉ Impossível não fazer uma ligação com Hitler e o terceiro Reich.
As pessoas costumam chamar o Hitler de anticristo ou associar ele a uma imagem de um ser de outro mundo, que surgiu do nada e tomou o poder pra si.
Não. Não foi assim. Hitler não TOMOU o poder para ele. O poder de homem mais poderoso da Alemanha foi entregue a ele.
Hitler viveu em uma sociedade anti-semita, que estava em pedaços devido a situação econômica e convivia com a ameaça comunista. Discursos sobre raça superior ou sobre revolta alemã eram comuns na época. Vários fatores contribuíram para ascensão de Hitler, mas, com certeza, a fraqueza(filosófica, financeira, de igualdade e etc) da sociedade se destaca. E é esse um dos focos do filme.
Nós(sociedade) temos que ficar atentos à essa questão. Não cair na ilusão de que isso aconteceu no passado e que não se repetirá. Essa mensagem é passada com clareza no filme, mostrando que temos que ter cuidado ao seguir um lider, seja religioso, financeiro, famoso ou familiar.
Também há uma ótima discussão no filme sobre atingir objetivos a qualquer custo. O que você deseja obter ou atingir vale tanto assim? Bons resultados obtidos de meios duvidosos são válidos? São alguns (dos vários) questionamentos levantados.
Veja o filme. Questione-se. Pense sobre quem você escolheu pra ser seu lider(ou representá-lo). Reflita sobre o quão fácil nós podemos vivenciar uma experiência parecida com a mostrada, se não estivermos atentos. Talvez, assim, possamos impedir que o poder seja entregue a outro demônio(sem poder sobrenatural algum), e nunca mais teremos que passar por isso.
Será Que?
3.5 913 Assista AgoraDaniel Radcliffe já é jogo ganho pra mim. Ainda assim, o filme é bem divertido.
Não espero muita técnica em uma comédia romântica, então isso tem que ser compensado com uma boa história ou personagens/atores carismáticos. E esse filme conseguiu.
É uma história divertida de ver, que não fica chata mesmo carregada de clichês(crédito pro casal de atores principais).
A parte da comédia fica meio escondida dentro do filme mas, com certeza, está presente.
É um filme bem sessão-da-tarde like(wat?) que vai te divertir por uma hora e meia.
Submarine
4.0 1,6KFraquinho. A única coisa que merece destaque é o ator(protagonista) que é bem carismático. Talvez a comédia do filme seja legal também.
Eu ainda não entrei na onda do indie e, talvez por isso, não gostei do filme.
A trilha sonora (que foi o que me fez querer assistir o filme) é boa mas não dá pra salvar.
Minha dica? Ouça o álbum Submarine que vai ser mais aproveitável.
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
4.3 5,0K Assista AgoraNão é um roteiro adaptado. Eu tô sinceramente espantado com o fato do roteiro desse filme ser original. Talvez você passe a me entender só depois de assisti-lo.
O destaque do filme é, com toda certeza, o maravilhoso roteiro. É divertido, é engraçado, é cativante, e não fica chato em momento algum.
A apresentação dos(ou das?) personagens é feita de uma maneira muito criativa que me deixou alegremente surpreso. Se você não gostar de como os personagens são apresentados, e eu digo isso sem exagero, TEM ALGO DE ERRADO COM VOCÊ.
O filme tem um clima que eu só consigo descrever como lúdico(ou infantil), que é quebrado, de maneira nada suave, com cenas(ou referências) de sexo. Fica um contraste bem legal de ver.
É difícil descrever as características do filme, é quase como se fosse uma história adulta contada por uma criança. Uma história que é regida por um tom quase literário(o que colaborou bastante para o meu espanto sobre o roteiro ser original).
Outros detalhes do filme também chamam a atenção, como a trilha sonora e a direção. É Muito bem dirigido, com uns planos bem abertos, e uns closes meio tortos, o que deixa o filme bem interessante de ver.
Por fim:
Assista o filme.
Se identifique com algumas coisas que os personagens gostam de fazer.
Tente entender as mensagens que o filme tenta passar(eu peguei algumas).
E se divirta.
(500) Dias com Ela
4.0 5,7K Assista AgoraEu sei como é isso.
É um filme bem simples e legal de ver. Em algum momento você provavelmente vai pensar "eu sei como é isso" por já ter vivido alguma situação mostrada no filme. É o que pode deixar o filme bem interessante de se ver.
A parte comédia é bem sutil mas tá presente, e tem algumas tomadas bem criativas do diretor.
A Lista de Schindler
4.6 2,3K Assista AgoraEspancado! Você vai terminar de ver esse filme e vai se sentir espancado. O filme começa com uma vela se apagando e a imagem fica monocromática. Três horas depois, outra vela se acende e a história tem os seus minutos finais. Durante esse período preto e branco, você vai levar tantos socos no estômago e tantos tapas na cara, que mal vai perceber que se passaram três horas.
O Spielberg soube, de maneira espetacular, mostrar o sofrimento que os judeus passaram durante esse período. O mais poético disso, acredito eu, é que ele consegue passar essa ideia com cenas que, apesar de serem feitas sem diálogos, falam tanto sobre ódio, sobre sofrimento, sobre barbárie.
Quero destacar aqui a parte final desse filme. Talvez seja o melhor final de filme que eu já vi. Muito bem construído, é um final tão forte, de um filme tão emocionante, que é impossível não ser tocado e não chorar no filme. Eu chorei. Não sei de quê. Não sei se foi de pena. Não sei se foi de raiva, ou de impunidade, ou de sentir que talvez eu não esteja fazendo o suficiente.
Esse filme entra, com certeza, nos meus 15 favoritos, e deveria entrar, pelo menos, na sua lista de filmes vistos. Sim. Veja o filme, reflita sobre o que é passado, se emocione com ele, e talvez você mude um pouquinho o seu comportamento.
Tem tanta coisa "mais técnica" do filme que eu queria falar mas já tá ficando grande demais. Então, uns comentários básicos:
1 - trilha do filme é linda
2 - a atuação do Liam Neeson é impecável
3 - destaque para Ben Kingsley que interpreta o Itzhak Stern(a melhor atuação, pra mim)
Último ponto:
Eu desejo que você realmente assista esse filme e compartilhe, mesmo tendo sido espancado(hahaha), algo de bom.
Coração Valente
4.1 1,3K Assista Agora5 Oscar's merecidíssimos. Braveheart é um daqueles filmes que são perfeitamente simples(ou simplesmente perfeitos?) que conseguem agradar a todos. Sabe aquele filme super conceitual? Aquele que insere novos conceitos cinematográficos? Aquele que o diretor inova ao filmar com uma super nova técnica? Então, Braveheart não é esse filme. É um filme simples, direto e cativante. Assim como o querido William Wallace que, por ser um homem simples(um camponês), é facilmente identificável por nós.
Sabe aqueles filmes conceituais que eu falei lá em cima? Uma parte deles tá tão preocupada em inovar no cinema, em usar uma nova técnica ou nova paleta de cores, que acabam perdendo o ponto principal de um filme: se conectar com quem assiste. (Parece que os filmes são feitos pros próprios diretores).
Um filme super simples(assim como o protagonista), um filme ambicioso(assim como o protagonista), um filme vencedor(assim como o protagonista). Braveheart é um filme que você tem que ver.
Ps: Só descobri no final do filme que o próprio Mel Gibson dirigiu o filme e fiquei impressionado.
Ps2: queria só destacar a trilha sonora (score) do filme (que ganhou um Oscar) que é incrível.
Platoon
4.0 624 Assista AgoraSó tem 3 coisas que se destacam nesse filme:
1 - a atuação do Tom berenger( Sgt. Barnes) que é muito acima dos outros atores.
2 - alguns takes bem abertos feitos com helicópteros(tanto pra filmar, como na própria cena). Algumas dessas cenas têm vários figurantes.
3 - Só descobrir que o Johnny Depp tá no filme porque ele aparece nos créditos finais.
As outras coisas são bem fracas, tipo, a história do filme, os personagens, a trilha(soundtrack ou score) .ps: perdoando aqui algumas coisas que são datadas da época como os efeitos visuais, a mixagem do som e etc.
O pior do filme mesmo é, com certeza, a parte dos diálogos. A maioria é sem sentido, não serve pra dizer nada e, quando significa algo, é passado de uma maneira boba(não entra aqui o filme ser de 86, já tinha ótimos filmes com diálogos incríveis antes desse).
Em resumo, veja o filme pela ambientação(guerra do Vietnã sempre me agrada), e pra ver o Charlie Sheen e Willem Daffoe (que é o ser humano mais esquisito ever) novinhos.
O Resgate do Soldado Ryan
4.2 1,7K Assista AgoraSpielberg e Tom Hanks tão perfeitos. Ganhou(merecidamente) 5 Oscar's pela perfeição que é esse filme. São 2 horas e 40 minutos de filme, mas não fica cansativo em nenhum momento. Todas as cenas tensas são muito bem feitas. Quase sempre feitas em plano fechado, dando a impressão que você ta dentro da guerra, elevando muito a qualidade. Quando um filme me faz ter raiva de um personagem e lamentar muito pela morte de outro, significa, pra mim, que ele é foda! Esse filme conseguiu fazer os dois. Resumo: EU QUERO MAIS SPIELBERG E TOM HANKS!