"o trapezista, se pensar muito, cai" "faça algo da sua diferença"
O filme nos traz, entre outras questões pertinentes, uma abordagem interessante: como ficar imerso na dor (sem ser consumido por ela)? Marvin, por muito tempo, parece resignado em seu próprio sofrimento, como se houvesse sido vencido por ela. Mas perceba que essa entrega "ao que dói" só é feita pelo personagem para que ele tivesse certo controle da sua narrativa. Se não se entregasse ao que doía, como seria? Sobreviveria? Chegaria até onde chegou? Como citado, "o trapezista se pensar muito cai", e isso é verdade. Penso que na vida essa sentença tem aplicabilidade. Isso teve aplicabilidade na vida do personagem e na nossa há de ter também. Usualmente, a gente compra batalhas em excesso, sendo que a única batalha que vai nos trazer alento e vai nos recompensar é a batalha da nossa essência, dos nossos sonhos, aquela que toca ao nosso coração.
Destaco também o relevante papel das Artes (no filme, as Artes Cênicas) na formação educativa das crianças. Veja bem: se Marvin não tivesse encontrado escape de viés representativo por meio das artes, como suportaria o aumento contínuo do grito interno? A Arte, aqui, foi abrigo e refúgio. Moradia e cuidado. Bálsamo e apego. Foi no teatro que o grito interno ecoou, e ecoou forte. Ecoou para que o mundo todo ouvisse. E para que Marvin se ouvisse também.
Trabalha com o primitivo, expondo-o de forma dramática, televisa, tomada de adereços interpretativos. Esse primitivo, ou instinto humano, é tratado, por vezes, em um nível embora não seja uma regra dentro do filme. Antes de apontar os problemas patentes, é preciso contextualizar: datado de 1987, o filme pode ser entendido como a voz possível do que se intentava propor, a ruptura. Foi a forma, o molde, o trabalho possível, naquele momento. Aqui, a honra e o princípio/elogio maior não recai na qualidade sublime ou na impecabilidade da obra, mas nas possibilidades que ela provoca (e provocou) sendo o que é. Acima de tudo, uma película para apreciar. E ficar "Almodóvar(mente)" entretido.
Questionei-me, em um primeiro momento, acerca do grau de fantasia do filme - ou de como isso seria inserido em uma narrativa promissora sem se tornar frágil ou um entrave. Confesso que é justamente o tom mágico que, servindo de pano de fundo, faz com que 'The Shape of Water' tenha um diferencial com relação aos pares que também foram nomeados ao Oscar do ano que segue: uma busca pelo sublime em um mundo em que, cada vez mais, o realismo - enrijecido e pouco imaginativo - impera.
Seria significativo também dissertar acerca da empatia, da problemática acerca da comunicação, da desautomatização da rotina, dos nítidos atritos entre verossímil e o inacreditável, e do afeto que - na forma da água - desestabiliza o lógico, o cartersiano, e que afronta aquilo que expurga todo e qualquer traço exótico. Entre a dialética da empatia e do encontro com o outro, 'The Shape Of Water' traz o desafio de se encontrar consigo mesmo, sem que isso represente uma perda, um dano, uma queda irracional. Encontrar a diferença do Outro em nossa própria e particular diferença, mergulhando nela para dela extrair dessa fusão algo que a razão ainda não elenca ou compreende: eis o trunfo de Guillermo del Toro e de toda a belíssima equipe que nos entrega 'The Shape Of Water'. Assim como a água, metáfora de todo o enredo, os afetos devem ser, para que nele consigamos colocar a (in)forma de nossa própria experiência, de nossa própria entrega. Com o filme, compreendo que ainda é possível fomentar esperanças para aquilo que é mais insólito, e isso é importante em mundo em que cada vez mais se caminha para a solidez - e o enraizamento - de uma só verdade, de um lado. Entregar, apre(e)nder a se comunicar, sentir. E eu adoraria, em pleno 2018, ver um diretor de Guadalajara, México, levando - e enaltecendo - essa.
Seguramente, uma obra para assegurar - e tirar de seguro, ainda - a condição humana e os devidos espaços de criação/subversão que o imaginário é capaz de impor e repor. E que esse 'quarto', que é como o mundo das certezas trancafiadas, dos medos dados e das patologias herdadas, seja cada vez mais efêmero: para que assim, só assim, se entenda que a amplitude da alma é muito mais abrangente do que a finitude dos números.
Filme belo. Para aprender e apreender. Filme para ensinar. Para explorar. Para saber. Filme para crer e descrer.
[uma daquelas pérolas cinematográficas que, essencialmente falando, estão para além - muito além - dos detalhes da técnica. Arte!].
Impossível não se deixar envolver pelo clima nostálgico e aparentemente 'fofo' do filme. Midnight in Paris é uma dessas pérolas do cinema que brindam (e unem) requinte estético, leveza nas interações e inteligência na formação do enredo. (Bem) Coisa de Woody Allen.
Muito além de ser um Pinóquio. Tocar-se é um constante exercício de originalidade: tudo que é duplo é maquinário, agradável e aceitável ao mundo que se adapta. Os únicos? Ah, estes reagem, são intensos e extrapolam ao esconder tanta desejo faminto.
Procurando ainda o que dizer sobre 'Imitation Game'. Ademais, fica um salve à cultura daquilo que está sempre indo além das imposições dos padrões. Afinal de contas, tolerância e reconhecimento sempre serão ultra-qualidades, em qualquer história.
Obs: nem é preciso acrescentar muito em palavras a respeito das atuações impecáveis de Cumberbatch e da talentosíssima Keira, não é mesmo?
Um filme com essência e, por qual motivo não, condizente com a situação de muitas mulheres que, para além dos anos retratados no filme, ainda são objetos de manipulação e desvalorização em um mundo que tem dificuldade em ampliar sua visão unicista. Histórias como esta, em que se usa a arte para falar de direitos, sempre serão muito bem acolhidas no meio cinematográfico, independente das falhas - que, em "Big Eyes", se mostraram, por vezes, bem nítidas.
Tecnicamente falando, intrigou-me que a atuação de Christoph Waltz, infelizmente, ficou desalinhada com aquilo que estava sendo exibido/retratado. Amy Adams, magistralmente, conduziu a personagem alterando-se entre leveza e seriedade, o que a torna diga do rótulo de 'grande atriz'. O roteiro acelerou em partes que poderia ganhar intensidade aos olhos do público e demorou em questões supérfluas e desnecessárias.
Volto ao meu argumento de que a temática é urgente. E que usar a arte para rabiscar tudo isso é ainda mais interessante. Portanto, há mais pontos positivos do que negativos em "Big Eyes". E, claro, a maravilhosa "I can fly", de Lana Del Rey, no final do filme, resolve toda e qualquer dúvida sobre este quesito.
Quando a intensidade, somada à insanidade, pede por alguma coisa mais coerente do que uma simples e normal vivência - eis o retrato do filme. Nome próprio é assinar (e, por qual motivo não, assassinar) a própria vida sem cartões e pontos de vista vencidos. É vencer-se a descoberta de si, dia após dia. É praticamente viver fora de sintonia.
"- Qualquer coisa que mantenha família, casais juntos, não é amor, é imbecilidade, egoísmo ou medo. Amor não existe."
Nem é preciso reinventar diálogos profundos depois dessa fala implacável, verdadeira e tão pouco sutil de Rimbauld. Magistral o filme, apesar de - aberto para adversidades que não vem ao caso, agora. Repito: Magistral!
Esse filme é um uivo humano. Um uivo poético de como a literatura, especialmente aquela produzida por Allen Ginsberg, continua vibrante, atual e correspondente com os desejos dos homens e mulheres. Um brinde a todos os uivos - sejam literários ou cinematográficos - que sempre se propõem a trazer para o olho nu o universo da estética do sentimento, pensamento e da diversidade. Uivei com a beleza presente no Uivo!
Em termos de temática: o que há de revigorante em amar as escolhas do destino? Com esta indagação, acredito que "The Secret Diaries of Miss Anne Lister" é um dos melhores filmes em que há a possibilidade de amar a si e amar o outro se tornam, em um certo ponto da vida, inevitáveis. Uma biografia para amar pela beleza e inconstância. Adorável, eu diria!
Perturbador a sua maneira, o filme é um claro desvairar da mente juvenil, latente e sempre inquieta. E, para os amantes de música clássica, impossível não se deixar levar por Edith Piaf e sua "Non, je ne regrette rien". "The Dreamers" é um cativante espetáculo cinematográfico. Já amo.
Animação e realidade andam juntos em 'Frozen'. O filme, apesar de ser destinado a um público infanto-juvenil, produz mensagens favoráveis no que diz respeito as relações pessoais, sociais e familiares. Por trás das belas canções que aparentemente se apresentam ingênuas, o filme narra com precisão os dramas de superar nossas características que mais 'causam impacto' em uma sociedade cada vez mais igualitária e que vem propagando a homogenia. Além disso, os debates constantes sobre verdadeiros laços de amor não podem passar despercebidos por quem assiste 'Frozen'. É a impulsividade do casamento na juventude, a descoberta da amizade que desabrocha na paixão e o entendimento que o maior de todos os laços é a família. Fazendo um trocadilho com o nome do filme, posso dizer que 'Frozen' descongela muita coisa. Disney, que já foi berço de um conservadorismo extremo, agora prova que está andando por outras vias. E claro, quem ganha somos nós, cinéfilos de plantão. 'Frozen' é um doce de filme.
Segue na linha de ação/corre-corre/tiros a todo momento e claro, cenas que praticamente não se executariam na vida real. "Breakdown", mesmo na condição de um filme de 97, tem lá suas qualidades em termos técnicos, mas não envolve se formos considerar os picos do enredo. É um filme comum, feito para passar na programação da televisão aberta. E só.
Impossível não perceber que não existe um diálogo vazio em "Little Miss Sunshine". Situado entre o drama e o hilário, é um filme que nos faz refletir sobre inúmeros pontos da vida humana. Encarando a tragédia com a mais inesgotável força de vontade, os personagens apresentam-se complexos, engradecendo, desse modo, o enredo com tramas interessantes e totalmente envolventes. Existe um forjar daquilo que é típico consideravelmente maravilhoso. Penso que, assim é a vida, uma viagem para a Califórnia em busca da vitória em um concurso. Por vezes, desistimos antes de chegar ao grande palco, mas até aí, ah, até aí colecionamos muitas histórias para contar. Adorei.
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The Boys in the Band
3.5 210Atuações muito boas! Um dos meus favoritos.
Marvin
3.7 71 Assista Agora"o trapezista, se pensar muito, cai"
"faça algo da sua diferença"
O filme nos traz, entre outras questões pertinentes, uma abordagem interessante: como ficar imerso na dor (sem ser consumido por ela)?
Marvin, por muito tempo, parece resignado em seu próprio sofrimento, como se houvesse sido vencido por ela. Mas perceba que essa entrega "ao que dói" só é feita pelo personagem para que ele tivesse certo controle da sua narrativa. Se não se entregasse ao que doía, como seria? Sobreviveria? Chegaria até onde chegou? Como citado, "o trapezista se pensar muito cai", e isso é verdade. Penso que na vida essa sentença tem aplicabilidade. Isso teve aplicabilidade na vida do personagem e na nossa há de ter também. Usualmente, a gente compra batalhas em excesso, sendo que a única batalha que vai nos trazer alento e vai nos recompensar é a batalha da nossa essência, dos nossos sonhos, aquela que toca ao nosso coração.
Destaco também o relevante papel das Artes (no filme, as Artes Cênicas) na formação educativa das crianças. Veja bem: se Marvin não tivesse encontrado escape de viés representativo por meio das artes, como suportaria o aumento contínuo do grito interno? A Arte, aqui, foi abrigo e refúgio. Moradia e cuidado. Bálsamo e apego. Foi no teatro que o grito interno ecoou, e ecoou forte. Ecoou para que o mundo todo ouvisse. E para que Marvin se ouvisse também.
A Lei do Desejo
3.8 317 Assista AgoraTrabalha com o primitivo, expondo-o de forma dramática, televisa, tomada de adereços interpretativos. Esse primitivo, ou instinto humano, é tratado, por vezes, em um nível embora não seja uma regra dentro do filme. Antes de apontar os problemas patentes, é preciso contextualizar: datado de 1987, o filme pode ser entendido como a voz possível do que se intentava propor, a ruptura. Foi a forma, o molde, o trabalho possível, naquele momento. Aqui, a honra e o princípio/elogio maior não recai na qualidade sublime ou na impecabilidade da obra, mas nas possibilidades que ela provoca (e provocou) sendo o que é. Acima de tudo, uma película para apreciar. E ficar "Almodóvar(mente)" entretido.
A Forma da Água
3.9 2,7KQuestionei-me, em um primeiro momento, acerca do grau de fantasia do filme - ou de como isso seria inserido em uma narrativa promissora sem se tornar frágil ou um entrave.
Confesso que é justamente o tom mágico que, servindo de pano de fundo, faz com que 'The Shape of Water' tenha um diferencial com relação aos pares que também foram nomeados ao Oscar do ano que segue: uma busca pelo sublime em um mundo em que, cada vez mais, o realismo - enrijecido e pouco imaginativo - impera.
Seria significativo também dissertar acerca da empatia, da problemática acerca da comunicação, da desautomatização da rotina, dos nítidos atritos entre verossímil e o inacreditável, e do afeto que - na forma da água - desestabiliza o lógico, o cartersiano, e que afronta aquilo que expurga todo e qualquer traço exótico. Entre a dialética da empatia e do encontro com o outro, 'The Shape Of Water' traz o desafio de se encontrar consigo mesmo, sem que isso represente uma perda, um dano, uma queda irracional. Encontrar a diferença do Outro em nossa própria e particular diferença, mergulhando nela para dela extrair dessa fusão algo que a razão ainda não elenca ou compreende: eis o trunfo de Guillermo del Toro e de toda a belíssima equipe que nos entrega 'The Shape Of Water'. Assim como a água, metáfora de todo o enredo, os afetos devem ser, para que nele consigamos colocar a (in)forma de nossa própria experiência, de nossa própria entrega. Com o filme, compreendo que ainda é possível fomentar esperanças para aquilo que é mais insólito, e isso é importante em mundo em que cada vez mais se caminha para a solidez - e o enraizamento - de uma só verdade, de um lado.
Entregar, apre(e)nder a se comunicar, sentir. E eu adoraria, em pleno 2018, ver um diretor de Guadalajara, México, levando - e enaltecendo - essa.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraSeguramente, uma obra para assegurar - e tirar de seguro, ainda - a condição humana e os devidos espaços de criação/subversão que o imaginário é capaz de impor e repor.
E que esse 'quarto', que é como o mundo das certezas trancafiadas, dos medos dados e das patologias herdadas, seja cada vez mais efêmero: para que assim, só assim, se entenda que a amplitude da alma é muito mais abrangente do que a finitude dos números.
Filme belo. Para aprender e apreender.
Filme para ensinar. Para explorar. Para saber.
Filme para crer e descrer.
[uma daquelas pérolas cinematográficas que, essencialmente falando, estão para além - muito além - dos detalhes da técnica. Arte!].
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista AgoraImpossível não se deixar envolver pelo clima nostálgico e aparentemente 'fofo' do filme. Midnight in Paris é uma dessas pérolas do cinema que brindam (e unem) requinte estético, leveza nas interações e inteligência na formação do enredo.
(Bem) Coisa de Woody Allen.
O Duplo
3.5 518 Assista Agora"Gostaria de pensar que sou único".
Muito além de ser um Pinóquio. Tocar-se é um constante exercício de originalidade: tudo que é duplo é maquinário, agradável e aceitável ao mundo que se adapta.
Os únicos? Ah, estes reagem, são intensos e extrapolam ao esconder tanta desejo faminto.
Prefiro ser único.
(Filme lindo, lindo e lindo).
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraProcurando ainda o que dizer sobre 'Imitation Game'.
Ademais, fica um salve à cultura daquilo que está sempre indo além das imposições dos padrões.
Afinal de contas, tolerância e reconhecimento sempre serão ultra-qualidades, em qualquer história.
Obs: nem é preciso acrescentar muito em palavras a respeito das atuações impecáveis de Cumberbatch e da talentosíssima Keira, não é mesmo?
Grandes Olhos
3.8 1,1K Assista grátisUm filme com essência e, por qual motivo não, condizente com a situação de muitas mulheres que, para além dos anos retratados no filme, ainda são objetos de manipulação e desvalorização em um mundo que tem dificuldade em ampliar sua visão unicista. Histórias como esta, em que se usa a arte para falar de direitos, sempre serão muito bem acolhidas no meio cinematográfico, independente das falhas - que, em "Big Eyes", se mostraram, por vezes, bem nítidas.
Tecnicamente falando, intrigou-me que a atuação de Christoph Waltz, infelizmente, ficou desalinhada com aquilo que estava sendo exibido/retratado. Amy Adams, magistralmente, conduziu a personagem alterando-se entre leveza e seriedade, o que a torna diga do rótulo de 'grande atriz'. O roteiro acelerou em partes que poderia ganhar intensidade aos olhos do público e demorou em questões supérfluas e desnecessárias.
Volto ao meu argumento de que a temática é urgente. E que usar a arte para rabiscar tudo isso é ainda mais interessante. Portanto, há mais pontos positivos do que negativos em "Big Eyes". E, claro, a maravilhosa "I can fly", de Lana Del Rey, no final do filme, resolve toda e qualquer dúvida sobre este quesito.
Nome Próprio
3.3 294 Assista Agora"(...) mas eu tenho sobrevivido."
Quando a intensidade, somada à insanidade, pede por alguma coisa mais coerente do que uma simples e normal vivência - eis o retrato do filme.
Nome próprio é assinar (e, por qual motivo não, assassinar) a própria vida sem cartões e pontos de vista vencidos. É vencer-se a descoberta de si, dia após dia. É praticamente viver fora de sintonia.
Mas eu tenho sobre-vivido.
Eclipse de uma Paixão
3.6 221 Assista Agora"- Qualquer coisa que mantenha família, casais juntos, não é amor, é imbecilidade, egoísmo ou medo. Amor não existe."
Nem é preciso reinventar diálogos profundos depois dessa fala implacável, verdadeira e tão pouco sutil de Rimbauld.
Magistral o filme, apesar de - aberto para adversidades que não vem ao caso, agora. Repito: Magistral!
Uivo
3.8 215 Assista AgoraEsse filme é um uivo humano. Um uivo poético de como a literatura, especialmente aquela produzida por Allen Ginsberg, continua vibrante, atual e correspondente com os desejos dos homens e mulheres. Um brinde a todos os uivos - sejam literários ou cinematográficos - que sempre se propõem a trazer para o olho nu o universo da estética do sentimento, pensamento e da diversidade. Uivei com a beleza presente no Uivo!
O Diário Secreto de Miss Anne Lister
3.8 90Em termos de temática: o que há de revigorante em amar as escolhas do destino? Com esta indagação, acredito que "The Secret Diaries of Miss Anne Lister" é um dos melhores filmes em que há a possibilidade de amar a si e amar o outro se tornam, em um certo ponto da vida, inevitáveis. Uma biografia para amar pela beleza e inconstância. Adorável, eu diria!
Os Sonhadores
4.1 1,9K Assista AgoraPerturbador a sua maneira, o filme é um claro desvairar da mente juvenil, latente e sempre inquieta.
E, para os amantes de música clássica, impossível não se deixar levar por Edith Piaf e sua "Non, je ne regrette rien". "The Dreamers" é um cativante espetáculo cinematográfico. Já amo.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraAnimação e realidade andam juntos em 'Frozen'. O filme, apesar de ser destinado a um público infanto-juvenil, produz mensagens favoráveis no que diz respeito as relações pessoais, sociais e familiares. Por trás das belas canções que aparentemente se apresentam ingênuas, o filme narra com precisão os dramas de superar nossas características que mais 'causam impacto' em uma sociedade cada vez mais igualitária e que vem propagando a homogenia. Além disso, os debates constantes sobre verdadeiros laços de amor não podem passar despercebidos por quem assiste 'Frozen'. É a impulsividade do casamento na juventude, a descoberta da amizade que desabrocha na paixão e o entendimento que o maior de todos os laços é a família. Fazendo um trocadilho com o nome do filme, posso dizer que 'Frozen' descongela muita coisa. Disney, que já foi berço de um conservadorismo extremo, agora prova que está andando por outras vias. E claro, quem ganha somos nós, cinéfilos de plantão.
'Frozen' é um doce de filme.
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraSurrealismo exacerbado, leveza poética, drama dosado de complexidade. Um encanto retrato das facetas da existência humana. Incrível.
Breakdown: Implacável Perseguição
3.4 270 Assista AgoraSegue na linha de ação/corre-corre/tiros a todo momento e claro, cenas que praticamente não se executariam na vida real. "Breakdown", mesmo na condição de um filme de 97, tem lá suas qualidades em termos técnicos, mas não envolve se formos considerar os picos do enredo. É um filme comum, feito para passar na programação da televisão aberta. E só.
Pequena Miss Sunshine
4.1 2,8K Assista AgoraImpossível não perceber que não existe um diálogo vazio em "Little Miss Sunshine". Situado entre o drama e o hilário, é um filme que nos faz refletir sobre inúmeros pontos da vida humana. Encarando a tragédia com a mais inesgotável força de vontade, os personagens apresentam-se complexos, engradecendo, desse modo, o enredo com tramas interessantes e totalmente envolventes. Existe um forjar daquilo que é típico consideravelmente maravilhoso. Penso que, assim é a vida, uma viagem para a Califórnia em busca da vitória em um concurso. Por vezes, desistimos antes de chegar ao grande palco, mas até aí, ah, até aí colecionamos muitas histórias para contar. Adorei.