Liderado por um carismático Benedict Cumberbatch, Doutor Estranho não deixa de apertar os mesmos botões que a Marvel se acostumou a apertar na hora de contar suas histórias, mas isso ainda mostra ser capaz de fazer o filme funcionar bem como entretenimento enquanto se estabelece como uma peça importante na franquia.
Após o hilário O Que Fazemos nas Sombras, o diretor Taika Waititi volta a acertar com essa comédia que até lembra um pouco os trabalhos de Wes Anderson, divertindo com as situações enfrentadas pelos protagonistas, o jovem Ricky Baker e seu tio adotivo Hec, mas sem esquecer de mostrar sensibilidade quanto aos dramas pessoais deles. Aliás, é exatamente em Ricky e Hec que se encontra o coração do longa, e ainda que o desenvolvimento da relação deles seja um pouco previsível, a dupla conquista o espectador com sua dinâmica relutante de pai e filho, merecendo créditos também as belas atuações de Sam Neill e Julian Dennison, este último a revelação do projeto.
Apesar de um terceiro ato que anda por caminhos um tanto exagerados e insere um senso de humor que não chega a combinar com o que a narrativa apresentava até então, O Homem nas Trevas é, na maior parte do tempo, um trabalho no qual Fede Alvarez mostra saber como manter o espectador sufocado na poltrona do cinema, o que de certa forma faz jus ao que é dito no título original do filme: não respire.
Fiel à simplicidade de sua trama, não tentando estica-la além do necessário e preenchendo muito bem seus pouco mais de 80 minutos de duração, Águas Rasas surpreende e consegue se estabelecer como um exercício de gênero eficiente, mostrando saber como construir uma narrativa que mantém o espectador na ponta da poltrona do cinema.
Woody Allen faz um filme que tem muito do charme que compõe a maior parte de sua filmografia, mas escorrega ao não conseguir desenvolver uma trama das mais cativantes, de forma que dessa vez o que ele traz de bom infelizmente precisa dividir espaço com uma série de elementos ora descartáveis, ora desinteressantes.
Ainda que um pouco mais irregular que os outros filmes de seu diretor, O Sono da Morte é uma obra que consegue explorar bem seus personagens em questões dramáticas, não se contentando só com a tensão que busca criar.
Acaba sendo sobre muito mais do que a história de uma mulher fascinante e a preservação de algo importante para ela. É também sobre resistir a injustiças, principalmente quando quem a comete passa a jogar sujo, e saber contra-atacar. Em suma, por coincidência ou não, Kleber Mendonça Filho e sua equipe fizeram um longa que dialoga muito com o momento atual de seu país e que revela ser um exemplar magnífico do nosso cinema, se colocando desde já entre os melhores filmes do ano.
Duro de Matar: Versão GoPro também poderia ser um título adequado para este filme de ação que, ao utilizar o tempo todo a linguagem da câmera subjetiva, não demora para assumir a estrutura de jogos de tiro em primeira pessoa, sabendo usar isso com inteligência, ao passo que o diretor estreante Ilya Naishuller aproveita para criar sequências de ação excepcionais, sempre muito bem elaboradas tanto por parte de sua equipe de dublês quanto por quem está conduzindo a câmera. O resultado é um longa que não teme apelar para absurdos a fim de empolgar e até mesmo divertir o espectador (a cena do cavalo é uma das mais hilárias do ano), de forma que quando chegamos aos créditos finais fica a sensação de que fomos atropelados por um caminhão de adrenalina.
Se a ideia de Esquadrão Suicida funciona maravilhosamente nos quadrinhos, aqui acaba encontrando uma série de problemas que a impedem de render algo minimamente satisfatório, sendo um filme bagunçado e que representa mais um ponto baixo no universo cinematográfico da DC Comics.
Certamente não é o melhor que a franquia já apresentou, ficando um pouco abaixo da trilogia original. Mas, depois da decepção de O Legado Bourne, é bom ver a série render um filme eficiente, que faz um bom uso de seu protagonista e a coloca de volta nos trilhos.
Depois da obra-prima Apenas Uma Vez e do belo Mesmo Se Nada Der Certo, John Carney faz mais um filme no qual os personagens encontram na música uma forma não só de dar voz a própria criatividade, mas também de encarar seus problemas e evoluir pessoalmente. E Carney novamente concebe uma narrativa que diverte e toca o espectador com seus personagens carismáticos, além de contar com uma trilha repleta de canções originais maravilhosas (espero que a Academia lembre ao menos disso na hora de votar no Oscar). Um filme capaz de aquecer até o mais gelado dos corações.
Michael Shannon e Kevin Spacey são absurdamente talentosos, e vê-los interpretando Elvis Presley e Richard Nixon, respectivamente, acaba sendo o grande barato do filme. Os dois atores fazem exatamente o que poderíamos esperar deles: criam versões interessantíssimas de seus personagens sem transformá-los em caricaturas, e o contraste entre eles acaba contribuindo bastante com a boa diversão proporcionada pela narrativa.
Ágil e divertido, Dois Caras Legais é um entretenimento notável, no qual Shane Black mostra saber seguir por caminhos interessantes a fim de trazer certo frescor a premissa, além de contar com uma excelente dinâmica entre Russell Crowe e Ryan Gosling no centro da narrativa.
David Yates faz um filme que entretém e traz uma abordagem interessante de um personagem clássico, mas que não escapa de ter ideias executadas de maneira frouxa.
Com suas novas (e ótimas) protagonistas, Caça-Fantasmas consegue fazer jus ao filme original e dar novo gás a franquia, se estabelecendo como um dos filmes mais divertidos do ano.
Cria um constante tom de desconfiança com relação às razões por trás da reunião dos personagens e do comportamento estranho de alguns deles, conseguindo conceber uma atmosfera inquietante mesmo quando não há razão aparente para isso. Assim, a diretora Karyn Kusama mostra saber brincar com as expectativas do público, ao mesmo tempo em que trata com sensibilidade a dor sentida pelo protagonista quanto a uma tragédia pessoal.
A grande Janis Joplin ganha aqui um documentário que aborda sua trajetória com propriedade, indo além do talento dela como artista e se concentrando bastante em como ela se sentia com relação ao mundo ao seu redor, mostrando como esse aspecto impactou a pessoa que ela era e refletiu em seus atos e em sua Arte. O filme humaniza Joplin de maneira tocante, conseguindo ainda usar os depoimentos de amigos próximos da cantora para mostrar várias visões do que ela representou, ao mesmo tempo em que faz um belo retrato de sua carreira tragicamente curta.
Um terror que se desenvolve de maneira desinteressante e clichê, onde somos guiados por personagens unidimensionais cuja forma de agir varia de acordo com as necessidades do roteiro pedestre. Para piorar, o diretor Jason Zada falha em suas tentativas de criar tensão, pontuando o filme com sustos baratos que acabam apenas refletindo a pobreza da narrativa.
Mesmo apostando no mesmo tipo de história e nos mesmos temas do longa anterior, o filme acaba sendo uma aventura divertida e adorável, funcionando principalmente por conta do carinho que temos por seus personagens.
Pontuando a ambição e o crescimento do Porta dos Fundos, que chega agora aos cinemas quatro anos depois de seu projeto ter começado no YouTube, Contrato Vitalício traz o grupo usando seu estilo para extrair humor a partir de particularidades absurdas e personagens malucos, elementos que permeiam uma história que brinca um pouco com a realização cinematográfica e os rumos que um ator toma em sua carreira. Mesmo não causando grandes gargalhadas, trata-se de um trabalho eficiente e que deixa a curiosidade quanto ao que o grupo irá aprontar em sua próxima investida no cinema.
O diretor Jeremy Saulnier é hábil ao criar uma atmosfera de claustrofobia que contribui para a tensão crescente que rege a narrativa. Além disso, se de um lado temos figuras como Anton Yelchin, Imogen Poots e Alia Shawkat, que mostram com talento a vulnerabilidade de seus personagens diante de sua complicada situação e tornam fácil nossa torcida para que eles escapem vivos dali, do outro temos Patrick Stewart arrebentando ao criar no líder dos neonazistas um sujeito que exala ameaça sem esforço aparente.
Não chega a encontrar um equilíbrio entre ser um drama e ser uma comédia, além de apostar em uma estrutura comum de road movies. Mas ainda assim o longa consegue divertir com seus simpáticos personagens, que conquistam o espectador com seus dramas pessoais, sua bela dinâmica em cena e o carisma de seus intérpretes, principalmente Paul Rudd, que cada vez mais prova ser um daqueles atores difíceis de não gostar.
Diferente dos outros longas que Jodie Foster havia dirigido e muito eficiente ao focar um grito desesperado resultante tanto da sujeira do mercado financeiro quanto da irresponsabilidade da mídia.
Doutor Estranho
4.0 2,2K Assista AgoraLiderado por um carismático Benedict Cumberbatch, Doutor Estranho não deixa de apertar os mesmos botões que a Marvel se acostumou a apertar na hora de contar suas histórias, mas isso ainda mostra ser capaz de fazer o filme funcionar bem como entretenimento enquanto se estabelece como uma peça importante na franquia.
Fuga Para a Liberdade
4.0 232Após o hilário O Que Fazemos nas Sombras, o diretor Taika Waititi volta a acertar com essa comédia que até lembra um pouco os trabalhos de Wes Anderson, divertindo com as situações enfrentadas pelos protagonistas, o jovem Ricky Baker e seu tio adotivo Hec, mas sem esquecer de mostrar sensibilidade quanto aos dramas pessoais deles. Aliás, é exatamente em Ricky e Hec que se encontra o coração do longa, e ainda que o desenvolvimento da relação deles seja um pouco previsível, a dupla conquista o espectador com sua dinâmica relutante de pai e filho, merecendo créditos também as belas atuações de Sam Neill e Julian Dennison, este último a revelação do projeto.
O Homem nas Trevas
3.7 1,9K Assista AgoraApesar de um terceiro ato que anda por caminhos um tanto exagerados e insere um senso de humor que não chega a combinar com o que a narrativa apresentava até então, O Homem nas Trevas é, na maior parte do tempo, um trabalho no qual Fede Alvarez mostra saber como manter o espectador sufocado na poltrona do cinema, o que de certa forma faz jus ao que é dito no título original do filme: não respire.
Águas Rasas
3.4 1,3K Assista AgoraFiel à simplicidade de sua trama, não tentando estica-la além do necessário e preenchendo muito bem seus pouco mais de 80 minutos de duração, Águas Rasas surpreende e consegue se estabelecer como um exercício de gênero eficiente, mostrando saber como construir uma narrativa que mantém o espectador na ponta da poltrona do cinema.
Café Society
3.3 530Woody Allen faz um filme que tem muito do charme que compõe a maior parte de sua filmografia, mas escorrega ao não conseguir desenvolver uma trama das mais cativantes, de forma que dessa vez o que ele traz de bom infelizmente precisa dividir espaço com uma série de elementos ora descartáveis, ora desinteressantes.
O Sono da Morte
3.2 574 Assista AgoraAinda que um pouco mais irregular que os outros filmes de seu diretor, O Sono da Morte é uma obra que consegue explorar bem seus personagens em questões dramáticas, não se contentando só com a tensão que busca criar.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraAcaba sendo sobre muito mais do que a história de uma mulher fascinante e a preservação de algo importante para ela. É também sobre resistir a injustiças, principalmente quando quem a comete passa a jogar sujo, e saber contra-atacar. Em suma, por coincidência ou não, Kleber Mendonça Filho e sua equipe fizeram um longa que dialoga muito com o momento atual de seu país e que revela ser um exemplar magnífico do nosso cinema, se colocando desde já entre os melhores filmes do ano.
Hardcore: Missão Extrema
3.5 384 Assista AgoraDuro de Matar: Versão GoPro também poderia ser um título adequado para este filme de ação que, ao utilizar o tempo todo a linguagem da câmera subjetiva, não demora para assumir a estrutura de jogos de tiro em primeira pessoa, sabendo usar isso com inteligência, ao passo que o diretor estreante Ilya Naishuller aproveita para criar sequências de ação excepcionais, sempre muito bem elaboradas tanto por parte de sua equipe de dublês quanto por quem está conduzindo a câmera. O resultado é um longa que não teme apelar para absurdos a fim de empolgar e até mesmo divertir o espectador (a cena do cavalo é uma das mais hilárias do ano), de forma que quando chegamos aos créditos finais fica a sensação de que fomos atropelados por um caminhão de adrenalina.
Um Espião e Meio
3.2 346 Assista AgoraUma comédia de ação que não consegue driblar suas fragilidades a fim de ajudar sua dupla de protagonistas a render uma boa diversão.
Esquadrão Suicida
2.8 4,0K Assista AgoraSe a ideia de Esquadrão Suicida funciona maravilhosamente nos quadrinhos, aqui acaba encontrando uma série de problemas que a impedem de render algo minimamente satisfatório, sendo um filme bagunçado e que representa mais um ponto baixo no universo cinematográfico da DC Comics.
Jason Bourne
3.5 460 Assista AgoraCertamente não é o melhor que a franquia já apresentou, ficando um pouco abaixo da trilogia original. Mas, depois da decepção de O Legado Bourne, é bom ver a série render um filme eficiente, que faz um bom uso de seu protagonista e a coloca de volta nos trilhos.
Sing Street - Música e Sonho
4.1 713 Assista AgoraDepois da obra-prima Apenas Uma Vez e do belo Mesmo Se Nada Der Certo, John Carney faz mais um filme no qual os personagens encontram na música uma forma não só de dar voz a própria criatividade, mas também de encarar seus problemas e evoluir pessoalmente. E Carney novamente concebe uma narrativa que diverte e toca o espectador com seus personagens carismáticos, além de contar com uma trilha repleta de canções originais maravilhosas (espero que a Academia lembre ao menos disso na hora de votar no Oscar). Um filme capaz de aquecer até o mais gelado dos corações.
Elvis e Nixon
3.3 53 Assista AgoraMichael Shannon e Kevin Spacey são absurdamente talentosos, e vê-los interpretando Elvis Presley e Richard Nixon, respectivamente, acaba sendo o grande barato do filme. Os dois atores fazem exatamente o que poderíamos esperar deles: criam versões interessantíssimas de seus personagens sem transformá-los em caricaturas, e o contraste entre eles acaba contribuindo bastante com a boa diversão proporcionada pela narrativa.
Dois Caras Legais
3.6 637 Assista AgoraÁgil e divertido, Dois Caras Legais é um entretenimento notável, no qual Shane Black mostra saber seguir por caminhos interessantes a fim de trazer certo frescor a premissa, além de contar com uma excelente dinâmica entre Russell Crowe e Ryan Gosling no centro da narrativa.
A Lenda de Tarzan
3.1 793 Assista AgoraDavid Yates faz um filme que entretém e traz uma abordagem interessante de um personagem clássico, mas que não escapa de ter ideias executadas de maneira frouxa.
Caça-Fantasmas
3.2 1,3K Assista AgoraCom suas novas (e ótimas) protagonistas, Caça-Fantasmas consegue fazer jus ao filme original e dar novo gás a franquia, se estabelecendo como um dos filmes mais divertidos do ano.
O Convite
3.3 1,1KCria um constante tom de desconfiança com relação às razões por trás da reunião dos personagens e do comportamento estranho de alguns deles, conseguindo conceber uma atmosfera inquietante mesmo quando não há razão aparente para isso. Assim, a diretora Karyn Kusama mostra saber brincar com as expectativas do público, ao mesmo tempo em que trata com sensibilidade a dor sentida pelo protagonista quanto a uma tragédia pessoal.
Janis: Little Girl Blue
4.3 166A grande Janis Joplin ganha aqui um documentário que aborda sua trajetória com propriedade, indo além do talento dela como artista e se concentrando bastante em como ela se sentia com relação ao mundo ao seu redor, mostrando como esse aspecto impactou a pessoa que ela era e refletiu em seus atos e em sua Arte. O filme humaniza Joplin de maneira tocante, conseguindo ainda usar os depoimentos de amigos próximos da cantora para mostrar várias visões do que ela representou, ao mesmo tempo em que faz um belo retrato de sua carreira tragicamente curta.
Floresta Maldita
2.4 489 Assista AgoraUm terror que se desenvolve de maneira desinteressante e clichê, onde somos guiados por personagens unidimensionais cuja forma de agir varia de acordo com as necessidades do roteiro pedestre. Para piorar, o diretor Jason Zada falha em suas tentativas de criar tensão, pontuando o filme com sustos baratos que acabam apenas refletindo a pobreza da narrativa.
Procurando Dory
4.0 1,8K Assista AgoraMesmo apostando no mesmo tipo de história e nos mesmos temas do longa anterior, o filme acaba sendo uma aventura divertida e adorável, funcionando principalmente por conta do carinho que temos por seus personagens.
Porta dos Fundos - Contrato Vitalício
2.0 352 Assista AgoraPontuando a ambição e o crescimento do Porta dos Fundos, que chega agora aos cinemas quatro anos depois de seu projeto ter começado no YouTube, Contrato Vitalício traz o grupo usando seu estilo para extrair humor a partir de particularidades absurdas e personagens malucos, elementos que permeiam uma história que brinca um pouco com a realização cinematográfica e os rumos que um ator toma em sua carreira. Mesmo não causando grandes gargalhadas, trata-se de um trabalho eficiente e que deixa a curiosidade quanto ao que o grupo irá aprontar em sua próxima investida no cinema.
Sala Verde
3.3 546 Assista AgoraO diretor Jeremy Saulnier é hábil ao criar uma atmosfera de claustrofobia que contribui para a tensão crescente que rege a narrativa. Além disso, se de um lado temos figuras como Anton Yelchin, Imogen Poots e Alia Shawkat, que mostram com talento a vulnerabilidade de seus personagens diante de sua complicada situação e tornam fácil nossa torcida para que eles escapem vivos dali, do outro temos Patrick Stewart arrebentando ao criar no líder dos neonazistas um sujeito que exala ameaça sem esforço aparente.
Amizades Improváveis
3.8 785 Assista AgoraNão chega a encontrar um equilíbrio entre ser um drama e ser uma comédia, além de apostar em uma estrutura comum de road movies. Mas ainda assim o longa consegue divertir com seus simpáticos personagens, que conquistam o espectador com seus dramas pessoais, sua bela dinâmica em cena e o carisma de seus intérpretes, principalmente Paul Rudd, que cada vez mais prova ser um daqueles atores difíceis de não gostar.
Jogo do Dinheiro
3.4 400 Assista AgoraDiferente dos outros longas que Jodie Foster havia dirigido e muito eficiente ao focar um grito desesperado resultante tanto da sujeira do mercado financeiro quanto da irresponsabilidade da mídia.